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Mais oito localidades no país classificadas como “Aldeias de Portugal”

Podence, Algoso, Argas, Folhense, Moimenta da Raia, Sambade, Vale de Ílhavo e Alte são as oito localidades que passam a exibir o selo “Aldeias de Portugal”, certificado pela Associação do Turismo de Aldeia.

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Podence, Algoso, Argas, Folhense, Moimenta da Raia, Sambade, Vale de Ílhavo e Alte são as oito localidades que passam a exibir o selo “Aldeias de Portugal”, certificado pela Associação do Turismo de Aldeia.

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A marca que atesta a identidade dos territórios mais genuínos do país chega agora a oito novas aldeias. Uma delas é Podence, onde o Entrudo Chocalheiro integra desde 2019 o Património Cultural Imaterial da Humanidade, mas outras caraterísticas de ruralidade portuguesa ainda aguardavam certificação pela Associação do Turismo de Aldeia. Algoso, Argas, Folhense, Moimenta da Raia, Sambade e Vale de Ílhavo são as outras localidades que passam a exibir o selo “Aldeias de Portugal”, que também fica reforçado na região do Algarve, com a adesão de Alte.

Após alguns meses de análise aos diferentes aspetos exigidos para candidatura, o júri de especialistas que integra a Comissão de Avaliação das Aldeias de Portugal aprovou a adesão de oito novas localidades à rede das mais genuínas do país. Dos novos destinos classificados como “Aldeias de Portugal” pela Associação do Turismo de Aldeia (ATA), dois situam-se no distrito de Aveiro – são eles Folhense, no concelho de Vale de Cambra, e Vale de Ílhavo, no município de Ílhavo – e quatro localizam-se no distrito de Bragança – como é o caso de Algoso, no concelho de Vimioso; Moimenta da Raia, no de Vinhais; Podence, em Macedo de Cavaleiros; e Sambade, na Alfândega da Fé. A essas novas aldeias certificadas junta-se ainda Argas, no município de Caminha, em Viana do Castelo, e Alte, no concelho de Loulé, em Faro.

“Estamos particularmente orgulhosos destas adesões ao universo das Aldeias de Portugal, porque, além de evidenciarem a especial força da região Norte na preservação dos seus territórios mais tradicionais, também refletem o reforço geográfico da marca no Sul do país, cuja menor representatividade na rede era uma lacuna que lamentávamos”, afirma Teresa Pouzada, diretora da ATA.

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MAWDY mantém seguro Covid-19

Depois de a OMS ter declarado que o vírus Covid-19 deixou de se configurar como emergência sanitária global, o produto Covid-19 da MAWDY mantém-se disponível.

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Depois da Organização Mundial da Saúde (OMS) ter declarado que o vírus Covid-19 deixou de se configurar como emergência sanitária global, salvaguardando, contudo, que o vírus ainda se mantém ativo, podendo surgir novas variantes com efeitos relativamente imprevisíveis, os seguros de viagem da MAWDY passam a cobrir os efeitos da doença provocada por Covid-19, sempre que a doença impossibilite o segurado de viajar ou exija o recurso a serviços médicos de assistência, mesmo que não seja contratado o produto específico para cobrir Covid-19.

Assim, o produto Covid-19 ainda se manterá disponível para subscrição, uma vez que podem existir autoridades estatais que ainda exijam a menção “Covid-19” no certificado de seguro.

Em comunicado, a seguradora refere que “a manutenção deste produto também se afigura relevante para salvaguardar situações no futuro em que novas variantes possam surpreender, pois só esta solução cobre a decisão de não viajar perante um teste positivo a Covid-19, ainda que a contração do vírus não acarrete complicações de saúde” (basta o teste positivo para ativar o seguro).

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Cooltour Oporto galardoada com o Viator Experience Award 2023

A Viator, marketplace online norte americana dedicada a passeios, atribuiu pelo segundo ano consecutivo o prémio Viator Experience Award à Cooltour Oporto, empresa portuguesa, como um dos seus parceiros de topo em 2023 graças à sua atividade no Vale do Douro para pequenos grupos.

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Este prémio vem galardoar a dedicação e excelência desta PME no periodo pós-pandemia, e após várias distinções como Best of Wine Tourism 2018 pela Great Wine Capitals of the World e Best of the Best 2020 pela TripAdvisor considerando a Cooltour Oporto e a sua atividade no Vale do Douro como a melhor experiência vinícola e uma das 25 melhores experiências a fazer em todo o mundo, refere a empresa em nota de imprensa.

Partindo do Porto para o coração do Douro, esta atividade é feita exclusivamente em pequenos grupos, garantindo assim uma experiência mais personalizada para todos os viajantes que desejem conhecer a Região Demarcada do Douro e Património da Humanidade pela Unesco. “Para além de um serviço de excelência efetuado por guias especializados, esta viagem inclui ainda duas visitas vinícolas, um almoço típico e um passeio de barco, tudo feito em pequenos grupos, marcando de maneira autêntica e intimista, a experiência de quem nos visita” explica Ricardo Lopes, diretor geral da Cooltour Oporto.

Fundada em 2015, trata-se de uma empresa familiar de animação turística e agência de viagens sediada no Porto e que efetua vários passeios de índole cultural e vinícola com foco na região do Porto e Norte de Portugal. A empresa é especializada em experiências e passeios para pequenos grupos, que poderão ser escolhidos segundo uma base de atividades pré-desenhadas, ou serem feitos à medida de cada cliente ou grupo.

 

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FEITUR aposta na promoção do Sudoeste Alentejano como destino de turismo ativo e de natureza

Atividades na natureza, gastronomia, cultura, desporto e animação são os pontos fortes da FEITUR – Feira de Turismo do SW, agendada para os dias 9, 10 e 11 de junho, em Vila Nova de Milfontes.

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A FEITUR aposta na promoção do concelho de Odemira e do Sudoeste Alentejano como destino privilegiado para o turismo ativo e de natureza e é promovida em parceria entre o município de Odemira e a Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo.

O certame conta com a presença de unidades de alojamento e de empresas de animação turística, restaurantes, exposição de produtos agroalimentares, artesanato local, provas gastronómicas e muita animação.

Ao longo dos três dias, os visitantes são convidados a desfrutar do melhor que o concelho de Odemira tem para oferecer, com as “Experiências do Mira”, atividades gratuitas que irão permitir o batismo ou contacto com diversas modalidades, ou a pagar para quem tiver disponibilidade para usufruir com maior intensidade das atividades.

Do programa fazem parte passeios de barco no rio Mira, stand up paddle, kayak, surf, batismo de mergulho, canoagem, passeios de burro e pónei, caminhadas, jiu-jitsu, zumba, pilates, ténis e futebol de praia, insufláveis, bungee e trampolins.

Um dos pontos altos da FEITUR é a componente gastronómica que estará em destaque no Espaço Showcooking. Esta Feira de Turismo será também palco para um momento de reflexão com um colóquio alusivo à temática “Odemira: Turismo Cultural e Criativo”, agendado para o dia 9 de junho, pelas 15.00 horas.

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“Portugal poderá funcionar como ligação importante não só para os portugueses, mas também para outros mercados europeus”

De visita a Portugal, Tasneem Motara, Membro do Conselho Executivo para o Desenvolvimento Económico de Gauteng (África do Sul) e responsável pelo setor do turismo, admitiu querer que o número de portugueses a visitar o país regresse ao período pré-pandémico. Para tal, a oferta de experiências várias é um dos pontos que destaca, embora reconheça que uma ligação direta feita pela TAP seria uma mais-valia.

Victor Jorge

Em 2019, foram 30.000 os portugueses que viajaram até à África do Sul, números que desceu nos anos da pandemia, registando-se já uma recuperação. A razão que leva os portugueses a viajar até à África do Sul são as pessoas. Contudo, Tasneem Motara reconhece que o país tem muito mais para oferecer, reconhecendo, contudo, que uma ligação aérea – com a TAP – acrescentaria mais turistas portugueses a visitar a África do Sul e sul-africanos a visitarem Portugal.

O interesse e importância da África do Sul é, de resto, confirmada pelo facto das comemorações Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas serem iniciadas pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, entre 4 e 8 de junho, para depois “viajarem” até Peso da Régua.

Como se comportou o turismo na África do Sul em 2022?
O ano de 2022 foi marcado pela recuperação. A COVID-19, naturalmente, tive um impacto forte no turismo do país, já que antes da pandemia tínhamos cerca de 10 milhões de visitantes, número que baixou para 5,7 milhões durante a pandemia. Atualmente, penso que conseguimos estabilizar o número acima dos seis milhões, mas a nossa intenção e objetivo é chegar, rápida e novamente, aos 10 milhões de turistas.

E o que irão fazer para atingir, novamente, esses 10 milhões?
Duas coisas. Primeiro, estamos com as baterias apontadas à organização de grandes eventos e mostrar a capacidade da África do Sul para a organização e realização dos mesmos. Por isso, a aposta está, claramente, virada para o MICE. Estamos, também, a olhar para os grandes eventos desportivos e estamos a trabalhar em duas iniciativas que, tendo sucesso, conseguiremos dar a volta nos próximos dois anos.

Nestes últimos tempos temo-nos dedicado a organizar eventos internacionais mais pequenos, de forma a ressuscitar a indústria, mas iremos apostar forte e agressivamente no MICE.

Quando diz eventos internacionais, são eventos globais ou africanos?
Globais, essa é a estratégia âncora. Para tal, apostamos num marketing agressivo e mostrar a nossa oferta local disponível.

Não nos podemos, contudo, esquecer que, tal como a maioria das economias, também a África do Sul foi impactada pela pandemia e, por isso, a capacidade dos consumidores gastarem foi restringida. Daí estarmos a promover a oferta local junto dos sul-africanos e dizer que, se não tiverem possibilidade de viajar no próximo ano ou dois, existe uma economia local para explorar e enriquecer.

O mercado português faz parte de um crescente centro de turismo europeu que impulsionou o crescimento de mais de 16% nas chegadas à África do Sul até o final de 2022

À (re)descoberta de um país
Em Portugal, durante a pandemia, muitos portugueses (re)descobriram o seu país. Isso também aconteceu na África do Sul?
Sim, o que a COVID fez foi dar uma maior perceção às pessoas do que o país, efetivamente, oferece, as possibilidades que têm em interagir com pessoas, natureza e experiências. E como diz, foi possível verificar que muitos descobriram ou redescobriram o seu próprio país.

Isto também ajudou, em muito, as Pequenas e Médias Empresas (PME) e a economia local. Fez com que as pessoas procurassem novas experiências e, fundamentalmente, experiências com sentido. É uma tendência, mas é uma boa tendência.

E essa procura é só nacional ou também continental?
Na verdade, a grande maioria dos 10 milhões de visitantes que tínhamos eram continentais. Conseguimos atrair muitos turistas durante o nosso verão que coincide com o inverno na Europa.

Os nossos principais mercados continuam a ser África, Europa, Américas, Australásia e Médio Oriente. Especificamente para os mercados europeus, registamos um aumento de mais de 16% no final de 2022, com destaque para o Reino Unido, Alemanha, França, Bélgica, entre outros.

É por isso que estamos em Portugal para, em primeiro lugar, registar a importância deste mercado e, em segundo lugar, incentivar os portugueses a visitar mais o nosso país e região, aumentar a estadia e, enquanto desfrutam da nossa hospitalidade, explorar as muitas oportunidades de investimento e de negócios, tornando a visita numa experiência “bleisure”.

É através das viagens de negócio que pretendem impulsionar o turismo na África do Sul?
Sim, mas não só. Notamos, de facto, que as pessoas nos visitam por motivos de negócio. Por isso, convidamos as pessoas a ficar mais um ou dois dias para conhecer as experiências sul-africanas.

O que registamos, também, é que as pessoas regressam e regressam com as famílias, já que a experiência foi agradável.

Também notamos que, com a pandemia, os investidores estão a olhar para novos mercados para fazer negócio, já que a pandemia forçou muita gente a reorientar os seus próprios negócios.

Sei que os portugueses adoram comida, apreciam vinhos. Por isso, oferecer uma boa experiência gastronómica é vital. Ligar essa experiência gastronómica à natureza, a cenários que só na África do Sul é possível ter, é importante

Criar, portanto, novas oportunidades?
Claro. E sendo a África do Sul um país em desenvolvimento, um dos BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – existem sempre novas oportunidades. Estamos sempre à procura de novas soluções para diversas crises e desafios. Temos uma grande população jovem e desempregada. Temos grandes oportunidades em diversas áreas como a agro-indústria, energia e, claro, turismo.

Por isso, dizemos, venham descobrir novas oportunidades de negócio e, depois, regressem e tragam as vossas famílias para viver experiências memoráveis e autênticas, interagir com os locais, com a natureza, com a cultura.

Mas durante a pandemia, quais foram os mercados com melhor performance?
Diria que continua a ser o africano, seguido do asiático e do europeu. Países como Portugal, Grécia, Bélgica e Itália possuem uma forte comunidade de expatriados. Lá está, é mais uma oportunidade a explorar.

O mercado português faz parte de um crescente centro de turismo europeu que impulsionou o crescimento de mais de 16% nas chegadas à África do Sul até o final de 2022. Gauteng tem uma forte comunidade portuguesa, facilitando o segmento de viagens para amigos e familiares. Este também é um incentivo para aqueles que desejam estabelecer os seus negócios e investimentos na África do Sul.

Nos últimos cinco anos, vimos um aumento nas viagens outbound da África do Sul para Portugal e destinos adjacentes, especificamente para turismo musical e atividades de intercâmbio cultural. Os nossos artistas de renome mundial estão constantemente nestes mercados, partilhando um pouco do excecionalismo sul-africano e do lifestyle de Gauteng.

Queremos fortalecer esses laços e garantir que milhões de grupos da geração Z e famílias possam visitar a África do Sul e Gauteng regularmente e interagir com o local original dessas ofertas musicais e culturais globais.

Os portugueses “africanos”
A África do Sul também beneficia do facto de existirem muitos portugueses em Angola e Moçambique. Qual a importância dessas comunidades para o turismo na África do Sul?
A África do Sul como líder de um grande bloco regional acredita no crescimento e desenvolvimento das economias regionais como forma de fortalecer a recuperação e integração económica continental.

Essas comunidades e países têm sido fundamentais no apoio e na luta contra o Apartheid e o domínio colonial. Lutámos lado a lado para conquistar a nossa independência e agora estamos juntos novamente na luta económica.

O turismo é aproximar pessoas e culturas. É sobre experiências partilhadas, momentos memoráveis e ligações e estes atributos têm sido uma constante nas nossas relações com as comunidades e povos de Moçambique e Angola.

Estas são as pessoas e os mercados que sustentam as nossas ofertas de compras, sempre presentes nos nossos eventos desportivos e musicais ao mesmo tempo que são um esteio para quem visita amigos e familiares.

Os dados mais recentes apontam para a existência de 150.000 portugueses a viver na África do Sul e na região da África Austral, de facto, existe uma das maiores comunidades de portugueses. Por isso, olhamos para estes dados com muita atenção, já que poderá representar um forte aliado na nossa estratégia.

Temos oferecido incentivos a outras companhias aéreas que também podemos apresentar à TAP. Mas o negócio terá de fazer sentido para ambos os lados

Mas a vossa intenção é levar os portugueses que moram nesses países à África do Sul ou os portugueses que moram em Portugal?
Ambos. Estamos a estudar o que, de facto, podemos oferecer, especialmente, à companhia aérea nacional, TAP. Temos reuniões marcadas que são sessões de follow-up e ver o que faz sentido para o negócio da TAP. Temos oferecido incentivos a outras companhias aéreas que também podemos apresentar à TAP. Mas o negócio terá de fazer sentido para ambos os lados. O que dizemos é, venham, testem a força da rota e do destino, analisem o comportamento da operação durante um ou dois anos com um voo direto. Portugal poderá funcionar como uma ligação importante não só para os portugueses, mas também para outros mercados europeus.

Mas a intenção é só levar portugueses a visitar a África do Sul ou também sul-africanos a visitar Portugal?
Claro que ambos. Portugal está a registar uma forte recuperação do turismo. Atualmente, e não está na época alta, Portugal está em alta. Por isso, nem quero imaginar na época alta. Mas na época baixa, a África do Sul é um destino com uma oferta muito vasta e rica a ser considerada pelos portugueses.

Se tivesse de apontar três fatores fundamentais para atrair turistas portugueses à África do Sul, quais seriam?
A África do Sul é um destino com uma boa relação custo-benefício que oferece diversos produtos e experiências de lazer e turismo de negócios à medida para diversos segmentos de mercado. Os turistas de hoje já não procuram o turismo tradicional. Já não procuram somente animais, montanhas, praia ou paisagens. Procuram momentos autênticos e memoráveis, procuram viagens com significado e propósito, esperam transformar a sua perspectiva por meio de experiências que mudam a vida.

Além disso, conectar e reconectar culturas e celebrar o triunfo da raça humana sobre adversidades e pandemias é o que todos nós precisamos fazer e a África do Sul está preparada para receber e oferecer esta jornada imersiva.

Denotam, portanto, novas tendências em quem vos visita?
Sim, claramente. Existe um muito maior interesse pela natureza, por experiências mais autênticas. Uma ligação maior com as comunidades locais que enrique quem nos visita.

Visitar somente as grandes cidades da África do Sul não é muito diferente de visitar as grandes capitais europeias como Paris, Londres ou Lisboa.

Não há experiência como ver as estrelas na natureza sul-africana ou dormir na selva. Isso é, na verdade, uma experiência única. Queremos afastar os turistas das grandes cidades e direcioná-los para outros locais, locais mais autênticos, onde poderão ter contacto com as comunidades locais, provar a gastronomia tradicional, viver a cultura, a história. E há muita coisa a acontecer nesses locais mais pequenos, distantes e diferentes.

A aposta está, claramente, virada para o MICE

Uma estratégia experiencial
Relativamente a Gauteng, a Entidade de Turismo tem um mandato duplo: posicionar Gauteng como um destino global através do marketing e promoção, bem como um destino competitivo, de valor, além de desenvolver produtos que respondem às exigências turísticas. Especificamente, o que Gauteng tem para oferecer? Quais são os principais atributos para atrair turistas?
A ‘Golden City Region’ de Gauteng é o principal centro industrial, empresarial, comercial e de entretenimento da África do Sul e de África, dotada de infraestrutura de classe mundial, turismo e ofertas de hospitalidade bem ancoradas na sua maior riqueza, os 15 milhões de residentes da província.

De safaris, a compras requintadas e de luxo, passeios em minas de diamantes, passeios inspirados na herança de Nelson Mandela, a um encontro com a sua ancestralidade humana e com o nosso Património Mundial, Gauteng continua a ser uma janela para as ofertas de turismo na África do Sul.

Mas Gauteng é um ponto turístico atraente per si ou representa mais um destino de stop-over?
Gauteng representa mais de 40% das chegadas internacionais na África do Sul e um dos três principais destinos de turismo doméstico. A qualidade de vida é excecional, património de classe mundial, condições climáticas excecionais, ofertas de valor para o turismo, com atrações, desportos e circuito de entretenimento internacionalmente aclamados que a tornam um destino preferido para visitantes internacionais e regionais.

Ao longo dos anos, vimos um forte aumento nos números de permanência na província, variando de nove a 12 dias no final de 2020. Os turistas prolongam a sua estadia em Gauteng porque podem associar a natureza autêntica do destino, à ampla variedade de ofertas turísticas, pois a região da cidade representa um caldeirão de culturas e nacionalidades em África.

Temos fortes comunidades chinesas, portuguesas, italianas, indianas, etíopes, a viver lado a lado, formando uma base sólida de mais de 15 milhões de residentes na província. Tudo isso torna-nos um destino atraente.

Quanto representa o setor do turismo de Gauteng em termos de PIB?
O turismo contribui com pouco mais de 4,8% em termos do PIB de Gauteng. O setor representa mais de 280.000 empregos diretos na província, com muitos outros empregos nos subsetores da cadeia de valor. Em termos de contribuição do turismo para a economia nacional, o setor é responsável por pouco menos de 4% do PIB total. Esta contribuição é superior à dos setores da agricultura e da construção, daí a centralidade da economia no Plano de Reconstrução e Recuperação do país.

E como é que o Turismo de Gauteng se alinha com a agenda do turismo nacional?
A agenda do turismo na África do Sul é guiada pela Estratégia Nacional do Setor de Turismo (National Tourism Sector Strategy – NTSS) com objetivos específicos de criar crescimento sustentável do PIB, criação sustentável de empregos, crescimento económico inclusivo e transformador, esforços para aumentar os gastos com chegadas (volume) de turismo, duração das estadias, dispersão geográfica, contenção da sazonalidade e promoção da transformação.

Esta agenda está interligada com a visão “Growing Gauteng Together” (GGT2030) e, especificamente, para Gauteng, a integração dos municípios como foco de recuperação económica e principais beneficiários do crescimento da economia.

Gauteng serve como principal ponto de entrada internacional para o país, abriga a segunda maior capital diplomática do mundo, a maior bolsa de valores de África, o aeroporto mais movimentado e a sede do governo nacional. Com sua enorme contribuição de 33% para o PIB do país, Gauteng é parte central no plano nacional de crescimento do turismo.

E no que difere esta nova estratégia da anterior?
A ‘Gauteng Tourism’ faz parte do plano de recuperação do turismo sul-africano, com o objetivo de garantir 30 milhões de chegadas ao país até 2030, conforme indicado pelo Presidente.

Da parte da província de Gauteng, o plano passa pela recuperação económica, criar empregos sustentáveis, pela reindustrialização e estar em pé de igualdade com a procura da economia partilhada.

Por isso, comunicar é fundamental. Compreender que uma abordagem única não funciona. Queremos que as pessoas entrem em África através da África do Sul e que permaneçam no nosso país. Por isso, desenvolvemos pacotes com outras províncias, de forma a que possam experienciar um dia na Cidade do Cabo, visitem e provem os nossos vinhos, que percebam que, num raio de 45 minutos de carro, podem, de facto, ter experiências enriquecedoras.

E existe capacidade hoteleira para tal?
Ainda possuímos muita oferta tradicional e, de facto, é algo em que o governo está a trabalhar para criar mais alternativas. Mas também é essa oferta tradicional que cria as experiências mais autênticas.

Daí darmos apoio a essa oferta tradicional para se promover, vender diversos pacotes, dar incentivos.

Como disse, uma abordagem única não funciona, temos de perceber o que é que um turista britânico, alemão, norte-americano, português procura quando nos quer visitar e tentar dar uma resposta apropriada. E queremos que essa resposta seja dada de forma que, quem nos visita, regresse.

E no caso português, por onde poderá passar essa oferta?
Sei que os portugueses adoram comida, apreciam vinhos. Por isso, oferecer uma boa experiência gastronómica é vital. Ligar essa experiência gastronómica à natureza, a cenários que só na África do Sul é possível ter, é importante.

Além disso, os portugueses gostam de se relacionar com os locais, conhecer a história, a cultura. Aliar tudo isto é o nosso desafio.

E quantos portugueses querem que visitem a África do Sul por ano?
O nosso objetivo é regressar aos 30.000 por ano de antes da pandemia. Naturalmente, que a isso acrescentamos os portugueses que vivem e trabalham em países como Angola e Moçambique e que, por razões familiares ou de negócio, viajam até à África do Sul.

 

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Estudo da eDreams confirma que viajar tem impacto positivo na saúde mental dos portugueses

O estudo da eDreams apurou que, para 98% dos portugueses, as viagens de férias têm um impacto positivo na saúde mental, sendo muito poucos os inquiridos que não identificam qualquer impacto e ninguém aponta um impacto negativo.

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Com as férias de verão à porta, a eDreams quis saber que impacto na saúde mental tem o ato de viajar de férias e, num recente estudo, apurou que, para 98% dos portugueses, as viagens tem um impacto positivo na saúde mental.

O estudo da eDreams apurou também que apenas 1% dos inquiridos considerou que viajar não tem qualquer efeito no seu bem-estar, e nenhum deles indicou que tivesse impacto negativo.

“Os portugueses indicaram também que relaxar e não fazer nada (48%), por um lado, e visitar locais turísticos (47%), por outro, são as atividades que mais contribuem para o seu bem-estar quando estão de férias. Outras opções indicadas, embora com relevância significativamente menor, são participar em atividades de aventura (18%) e praticar desporto (15%)”, indica a eDreams, num comunicado divulgado esta quinta-feira, 1 de junho.

O estudo da eDreams abrangeu oito países e concluiu que os portugueses estão entre os que mais valor dão às viagens de férias, uma vez que a média global indica que viajar tem um impacto positivo ou muito positivo na saúde mental de 92% dos inquiridos, percentagem que chega aos 98% em Portugal.

Portugal ficou mesmo, acrescenta a eDreams, “bastante acima de países como os EUA (81%) ou o Reino Unido (90%), por exemplo, para cujos habitantes ir de férias não parece ter tanta relevância”.

Quanto às atividades favoritas, também nos outros países o ato de não fazer nada durante as férias foi a opção mais apontada, com 42% das respostas, seguindo-se a visita a locais de interesse turístico, que recolheu 35% das opções. Já a terceira opção mais apontada lá fora é a leitura, com 19% das respostas, numa atividade que parece não dizer tanto aos portugueses, já que foi apenas eleita em 14% das respostas.

 

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Cabo Verde quer chegar aos 1,26 milhões de turistas em 2026

O governo de Cabo Verde tem como meta alcançar 1,26 milhões de turistas anualmente em Cabo Verde, a partir de 2026, com 40% das entradas de visitantes em outras ilhas que não Sal e Boa Vista, tradicionalmente consideradas ilhas turísticas, segundo o administrador do Instituto do Turismo, Francisco Martins.

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“Prevemos que em 2026 Cabo Verde possa atingir a marca de 1,3 milhões de turismo e fazer com que o impacto, o grosso do turismo que vá para Sal e Boa Vista diminui e em contraponto aumentar a frequência para as ilhas Santiago, Fogo, Maio, Santo Antão e Brava, fazendo com que a capacidade de carga que já é excessiva no Sal e na Boa vista diminua”, defendeu Francisco Martins.

O responsável, que falava no subtema “Diversificação Turística”, no âmbito do primeiro ciclo de debate social alargado para a preparação do acordo de Concertação Estratégica (ACE – 2023/2026), disse, citado pela agência cabo-verdiana de notícias, Inforpress,  que o objetivo do Governo é aumentar a procura turística no país e de forma mais desconcentrada pelas ilhas, reduzir a dependência dos principais mercados de emissores e operadoras turísticos e melhorar os índices de sustentabilidade do turismo.

Conforme adiantou os indicadores atuais apontam que há problemas que tem contribuído para que o País tenha um produto turístico “pouco qualificado e diversificado”, nomeadamente a insuficiência das infraestruturas de base, a eficiente da conectividade interna e externa, do modelo de governação, pouca integração do património cultural na oferta turística existente e um marketing pouco eficiente, para apontar que Cabo Verde perdeu muito “na posição do ranking mundial de competitividade para países como Seicheles e Maurícias porque não estamos a ir a esta questão fulcral que é a identidade cultural para promover e vender o turismo a partir daí”.

“Obviamente também que precisamos de marketing da promoção do destino com presença mais robusta e mais bem trabalhada lá fora para podermos dar maior visibilidade e atrair cada vez mais diversos segmentos do turismo que não seja só sol e praia”, acrescentou, de acordo com notícia da Inforpress.

No entanto, conforme adiantou, o executivo já está a trabalhar na melhoria das infraestruturas de base, aumento da frequência dos voos externos e internos, na melhoria das condições dos transportes marítimos e terrestres, no reforço da governança nacional e regional e a nível da requalificação do património natural e cultura e sua integração na oferta turística.

Francisco Martins reconheceu, segundo a mesma fonte, que Cabo Verde está “extremamente dependente” do mercado europeu para venda de turismo, tendo sublinhado que “estamos dependentes de dois grandes operadores (TUI e RIU) que fazem operação quase na vertical. Portanto deixa-nos pouca margem”, para referir ainda que “o facto de o impacto no país ser diminuta é porque quando os turistas vêm com o pacote ‘tudo incluído’ a maior parte da receita fica lá”.

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Duas praias da Sardenha terão acesso limitado no verão

Duas praias da ilha da Sardenha, em Itália, terão acesso limitado durante o verão para conter os danos provocados pelo turismo de massa.

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Entre 15 de junho e 15 de setembro, as praias de Cala Brandinchi e Lu Impostu, em San Teodoro, poderão receber no máximo 1.447 e 3.352 pessoas por dia, respetivamente, de acordo com informação divulgada pela ANSA (Agência Italiana de Notícias).

Uma experiência deste tipo já havia sido feito no verão de 2022, e agora o município de San Teodoro decidiu ampliar a iniciativa. A cidade também disponibilizou um site e um aplicativo para os turistas reservarem o acesso às praias.

A mesma notícia indica ainda que os hóspedes de hotéis em San Teodoro pagarão um euro por pessoa, enquanto banhistas de fora pagarão dois euros. O acesso será gratuito, embora limitado, para moradores, crianças com menos de 12 anos e indivíduos com deficiência.

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Crédito: Slideshow Lda

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Vê Portugal: Mexer ou não no “edifício” do turismo em Portugal?

No segundo dia do “Vê Portugal”, iniciativa organizada pela Turismo do Centro de Portugal, o painel “Turismo Interno – Desafios para Portugal”, teve como tema central a melhoria (ou não) da estrutura do turismo em Portugal, contando com a participação de Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, e quatro presidentes de regiões de turismo – Pedro Machado, do Centro de Portugal; Luís Pedro Martins, do Porto e Norte de Portugal; Vítor Silva, do Alentejo; e João Fernandes, do Algarve.

Victor Jorge

A começar Luís Araújo salientou que o modelo existente funciona e tem dado provas. “A promoção turística do país precisa de estruturas flexíveis, em colaboração estreita entre si, que deem resposta às necessidades dos visitantes. É esse modelo que existe e que tem alcançado resultados muito positivos”, afirmou.

Para Luís Pedro Martins, “o setor do turismo tem conseguido prosseguir o trabalho realizado sem grandes roturas e com estabilidade”, frisando que o setor “esteve sempre à frente em todos os âmbitos”. Recordando que “o turismo foi o setor que começou a regionalização, em 2013”, Luís Pedro Martins referiu que “passada uma década, é altura de fazer alterações. As regiões estão próximas das empresas e, devido a essa proximidade, podem fazer algum do trabalho feito pelo Turismo de Portugal”, salientando que “é preciso focar”.

Fazendo referência à “grande marca que temos” [Portugal], Luís Pedro Martins destacou que “a pandemia trouxe um novo olhar para o Interior”, frisando que os valores referentes ao turismo no interior de Portugal não estão a descer, estão a crescer”. Por isso, disse, “há que distribuir melhor o turismo por todo o território”, destacando a necessidade de apostar na valorização e segmentação do turismo para áreas como o religioso, enoturismo ou termalismo, entre outros.

Por parte do Alentejo, Vítor Silva considerou que não é necessário mexer no modelo atual. “Este modelo provou que funciona e introduzir alterações pode ser um tiro no pé. Somos o setor económico mais invejado e, com poucos meios, conseguimos fazer crescer as marcas regionais”: Por isso, considera que “o modelo funciona, não é preciso mexer”.

Para o ainda presidente da ERT do Alentejo, “a grande marca é Portugal”, existindo, depois, “a necessidade de apostar nas submarcas”, ou seja, nas regiões. “Com poucos meios conseguimos levar a marca ‘Portugal’ e as regiões a muito lado”, considerando que “temos o que nos une, mas também o que nos diferencia”. Assim, Vítor Silva concluiu que, “o que não é preciso fazer, é por rédeas nas ERT”, frisando que “a estratégia deve estar alinhada com o Turismo de Portugal e ter ideais para desenvolver as nossas regiões”.

João Fernandes reconheceu também que “o modelo está bem conseguido e tem dado cartas”, lembrando que “o Turismo de Portugal é uma referência a nível internacional”. No entanto, reconheceu que “é preciso reforçar as competências nas ERT, num processo de melhoria contínua” e, acima de tudo, é preciso “reforçar o financiamento das ERT, que precisa de mais recursos”.

Lembrando que o turismo em Portugal tem estado, em certos aspetos, “à frente das tendências”, João Fernando frisou que “temos relatórios de sustentabilidade desde 2008”, destacando ao mesmo tempo que “temos uma arquitetura de promoção bem conseguida”.

No campo de atuação das ERT, o presidente da ERT do Algarve, que também está de saída, destacou o facto de existirem questões onde as entidades devem ter uma palavra a dizer. “O licenciamento é uma das pechas no atual modelo, já que não se justifica que nos licenciamentos das unidades hoteleiras, por exemplo, as ERT não estão incluídas”.

Por isso, disse, “é preciso redefinir alguns espaços de atuação”.

A terminar o painel, Pedro Machado reforçou a ideia de que “o edifício do turismo responde, mas precisa de melhoramentos. “A Lei 2013 resolveu vários problemas, como a proliferação de entidades de turismo, que provocava descontinuidade territorial de produtos. Mas, entretanto, o mundo mudou. Os visitantes têm hoje prioridades diferentes, pelo que há alterações que devem ser feitas agora no reforço das competências das ERT”. Assim, “estamos bem, mas podemos melhorar”.

Destacando a “segurança, a boa perceção de saúde e a hospitalidade” em Portugal, Pedro Machado frisou que “estes aspetos não podem ser descurados”, frisando ainda que “as novas gerações estão a moldar o futuro. Há alterações que têm de ser feitas enquanto surfamos a onda”.

Quanto ao novo modelo, com a redefinição do papel das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), Pedro Machado salientou que passar o turismo para a esfera destes organismos seria “um erro, não seria desconcentrar, seria concentrar no Estado”.

No final, o presidente da Turismo do Centro de Portugal concluiu ainda que “é preciso rever o modelo de financiamento das ERT. Para um setor que gera mais de 20 mil milhões de euros em receitas por ano, tem de haver uma alteração no modelo de financiamento”.

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Vê Portugal: A aposta do turismo para o futuro

No painel dedicado aos desafios do turismo, onde estiveram Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, e quatro presidentes de regiões de turismo – Pedro Machado, do Centro de Portugal; Luís Pedro Martins, do Porto e Norte de Portugal; Vítor Silva, do Alentejo; e João Fernandes, do Algarve, o debate, no decorrer do Vê Portugal, focou-se na oferta futura do destino Portugal.

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Que futuro desenhar para o turismo em Portugal? Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, referiu que “a estratégia são as receitas. É bom ter mais hóspedes e mais dormidas, mas as receitas são essenciais”, considerando que “estamos a fazer mais com menos”.

No que toca ao Interior, o presidente do Turismo de Portugal considera que “temos de oferecer território, criar conteúdos para as pessoas escolherem o produto, uma vez que há uma série de produtos que tocam todo o território”.

Luís Araújo destacou, assim, o facto de existirem produtos que beneficiam do crescimento do turismo, dando como exemplo as exportações dos vinhos dos portugueses que, graças à evolução do turismo, “têm vindo a registar aumentos consideráveis nas vendas para o exterior”.

Luís Pedro Martins, presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) fez referência ao facto de o setor do turismo “provar que existe pensamento estratégico“. O presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal frisou a “aposta turística” que se limitava à cidade do Porto e que, fruto da mudança de paradigma devido aos mercados externos, se verifica que “quem nos visita quer sair das cidades”.

Daí apontar a conectividade como eixo essencial nesta diversificação da oferta, dando como exemplo o crescimento de mercados como os EUA – que passaram de 6.º para 3.º mercado na região – ao passo que o Brasil passou de 3.º para 5.º, o que para o presidente da TPNP revela a “irrelevância da TAP para a região”.

Contudo, Luís Pedro Martins colocou o tónico na importância na ferrovia que “daria uma ajuda grande para a afirmação da região, principalmente, na relação transfronteiriça.

Concluindo, Luís Pedro Martins destacou a importância de três vetores a ter em atenção para o setor do turismo: “exportações, quem queremos receber e a diáspora portuguesa”.

Já Vítor Silva, presidente do Turismo do Alentejo e Ribatejo, salientou para o ponto de o turismo “não conseguir crescer indefinidamente”, admitindo que “existem destinos onde o turismo deixou de ser sustentável para ser predatório”. Daí considerar que o “turista não pode ser só vista como sujeito passivo”, querendo que este passe a “sujeito ativo”.

Com João Fernandes, presidente do Turismo do Algarve (RTA), a considerar que é preciso “relativizar a ‘turismofobia’ existente em Portugal”, dando como exemplo um estudo feito pela RTA na região que aponta para o facto de no Algarve se ter concluído que esta não existe, Pedro Machado, salientou que o desafio é “receber turistas que não querem ser rotulados de turistas”, concluindo que a indústria do turismo é “das indústrias mais democráticas que existem”, frisando o propósito e relevância do setor para Portugal”.

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Coimbra assegura que taxa turística vai melhorar condições dos turistas que visitam a cidade

A receita da taxa municipal turística, em vigor desde abril, em Coimbra, vai ser aplicada na melhoria das condições de acolhimento e atratividade a quem visita a cidade, assegurou o vice-presidente da autarquia, Francisco Veiga.

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O vice-presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Francisco Veiga, assumiu, durante a sessão de apresentação da ferramenta informática que gere a cobrança da taxa municipal turística, e que entra em funcionamento esta quinta-feira, 1 de junho, o compromisso do município de o valor cobrado por essa taxa “reverta para a melhoria, a implementação e a atratividade daquilo que é o turismo na cidade. A receita da taxa turística deve reverter para a melhoria das condições do turista que nos visita”, segundo notícia da Lusa destacada na página oficial da autarquia

Francisco Veiga disse aos proprietários de empreendimentos turísticos, estabelecimentos de alojamento local e outras entidades do setor, que lhes cabe exigir ao município de Coimbra que crie melhores condições para que o turista permaneça mais do que 1,2 noites em média na cidade.

Na ocasião, o vereador Miguel Fonseca, que tem a seu cargo as Finanças, informou, de acordo com a mesma notícia, que Coimbra foi o 13º município do país a implementar esta taxa, com o valor de um euro por dormida, num máximo de três dormidas, para realçar que “o nosso regulamento tem o maior número de exceções a nível nacional, fomos os mais generosos nas isenções ou reduções”.

A taxa municipal turística de Coimbra entrou em vigor em 5 de abril, sendo de um euro por pessoa e por dormida, cobrada em todos os empreendimentos turísticos e estabelecimentos de alojamento local situados na área geográfica do município, até um máximo de três noites seguidas, por pessoa e por estadia. A taxa incide sobre hóspedes com idade igual ou superior a 16 anos, sendo aplicada apenas entre os meses de março e de outubro. A mesma não se aplica a hóspedes cuja estadia seja motivada por tratamento médico, estendendo-se a um acompanhante, desde que seja apresentado documento comprovativo de marcação/prestação de serviços médicos ou documento equivalente. A mesma isenção é aplicada a hóspedes com incapacidade igual ou superior a 60%, desde que apresentem documento comprovativo dessa condição, extensível a um acompanhante; e a hóspedes que se encontrem alojados por indicação da Segurança Social, consequência de situações sociais graves ou na sequência de realojamentos provocados por catástrofes e intempéries declaradas. A isenção também se aplica a estudantes nacionais e estrangeiros que ingressem no ensino superior em Coimbra, bem como bolseiros de investigação que utilizem empreendimentos turísticos e estabelecimentos de alojamento local no início de cada ano letivo, até ao máximo de 60 dias seguidos.

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