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TAP com lucros de 65,6 milhões e receitas de 3,5 mil milhões de euros

Os resultados da TAP regressaram ao “verde”, tendo atingido, em 2022, 65,5 milhões de euros de lucro. Numa aguardada conferência de imprensa, os resultados foram divulgados em comunicado e somente aos investidores.

Victor Jorge
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TAP com lucros de 65,6 milhões e receitas de 3,5 mil milhões de euros

Os resultados da TAP regressaram ao “verde”, tendo atingido, em 2022, 65,5 milhões de euros de lucro. Numa aguardada conferência de imprensa, os resultados foram divulgados em comunicado e somente aos investidores.

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A TAP terminou o ano de 2022 com lucros líquidos de 65,6 milhões de euros, correspondendo a um aumento de 1.664 milhões de euros face aos 1.599 milhões de euros atingidos no final de 2021.

Em comunicado e somente aos investidores, Christine Ourmières-Widener, CEO que está de saída da TAP, referiu que, “no quarto trimestre de 2022, a TAP foi capaz de gerar as receitas trimestrais mais elevadas da sua história e uma rentabilidade recorde, apesar dos contínuos desafios operacionais”.

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No comunicado pode ler-se ainda que “durante o primeiro ano completo do Plano de Reestruturação, a TAP gerou um lucro operacional que é um recorde histórico para a empresa. A TAP gerou também um lucro líquido positivo muito forte, tendo em conta o seu nível de alavancagem”, frisa a CEO que está de saída, depois de demitida pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, e ministra das Infraestruturas, João Galamba.

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No que diz respeito às receitas, a companhia aérea nacional chegou aos 3.485 milhões de euros, mais 2.096 milhões de euros que em 2021, ano em que as receitas não foram além dos 1.389 milhões de euros.

Quanto aos gastos operacionais, estes totalizaram, em 2022, 3.217 milhões de euros, uma subida de 340 milhões face ao ano anterior de 2021, para o EBIT ficar em terreno positivo, atingindo os 268 milhões de euros, ou seja, mais 1.757 milhões que no ano anterior.

O EBITDA, por sua vez, chegou aos 777,7 milhões de euros, contra os 899 milhões negativos de há um ano.

Ao nível dos passageiros, a TAP transportou, em 2022, 13,759 milhões de passageiros, correspondendo a uma subida superior a 136% face aos 7,932 milhões de 2021. Já quanto ao load factor, a companhia aérea informa que este passou de 63%, em 2021, para 80%, em 2022, ou seja, mais 17 pontos percentuais.

Detendo 93 aeronaves, o número de partidas da TAP, em 2022, atingiu as 107.856 contra as 61.664 de 2021.

4.º trimestre em alta
Mas se os resultados anuais foram positivos, o 4.º trimestre foi ainda melhor. De acordo com as contas apresentadas no comunicado, a TAP atingiu nos últimos três meses de 2022 um resultado líquido de 156,4 milhões de euros, face aos 971,5 milhões negativos do mesmo período de 2021.

Em termos de rendimentos operacionais, estes também registaram uma subida, passando de 561,7 milhões para 1.045 milhões de euros, no último trimestre de 2022. Já os gastos operacionais, registaram uma descida de 705 milhões de euros, passando de 1.627 milhões de euros, no 4.º trimestre de 2021, para 922 milhões de euros nos últimos três meses de 2022.

EBIT e EBITDA também passaram do vermelho para o verde, sendo que no primeiro caso atingiram os 122,7 milhões de euros e no segundo 275,7 milhões de euros.

Finalmente, no número de passageiros, a TAP transportou, no último trimestre de 2022, mais 1,2 milhões de passageiros, atingido os 3,615 milhões, correspondendo a uma subida superior a 50%.

Também o número de partidas aumentou, tendo passado de 22.358 para 27.910, para o load factor passar de 69,9% para 81,5% no último trimestre de 2022.

Indicação que consta da apresentação da TAP aos investidores (Resultados 2022)

Resultados sobem, mas custos também
Se no que diz respeito aos lucros, passageiros transportados e rendimento os resultados da TAP passaram para o verde, os custos com a operação registaram caminho inverso, com a companhia aérea a indicar que os gastos operacionais com combustíveis passaram de 340,5 milhões para 1.097 milhões de euros, ou seja, uma subida superior a 200%.

No campo dos custos com pessoal, estes também aumentaram, passando de 373 milhões para 417 milhões de euros.

Futuro com fundações para um negócio sustentável e lucrativo
Com o plano de reestruturação a decorrer, a TAP refere na apresentação aos investidores (em inglês) que a companhia possui as fundações para um negócio “sustentável e lucrativo”, com base na “localização geográfica única, sendo a porta de entrada natural para a Europa; ligações históricas e culturais com o Brasil; sendo o líder de mercado no tráfego Europa-Brasil; uma exposição crescente à América do Norte, sendo um mercado de alto rendimento para Portugal; grande capacidade em África, sendo uma referência no tráfego para a África Ocidental e do Sul”.

No que diz respeito ao load factor já reservado, a TAP informa que, até 10 de março de 2023, este está 11pontos percentuais acima do mesmo período de 2019, atingindo os 72% contra os 61% do mesmo período de 2019. Já o load factor reservado para o 2.º trimestre de 2023, a companhia aérea está 9 pontos percentuais acima do mesmo período de 2019, registando 55% contra os 46% do período pré-pandémico.

Ainda para o futuro, a TAP refere que a “agenda de transformação irá continuar em 2023. No que toca ao consumidor/cliente, a companhia indica que irá “melhorar a gestão e serviço self-service”, bem como “otimizar a performance do call center”, assim, como “melhorar a qualidade de serviço”. Esperada será, também, uma atualização do site e da APP da TAP, assim como uma “melhoria na experiência de voo, rever os benefícios do programa de passageiros frequentes e melhorar o lounge de Lisboa”.

Quanto às receitas, espera-se um aumento da capacidade no tráfego com os EUA e Brasil, existindo ainda a intenção de relançar o programa de “Stopover” e melhorar o programa “TAP Corporate”.

Nos custos, a indicação é de que haverá “renegociação  de contratos com terceiros” e com “fornecedores de aeronaves e locadores”, além de uma otimização do inventário de gestão, da implementação de um programa de melhoria operacional e do lançamento de medidas adicionais para a eficiência ao nível do combustível”.

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Airbus entrega mais 31 aviões que em 2023

Em 2024, a Airbus entregou 766 aviões a 86 clientes em todo o mundo. Os modelos da família A320 lideraram as entregas.

Depois de em 2023 ter entregue 735 aeronaves, a Airbus anunciou que, em 2024, entregou 766 aeronaves a 86 clientes em todo o mundo, tendo registado 878 novas encomendas brutas (826 líquidas).

Das 766 aeronaves entregues, 602 pertencem à família A320, representando mais 31 aviões que no ano anterior.

O segundo modelo no ranking da lista de entregas pertence à família A220, com 75 unidades (+7 que em 2023). Em terceiro lugar surge a família A350, com 57 unidades, embora aqui se registe uma diminuição de entregas face a 2023, com menos sete unidades.

Por último aparecem os A330, com o mesmo número de unidades de 2023, ou seja, 32 aeronaves.

Christian Scherer, diretor executivo de Aeronaves Comerciais da Airbus, refere que “2024 confirmou a procura sustentada de novas aeronaves”, salientando o impulso fenomenal na carteira de encomendas de aviões de grande porte, complementando a posição de liderança no mercado de corredor único”, destacando ainda a entrega do primeiro A321XLR de sempre, bem como as primeiras entregas de A330neo e A350 a vários clientes a nível mundial.

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Foto: David Dyson

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Heathrow perto dos 84 milhões de passageiros em 2024

Heathrow manteve-se como um dos aeroportos mais conectados do mundo depois de, em 2024, ficar muito perto dos 84 milhões de passageiros movimentados. Para 2025 estão prometidos investimento superiores a mil milhões de libras.

O maior aeroporto do Reino Unido – Heathrow – movimentou, em 2024, 83,9 milhões de passageiros, correspondendo a uma subida de 5,9% face ao anterior de 2023 e mais 3,6% que o recorde anterior de 80,9 milhões de 2019.

Deste total anual, o maior volume de tráfego foi com os países das União Europeia, tendo somado mais de 28,1 milhões de passageiros, representando uma subida de 7,4% face ao ano anterior.

Já o movimento de passageiros entre Heathrow e a América do Norte totalizou mais de 20,6 milhões de passageiros, ou seja, uma subida de 3,3% quando comparado com 2023.

A maior subida (10% face a 2023) foi registado no mercado doméstico, com o movimento de passageiros dentro do Reino Unido a totalizar 4,7 milhões de passageiros, em 2024.

No campo das descidas, houve só uma, com a região de África a registar uma quebra de 7,8% para 3,3 milhões de passageiros.

Destaque ainda para a performance da Ásia/Pacífico que cresceu 9,9% relativamente a 2023, somando 10,7 milhões de passageiros.

Quanto ao movimento de aeronaves, Heathrow também registou uma evolução, com mais 4,4% de aviões a circularem nas pistas do aeroporto, totalizando 474 mil movimentos.

Também aqui, os países da União Europeia foram os que mais movimentaram aeronaves com Heathrow. A subida de 5,6% face a 2023, faz com que as aeronaves movimentadas somassem mais de 206 mil ao longo do ano passado.

Aqui, a maior subida pertenceu, também, ao mercado doméstico (+14,8% face a 2023), movimentando 37,1 mil aeronaves.

Destaque para a descida dos movimentos para a América do Norte (-0,2% relativamente a 2023), totalizando pouco mais de 93 mil aeronaves.

No movimento de aeronaves, o continente africano manteve o comportamento dos passageiros, caindo 3,5% face a 2023, não atingido os 15 mil aviões.

Os responsáveis da infraestrutura aeroportuária britânica destacam o movimento de passageiros na altura do Natal e fim de ano, com o mês de dezembro a totalizar mais de 7 milhões de passageiros, com o aeroporto a movimentar no dia de Natal uns “surpreendentes” 160 mil passageiros, mais 13% que em 2023.

Em nota de imprensa, os responsáveis de Heathrow referem que o aeroporto “continuou a prestar um serviço de qualidade, com 92% dos passageiros a passarem pela segurança em menos de 5 minutos”.

Para 2025, os mesmos responsáveis apontam para 84,2 milhões de passageiros, fruto do “forte início de ano”. Para continuar a satisfazer os passageiros, o aeroporto irá investir mais de mil milhões de libras (cerca de 1,2 mil milhões de euros) para “preparar o aeroporto para o futuro”.

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LATAM Boeing 787-9 Dreamliner fotografado a partir da Wolfe Air Aviation Learjet 25B

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LATAM transporta mais de 82 milhões de passageiros, em 2024

Em 2024, a companhia aérea transportou mais 11% em comparação com 2023, com o maior aumento percentual a residir nos passageiros internacionais.

No ano de 2024, a LATAM Airlines transportou mais de 82 milhões de passageiros, representando um aumento de 11% face aos 73,9 milhões de 2023.

Em comunicado, o grupo informa que desses 82 milhões de passageiros, 33 milhões (+5,6%%) foram transportados pela LATAM Airlines Brasil em voos domésticos no Brasil, enquanto 31,1 milhões (+11,1%) foram realizados a nível doméstico pela LATAM Airlines Chile, LATAM Airlines Colômbia, LATAM Airlines Equador e LATAM Airlines Peru. Os restantes 16 milhões, correspondendo a um aumento de 24,3% face a 2023, referem-se às operações internacionais realizadas por todas as filias do grupo.

Já no último mês de 2024, o grupo LATAM Airlines transportou um total de 7,3 milhões de passageiros, representando um aumento de 5,4% em relação ao mesmo mês de 2023. Também em dezembro, o maior número de passageiros transportados foram no mercado doméstico do Brasil pela LATAM Brasil (3,1 milhões; +3,8%), seguindo-se os 2,7 milhões transportados pelas filiais do Chile, Colômbia, Equador e Peru. Já a nível internacional, o grupo transportou, em dezembro, mais de 1,4 milhões de passageiros (+17,4%).

O último trimestre também foi de crescimento para o grupo LATAM Airlines, tendo transportado 21,5 milhões de passageiros, ou seja, mais 7,1% que em período homólogo de 2023. Neste período, a LATAM Brasil transportou9,2 milhões de passageiros, enquanto as restantes filias somaram 8,1 milhões. Já a nível internacional foram transportados 3,6 milhões de passageiros.

Em comunicado, o grupo refere que a LATAM Airlines aumentou, em dezembro, a sua capacidade consolidada, medida em assentos-quilómetros disponíveis (ASK), em 10,9% em relação a dezembro de 2023. Este crescimento foi impulsionado principalmente por um aumento de 16,1% nas operações internacionais do grupo. Durante este período, foram lançadas novas rotas internacionais de Santiago (Chile) para Bariloche (Argentina), de Recife (Brasil) e Punta del Este (Uruguai), bem como de Lima (Peru) para Montego Bay (Jamaica) e Rosário (Argentina).

Numa base anual, o grupo LATAM Airlines aumentou a sua capacidade consolidada, medida em assentos-quilómetros disponíveis (ASK), em 15,1% em comparação com a totalidade do ano de 2023, em linha com a última orientação atualizada em outubro passado.

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Foto: Frame It

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Alentejo reconhecido como um dos melhores destinos gastronómicos do mundo

O guia TasteAtlas distinguiu a região do Alentejo como o 9.º melhor destino gastronómico do mundo.

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O guia TasteAtlas reconheceu o Alentejo como o 9.º melhor destino gastronómico do mundo, com base nas reviews e das preferências dos cibernautas.

Este reconhecimento enquadra-se, segundo a Entidade Regional do Turismo do Alentejo (ERTA), “nas diversas iniciativas estratégicas para promover a gastronomia alentejana, reforçando o apoio a restaurantes locais e a valorização dos produtos e pratos típicos que são ícones da região”.

José Santos, presidente da ERTA, refere que, “em 2024, intensificamos o apoio à gastronomia alentejana com o objetivo claro de consolidar a preferência crescente dos turistas pela nossa região”. Por isso, salienta que este reconhecimento “é um passo fundamental na nossa estratégia, e embora haja ainda muito a conquistar, acreditamos que esta distinção abre novas oportunidades para a gastronomia alentejana se afirmar mundialmente”.

A gastronomia tem sido um dos “pilares centrais” da ERTA, como parte da estratégia para fortalecer a afirmação e dinamização turística do Alentejo, com a valorização da culinária regional a ser uma “alavanca crucial” para a região se destacar nos mercados internacionais.

A ERTA tem, de resto, promovido uma série de iniciativas focadas na celebração da culinária alentejana, incluindo eventos como o ‘Food Love Fest’, que em 2025 terá a sua segunda edição, reforçando o compromisso contínuo da Entidade em promover a gastronomia como um dos principais pilares do desenvolvimento turístico e económico da região.

José Santos conclui que este prémio “não só destaca a gastronomia alentejana como um dos maiores atrativos da região, mas também sublinha o impacto positivo que ela tem na economia nacional, alinhando-se perfeitamente com a nossa estratégia de promover o Alentejo como um destino turístico de excelência”.

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Governo vai lançar concursos para produção de SAF

O Governo vai avançar com concursos para a produção de combustível de aviação sustentável (SAF) tendo recebido já manifestações de interesse de “várias empresas”, anunciou a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho.

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tagsSAF

“O que nós pretendemos é que Portugal seja um produtor a nível europeu e mesmo mundial de combustíveis sustentáveis para a aviação (SAF na sigla em inglês) “, disse a governante à margem da cerimónia de constituição da Aliança para a Sustentabilidade na Aviação (ASA) que definirá, precisamente, a estratégia nacional para a sustentabilidade do setor.

A ministra explicou que o país reúne todas as condições para ter um lugar de destaque nesta área, uma vez que “para a promoção destes combustíveis é preciso energia renovável a um preço acessível, que é o caso de Portugal”.

“Temos um grande potencial de energia renovável”, reforçou Maria da Graça Carvalho.

A governante revelou ainda que já tiveram contactos de várias empresas interessadas em avançar com projetos de produção de SAF em Portugal, estando o Governo a estudar o lançamento de concursos específicos.

“Felizmente, temos muitas empresas interessadas e que apresentaram estudos e projetos para serem implementados em Portugal. Há muito interesse nacional e internacional”, destacou.

Parte deste apoio será oriundo das novas regras, aprovadas no Conselho de Ministros em outubro de 2024, que preveem a transferência de parte da taxa de carbono para um máximo de 40 milhões de euros em “prol de ações ou atividades de descarbonização no setor da aviação civil”.

Mais concretamente, este apoio terá como objetivo estimular a produção nacional de combustíveis de aviação sustentáveis (SAF na sigla em inglês) e eletrocombustíveis de aviação sustentáveis (eSAF) – a atribuir no âmbito do Roteiro Nacional para a Descarbonização da Aviação (RONDA), em 2026. O montante será atribuído através das receitas obtidas pelo Fundo Ambiental por via do Comércio de Licenças de Emissão (CELE) aviação e pela taxa de carbono, devendo contribuir para a descarbonização do setor.

Questionada sobre o calendário previsto para o arranque dos concursos para a produção de SAF, Maria da Graça Carvalho explicou que serão conduzidos pela Agência para o Clima que está em fase de formação.

“Durante o mês de janeiro ou início de fevereiro a Agência para o Clima já deverá estar a funcionar e uma das primeiras prioridades será lançar este concurso”, garantiu, não tendo dúvidas de que irá atrair vários consórcios.

O objetivo é colocar Portugal na lista de produtores de combustível sustentável para a aviação (SAF) a nível mundial, numa altura em que as companhias aéreas passaram a ser obrigadas, desde 01 de janeiro, a incorporar 2% de SAF. Uma meta que vai aumentar progressivamente até 2050.

Um dos entraves ao cumprimento desta meta, como as companhias aéreas têm alertado, é a falta de produção que se reflete também nos preços mais elevados deste tipo de combustível que pode ser produzido, por exemplo, através de óleos alimentares usados.

Esta situação tem levado as empresas do setor a avançar com a implementação de sobretaxas, que se refletem no aumento dos preços das viagens aéreas, como foi o caso da TAP.

Recorde-se que, recentemente, a TAP anunciou que “para compensar parcialmente os custos adicionais”, introduzirá uma sobretaxa SAF, “que se aplicará à partida dos aeroportos europeus (exceto voos domésticos)”. Esta tarifa vai variar entre os dois euros em classe económica na Europa e os 24 euros em executiva para voos intercontinentais.

 

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Grupo IAG interessado em alcançar participação maioritária na TAP ao longo do tempo

O grupo aéreo IAG manifestou ao Governo português interesse numa participação maioritária na TAP ao longo do tempo, caso avance para a compra, uma decisão que vai depender das condições impostas pelo Estado.

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tagsIAGTAP

“Ao longo do tempo, gostaríamos de ter um caminho para uma [posição] maioritária, porque daria possibilidade ao negócio para crescer sem o investimento de outros acionistas”, avançou o administrador do IAG Jonathan Sullivan, num encontro com jornalistas portugueses, em Dublin, na Irlanda, revela a agência Lusa.

O responsável acrescentou que este interesse numa posição maioritária na TAP foi já expresso ao Governo português, estando agora o grupo à espera de conhecer as condições para o negócio. “Não sabemos se vamos participar ou não, depende das condições”, realçou Jonathan Sullivan.

O Governo reuniu-se recentemente com interessados na compra da transportadora aérea portuguesa, no âmbito do processo de reprivatização preparado pelo anterior executivo socialista, que o queria concluir em 2024, mas que ficou em espera com a mudança de Governo.

Além do IAG, os grupos europeus Lufthansa e Air France-KLM também manifestaram publicamente interesse no negócio.

O ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, disse, em entrevista ao Público, que a reprivatização iria acelerar após a aprovação do Orçamento do Estado, no final de novembro, adiantando que existe consenso sobre a privatização, mas não sobre a percentagem a vender.

O administrador do IAG apontou que o negócio da TAP é interessante por “muitas razões”, como o ‘hub’ (plataforma de distribuição de voos), que considerou “um ativo tremendo”, a conectividade com a América Latina e com a América do Norte, que seria “um bom complemento” à operação das companhias que compõem o grupo IAG, como a Aer Lingus.

A companhia de bandeira irlandesa foi comprada pelo IAG em 2015, num processo que levantou algumas preocupações por parte do Governo, que manteve uma participação e impôs condições como a manutenção da marca, do ‘hub’ em Dublin e da conectividade com Londres – Heathrow.

“[O Governo português] é muito parecido com o irlandês e nós encorajamos isso, porque tem sido bom para a população, é bom que o Governo esteja envolvido com interesses estratégicos, como o irlandês tem estado”, apontou o responsável do IAG.

“[Se comprarmos,] queremos que a TAP se mantenha orgulhosamente portuguesa”, vincou o administrador.

Questionado sobre as preocupações relativamente ao fim do ‘hub’ da TAP em Lisboa, pela proximidade com o de Madrid, da Ibéria, outra das companhias do grupo de aviação, Sullivan garantiu que o interesse do grupo, caso avance para a compra, é desenvolver os dois ‘hubs’.

“Ter ‘hubs’ que são, de alguma forma, próximos, é muito positivo, […] porque os passageiros beneficiam”, defendeu, lembrando que Dublin é mais próximo de Londres do que Lisboa de Madrid, tal como Barcelona e Madrid estão mais próximas do que Lisboa e Madrid.

Quanto às diferenças relativamente aos seus potenciais concorrentes no negócio, Jonathan Sullivan considerou que o IAG tem como vantagem o facto de as suas companhias aéreas fazerem o planeamento da sua operação de forma totalmente independente umas das outras, uma vez que o processo de tomada de decisões é descentralizado, apenas “subindo” ao grupo quando estão em causa investimentos avultados, como a compra de aviões, por exemplo.

Questionado sobre os constrangimentos no aeroporto de Lisboa, o responsável desvalorizou: “Heathrow está limitado há anos e a British Airways encontrou forma de crescer, podemos encontrar maneiras de crescer mesmo num aeroporto que está lotado, estamos confiantes que a TAP, mesmo na Portela, pode encontrar uma forma de crescer”.

*Lusa

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Proveitos totais do alojamento turístico somam quase 6,4 mil milhões de euros até novembro

Segundo informa o Instituto Nacional de Estatística (INE), a evolução das dormidas de residentes acelerou o crescimento dos proveitos em novembro. No acumulado, até novembro, os proveitos totais estão 11% acima de período homólogo de 2023.

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Em novembro de 20241, o setor do alojamento turístico registou 2,2 milhões de hóspedes (+14%)3 e 5 milhões de dormidas (+9,8%), gerando 385,9 milhões de euros de proveitos totais e 285,3 milhões de euros de proveitos de aposento (+16,7% em ambos), depois de terem crescido 10% e 10,9%, em outubro, pela mesma ordem.

No acumulado de janeiro a novembro, as dormidas registaram um crescimento de 4,1%, atingindo 76,1 milhões, dando origem a aumentos de 11% nos proveitos totais e nos de aposentos, totalizando quase 6,4 mil milhões de euros e 4,9 mil milhões de euros, respetivamente. Segundo o INE, “este aumento deveu-se, principalmente, às dormidas de não residentes, que cresceram 4,8%, tendo as de residentes registado um crescimento inferior (+2,5%)”.

A Grande Lisboa foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (39,4% dos proveitos totais e 42,1% dos proveitos de aposento), seguida do Norte (16,8% e 16,9%, respetivamente) e da Madeira (14,3% e 13,6%, pela mesma ordem).

Todas as regiões registaram crescimentos nos proveitos, com os maiores aumentos a ocorrerem no Centro (+31,4% nos proveitos totais e +31,9% nos de aposento) e na Madeira (+26,3% e +28,8%, respetivamente).

O INE refere que “o crescimento dos proveitos foi transversal aos três segmentos de alojamento no mês de novembro”. Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (pesos de 88% e 86,3% no total do alojamento turístico, respetivamente) aumentaram ambos 17%.

Nos estabelecimentos de alojamento local, registaram-se aumentos de 12,3% nos proveitos totais e 12,7% nos proveitos de aposento (quotas de 8,7% e 10,5%, respetivamente).

Já no turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,3% e 3,2%, pela mesma ordem), os aumentos foram de 23,2% e 25%, respetivamente.

RevPAR e ADR em alta em todas as regiões
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 48 euros em novembro, registando um aumento de 11,3% (+7,9% em outubro).

O valor de RevPAR mais elevado foi registado na Grande Lisboa (95,1 euros), seguindo-se a Madeira (72,0 euros). Os maiores crescimentos ocorreram na Península de Setúbal (+26,9%), no Centro (+23,8%) e na Madeira (+23,3%).

Este indicador cresceu, em novembro, segundo o INE, 13% na hotelaria (+9% em outubro). No alojamento local e no turismo no espaço rural e de habitação, registaram-se aumentos de, respetivamente, 4,3% e 10,4% (+4,3% e +4,6%, em outubro, pela mesma ordem).

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 98 euros (+6,8%, após +6,2% em outubro).

A Grande Lisboa destacou-se com o valor mais elevado de ADR (138,7 euros), seguida da Madeira (98,5 euros) e do Norte (86,5 euros). Todas as regiões registaram aumentos neste indicador, tendo os crescimentos mais expressivos ocorrido na Madeira (+20,2%), no Centro (+10,5%) e no Oeste e Vale do Tejo (+8,5%).

Em novembro, o ADR cresceu em todos os segmentos, +7,1% na hotelaria (+6,2% em outubro), +4,5% no alojamento local (+4,9% em outubro) e +2,2% no turismo no espaço rural e de habitação (+8,9% em outubro).

No período acumulado de janeiro a novembro de 2024, o RevPAR atingiu 72 euros e o ADR 121,6 euros (+7,0% e + 6,5%, respetivamente).

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AENA regista mais de 309 milhões de passageiros nos aeroportos espanhóis em 2024

O Aeroporto Adolfo Suárez Madrid-Barajas registou o maior número de passageiros, em 2024, com 66,1 milhões, o que representa um crescimento de 9,9 % em relação a 2023. Seguem-se o aeroporto Josep Tarradellas Barcelona-El Prat e o aeroporto de Palma de Maiorca.

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Os aeroportos da rede AENA em Espanha encerraram 2024 com 309.332.069 passageiros, correspondendo a uma subida de 9,2% face a 2023. Em termos e movimentos de aeronaves, a gestora dos aeroportos, em Espanha, indica o movimento de 2.590.861, mais 7,8% do que em 2023.

O Aeroporto Adolfo Suárez Madrid-Barajas registou o maior número de passageiros, em 2024, com 66.196.984, o que representa um crescimento de 9,9% em relação a 2023. Seguem-se o aeroporto Josep Tarradellas Barcelona-El Prat, com 55.034.955 (+10,3% em relação a 2023); Palma de Maiorca, com 33.298.164 passageiros (+7%); Málaga-Costa del Sol, com 24.923. 774 (+11,5%); Alicante-Elche Miguel Hernández, com 18.387.387 (+16,8%); Gran Canaria, com 15.211.338 (+9%); Tenerife Sul, com 13.740.411 (+11,4%) e Valência, com 10.811.672 passageiros, ou seja, mais 8,7% do que em 2023.

Em termos de operações, o aeroporto com mais movimentos, em 2024, foi Adolfo Suárez Madrid-Barajas, com um total de 420.182 aeronaves movimentadas (+8% em relação a 2023), seguido por Josep Tarradellas Barcelona-El Prat, com 347.977 voos (+9,1%); Palma de Maiorca, com 243.200 (+6,2%); Málaga-Costa del Sol, com 174.915 (+8,2%); Gran Canaria, com 140.464 (+8,4%) e Alicante-Elche Miguel Hernández, com 116.270 aterragens e descolagens (+15,6%).

Globalmente, os aeroportos do Grupo AENA (que incluem os 46 aeroportos e dois heliportos em Espanha, o aeroporto de Londres-Luton e 17 aeroportos no Brasil) encerraram 2024 com 369.444.029 passageiros, mais 8,5 % do que em 2023, e movimentaram 3.203.747 aeronaves, mais 7,1 % do que em 2023.

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Delta aumenta em 30% a capacidade entre Lisboa e os EUA com novo Airbus A330-900neo

A Delta irá colocar o novo Airbus A330-900neo nos voos entre Lisboa e os hubs da companhia em Nova Iorque-JFK e Boston durante todo o verão de 2025.

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A Delta Air Lines vai operar ambas as suas rotas portuguesas com o novíssimo e topo de gama Airbus A330-900neo durante todo o seu programa de verão de 2025.

Assim, a partir de 29 de março, as duas ligações diretas entre Lisboa e os hubs da companhia aérea em Nova Iorque-JFK e Boston-Logan serão melhoradas com a introdução de um novo aparelho que eleva ainda mais a experiência do cliente e representa um significativo acréscimo de até 30% na capacidade.

De acordo com Matteo Curcio, vice-presidente Sénior para a região EMEAI da Delta Air Lines, “operar o novo A330-900neo durante todo o verão significa mais opções de viagem e oportunidades para promover o intenso e crescente tráfego transatlântico de lazer e negócios em ambos os sentidos. Além disso, dado que Portugal é um destino líder para os turistas norte-americanos, mantendo o nosso compromisso com Portugal, continuamos atentos a novas oportunidades para conectá-lo ainda mais a mais cidades e destinos dos EUA”.

Com até 14 voos semanais sem escalas (ou 430 lugares/semana) ao longo do ano entre Lisboa e os hubs de Nova Iorque-JFK e Boston, e em conjunto com os seus parceiros transatlânticos, nomeadamente a Air France-KLM, através dos seus hubs em Paris e Amesterdão, a Delta vai continuar a oferecer aos clientes portugueses mais opções e fortes ligações aos EUA e mais além. Ambos os serviços são operados todo o ano num renovado Boeing 767-300, tendo os clientes à escolha, que viajam entre Portugal e os EUA, quatro experiências: Delta One (ou Delta One Suites no novo aparelho A330-900neo), Delta Premium Select, Delta Comfort+ e Main Cabin.

Desta forma, o serviço diário da Delta entre Lisboa e Boston far-se-á diariamente com saída de Lisboa às 12h45, com chegada a Boston às 15h30. Já na rota contrária, a saída de Boston está marcada para as 23h15, com chegada a Lisboa às 10h45 do dia seguinte.

A rota entre Lisboa e Nova Iorque JFK tem saída diária da capital portuguesa às 10h00, com chegada ao outro lado do Atlântico às 13h00.

Já Nova Iorque JFK – Lisboa terá partida às 19h55 e chegada a Lisboa no dia seguinte pelas 08h00.

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Meeting Industry

FITUR atrairá mais de 250.000 visitantes com impacto económico de 445 milhões de euros

De acordo com as contas da organização, a FITUR 2025 contará com 9.500 empresas participantes, 156 países e 884 expositores.

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tagsFITUR

A 45.ª edição da Feira Internacional de Turismo – FITUR 2025, que terá lugar entre 22 e 26 de janeiro, em Madrid, espera ultrapassar os 150.000 profissionais entre quarta e sexta-feira e alcançar cerca de 100.000 visitantes de público geral durante o fim de semana, totalizando mais 250.000 visitantes durante todo o evento, o que iguala a assistência do ano passado.

Estima-se que esta afluência de participantes e visitantes tenha um impacto económico para Madrid de 445 milhões de euros em receitas, com um efeito positivo em setores como a mobilidade, a hotelaria, a hospitalidade, a cultura e o lazer.

A FITUR 2025 contará com 9.500 empresas participantes, 156 países e 884 expositores, mais 10% do que em 2024, que apresentarão a sua oferta em nove pavilhões.

Durante uma conferência de imprensa na segunda-feira, o presidente do comité executivo da IFEMA Madrid, José Vicente de los Mozos, sublinhou que os números demonstram a importância da marca Espanha como “líder indiscutível em termos de turismo de entrada e saída”. Além disso, afirmou que estão em curso conversações para alargar a oferta turística para um 10.º pavilhão para a edição de 2026.

Para a diretora da Fitur, María Valcarce, a principal força do evento é o seu posicionamento como “a feira mais importante do mundo, com a maior representação de empresas e o maior número de profissionais”. “Somos um mercado global e todos os anos melhoramos e crescemos”, salientou.

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