INE: 2022 ainda não trouxe os níveis pré-pandemia aos aeroportos nacionais
Apesar de, no acumulado do ano, os aeroportos nacionais ainda não terem ultrapassado 2019, o INE indica que, entre outubro e dezembro, os número de aeronaves aterradas e de passageiros desembarcados diariamente já foram “muito semelhantes aos níveis anteriores à pandemia”.
Inês de Matos
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Apesar de terem vivido um último trimestre positivo, com crescimentos nas aeronaves em voos comerciais e nos passageiros movimentados, os aeroportos nacionais ainda não atingiram os níveis pré-pandemia, como mostram os dados divulgados esta quarta-feira, 8 de março, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que apontam ainda quebras de 4,5% e 5,6%, respetivamente, ao longo de 2022.
Os números preliminares do INE, relativos à Atividade de Transportes, mostram que, no ano passado, os aeroportos nacionais receberam 217,6 mil aeronaves em voos comerciais, o que traduz um aumento de 61,7% face ao ano anterior, mas que fica ainda 4,5% abaixo do registado em 2019, o último ano antes da pandemia.
Já o movimento de passageiros chegou aos 56,8 milhões, valor que também traduz um forte aumento face a 2021 e que chegou aos 121,7%, ainda que, em comparação com 2019, se continue a registar uma quebra, que foi de 5,6%.
No ano passado, os aeroportos nacionais viram, no entanto, o tráfego internacional de passageiros aumentar 137,9% em comparação com 2021, correspondendo a 80,8% do total de passageiros, o que também traduz um aumento de 5,5 pontos percentuais face à representatividade do mercado internacional em 2021.
O Reino Unido foi, em 2022, o principal país de origem e de destino dos voos, recuperando uma posição que tinha perdido para a França nos dois últimos anos, enquanto a Espanha foi o terceiro país de origem e destino dos voos, a Alemanha o quarto e a Itália o quinto, recuperando também a posição que tinha perdido para a suíça.
4.º Trimestre já “muito semelhante” ao período pré-pandemia
Apesar de, no acumulado do ano, os números ainda não terem ultrapassado 2019, o INE indica que, entre outubro e dezembro, o cenário já foi diferente e, tanto o número de aeronaves aterradas como de passageiros desembarcados diariamente, já foi “muito semelhantes aos níveis anteriores à pandemia”, tendo mesmo superado esses valores.
No 4.º trimestre de 2022, os aeroportos nacionais movimentaram 13,9 milhões de passageiros, valor que traduz um crescimento de 41,9% face ao mesmo período de 2021 e de 3,7% em comparação com igual trimestre de 2019, tendo recebido ainda 52,8 mil aeronaves em voos comerciais, num aumento de 21,5% face ao trimestre homólogo de 2021 e que também traduz um crescimento de 1,9% em comparação com os últimos três meses de 2019.
Por aeroportos, a infraestrutura lisboeta concentrou 53,3% do movimento total de passageiros, o que corresponde a um total de 7,4 milhões e traduz um aumento de aumento de 46,6% face ao mesmo período do ano passado e de 0,6% em comparação com o último trimestre de 2019.
Já o aeroporto do Porto registou o segundo maior volume de passageiros movimentados do país, com 3,1 milhões de passageiros movimentados, o que indica um aumento de 40,1% face ao mesmo período do ano anterior e de 2,6% em comparação com o 4.º trimestre de 2019.
No aeroporto de Faro, por sua vez, registou-se o movimento de 1,6 milhões de passageiros, o que representa 11,4% do total e traduz uma subida de 35,5% face ao último trimestre de 2021, bem como de 0,6% comparando com o último trimestre de 2019.
No Funchal, o movimento chegou aos 994,2 mil passageiros, o que mostra uma subida de 43,7% face ao 4.º trimestre de 2021 e superou em 36,0% o valor atingido no mesmo período de 2019.
Já em Ponta Delgada, Açores, o movimento de passageiros apresentou um crescimento de 25,4% face ao 4.º trimestre de 2021, tendo crescido 12,2% face aos últimos três meses de de 2019.
Do total de passageiros movimentados, 81,3% correspondeu a tráfego internacional, o que significa um total de 11,3 milhões de passageiros, tendo o peso do movimento internacional ascendido a 93,6% em Faro, 88,4% em Lisboa e 85,5% no Porto.