Agora é possível conhecer o Funchal sob o ponto de vista da arquitetura urbana
Lançado recentemente pela Secção Regional da Madeira da Ordem dos Arquitetos, o Guia de Arquitetura Funchal, permite uma fruição diferente do património da capital madeirense. Eduardo Jesus enaltece a obra.
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A partir de agora, residentes e visitantes, têm a oportunidade de conhecer o Funchal sob o ponto de vista da arquitetura urbana, nomeadamente, das 15 obras essenciais que marcaram o período do século XIX.
Este é, conforme divulgado na página oficial do Governo Regional da Madeira, o objetivo do ‘Guia de Arquitetura Funchal | Século XIX | 15 Obras Essenciais’, editado pela Secção Regional da Madeira da Ordem dos Arquitetos (SRMAD) e da autoria de Rui Campos Matos e Daniela Alcântara, que foi lançado na última semana no Teatro Municipal Baltazar Dias.
A mesma fonte destaca que, neste guia são mostradas, de forma diferente, obras arquitetónicas emblemáticas da cidade do Funchal e do arquipélago e datadas do século XIX, como é o caso do Teatro Municipal Baltazar Dias, do Hospício Princesa Dona Maria Amélia, da Quinta das Angústias (atual Quinta Vigia), do Jardim Municipal e da Ponte Monumental, entre outros.
No total são apresentadas 15 obras, na sua maioria projetadas por arquitetos ingleses, “numa época em que a burguesa cidade do Funchal teve necessidade de desenvolver estes importantes equipamentos adequados ao Modus Vivendi oitocentista”, explicou na ocasião Susana Gouveia Jesus, presidente da SRMAD, acrescentando que, no âmbito das atribuições desta Secção Regional, que visam contribuir para a defesa e promoção da arquitetura, há o objetivo expresso de promover a edição de publicações que contribuam para um melhor esclarecimento público das implicações e relevância da arquitetura.
A responsável afirmou que para a SRMAD “é de suma importância facultar esta informação, tanto aos nossos visitantes, como aos que diariamente habitam e frequentam estes edifícios, sendo que estes exemplos arquitetónicos, assim como os que já estão patentes no Guia de Arquitetura do século XX editado em 2020, consubstanciam a nossa entidade como ilha atlântica multicultural que valoriza o seu património e que foi, de certo modo, bastante mais visionária em relação a outras regiões do país”.
O secretário Regional de Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, que marcou presença na sessão de apresentação da obra, considerou, citado na notícia veiculada pelo site do Governo madeirense, que “o lançamento deste guia permite-nos sistematizar a informação relativamente à arquitetura e à história da edificação na Região Autónoma da Madeira, sendo que essa sistematização permite uma fruição diferente do património”.
O facto de a região já ter dois guias, um do século XIX e outro do século XX, “vem facultar à população residente em geral e aqueles que nos visitam, uma informação que está devidamente estudada, organizada, documentada, e que nos ajuda a compreender a presença do Homem neste território”, salientou, para acrescentar que este guia é, ao fim e ao cabo, “uma forma diferente de contar a história da Madeira através do seu património edificado”.