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O agente de viagens não vai “morrer” com a IA, mas atenção!

A Inteligência Artificial (IA) chegou também ao mundo das viagens, mas os especialistas garantem que o agente de viagens, mais uma vez, não vai “morrer”, pois soube sempre adaptar-se, ao longo dos tempos, às novas tecnologias. No entanto, há novos desafios que se colocam e a classe tem de estar atenta. Pela pertinência do tema, a própria Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) vai esmiuçar o assunto no seu 48.º Congresso, a realizar de 30 de novembro a 2 de dezembro, no Porto, porque quer entender o impacto da IA neste setor.

Carolina Morgado
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O agente de viagens não vai “morrer” com a IA, mas atenção!

A Inteligência Artificial (IA) chegou também ao mundo das viagens, mas os especialistas garantem que o agente de viagens, mais uma vez, não vai “morrer”, pois soube sempre adaptar-se, ao longo dos tempos, às novas tecnologias. No entanto, há novos desafios que se colocam e a classe tem de estar atenta. Pela pertinência do tema, a própria Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) vai esmiuçar o assunto no seu 48.º Congresso, a realizar de 30 de novembro a 2 de dezembro, no Porto, porque quer entender o impacto da IA neste setor.

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Esta não será a primeira vez que o Publituris aborda o tema das novas tecnologias nas viagens e turismo, assunto que também o setor da distribuição encarou sempre de frente. Os desafios que se colocam agora com a Inteligência Artificial (IA) têm vindo à baila e vários especialistas têm vindo a dar a sua opinião, com várias empresas a tomar medidas para colocar as ferramentas necessárias ao serviço deste setor.

O Publituris falou com alguns especialistas do setor para entender o que é isto de Inteligência Artificial e como é que o fenómeno pode ou não “mexer” com o setor da distribuição no turismo.

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Miguel Quintas, considerado um especialista em matéria de novas tecnologias no nosso país afirmou que, no geral, os agentes de viagens “ainda não estão preocupados” com o impacto da IA, mas “estão a tomar consciência que está aí algo que afeta o seu negócio”, adiantando que o grande problema está “em saber o que fazer e como fazer”.

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Realça que, para se tirar alto proveito da IA o know-how e investimento a realizar são grandes, em particular no que toca a integrar as ferramentas e os automatismos. “Este processo terá de ser realizado por grandes empresas tecnológicas ou através de consórcios empresariais devido ao elevado investimento necessário”. Até lá, “usamos manualmente o que amanhã estará facilmente automatizado”, disse.

Hoje CEO do Consolidador.com e Chairman da Airmet, mas que também já foi representante da Amadeus em Portugal, bem como de outras empresas que trouxeram novas tecnologias na área das viagens ao nosso país, Miguel Quintas aponta que “todos os momentos de disrupção tecnológica ou cultural que a humanidade tem vivido trazem consigo uma certeza que é, onde há riscos há oportunidades”.

Mas, “o agente de viagens não vai desaparecer e a IA pode ser um excelente auxiliar para o próprio, nomeadamente no apoio ao cliente, conhecimento de destinos ou informação de caráter generalista em tempo real”. Isto tudo combinado “com o conhecimento e inteligência humana e emocional que nós pessoas temos, são fatores que o cliente ainda vai necessitar, desejar e pagar por elas”.

O gestor está convicto de que “o desenvolvimento progressivo da Inteligência Artificial venha a ter um impacto tremendo no mundo ao nível das principais revoluções tecnológicas que assistimos nos últimos séculos” para destacar que “hoje mesmo já estamos a assistir ao princípio dessa revolução e dado o impacto direto no desenvolvimento da humanidade, ela é obrigatoriamente transversal a todos os setores económicos entre o quais se encontra o turismo e como consequência a sua distribuição”.

Por isso, da forma como a IA tem evoluído “acredito que os principais riscos no curto prazo serão retirar valor ao conhecimento de informação geral e detalhada que o agente de viagens proporciona ao seu cliente final, assim como na automação de alguns dos processos manuais ainda realizados pelo próprio agente”, disse.

No longo prazo “o risco coloca-se na perspetiva de como a IA pode dar ao viajante a solução imediata de chave-na-mão de todo o processo de inspiração, escolha, reserva e acompanhamento de uma viagem”. É possível acontecer, e “não estamos a muitos anos disso”, até porque “as oportunidades surgem justamente em tudo o que não é possível automatizar e essas estão essencialmente no campo da relação humana, da resolução de falhas técnicas, da segurança e legalidade e da especialização do conhecimento”.

O impacto prevê-se enorme
Miguel Quintas reconhece que “o impacto da Inteligência Artificial será enorme” e “estamos ainda nos primórdios do que pode ser”, mas considera que “estamos perante a quinta “revolução industrial” e hoje mesmo ela já nos afeta”. No entanto, “como não está regulada mundialmente não sabemos onde irá parar”. Deu como exemplo uma experiência pessoal: “As minhas férias familiares há semanas visitando um país ao qual nunca tinha ido. Todo o roteiro foi organizado via ChatGPT pelo meu filho de 18 anos. Tudo correu lindamente e de acordo com o esperado. O que falhou? O típico: Todos os procedimentos ainda não automatizados pela IA, o aconselhamento profundamente especializado do destino e alguém que me diga “tu não vais gostar disto e vais adorar aquilo”.

Por sua vez, Ricardo Correia, diretor Comercial da TravelGEA, está convicto que “o turismo adaptar-se-á, como sempre o fez”, sublinhando que “somos uma indústria de emoções e não vejo nos próximos tempos podermos substituirmos a emoção de viajar por um qualquer produto virtual. Durante a pandemia falamos muito em viagens virtuais, mas vemos qual a penetração de mercado desse produto. Assim que possível as pessoas voltaram a viajar fisicamente, porque nada o substitui”. Portanto, o que prevê acontecer é uma adaptação rápida de novos paradigmas, apontou.

O profissional avançou também que “todas os agentes de viagem estão conscientes da existência da IA”, mas hoje em dia “é uma buzz word, com imensa desinformação associada também. Há alguma preocupação a implementar de alguma forma a IA nos processos, o que também pode levar a algum atabalhoamento na forma e modelo de implementação”, alertando que “não podemos ser lentos a adaptarmo-nos, mas também não podemos tomar decisões sem informação e estratégia”.

O agente de viagens não vai desaparecer e a IA pode ser um excelente auxiliar para o próprio, nomeadamente no apoio ao cliente, conhecimento de destinos ou informação de caráter generalista em tempo real” – Miguel Quintas (Consolidador.com / Airmet)

Da mesma opinião é Ginés Martínez, CEO da Jumbo Tours, em recente entrevista a uma publicação espanhola: “A inteligência artificial é algo que definitivamente está dentro do nosso campo de aplicação e há equipas a trabalhar nisso há anos. É uma parte inerente das necessidades do negócio. Vamos ter de usar IA e de facto já estamos a usar para automatizar processos e melhorar o relacionamento com os consumidores. Principalmente na velocidade de resposta, para poder atendê-lo melhor e ter mais capacidade de assumir volumes de trabalho. Onde eu acho que ainda existe uma lacuna, que temos de preencher, é usar essa tecnologia para gerar conteúdo suficientemente atrativo para o cliente”.

E continua: “É verdade que se disser à IA que quero passar cinco dias em Roma, ela lhe dará uma rota completa. Isso é ótimo, acelera o tempo de pesquisa. Mas não podemos esquecer que o papel do agente de viagens e do operador turístico vai muito além. Isto porque, em primeiro lugar, um agente de viagens pré-seleciona tudo isso e tem uma compreensão profunda do que está a oferecer ao cliente. Mas também ajuda a chegar ao destino e nas melhores condições: reservando bem os produtos e serviços, aproveitando as melhores ofertas… Aqui o vejo como um substituto”, defendeu, mas contraria o evento Phocuswright Europe 2023, em que alguns especialistas dão como certo, que a inteligência artificial pode ser “o próximo agente de viagens, quase humano”.

Tudo depende da utilização
A conferência também passou a mensagem de que a AI pode se tornar no próximo escritório de informações turísticas. Mas “o valor dos escritórios de informações turísticas ou agentes de viagens não pode ser replicado com inteligência artificial. A IA é uma coleção de dados de diferentes fontes e, com as informações que o cliente pode fornecer, ela cria uma resposta. Mas o utilizador tem de saber muito bem como perguntar à AI para que a resposta seja adequada. Já o agente de viagens tem essa informação de quem é o seu cliente, o que quer, os seus gostos, perceções, experiências anteriores… Uma série de coisas que é impossível incluir, desde o início, numa consulta simples”, realçou.

Se já se pode falar da IA como o próximo agente de viagens quase humano, Ricardo Correia assume que “depende da utilização que dermos à IA. Se deixarmos o nosso fator humano de lado (porque não temos tempo, porque não nos apetece, porque não sabemos, por qualquer motivo), então sim, tornamo-nos interfaces tecnológicos e como disse, há alternativas bem melhores que isso”.

Entretanto, “se conseguirmos integrar as mais valias que a IA tem, no processamento de dados, geração de previsões, etc. com a capacidade de criação e de empatia do ser humano, então não creio que os agentes de viagens vão ser substituídos”, ou seja, possivelmente, o agente de viagens “terá que ser menos tecnológico e dedicar-se mais a conhecer o produto e o cliente”.

A IA na sua essência “dar-te-á o que é mais provável que aquela pessoa goste, mas a IA não consegue interpretar linguagem não verbal, não consegue sentir empatia, o que nos permite criar uma experiência de viagem única para aquele cliente”, frisou.

Novas tecnologias para empresas de turismo
Se os agentes de viagens em Portugal já se estão a preocupar com esta questão e a implementá-la, Paulo Dias, Senior Manager da Unidade de Indústria e Consumo da Minsait em Portugal, refere que, existe “um caminho a fazer, mas a preocupação já vem de longe e há já vários anos que a Minsait, uma empresa da Indra, trabalha com alguns clientes do setor em Portugal, na implementação de soluções inovadoras, que permitem melhorar a ocupação hoteleira e as viagens em Portugal”.

No entanto, em sua opinião, seria um pouco exagerado falar da IA como um agente de viagens. “Embora a IA permita ferramentas valiosas para melhorar a eficiência e a qualidade do atendimento ao cliente nas agências de viagens, será sempre importante a existência de uma presença humana para assistências mais complexas ou respostas mais personalizadas que exijam o conhecimento e a experiência de um agente de viagens”, disse.

Num artigo publicado pelo vice-presidente executivo da Amadeus Cytric Solutions, Rudy Daniello, ao que o Publituris teve acesso, diz sobre a matéria, que hoje “já existem alguns pontos-chave que podem ser afirmados com alguma certeza”. Desde logo refere que “os modelos GPT – e o campo mais amplo de ‘inteligência artificial generativa (IA)’ – todos têm possibilidades tremendas. A tecnologia, embora não seja nova, tem o potencial de transformar a vida cotidiana e, assim, criar um enorme apetite e preocupações”.

Explica que o chatbot (que já existe há algum tempo), ao compreender e gerar linguagem natural semelhante à humana de maneira tão impressionante, tornou-o amplamente adotado”, mas “o ChatGPT realmente conquistou o mundo, correndo para acumular 100 milhões de utilizadores ativos mensais em apenas 40 dias, com milhões a mais a inscreverem-se a cada mês”, frisando que a ferramenta é inovadora devido ao grande volume de dados com os quais foi treinada – supera os chatbots anteriores em ordens de magnitude”.

O turismo adaptar-se-á, como sempre o fez. Nós somos uma indústria de emoções e não vejo nos próximos tempos podermos substituirmos a emoção de viajar por um qualquer produto virtual” – Ricardo Correia (TravelGEA)

Este responsável da Amadeus indica que o ChatGPT 3 foi treinado com 17 mil milhões de parâmetros treináveis e 45 terabytes de dados, por exemplo. Para referência, o Telescópio Espacial Hubble gera 10 terabytes de dados por ano. Em outras palavras, o ChatGPT leu mais texto do que um milhão de pessoas lerão nas suas vidas juntas.

Paulo Dias sublinha que “as possibilidades oferecidas pela IA à indústria do turismo são inúmeras e não faltam exemplos do papel que ela já desempenha neste setor” para lembrar que “o contexto vivido pelo setor do turismo nos últimos anos acelerou a digitalização de processos e operações no turismo. A utilização maciça de canais digitais está a impulsionar novas tendências na oferta e no consumo de serviços, e agora o principal objetivo é proporcionar uma boa experiência ao cliente”.

Assim, “através da experiência e conhecimento do cliente (customer centric), graças à gestão de dados e à analítica avançada, os operadores turísticos devem personalizar as suas comunicações e conteúdos na Web para se aproximarem dos visitantes, de modo a poder responder às suas exigências em qualquer momento”.

O Senior Manager da Unidade de Indústria e Consumo da Minsait em Portugal, empresa da Indra especialista em transformação digital e tecnologias da informação, indica que as ferramentas de IA estão, cada vez mais, “ao alcance de todos e em particular se falarmos do ChatGPT. Sendo um modelo de linguagem avançado, ele pode ser um dos principais atores da IA neste setor, por exemplo, através de chatbots no atendimento ao cliente, no suporte a reservas, recomendações de viagens ou qualquer outra informação que o turista pretenda”, mas não obstante, “é preciso ter em conta que, como ferramenta, o ChatGPT não está atualizada ao instante e as informações podem não estar suficientemente atualizadas”.

O responsável aponta ainda que, as soluções baseadas em Inteligência Artificial e aprendizagem automática para a comunicação assistida pelo cliente “serão essenciais neste setor, que também contará como outras tecnologias como a realidade virtual, aumentada e mista que permite aos visitantes desfrutar de experiências imersivas e únicas e que os envolvem na arte e na cultura como mais do que meros espetadores passivos”.

Componente pessoal ainda acima de tudo
É aqui que Miguel Quintas é perentório, até porque também é um agente do setor. “O agente de viagens não vai “morrer”, e “ainda é muito cedo considerar que a IA é o próximo agente de viagens, até porque a componente pessoal, de segurança, de inteligência emocional, de resolução de problemas técnicos, etc. ainda estará na mão do próprio agente de viagens”, mas aponta que “vai ser um competidor em algumas franjas do trabalho do agente de viagens. Assim como, de igual forma pode ser um excelente auxiliar para o próprio agente, nomeadamente no apoio ao cliente, conhecimento de destinos, informação de caráter generalista em tempo real”, destacou em declarações ao nosso jornal.

A empresa que representa e o próprio Paulo Dias defendem que o turismo “é um dos setores que mais desafios apresenta às novas tecnologias pelo seu potencial de desenvolvimento a curto, médio e longo prazo”, por isso, o responsável acredita que o “crescimento do turismo nos últimos dois anos reflete bem o impacto que a Inteligência artificial, assim como outras tecnologias, está a ter neste sector”.

Para este responsável da Minsait em Portugal, quando se diz que “os dados são o novo petróleo”, pode parecer exagerado, mas hoje em dia, tudo está relacionado com os dados, a experiência do cliente e a integração do mundo físico e digital são a base para um turismo inteligente ao alcance de todos”.

Lembra que as cidades que mais investirem em soluções de Smart Tourism poderão ter mais facilidade na captação de visitantes, e que “estas Plataformas de Destino Inteligente devem ser concebidas como uma solução que inclua todas as dimensões do destino, com uma abordagem baseada na inteligência e na utilização de dados, na integração de todos os atores e sistemas através de soluções interoperáveis e abertas, num modelo de interterritorialidade e coesão interadministrativa, e que possa ser escalada através de parcerias público-privadas”.

Admite que, nos próximos tempos “assistiremos a investimentos significativos em áreas como a virtualização, a agregação de serviços em dispositivos pessoais, a interação homem-máquina em toda a cadeia de valor da hotelaria, a utilização da Inteligência Artificial para adaptar os serviços ao perfil do cliente e a melhoria da gestão dos ambientes para aumentar a segurança e a rentabilidade”.

Explicou ao nosso jornal que a análise das informações recolhidas já permite, por exemplo, “oferecer soluções personalizadas aos turistas assim como prevenir fenómenos que podem ter um impacto negativo na experiência turística”, assumindo que, na Minsait “estamos empenhados em criar uma Plataforma de Turismo Inteligente que possa responder aos desafios dos destinos de forma integrada e ajudar a criar destinos inteligentes, sustentáveis, seguros e resilientes”.

No relatório “Smart Tourism: A path to more secure and resilient destinations”, da Minsait e da SEGITTUR (que também se aplica a Portugal), defende-se a implementação de Plataformas Inteligentes de Destinos Turísticos que incluam todas as dimensões do destino, de modo a poder responder aos seus desafios de forma integrada. Entre as suas capacidades, integrariam uma gestão unificada através de sistemas orientados por dados que recorrem a modelos de inteligência distribuídos para extrair informação da forma mais qualitativa possível.

Na área de Hospitality, onde a tecnologia também tem um papel importante, a Onesait Travel, uma oferta global da Minsait para o setor do turismo, é, segundo disse, um exemplo destas tecnologias de ponta, que otimiza a gestão de hotéis e companhias aéreas para melhorar a experiência dos viajantes e adaptar as suas operações às novas exigências dos turistas. Esta oferta já geriu mais de 20 milhões de reservas em 33 países. Os sistemas da empresa já foram implementados em mais de 4.000 hotéis e entre os seus clientes, presentes na “Travel Summit”, incluem-se algumas das mais importantes cadeias hoteleiras do mundo, com referências na Europa, América e Ásia.

“Temos de avançar para o “turismo do futuro”: um novo modelo de turismo que seja sustentável e seguro, inclusivo e resiliente, que celebre as culturas e identidades locais, que proporcione benefícios económicos e sociais, que ajude a preservar o ambiente e que utilize as TIC e as tecnologias renováveis como principal motor do planeamento do Turismo de Destino”, é a proposta desta empresa.

Alguns exemplos já em prática
O recente aparecimento do ChatGPT veio mostrar a projeção que a inteligência artificial (IA) tem tanto para as empresas como para os utilizadores particulares, bem como para o setor das viagens. “A inteligência artificial vai revolucionar absolutamente tudo”, diz Amuda Goueli, fundador e CEO da agência de viagens online Destinia, que a incorporou ao seu processo de reservas para melhorar e personalizar a experiência do utilizador.

Amuda Goueli lembra que “há anos começamos com big data. Existiam grandes servidores onde eram armazenadas muitas informações, mas não havia máquinas ou programas para processá-las”. Mais tarde, foram incorporadas ferramentas como o blockchain ou bots, mas estes “ficaram aquém porque as respostas são programadas. Agora, com a inteligência artificial, essa dinâmica muda, não tem programador envolvido”.

Nesse sentido, a Destinia desenvolveu a Desta, que ainda está em fase de teste, e focada num único produto: reservas de hotéis. Ainda não se encontra aberto no site da OTA, mas os consumidores que o pretendam utilizar apenas têm de se registar e começar a interagir até efetuarem as suas reservas.

“A diferença entre um agente de viagens tradicional e a máquina é que um agente não conhece todos os destinos do mundo. É impossível ter tanta informação em tão pouco tempo, mas a máquina, sim”, explica o CEO da Destinia, para acrescentar que “o buscador tradicional como conhecemos está a tornar-se obsoleto. A IA veio para ficar e devemos aproveitar todos os seus benefícios para melhorar a vida das pessoas. Graças à inteligência artificial, conseguimos implementar uma ideia que tínhamos imaginado para um muito tempo, muitos anos. Esse futuro chegou e veio para ficar “, referiu Amuda Goueli.

Dos safáris em Uganda à descoberta das paisagens da Islândia, a plataforma de viagens Worldface já usa inteligência artificial e criou o avatar Petra, um especialista em viagens virtuais, capaz de responder às solicitações individuais dos utilizadores, e recomendar os destinos mais cativantes com base no período e nas preferências do cliente.

“O valor da IA e do Petra, neste caso específico, consiste na capacidade de ser empático, de ser multilíngue e de responder tanto na forma escrita quanto oral – diz Veronica Del Priore, especialista em Comunicação da QuestIT – Justamente por isso é capaz de se comportar como um verdadeiro consultor de viagens em carne e osso”.

Prós e contras
Não há dúvida que a IA está cada vez mais presente nas nossas vidas, mas sobretudo na área do turismo. A Hosteltur deu, recentemente, três exemplos. Várias vezes citamos a Hosteltur neste artigo porque, em Espanha, o assunto da IA no setor das viagens tem vindo à baila todos os dias, e o jornal espanhol tem estado muito atento.

A plataforma francesa de viagens com vários produtos Digitrips lançou um serviço intuitivo de assistente virtual baseado em ChatGPT, oferecendo aos viajantes conselhos sobre viagens e destinos em 11 idiomas. A nova funcionalidade, desenvolvida pela sua subsidiária de soluções móveis mTrip, está a testar no seu aplicativo MisterFly e em breve estará disponível para clientes B2B através da versão white label do aplicativo.

Por sua vez, a Ciceroneai.com é a IA espanhola que fala 95 idiomas. Ciada pela startup de Málaga iUrban.es, ajuda a organizar uma viagem em segundos como se fosse um local, personalizando a resposta graças ao ChatGPT. Mas também está conectado aos sites de organizações oficiais de turismo para fornecer informações verdadeiras em todos os momentos e, assim, evitar respostas incorretas. Basta escolher o destino e o planner personaliza a viagem do turista de acordo com o número de dias de estadia, interesses e perfil do viajante (família, companheiro, trabalho, etc.), criando um roteiro com os elementos a visitar, atividades e eventos com o preço mais barato, e no seu idioma, podendo fazer alterações em tempo real e propor sugestões adaptadas ao turista. Tem ainda um chatbot gratuito ligado ao ChatGPT para esclarecer qualquer dúvida, como um posto de turismo aberto 24 horas por dia.

A Ciceroneai já está disponível em Madrid, Barcelona, Valência e Palma; cidades às quais se somarão Málaga, Sevilha, Granada e Bilbao, com o objetivo de chegar a vinte em Espanha até o final do ano e 50 internacionalmente.

Por sua vez, a AI Trips, já operacional em mais de 15 países, usa algoritmos avançados que analisam e processam uma ampla gama de dados em tempo real, graças à combinação de 12 tecnologias desenvolvidas pelo Travel Compositor. Assim, desde as preferências do utilizador à informação sobre destinos, meteorologia, acontecimentos locais, etc., permite que cada viagem seja única e personalizada, oferecendo respostas e resultados adaptados às necessidades individuais do viajante e permitindo-lhe avançar em poucos cliques de uma única pergunta para a próxima reserva de viagem.

Estamos empenhados em criar uma Plataforma de Turismo Inteligente que possa responder aos desafios dos destinos de forma integrada e ajudar a criar destinos inteligentes, sustentáveis, seguros e resilientes” – Paulo Dias (Minsait)

O motor já foi implementado em sites de empresas como a espanhola OTA Central de Vacaciones, a portuguesa Interpass, as operadoras de turismo italianas Amareitalia e Orizzonti, as mexicanas Es viajar e Viajes Lili, as argentinas TipTravel e Delfos, a jordana-turca Trave One, a rede pan-europeia de agentes de viagens Evolution Travel, e o recetivo italiano Acetours, entre outros.

A IA impactará o setor nos próximos cinco anos, segundo 97,8% dos executivos recentemente entrevistados pela Euromonitor International.

Em cinco anos, veremos um boom no uso de ferramentas de inteligência artificial como o ChatGPT pelos viajantes para planear os seus itinerários, de acordo com o estudo realizado pela Euromonitor International “Voice of the industry: travel survey”. A sua disponibilidade 24 horas por dia, 7 dias por semana e acessibilidade de qualquer lugar do mundo, simplesmente com uma conexão à Internet e de qualquer dispositivo, estão por trás deste aumento maciço do seu uso, como destacou a sua responsável de Pesquisa de Viagens e Turismo, Caroline Bremner .

A Expedia anunciou em abril passado a sua colaboração com a OpenA. Desta forma, oferece recomendações personalizadas como um assistente virtual, fornecendo resultados relevantes em buscas de hotéis e dicas do que fazer no destino.

A Kayak e a OpenTabl, ambas integrantes da Booking Holding, assim como TripAdvisor, GetYourGuide e Klook, também apostaram em novidades com o ChatGPT. O Trip.com integrou ao TripGen o seu chatbot de IA recém-lançado que oferece planeamento e assistência de itinerário em tempo real, além de conselhos sobre reservas antes da viagem.

Mais integrações inevitavelmente se seguirão, de modo que as fases de planeamento e reserva da viagem sejam perfeitamente intercaladas, dependendo do acesso em tempo real à funcionalidade de reserva. A IA generativa, conforme aponta o Euromonitor, “está apenas no início da sua jornada, oferecendo aos consumidores o que o Airbnb chama de “o melhor concierge”.

No entanto, a segurança e a proteção do consumidor devem estar acima de tudo. Líderes de tecnologia como Elon Musk recentemente pediram uma pausa no desenvolvimento da IA para evitar riscos à humanidade, incluindo a possível extinção da superinteligência, alegando que a corrida da IA estava fora de controlo e era necessário tempo para permitir que a política dos governos se atualizasse.

Nesse sentido, o especialista lembrou que “os agentes de viagens enfrentaram uma grande disrupção devido ao boom das reservas online há três décadas, que provocou o encerramento massivo de pontos de venda e a perda de postos de trabalho. Agora, o setor está pronto para mais interrupções, pois a IA generativa acelera a automação de tarefas em todas as etapas da jornada do cliente – antes, durante e depois”.

Como sempre, concluiu o especialista, “as empresas de turismo enfrentarão os efeitos mais complicados para enfrentar esta nova fase da transformação digital com uma abordagem test-and-learn”, mas apenas aqueles que mantêm o toque humano de viagens irão prosperar.”

Fotos crédito: Depositphotos.com
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Fiordes do Norte da Europa são o itinerário “mais querido” da Costa Cruzeiros no mercado português

A Costa Cruzeiros apresentou esta quarta-feira, 7 de maio, as principais novidades para a temporada de cruzeiros que está a começar, numa cerimónia a bordo do Costa Diadema, navio que passou por Lisboa num itinerário de posicionamento desde o Brasil até Kiel, na Alemanha.

A Costa Cruzeiros apresentou esta quarta-feira, 7 de maio, as novidades para a temporada de cruzeiros que está a começar e que, segundo Henrique Mateus, Senior Sales Manager da Costa Cruzeiros em Portugal, conta com viagens “em todo o mundo”, ainda que o destaque vá para os Fiordes do Norte da Europa, que é, atualmente, “o itinerário mais querido do mercado”.

“Este navio vai para o Norte da Europa, onde vai fazer os Fiordes, que é o itinerário mais querido do mercado”, explicou Henrique Mateus, durante uma cerimónia a bordo do Costa Diadema, navio com capacidade para 4947 passageiros, que passou por Lisboa durante um itinerário de reposicionamento, desde o Brasil até Kiel, na Alemanha.

No entanto, como realçou o Senior Sales Manager da Costa Cruzeiros em Portugal, além dos Fiordes do Norte da Europa, a oferta da companhia para esta temporada conta com uma vasta gama de cruzeiros em diferentes destinos.

“A Costa, neste momento, abrange todo o mundo em termos de itinerários, temos desde a Volta ao Mundo, cruzeiros na Ásia – é o Costa Serena que está na Ásia –, temos cruzeiros no Mediterrâneo Ocidental e Oriental, e temos cruzeiros no Norte da Europa”, indicou o responsável.

Este ano, a Costa Cruzeiros não vai contar com o itinerário Lisboa-Lisboa, ainda que estejam previstos vários embarques e desembarques na capital portuguesa, a exemplo do que aconteceu esta quarta-feira, em que desembarcaram cerca de 1.500 passageiros, tendo-se registado o embarque de um número semelhante.

“Não temos o itinerário Lisboa-Lisboa este ano, mas não deixamos de ter embarques em Lisboa. Temos este embarque e, quando o navio descer do Norte da Europa, na mesma altura do Costa Favolosa, ambos farão também cruzeiros posicionais até Savona ou Barcelona”, acrescentou Henrique Mateus.

O responsável comercial da Costa Cruzeiros em Portugal falou ainda sobre as novidades da companhia ao nível das excursões em terra, que foram reformuladas, passando agora a dividir-se em quatro tipos, incluindo desde as excursões mais básicas de autocarro, a experiências em família ou programas mais radicais.

“Remodelámos totalmente a forma de apresentar as nossas excursões e o conhecimento dos destinos. Achamos que é muito importante porque, ao fim e ao cabo, o cruzeiro é descobrir um destino, é toda a envolvência das experiências”, indicou também Henrique Mateus.

A oferta gastronómica, com destaque para os restaurantes temáticos e de especialidade, como o Archipelago, com menus de degustação de três chefes com estrelas Michelin, o Sushino, dedicado ao sushi, ou o Teppanyaki, um showcook de comida asiática, também esteve em destaque.

“A experiência gastronómica a bordo é excelente”, garantiu o responsável, explicando que, apesar deste ser um produto tudo incluído, as refeições nos restaurantes de especialidade são pagas à parte.

Além da apresentação, a escala do Costa Diadema em Lisboa contou com uma visita de um grupo de agentes de viagens e jornalistas, que puderam conhecer as áreas públicas e algumas tipologias de cabines deste navio, que é um dos maiores da frota da Costa Cruzeiros e que conta com todos os restaurantes de especialidade que já se encontram nos navios mais recentes da frota da companhia.

Compromisso com a sustentabilidade e a inovação

Além da experiência do cruzeiro, em destaque durante a apresentação esteve também o compromisso da Costa Cruzeiros com a sustentabilidade e a inovação, palavras que, segundo Henrique Mateus, melhor descrevem atualmente a ação da companhia de cruzeiros.

No entanto, o tema da sustentabilidade foi abordado por Rafael Fernández-Alava, Communication Director para Espanha e Portugal, que falou sobre a política da companhia neste tema.

“A sustentabilidade é muito importante para a Costa e para a Carnival Corporation, que é a companhia matriz, a maior companhia de cruzeiros do mundo, tem nove marcas e uma dessas marcas é a Costa”, explicou o diretor de comunicação da Costa Cruzeiros.

Este é, segundo o responsável, um tema que a Costa Cruzeiros leva “muito a sério”, motivo pelo qual foi a primeira a encomendar navios movidos a GNL e tem vindo promover “atividades para cada um dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável”, que são medidas anualmente de acordo com “indicadores concretos para esses objetivos”.

“Temos muitas ações em andamento para reduzir as emissões e, em 2023, conseguimos reduzir em 10% as emissões de gases de efeito estufa e isso aconteceu no ano que teve mais emissões e em que aumentámos em 30% a nossa capacidade”, acrescentou, revelando que é também por isso que a Costa está a testar várias tecnologias para que seja possível chegar a 2050 com zero emissões poluentes.

Além da sustentabilidade ambiental, a Costa Cruzeiros tem vindo também a desenvolver iniciativas de economia circular, nomeadamente através da doação de refeições a bancos alimentares e outras instituições sociais, numa ação que está também a ser estudada para Lisboa dentro do universo das companhia da Carnival.

 

 

 

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Picos de Aventura reorganiza estrutura interna

A Picos de Aventura, empresa de animação turística do Grupo Newtour, sediada nos Açores, acaba de proceder a uma reorganização estratégica na sua estrutura interna, com vista a fortalecer a integração entre os departamentos e garantir a excelência operacional.

Nesta restruturação da equipa de coordenação da Picos de Aventura, Leandro Silva é nomeado coordenador de Operações, enquanto Pedro Tadeu passa a exercer as funções de coordenador das Atividades de Mar.

Leandro Silva iniciou o seu percurso na Picos de Aventura em outubro de 2017, como assistente de vendas, dividindo o seu tempo entre o departamento de vendas e o de terra, onde adquiriu conhecimentos práticos sobre a operação. No final de 2018, assumiu maior responsabilidade pelo departamento de reservas e durante este período, o profissional começou a trabalhar com grupos e incentivos, desempenhando não só funções de planeamento e orçamentação, mas também de execução no terreno. N m passado mais recente, acumulou novas responsabilidades, tendo assumido a coordenação comercial.  Agora, em 2025, Leandro Silva assume oficialmente a coordenação Operacional da Picos de Aventura, acumulando esta função com a de coordenador Comercial.

Por sua vez, Pedro Tadeu regressa à empresa onde esteve entre 2008 e 2018 como skipper e guia turístico. Com mais de 15 anos de experiência no setor, este profissional traz consigo uma sólida formação em Relações Públicas e Comunicação, complementada por um Minor em Gestão pela Universidade dos Açores. Além disso, a sua experiência como gestor de projetos na Direção Regional de Apoio ao Investimento e Competitividade consolidou o seu perfil como um profissional versátil e orientado para resultados.

Na sua nova função, Pedro Tadeu será responsável pela gestão da equipa, organização logística e supervisão das operações marítimas. A sua visão estratégica e competências práticas serão determinantes, segundo a Pico de Aventura, para garantir a excelência na entrega de serviços e criar experiências memoráveis aos clientes.

Adicionalmente, Luís Botelho mantém-se como coordenador das Atividades de Terra, função que desempenha desde janeiro de 2024.

Carlos Baptista e João Rodrigues, administradores da Picos de Aventura, referem que a empresa de animação turística inicia agora uma nova fase organizacional e não poderiam estar mais satisfeitos com a atual equipa de coordenação, para sublinhar que destacar que “asseguramos as condições necessárias para continuar a inovar com responsabilidade, mantendo a qualidade de serviço que nos caracteriza.”

 

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Disney anuncia sétimo parque temático em Abu Dhabi

A The Walt Disney Company e a Miral anunciaram ter chegado a acordo para a construção do sétimo parque temático Disney em Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos), mais concretamente, na ilha de Yas.

Depois de Orlando, Califórnia, Paris, Tóquio, Hong Kong e Xangai, a The Walt Disney Company anunciou o sétimo parque temático a ser construído em Abu Dhabi, tornando-se no primeiro complexo de parques temáticos da empresa no Oriente Médio.

Sem divulgar quando ficará pronto e nem qual o seu nome oficial, sabe-se que o futuro parque Disney ficará localizado na ilha de Yas onde já figuram o Ferrari World, o Waterworld, o Warner Bros. World e o Sea World.

Certo é que a construção do parque ficará sob responsabilidade da Miral, o principal criador de destinos e experiências imersivas em Abu Dhabi, destacando Robert A. Iger, Chief Executive Officer da The Walt Disney Company, e Mohamed Khalifa Al Mubarak, Chairman da Miral, que “os Emirados Árabes Unidos estão localizados a apenas quatro horas de voo de um terço da população mundial, o que os torna um importante ponto de entrada para o turismo”.

Já Josh D’Amaro, presidente da Disney Experiences, refere no site da Disney que “o nosso resort em Abu Dhabi será o destino mais avançado e interativo do nosso portefólio. A localização do nosso parque é verdadeiramente única – situado junto a uma deslumbrante zona ribeirinha – o que nos permitirá contar as nossas histórias de formas totalmente novas. Este projeto irá chegar a um público completamente novo, acolhendo mais famílias do que nunca para viverem a magia da Disney. No fundo, será uma celebração do que é possível quando a criatividade e o progresso se unem.”

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2025 promete trazer novos e cada vez melhores navios de cruzeiro

Para este ano, está prevista a inauguração e respetiva entrada em funcionamento de vários navios de cruzeiros, que contam com características ainda mais inovadoras, prometendo revolucionar este setor.

Este ano promete trazer a entrada em funcionamento de vários navios de cruzeiro, embarcações que, tal como as que entraram em funcionamento nos anos mais recentes, são ainda mais sustentáveis e inovadoras, e que têm em comum a oferta de experiências marcantes em alto mar.

Uma das companhias de cruzeiros que vão contar com novidades a este nível é a MSC Cruzeiros, cuja inauguração do MSC World Asia está prevista para 2026. O navio, cujo batismo está previsto para 11 de dezembro do próximo ano e que, segundo Eduardo Cabrita, diretor-geral da MSC Cruzeiros, vai passar a temporada inaugural no Mediterrâneo Ocidental, já tem itinerários disponíveis para reserva para o inverno e verão de 2026.

“O navio oferecerá mais de 40 bares, lounges e restaurantes, juntamente com entretenimento internacional, uma série de espaços familiares e muito mais para proporcionar a melhor experiência de cruzeiro”, explica o responsável ao Publituris, revelando que o navio vai fazer “itinerários de sete noites para os destinos mais populares no Mediterrâneo Ocidental- Barcelona (Espanha), Marselha (França), Génova, Civitavecchia, Messina (Itália) e Valletta (Malta) com embarque acessível em todos os portos”. Já na temporada de verão de 2027, o MSC World Asia vai oferecer um itinerário de 7 noites com escalas em Barcelona, Marselha, Génova, Nápoles, Messina e Valletta.

Eduardo Cabrita explica que, seguindo os passos do seu navio-irmão, “o MSC World Asia terá sete distritos a bordo, cada um com a sua própria atmosfera, instalações e experiências, concebidos para melhorar a experiência de cruzeiro, permitindo que cada passageiro crie umas férias únicas e exclusivas e maximize o seu ste ano promete trazer a entrada em funcionamento de vários navios de cruzeiro, embarcações que, tal como as que entraram em funcionamento nos anos mais recentes, são ainda mais sustentáveis e inovadoras, e que têm em comum a oferta de experiências marcantes em alto mar. Uma das companhias de cruzeiros que vão contar com novidades a este nível é a MSC Cruzeiros, cuja inauguração do MSC World Asia está prevista para 2026. O navio, cujo batismo está previsto para 11 de dezembro do próximo ano e que, segundo Eduardo Cabrita, diretor-geral da MSC Cruzeiros, vai passar a temporada inaugural no Mediterrâneo Ocidental, já tem itinerários disponíveis para reserva para o inverno e verão de 2026. “O navio oferecerá mais de 40 bares, lounges e restaurantes, juntamente com entretenimento internacional, uma série de espaços familiares e muito mais para proporcionar a melhor experiência de cruzeiro”, explica o responsável ao Publituris, revelando que o navio vai fazer “itinerários de sete noites para os destinos mais populares no Mediterrâneo Ocidental- Barcelona (Espanha), Marselha (França), Génova, Civitavecchia, Messina (Itália) e Valletta (Malta) com embarque acessível em todos os portos”. Já na temporada de verão de 2027, o MSC World Asia vai oferecer um tempo a bordo”.

O navio distingue-se também para sustentabilidade, já que o MSC World Asia será “movido a gás natural liquefeito, um combustível que permite uma transição direta para o gás natural liquefeito bio e sintético renovável”. Além disso, o navio “estará equipado com a ligação de energia em terra, o que permite que os motores do navio sejam desligados, enquanto estão no porto, eliminando as emissões locais e reduzindo o impacto na qualidade do ar local”, explica Eduardo Cabrita.

Mas o MSC World Asia está longe de ser o único navio com inauguração prevista para os próximos tempos. Nos últimos dias, a MSC Cruzeiros inaugurou também o MSC World America, navio que é o segundo da World Class da MSC Cruzeiros e que será o primeiro a contar com sete distritos a bordo, combinando o estilo europeu com o conforto americano.

Mas, além das MSC Cruzeiros, há várias outras companhias de cruzeiros que contam inaugurar novos navios nos próximos tempos, a exemplo da Royal Caribbean International, que vai receber, em breve, dois novos navios de cruzeiro da classe Icon. “Na Royal Caribbean teremos dois novos navios, e ambos da classe Icon”, indica Francisco Teixeira, explicando que o Star of the Seas vai contar com uma “base em Port Canaveral a partir de agosto de 2025, com cruzeiros pelas Caraíbas”, enquanto o Legend of the Seas entra em funcionamento a partir de agosto de 2026, com cruzeiros de Barcelona pelo Mediterrâneo.

“Estes navios dispõem de uma grande diversidade de atividades, espetáculos e restaurantes incluídos para todos os grupos etários. Consideramos um cruzeiro nestes navios como as melhores férias em família”, afirma Francisco Teixeira.

Já a Celebrity Cruises vai ter o lançamento de mais um navio da série Edge, o Celebrity Xcel, que segundo Francisco Teixeira conta “com o novo The Bazar onde serão retratados espetáculos culturais dos destinos que visita”. “Os navios desta série são elegantes, com um design dos interiores desenvolvidos por famosos arquitetos, e onde a gastronomia e o serviço são destaques”, explica o responsável.

Já a Costa Cruzeiros adianta ao Publituris que, por enquanto, não tem planos para a inauguração de novos navios, já que os atuais “foram recentemente renovados, portanto, no momento, não há previsão para a chegada de novas embarcações para a Costa Cruzeiros”.

Várias companhias com inaugurações previstas para os próximos anos
Em breve, esperam-se também novidades na Virgin Voyages e na Princess Cruises, companhias de cruzeiros que contam, ambas, com a chegada de novas embarcações. No caso da Princess Cruises, 2025 vai trazer, no terceiro trimestre do ano, a inauguração do Star Princess, navio que é irmão gémeo do Sun Princess e que, tal como Brilliant Lady, da Virgin Voyages, começa a operar no terceiro trimestre deste ano, contando ambos “já com um bom avanço nas vendas para 2026”, segundo António Pinto da Silva, diretor comercial da Mundomar Cruzeiros.

Já Ana Bento, Operations Manager do Um Mundo de Cruzeiros, lembra que 2025 vai ficar marcado pela inauguração do terceiro navio Ritz-Carlton, o LUMINARA ALLURA, navio que pertence à classe Vista e que tem chegada prevista para julho.

Já a Windstar recebe o novo Star Seeker a 28 de dezembro de 2025, sendo ainda de assinalar que a Disney vai dar “as boas-vindas ao Disney Destiny em novembro e ao Disney Adventure em dezembro”.

É caso para dizer que, os próximos anos, vão ficar marcados pela chegada de vários navios de cruzeiros, num aumento de oferta e qualidade que promete impulsionar as vendas destes segmentos.

Novos navios que chegam nos próximos anos

MSC Cruzeiros: MSC World America em abril de 2025 e MSC World Asia em 2026;
Royal Caribbean International: Star of the Seas e Legend of the Seas em 2025 e 2026, respetivamente;
Celebrity Cruises: Celebrity Xcel em novembro de 2025;
Princess Cruises: Inaugura o Star Princess no terceiro trimestre;
Virgin Voyages: Brilliant Lady vai ser inaugurado no terceiro trimestre de 2025;
Ritz-Carlton: Inaugura em julho o terceiro navio, o LUMINARA ALLURA;
Windstar: Recebe o novo Star Seeker a 28 de dezembro de 2025;
Disney Cruises: Dá as boas-vindas ao Disney Destiny em novembro e ao Disney Adventure em dezembro.

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Cruzeiros esperam verão positivo e já navegam rumo ao inverno e a 2026

Com as vendas para o verão de 2025 ainda a decorreram a bom ritmo, muitas companhias de cruzeiros estão já a vender o inverno e o verão do próximo ano, para os quais as expectativas são igualmente positivas. Entre os destaques, estão as partidas de portos nacionais, assim como os destinos que os portugueses procuram habitualmente, apesar de também estarem a surgir novas tendências de destinos.

O facto de a Páscoa, este ano, se assinalar apenas em abril atrasou ligeiramente as vendas para o verão de 2025 no sector dos cruzeiros, no entanto, a temporada promete correr de forma positiva, com crescimentos face ao mesmo período de 2024, segundo as companhias de cruzeiros e operadores que representam várias destas companhias em Portugal que o Publituris foi ouvir. De uma forma geral, todos se mostram agradados com este verão e entusiasmados em relação às próximas temporadas. “As vendas para navegar em 2025 estão cerca de 10% acima do ano passado”, diz ao Publituris Ana Bento, Operations Manager do Um Mundo de Cruzeiros, operador especialista na indústria e que trabalha com várias companhias de cruzeiros de luxo. Segundo a responsável, “o maior crescimento regista-se nos cruzeiros para destinos mais distantes, especialmente no Alasca, na Ásia e na Austrália e Nova Zelândia”, sendo que “também os cruzeiros de expedição na Antártida e no Ártico” registam uma procura positiva.

Ana Bento assinala, contudo, que o facto das férias de Páscoa se assinalarem apenas em abril “abrandou as vendas do verão 2025” face ao mesmo período do ano passado. “Apesar disso, estamos à frente nas vendas. Por conseguinte, continuamos otimistas quanto às vendas para o verão de 2025 a partir do final de abril para navegar na Europa”, explica a responsável.

Tal como o Um Mundo de Cruzeiros, também a Mundomar Cruzeiros e a Melair Cruzeiros se mostram satisfeitas com as vendas, com António Pinto da Silva, diretor Comercial do operador que representa em Portugal a Princess Cruises e a Virgin Voyages, mas que vende também o produto de várias outras companhias, a explicar que “as vendas para 2025 ainda estão a decorrer com alguma expetativa”, uma vez que “há sempre clientes ‘last minute’”, o que deverá levar a um aumento das vendas nas próximas semanas.

No caso da Mundomar Cruzeiros, a maior procura centra-se no “Mediterrâneo (pela proximidade), seguindo-se as Ilhas Gregas, as Ilhas Britânicas, os Fiordes, o Alasca (onde a Princess Cruises tem metade da sua frota no verão), para além da América do Sul e a Ásia”. Já Francisco Teixeira, CEO da Melair Cruzeiros, que representa em Portugal as companhias do grupo Royal Caribbean, explica que “as vendas para o verão de 2025 estão a correr muito bem, registando-se um volume de passageiros superior ao mesmo período de 2024, tanto na Royal Caribbean como na Celebrity Cruises”.

De acordo com o responsável, “o Mediterrâneo e as ilhas Gregas continuam a ser os destinos mais procurados pelos portugueses, logo seguido das Caraíbas e Bahamas”, onde existe também um “grande interesse pelos itinerários que visitam a ilha privada “Perfect Day at Cococay””, que o grupo Royal Caribbean detém na região. No entanto, acrescenta Francisco Teixeira, “o destino de destaque foi o Japão com a Celebrity Cruises”.

Satisfeitas com a forma como tem decorrido a procura para o verão de 2025 estão ainda a MSC Cruzeiros e a Costa Cruzeiros, que também relatam ao Publituris uma tendência de aumento.

“As vendas para o verão 2025 tiveram um aumento de ritmo nas últimas três semanas aproximando-se da tendência do ano anterior”, revela Eduardo Cabrita, diretor-geral da MSC Cruzeiros, que aponta “uma procura mais acentuada por destinos como as Caraíbas, devido ao lançamento do MSC World America”, navio que a companhia inaugurou no passado dia 9 de abril, assim como “pelo Norte da Europa, uma vez que o MSC Poesia tem mais cruzeiros de sete noites a partir de Copenhaga do que no ano anterior”.

Apesar disso, o responsável diz que também “os cruzeiros no Mediterrâneo, seja Ocidental e Oriental, assim como os cruzeiros com saída e chegada a Lisboa no MSC Musica, estão sempre na crista das reservas”. Na Costa Cruzeiros, Luigi Stefanelli, Vice President Worldwide Sales, também confessa que a companhia de cruzeiros italiana está a viver uma temporada positiva, com o verão de 2025 a prometer mesmo “ser um dos mais movimentados para o setor de cruzeiros”. Para a Costa Cruzeiros, são os “itinerários pelo Mediterrâneo e Norte da Europa a liderar as escolhas dos portugueses”.

Inverno 2025/2026 igualmente em alta
A decorrer estão já também as vendas para o inverno 2025/2026, que também têm trazido boas indicações para a generalidade dos intervenientes consultados pelo Publituris.

“O Inverno 2025-2026 está com uma tendência muito boa, quase o dobro dos números em comparação com o ano anterior pela mesma altura”, indica Eduardo Cabrita, atribuindo o sucesso das vendas ao “facto de o MSC Musica com partida do Funchal estar disponível há mais tempo do que no ano anterior”, ainda que, também em determinadas áreas como as Caraíbas, Emirados Árabes Unidos e Mediterrâneo, a MSC Cruzeiros tenha já “mais do dobro de vendas do que no ano anterior”.

O responsável diz ter ainda “grandes expectativas” para os cruzeiros com embarque e desembarque no Funchal, uma vez que a MSC Cruzeiros vai oferecer “maioritariamente cruzeiros regulares de sete noites, o que constitui uma grande diferença em relação ao Inverno 2024/2025 em que havia uma mistura de itinerários com várias noites diferentes”.

Igualmente satisfeito e otimista mostra-se Luigi Stefanelli, que lembra que “as projeções para o inverno de 2025/2026 indicam um desempenho sólido para o setor de cruzeiros, impulsionado pelo desejo dos viajantes de fugir do frio e explorar destinos como as Caraíbas, América do Sul, Emirados e Ásia”. “Essas regiões destacam-se como favoritas, oferecendo clima quente e paisagens deslumbrantes”, acrescenta, destacando, contudo, “as saídas do Funchal a bordo do Costa Fortuna, com cruzeiros de sete noites entre dezembro de 2025 e abril de 2026”, como “a grande novidade” da Costa Cruzeiros para o próximo inverno.

Já Francisco Teixeira refere que, na Melair Cruzeiros, são os “destinos longínquos” que são mais comercializados “na temporada de inverno”, cuja duração varia entre as sete e as 14 noites. “A Ásia é o destino mais procurado, seguido pela América do Sul e Austrália e Nova Zelândia, mas verificamos já uma forte procura pelos cruzeiros pelas Bahamas”, explica o CEO da empresa.

E também António Pinto da Silva diz ter “expectativas muito boas” para o próximo inverno, lembrando que tanto a Princess Cruises como a Virgin Voyages vão inaugurar novos navios, que começam a operar no terceiro trimestre e que oferecem uma perspetiva positiva para as vendas também do inverno 2025/2026. “Com estes dois navios, a nossa oferta de itinerários aumenta consideravelmente, sendo que a grande novidade é que ambos vão fazer itinerários no Alasca em 2026. Assim, crescemos ainda mais a grande oferta que já temos para este destino”, acrescenta o responsável.

Verão 2026 também já está à venda
Já à venda está também grande parte da programação para o verão de 2026 e com boa 46 procura. “2026 está muito à frente do que estávamos em 2024 ou 2025, nesta altura”, adianta Ana Bento, que defende que “os clientes estão cada vez mais conscientes de que a reserva antecipada os ajuda a obter espaço a melhores preços, especialmente nos destinos de longo curso, que se esgotam muito mais cedo”. A responsável lembra, contudo, que, “para os cruzeiristas de luxo, o verão não é a principal data de navegação. Este tipo de cliente também navega durante o resto do ano noutros destinos quentes como a Ásia, Austrália e Nova Zelândia, América do Sul e Caraíbas, para além da Europa no verão”.

Já António Pinto da Silva afirma que, “desde que o produto é carregado no sistema, as vendas começam a acontecer”. “Para se ter uma ideia, já estamos a vender para 2027, principalmente para aqueles itinerários mais concorridos como as Voltas ao Mundo”, exemplifica.

As vendas para a temporada de verão 2026 estão, segundo o responsável, “em velocidade de cruzeiro”, apesar do diretor comercial da Mundomar Cruzeiros considerar que “o mercado português não responde com tanta antecedência, a não ser nos muitos pedidos de grupos” que o operador também costuma receber.

O verão de 2026, na Mundomar Cruzeiros, vai ficar marcado pela aposta nos programas Tudo Incluído, com avião, transfers, hotel, cruzeiro e guia acompanhante, além dos “programas com guia permanente a bordo e dos Cruzeiros MOVE-TE!”, onde a Mundomar Cruzeiros tem “uma grande equipa a bordo em datas pré-estabelecidas para animar” os seus passageiros.

Realidade idêntica vive a Melair Cruzeiros, com Francisco Teixeira a revelar que “as vendas para o verão de 2026 começaram em novembro de 2024 e seguem a bom ritmo”. “Verificamos que o mercado está a reservar as suas férias com maior antecedência e já percebeu que poderá encontrar mais e melhores opções dentro do seu budget”, refere o responsável, que aconselha uma antecipação de 12 a 15 meses na compra de um cruzeiro.

Para a Melair Cruzeiros, o verão do próximo ano vai trazer “diversos destaques”, a começar logo pelo “lançamento do novo conceito Royal Beach Club nos destinos de Nassau, na praia de Paradise Island e Cozumel”. “Será um clube exclusivo, e comercializado apenas para os passageiros do Grupo Royal Caribbean, com praia, piscina, restaurante e cabanas”, explica, indicando ainda que, a nível de destinos, os destaques vão ser “o Japão, o Alasca e as Caraíbas/ Bahamas, mantendo-se o Mediterrâneo as ilhas Gregas como o principal destino”.

Na Costa Cruzeiros, as vendas para a temporada de verão de 2026 tiveram início “em outubro de 2024”, sendo que também Luigi Stefanelli considera que “os clientes portugueses demonstram uma tendência de reserva antecipada, aproveitando as diferentes campanhas disponíveis”.

Quanto a destinos, os destaques vão para os itinerários que o Costa Fortuna vai continuar a oferecer na Grécia e Turquia, com partida de Atenas, com o responsável a explicar que a manutenção da aposta neste itinerário que visita Istambul, Mykonos, Rodes, Heraklion e Santorini, entre maio e outubro, se deve “à alta procura” que ele tem registado. Já os navios Costa Smeralda e Costa Toscana vão operar cruzeiros semanais pelo Mediterrâneo Ocidental, explorando destinos em Itália, França e Espanha, ainda que a grande novidade seja o novo itinerário de uma semana do Costa Fascinosa, desde Atenas, que visita “quatro ilhas em Itália, Grécia e Malta, como Argostoli (Kefalonia), Mykonos, Sicília (Catânia), Taranto e Valletta”.

E também na MSC Cruzeiros as vendas para o verão de 2026 já começaram, com Eduardo Cabrita a indicar que a companhia de cruzeiros já tem “algumas vendas para o verão 2026”, apesar de considerar que “ainda é cedo para tirar conclusões, uma vez que o foco da companhia neste momento é o verão 2025”. Ainda assim, o responsável revela que, para o verão 2026, a MSC Cruzeiros vai “apresentar muitas novidades”, que vão ser conhecidas à medida que essa temporada se for aproximando. “Por agora, podemos mencionar dois grandes destaques: em primeiro lugar, a inauguração do MSC World Asia que navegará no Mediterrâneo Ocidental a partir de dezembro de 2026, com itinerários de inverno e verão já disponíveis para reserva, e ainda os nossos itinerários para o Alasca. Será a primeira vez que a MSC Cruzeiros oferecerá cruzeiros para o Alasca, com itinerários de sete noites de maio a setembro de 2026, a partir de Seattle, para destinos como Ketchikan, Icy Strait Hoonah, Tracy Arm, Juneau (Alasca, EUA) e Victoria (Colúmbia Britânica, Canadá)”, congratula-se o responsável da MSC Cruzeiros.

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Marina de Vilamoura volta a ser palco do International Boat Show

A Marina de Vilamoura volta a ser o palco privilegiado para a apresentação das principais novidades do setor náutico. A 28ª edição do International Boat Show terá lugar entre os dias 7 e 15 de junho de 2025, das 11h00 às 21h00, com entrada livre.

Esta edição, organizada conjuntamente pela Marina de Vilamoura e FIL – Feira Internacional de Lisboa aposta nos novos lançamentos das principais marcas, inovações tecnológicas e experiências exclusivas, reunindo os principais protagonistas da indústria náutica nacional e internacional.

Desde 1997, este evento tem contribuído para afirmar Vilamoura como um destino de excelência na náutica de recreio, e este ano, a organização promete que não será exceção, já que a maior marina do país proporciona condições únicas para a exposição de embarcações na água, num formato que respeita os mais altos padrões internacionais

O Marina de Vilamoura International Boat Show atrai empresas líderes do setor, que aproveitam o evento para apresentar embarcações novas e seminovas (brokerage), assim como as últimas novidades em acessórios, equipamentos e serviços integrados. As reservas de espaço já começaram e a expectativa aponta para uma edição com participação recorde.

Todos os anos, o evento recebe compradores, investidores, media, reguladores, entusiastas da náutica e público em geral, tornando-se um verdadeiro ponto de encontro entre profissionais e apaixonados pelo mar.

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ÉvoraWine celebra 10ª edição com 300 vinhos em prova

A 10.ª edição do ÉvoraWine vai reunir, nos dias 23 e 24 de maio, vai reunir 50 produtores que darão a provar cerca de 300 referências de vinhos alentejanos. A organização estima recorde de 10 mil visitantes.

Para além de se associarem a esta celebração simbólica, os produtores pretendem dar a conhecer os seus néctares a visitantes nacionais e internacionais que, ano após ano, enchem a Praça do Giraldo para participar naquele que é já considerado o maior evento vínico do Alentejo.

Com entrada livre e copo oficial de prova disponível a 15 euros, o ÉvoraWine espera receber cerca de 10 mil visitantes ao longo dos dois dias.

O evento arranca na sexta-feira, 23 de maio, às 18h00, com a sessão de abertura e a entrega dos prémios “Por todo o Alentejo”, que reconhecem as personalidades que se destacam nas áreas do vinho, da gastronomia e da cultura.

Durante os dois dias, a Praça do Giraldo será palco de um ambiente vibrante que combina provas vínicas, gastronomia e música ao vivo.

Para fechar com chave de outro, outra das grandes novidades da edição comemorativa é a festa de encerramento “ÉvoraWine Party”, que acontece no sábado, 24 de maio, a partir das 22h30, na Horta das Laranjeiras.

À semelhança de edições anteriores, será também possível saborear pratos típicos alentejanos preparados por restaurantes parceiros, num convite à descoberta da gastronomia da região em plena harmonia com o vinho.

A 10ª edição deste evento, que tem como parceiros a Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, a Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), a Câmara Municipal de Évora, a Confraria dos Enófilos do Alentejo e a Confraria da Gastronomia do Alentejo, reúne produtores, especialistas e entusiastas num ambiente de celebração e promoção da região. Criado há uma década, o evento tem desempenhado um papel fundamental na valorização do setor vitivinícola e no reforço da notoriedade do Alentejo como destino de enoturismo, considera a organização.

 

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Estratégia do turismo de VRSA mantém foco na sustentabilidade, inovação e valorização do território

O novo Plano Estratégico de Desenvolvimento e Marketing Turístico de Vila Real de Santo António (VRSA), é um documento orientador que estabelece a visão, os objetivos e as ações prioritárias para posicionar o concelho como um destino turístico mais competitivo, atrativo e sustentável. São 38 iniciativas para concretizar até 2030.

A sessão de apresentação do documento, que aconteceu em Monte Gordo, contou com a presença do presidente da Câmara Municipal, Álvaro Araújo, do vice-presidente, Ricardo Cipriano, e do restante executivo, e reuniu dezenas de empresários e profissionais ligados ao setor do turismo e da restauração. A apresentação técnica esteve a cargo do IPDT – Turismo e Consultoria, parceiro na elaboração do plano.

O plano, de acordo com a autarquia, resulta de um processo participado, que envolveu a auscultação da comunidade local e dos agentes económicos do setor. O objetivo foi garantir que o documento final refletisse as necessidades reais do território e propõe respostas ajustadas à identidade de Vila Real de Santo António.

Segundo a estratégia traçada, o concelho deve afirmar-se como um destino turístico de excelência, capaz de gerar valor durante todo o ano, com base na valorização dos seus recursos naturais e culturais, na qualificação da oferta e na diversificação das experiências propostas aos visitantes.

A ação prevista está estruturada em quatro eixos estratégicos:  Governança e sustentabilidade; Qualificação e valorização territorial; Promoção e comunicação; e Inovação e empreendedorismo.

Estes eixos definem a linha de rumo para os próximos anos e enquadram um conjunto ambicioso de sete grandes objetivos estratégicos, entre os quais se destacam o reforço da notoriedade de Vila Real de Santo António enquanto destino turístico, a captação de investimento privado, a redução da sazonalidade da procura, a qualificação dos profissionais do setor, a promoção da transformação digital, a valorização do património identitário, e o equilíbrio entre crescimento económico e sustentabilidade ambiental.

Para dar corpo a esta estratégia, o plano define três grandes programas de ação, que se desdobram em 38 iniciativas estratégicas e que incluem, nomeadamente o reforço da promoção do destino em mercados prioritários, a criação de novas experiências turísticas, com enfoque em produtos náuticos, culturais e de natureza, a dinamização da marca turística do concelho, a valorização da Baía de Monte Gordo e do património do Guadiana e a estruturação de redes e parcerias estratégicas com operadores e entidades regionais.

O apoio ao empreendedorismo e à inovação nos setores relacionados com o turismo e o compromisso político com uma estratégia de longo prazo são outras matérias consideradas fundamentais pelo novo plano, cuja implementação será feita de forma faseada, com avaliações periódicas e espaço para adaptação à evolução do setor. O município compromete-se com uma ação coordenada, sustentável e em proximidade com a comunidade, apostando numa nova etapa para o turismo local.

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Movimentação de passageiros na Europa impulsionada por voos internacionais com tráfego doméstico estagnado

De acordo com os dados da ACI Europe, a movimentação de passageiros nos aeroportos europeus, no primeiro trimestre de 2025, continuou a registar uma evolução global, impulsionado pelos voos internacionais, com o tráfego doméstico a estagnar. O crescimento de 4,3% do primeiro trimestre de 2025 compara, no entanto, com a subida de 10,2% de igual período de 2024.

O mais recente relatório da ACI Europe, revela que o tráfego de passageiros na rede aeroportuária europeia aumentou 4,3% durante o primeiro trimestre de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Estes dados comparam com um crescimento de 10,2% no primeiro trimestre de 2024 face ao primeiro trimestre de 2023, enquanto relativamente aos níveis pré-pandemia (primeiro trimestre de 2019), o tráfego de passageiros situou-se em +3,2%.

O crescimento no volume de passageiros no primeiro trimestre de 2025 foi inteiramente impulsionado pelo tráfego internacional (+5,7%), uma vez que o tráfego doméstico se manteve inalterado (0%) em relação ao mesmo período do ano passado. Comparando com os níveis pré-pandemia (primeiro trimestre de 2019), o tráfego internacional de passageiros no primeiro trimestre de 2025 situou-se em +8,9%, enquanto o tráfego doméstico manteve-se negativo (‑12,8%).

O crescimento mensal homólogo abrandou ao longo do primeiro trimestre de 2025 — de +6,9% em janeiro para +3,4% em fevereiro e +3% em março, sendo que este último reflete o facto de a Páscoa ocorrer em abril do presente exercício.

Os aeroportos fora do mercado da União Europeia (UE) superaram a média europeia no primeiro trimestre de 2025, com o tráfego de passageiros a aumentar +5,7% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Este crescimento foi impulsionado pela recuperação dos aeroportos em Israel (+60,4%), bem como pelos resultados nos mercados de rápido crescimento da Moldávia (+56%), Bósnia e Herzegovina (+41,7%), Kosovo (+15,6%), Uzbequistão (+15,5%), Albânia (+9,1%) e Geórgia (+8,5%). Entretanto, o tráfego de passageiros manteve-se estável na Turquia (0%) e continuou a diminuir na Rússia.

Já o tráfego de passageiros cresceu 4,1% no mercado da UE, onde persistiram desvios significativos entre os desempenhos dos mercados nacionais. Os aeroportos da Eslováquia (+15,9%), Polónia (+15,4%), Hungria (+14,7%), Malta (+13,9%) e Lituânia (+13%) registaram os melhores resultados, juntamente com os da Croácia (+9,6%), Roménia (+9,2%) e Grécia (+8,8%).

Por outro lado, o tráfego de passageiros diminuiu na Islândia (‑2,5%), Suécia (‑2,2%) e Irlanda (‑0,5%) e manteve-se fraco na Alemanha e na Áustria (ambas com +1,1%), bem como na Suíça (+1,6%) e no Reino Unido (+1,7%).

Entre os outros grandes mercados UE+, Itália (+6,6%) destacou-se, seguida por Espanha (+4,5%) e França (+4,2%).

A análise da ACI Europe adiantam, também que se registaram diferenças significativas de desempenho no tráfego de passageiros no primeiro trimestre de 2025 entre os diversos segmentos da indústria aeroportuária, em comparação com o mesmo período do ano anterior. “Estas diferenças refletem uma pressão competitiva acrescida, resultante de alterações estruturais no mercado da aviação após a pandemia”, refere a entidade, salientando que esta realidade “é ainda evidenciada pelo facto de o tráfego de passageiros se manter abaixo dos níveis pré-pandemia (primeiro trimestre de 2019) em 44% dos aeroportos europeus”.

Olivier Jankovec, diretor-geral da ACI Europe, refere que os dados do primeiro trimestre “mostram que o boom das viagens pós-pandemia está a esmorecer, à medida que caminhamos para taxas de crescimento ‘normalizadas’ nos volumes de passageiros, com a procura a manter-se, em geral, resiliente até agora”.

Segundo Jankovec, isto reflete a “prioridade que os consumidores continuam a dar às experiências, apesar de um ambiente económico cada vez mais desafiante, bem como o dinamismo dos mercados de aviação nas regiões Leste e Sul do nosso continente e na Ásia Central.”

E o diretor-geral da ACI Europe conclui que, “embora a procura transatlântica esteja a enfraquecer, esperamos que a componente europeia se desloque para outros mercados e mantemos confiança na época de Verão. A grande incógnita é o que acontecerá a partir do próximo Inverno, face à incerteza macroeconómica sem precedentes que enfrentamos agora como resultado do ‘ataque’ da administração Trump ao sistema multilateral de comércio global. Isto significa que, para além da geopolítica e das atuais pressões na oferta — desde atrasos na entrega e manutenção de aeronaves até limitações de capacidade nas infraestruturas — e do foco das companhias aéreas na rentabilidade em vez da expansão da capacidade, poderemos assistir a uma pressão descendente sobre a procura a tornar-se uma realidade.”

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V Convenção do Grupo DIT marcada para 30 de outubro a 2 de novembro em Huelva

A V Convenção do Grupo DITGestión vai acontecer em Huelva, de 30 de outubro a 2 de novembro de 2025, cujo objetivo é reforçar a região da Andaluzia como um ponto estratégico para este encontro profissional de caráter bienal.

A escolha de Huelva não é aleatória, refere o grupo de gestão de agências de viagens, uma vez que já foi palco da edição de 2021. Também, o hotel Barceló Punta Umbría Beach Resort volta a acolher este encontro profissional. O complexo apresenta-se como o local ideal para receber os mais de mil participantes esperados este ano, oferecendo infraestruturas adequadas tanto para sessões de trabalho como para atividades lúdicas e de networking.

É de destacar a crescente presença das agências de viagens da DIT Portugal neste evento. Embora a delegação portuguesa do grupo organize a sua própria convenção, também de carater bienal, a participação das agências de viagens de Portugal tem vindo a aumentar a cada edição.

Refira-se que esta convenção irá abordar o crescimento do turismo português na Andaluzia, além, naturalmente, do turismo espanhol. Por este motivo, a organização reservou um espaço específico e de grande relevância para estas agências de viagens dentro do programa.

Tal como em 2023, quando a Convenção teve lugar em Cádis, o evento terá a duração de quatro dias, de quinta-feira a domingo. Esta extensão, implementada para permitir um programa mais completo e adaptado às necessidades dos participantes, revelou-se um sucesso e, por isso, o formato será repetido nesta nova edição.

Desde a sua primeira edição em Benalmádena (2017), seguida por Peñíscola (2019), Punta Umbría (2021) e Cádis (2023), a convenção da DITGestión tornou-se um evento de referência para as agências de viagens associadas ao grupo. Para além de oferecer um espaço de formação e atualização profissional, o evento representa uma oportunidade para reforçar a rede de contactos entre agentes de viagens, fornecedores e representantes do setor.

 

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