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Turismo

Ministro da Economia antecipa receitas de 22 MM€ no turismo em 2022

O ministro da Economia, António Costa Silva, revelou que as receitas do turismo atingiram os 22 mil milhões de euros em 2022, superando em 20% o valor registado em 2019, naquele que foi considerado o melhor ano turístico.

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Ministro da Economia antecipa receitas de 22 MM€ no turismo em 2022

O ministro da Economia, António Costa Silva, revelou que as receitas do turismo atingiram os 22 mil milhões de euros em 2022, superando em 20% o valor registado em 2019, naquele que foi considerado o melhor ano turístico.

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“Portugal terminou o ano de 2022 com 22.000 milhões de euros, o que é absolutamente extraordinário porque, num ano, não só recuperámos aquilo que fizemos em 2019, como superámos os resultados em mais 20%”, disse o ministro da Economia e do Mar, António Costa e Silva.

Ao intervir na sessão de encerramento da inauguração da nova Escola de Hotelaria e Turismo de Portimão (EHTP), o governante lembrou que o turismo, “um dos motores do desenvolvimento da economia do país, foi altamente flagelado pela pandemia, quase paralisado durante dois anos, conduzindo a uma grande desmotivação” dos agentes económicos.

“Havia muita gente que dizia que para recuperarmos os números de 2019 iríamos demorar três, quatro ou cinco anos, mas conseguimos recuperar durante o ano passado”, sublinhou.

António Costa Silva afirmou que para Portugal “atingir um dos objetivos de ser o destino mais sustentável do mundo, um dos de maior qualidade, “é necessário trabalhar em conjunto, desenvolvendo redes colaborativas”.

“Se construirmos estas plataformas, se tivermos desígnios claros, nós podemos transformar a vida das nossas comunidades, criar riqueza e alinhar o país, sintonizar o país com o futuro”, apontou.

Na opinião do titular da pasta da Economia, “ainda existe preconceito no país em relação ao turismo”, um setor que, lembrou, “é sem dúvida um dos pilares fundamentais do nosso desenvolvimento económico”.

“Nós, no Ministério da Economia, temos uma visão muito clara sobre o turismo: o turismo é uma ferramenta para desenvolver o país do norte ao sul, incluindo as regiões autónomas [da Madeira e dos Açores], porque ele é capilar”, notou.

No mesmo sentido, acrescentou, que o turismo “está nesta altura em todo o espaço nacional e ele é transversal, mobiliza múltiplos setores da economia, desde a construção aos transportes, a todo um conjunto de indústrias”.

“Se nós usarmos esta ferramenta [turismo] no sentido próprio, ela é absolutamente transformadora”, reforçou.

António Costa Silva apontou também a qualidade das novas instalações da EHTP como um “investimento para treinar e formar pessoas, dado que o investimento na educação é o mais produtivo que o país pode ter”.

“A educação […] muda as pessoas e são as pessoas que transformam o mundo. Nós queremos ser o destino mais sustentável do mundo e isso não se faz sem escolas de qualidade”, disse.

O novo edifício da Escola de Hotelaria e Turismo de Portimão representa um investimento de 2,3 milhões de euros do Turismo de Portugal que permitirá reforçar a oferta formativa na região.

As novas instalações resultam da requalificação do antigo estabelecimento prisional de Portimão, dispondo o edifício de oito salas de aula equipadas com a mais recente tecnologia, duas cozinhas individuais, um auditório com capacidade para 140 pessoas, um bar e um restaurante ‘de aplicação’, que estarão abertos ao público.

Segundo o Turismo de Portugal, os equipamentos digitais vão facilitar “um ensino híbrido que conjugue formação presencial e à distância”.

A Escola de Hotelaria e Turismo de Portimão é o terceiro estabelecimento de formação na área existente no Algarve, a par de Faro e de Vila Real de Santo António.

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Turismo

Decorrem concursos para concessão do Colégio de São Fiel e da Casa das Fardas para fins turísticos

As candidaturas para concessão do Colégio de São Fiel, em Castelo Branco, no âmbito do programa Revive, decorre té 6 de setembro, enquanto para a Casa das Fardas, em Estremoz, terão lugar até 21 outubro de 2023.

Em 26 julho 2023, foi enviado para publicação em Diário da República o anúncio do concurso público para a concessão de exploração do imóvel denominado “Colégio de São Fiel”, em Louriçal do Campo, Castelo Branco, com vista à realização de infraestruturas, e posterior exploração para fins turísticos como empreendimento turístico, alojamento local, ou outro projeto com vocação turística, nos termos da legislação em vigor, indica o Turismo de Portugal na sua página oficial.

O Colégio de São Fiel, um edifício do antigo colégio jesuíta, localiza-se no sopé da serra da Gardunha. Inserido numa vasta propriedade arborizada, este móvel data da segunda metade do século XIX, articulado em diversas alas de planta retangular, com dois ou três pisos e um torreão. A igreja situa-se num topo e o claustro, embora adulterado, é de inspiração franciscana. Além de importantes laboratórios e equipamentos de ensino, o colégio possuía um observatório meteorológico que funcionou até 1910, um museu zoológico e um valioso herbário.

A área a afetar a uso turístico é a totalidade do imóvel (excluindo a área do campo de jogos e piscina), numa concessão de 50 anos, com uma renda anual de 21. 750 euros.

Também, em relação à Casa das Fardas (Estremoz), cujas candidaturas, no âmbito do Revive, terão lugar até ao próximo dia 21 de outubro, segundo o Turismo de Portugal, em 21 de junho de 2023, foi enviado para publicação em Diário da República o anúncio do concurso público para a sua concessão de exploração com vista à realização de infraestruturas, e posterior exploração para fins turísticos como estabelecimento hoteleiro, alojamento local, ou outro projeto com vocação turística, nos termos da legislação em vigor. A duração da concessão, com uma renda mínima anual de 3.581,40 euros, será também de 50 anos.

 

 

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Retorno económico da JMJ pode chegar aos 600M€, segundo Nuno Fazenda

O secretário de estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, analisou o impacto financeiro e o retorno económico da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no turismo em Portugal, que começou esta terça-feira em Lisboa, e disse que podem situar-se entre os 400 e os 600 milhões de euros.

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Sobre o impacto da Jornada Mundial da Juventude 2023 (JMJ), que arrancou esta terça-feira, dia 1 de agosto, em Lisboa, o secretário de estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, acredita que os estudos feitos por consultoras e instituições de ensino superior se “vão concretizar” e aponta para um retorno financeiro do evento que pode chegar aos 600 milhões de euros.

Em declarações à CNN Portugal, o governante afirmou que “temos vários estudos que demonstram um impacto muito positivo que estas Jornadas Mundiais da Juventude vão ter em Portugal, e demonstram que oscila entre os 400 e 600 euros de retorno económico”, apontou.

Segundo Nuno Fazenda, “prevemos um impacto muito positivo do turismo na parte do retorno económico, mas também na projeção internacional e Portugal lá fora”, para lembrar que “vamos receber um milhão de jovens de todo o mundo, que vão ser embaixadores de Portugal no mundo. E vão estar num encontro que promove a paz, a solidariedade, a ação climática, valores que são importantes””.

O secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços realçou igualmente a cobertura mediática do acontecimento: “Vamos ter órgãos de comunicação social de todo o mundo, vamos ter a JMJ serem transmitidas para mais de 150 países”, explicando que, com o Turismo de Portugal foram produzidos vários vídeos sobre diferentes regiões de Portugal, que serão depois passados nos intervalos das transmissões televisivas da JMJ em todo o mundo.

“É uma oportunidade para dar a conhecer Portugal às novas e futuras gerações, que vão guardar uma experiência de afetividade e de boa ligação a Portugal”, referiu, avançando confiante nos resultados que, “temos de confiar nos estudos de consultoras e instituições ensino”.

“Vemos uma grande mobilização de norte a sul do País e, por isso, o impacto não se circunscreve a Lisboa”, indicou, sublinhando que esse impacto será “multiplicado a médio e longo prazo”.

“Vamos atingir mais de 450 milhões de lares em todo o mundo, e a isso soma-se o reconhecimento de Portugal como país capaz de organizar eventos internacionais”, considerou o governante.

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JMJ obriga alteração nos serviços centrais do Turismo de Portugal

Devido a constrangimentos e restrições de circulação e transportes no concelho Lisboa, decorrentes da Jornada Mundial da Juventude, o Turismo de Portugal informa que os seus serviços centrais vão sofrer alterações.

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O Turismo de Portugal informa ao mercado que a generalidade dos seus trabalhadores que desempenham funções no concelho de Lisboa estarão em regime de teletrabalho durante o período de 31 de julho a 6 de agosto de 2023.

O motivo são os constrangimentos e restrições de circulação e transportes que se esperam durante esse período devido à realização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que decorrerá na região de Lisboa de 1 a 6 de agosto. Os serviços, em regime presencial, retomam o seu funcionamento a partir do dia 7 de agosto.

Entretanto, o Turismo de Portugal mantém-se totalmente disponível para contacto pelos seguintes meios: Contactos gerais: [email protected] (contacto preferencial)​ – telefone: 211 140 200; empresários e empreendedores do setor do Turismo: [email protected] (contacto preferencial) – telefone: 808 209 209

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Raul Almeida eleito presidente da Turismo Centro de Portugal

Raul Almeida foi eleito para um mandato de cinco anos, em lista de unidade, conseguindo obter 98,2% da totalidade dos votos.

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A Assembleia Geral Eleitoral da Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal (TCP) elegeu esta quarta-feira, 26 de julho, os órgãos sociais para o mandato de 2023-2028. O novo presidente da Comissão Executiva é Raul Almeida, que sucede a Pedro Machado nas funções.

O ato eleitoral, que determinou a composição da Comissão Executiva, da Mesa da Assembleia Geral e do Conselho de Marketing, realizou-se em três mesas de voto, situadas em Aveiro, Guarda e Leiria.

A lista liderada por Raul Almeida foi a única a apresentar-se a sufrágio. Votaram 115 associados, que representam 72,3% dos 159 elementos do colégio eleitoral. Entre estes, registaram-se 113 votos a favor, 1 voto branco e 1 voto nulo, o que totaliza 98,2% de votos a favor.

“O resultado desta votação expressiva manifesta uma grande confiança do colégio eleitoral da Turismo Centro de Portugal na lista e nas propostas que apresentei, o que me deixa sensibilizado e motivado e que me traz responsabilidades acrescidas. A melhor forma de agradecer esta confiança, aos autarcas, empresários e associações, é desempenhando estas funções com redobrado empenho”, sublinhou Raul Almeida.

O sucessor de Pedro Machado referiu ainda que, “conto para isso com duas equipas de grande qualidade: a que juntei nos órgãos sociais e a que trabalha todos os dias na Entidade Regional. Em conjunto, tenho a certeza de que iremos prosseguir o caminho de sucesso que tem pautado a Turismo Centro de Portugal nos últimos anos”.

A tomada de posse dos órgãos sociais terá lugar às 11h30 de dia 1 de setembro, no Convento São Francisco, em Coimbra.

Os órgãos sociais da TCP, para o período 2023-2028, são:

Comissão Executiva:
Raul Almeida (Presidente)
Jorge Sampaio
Anabela Freitas
Elsa Marçal
Luís Albuquerque

Mesa da Assembleia Geral:
Presidente da Mesa: Pedro Machado (TCP – Associação para a Promoção do Turismo na Região Centro de Portugal)
Secretário da Mesa: Vítor Pereira (Câmara Municipal da Covilhã)

Conselho de Marketing:
Jorge Almeida “Loureiro” (Hotel Avenida)
José Francisco Rolo (ADIRAM – Associação Aldeias de Montanha)
Carlos Ascensão (Aldeias Históricas de Portugal)
Laura Rodrigues (Câmara Municipal de Torres Vedras)
Rodolfo Baldaia de Queirós (Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior)
Jorge Costa (Empreendimentos Turísticos Montebelo)
António Marques Vidal (APECATE – Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos)

De referir que Raul Almeida nasceu em Moçambique, a 30 de março de 1971. Licenciado em Direito pela Universidade Lusíada do Porto, exerceu advocacia, especializando-se em Direito Informático numa sociedade de advogados em Lisboa. Em 2013, venceu as eleições para a Câmara Municipal de Mira, tendo sido reeleito em 2017 e 2021, funções que exerce até tomar posse como presidente da Turismo Centro de Portugal.

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Madeira Rural é lugar de refúgio, bem-estar e hospitalidade

A Madeira Rural – Associação de Turismo em Espaço Rural da Região Autónoma da Madeira, constituída em 2000, tem-se afirmado não só ao nível do alojamento, mas acima de tudo como um lugar de refúgio, de bem-estar e hospitalidade, numa ilha em que estes fatores são a essência da sua oferta turística.

A Madeira Rural, desde a sua fundação, em outubro de 2000, “tem-se afirmado no desenvolvimento de atividades de promoção conjunta e multidisciplinar do Turismo Rural na Região Autónoma da Madeira”, declarou a associação, que acrescenta que ela “não se limita a disponibilizar alojamento. Acima de tudo, é um lugar de refúgio, bem-estar e hospitalidade”.

O centro de reservas online, www.madeira-rural.com, foi a primeira forma de materializar estes esforços promocionais conjuntos. Agora uma segunda fase surgiu, a elaboração de um guia útil para visitantes e residentes, foi-nos informado.

“Esperamos contribuir para um Turismo Rural melhor e mais frutífero, para que a experiência dos hóspedes seja única e as suas expectativas superadas”, indicou a Madeira Rural.

Neste momento a associação sem fins lucrativos, de natureza privada, engloba 34 alojamentos associados, cujas tipologias passam por casas de campo/casas rurais, hotéis rurais, quintas, cottages, villas e moradias turísticas, ou seja, não só oferece alojamentos rurais, como também acolhimento e bem-estar nas ilhas da Madeira e Porto Santo, e representa atividades e serviços de animação.

A Madeira Rural tem vindo a contribuir para o desenvolvimento sustentável do espaço rural, dando prossecução àqueles que são os seus principais objetivos: Coordenar a comercialização e promoção conjunta, publicidade, relações públicas de todos os seus associados; Controlar a qualidade do serviço prestado; Promover a formação profissional dos seus associados; Promover e desenvolver iniciativas de desenvolvimento do TER; Dar a conhecer a oferta de turismo rural da RAM (Madeira Rural), e as atividades de animação turística que contribuem para o seu desenvolvimento (Madeira Outdoor). O seu principal papel tem sido apoiar os seus associados através de reservas que são feitas com esses alojamentos.

Os principais desafios que se colocam a este tipo de turismo na Madeira são, essencialmente, ‘o facto de existirem cada vez mais hotéis na região, o que faz com que sejam concorrência a este tipo de turismo; os preços que os hotéis praticam muitas vezes são bastante competitivos; os custos destes alojamentos para mantê-los em funcionamento e de acordo com a lei’”

Segundo a associação, os principais desafios que se colocam a este tipo de turismo na Madeira são, essencialmente, “o facto de existirem cada vez mais hotéis na região, o que faz com que sejam concorrência a este tipo de turismo; os preços que os hotéis praticam muitas vezes são bastante competitivos; os custos destes alojamentos para mantê-los em funcionamento e de acordo com a lei”. No entanto, revela que tem desenvolvido diversos tipos de projetos com a ajuda da Secretaria Regional do Turismo da Madeira, entre eles a elaboração de eventos de animação turística na Madeira.

A Madeira Rural promove-se através do seu website próprio, das redes sociais, da organização de eventos e através da sua loja em Machico. Os alojamentos que representa têm encontrado eco principalmente entre os turistas estrangeiros, mas também pelos nacionais que, cada vez mais procuram este tipo de turismo.

A atividade dos seus associados teve, em 2022 um balanço positivo, e a associação acredita, que pelo volume de reservas, este ano será ainda melhor, referindo que “a procura pelo Turismo Rural na Madeira tem aumentado.

Durante a pandemia, por parte da Madeira Rural, a procura por este tipo de turismo “foi baixa no início, mas depois começou a aumentar mais para o final”, disse a associação, para acrescentar que “este tipo de turismo era muito procurado pelas pessoas em geral”, pois estavam afastados dos grandes centros.

A Madeira Rural realça que “é uma tendência que se mantém e que tem cada vez mais aumentado”, mas “achamos que ainda não se pode falar em recuperação total, mas estamos a chegar lá”.

Foto crédito: Depositphotos.com
Sobre o autorCarolina Morgado

Carolina Morgado

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Rota Vicentina é para usufruir por quem vive e quem visita

A Associação Rota Vicentina tem vindo a desenvolver programas e experiências que visam conhecer e sentir aquele território das mais diversas formas.

Em entrevista ao PUBLITURIS, a presidente da direção da Associação Rota Vicentina, Marta Cabral, dá-nos a conhecer aquele território, as suas vivências e as suas mais diversas experiências que proporciona a quem o visita, tendo sempre em conta que o seu usufruto exige a sua preservação.

Como é que podemos caracterizar a Rota Vicentina? O que propõem, em termos de experiências, a quem vos visita?
A Rota Vicentina é uma rede de percursos pedestres e cicláveis, essencialmente autoguiado, que o turista consegue percorrer em total autonomia (com o apoio da muita informação física e digital que temos disponível), mas é também uma rede de oferta de serviços que passa por alojamento, atividades, restauração, etc.

O que esta rede tem para oferecer são programas e experiências para conhecer e sentir a Costa Alentejana e Vicentina das mais diversas formas, sempre a partir daquele que é o conhecimento de quem aqui vive. Seja na forma de fazer o pão, de receber os hóspedes, de passear de barco no Mira ou a caminhar por entre as nossas paisagens, saber interpretá-las e apreciá-las tão plenamente quanto possível.

Qual é o papel da Associação Rota Vicentina?
A associação junta vários empresários e pessoas interessadas no desenvolvimento desta região que é a Costa Alentejana e Vicentina, a partir do prisma do turismo. E o nosso papel é no fundo pensar o próprio desempenho do turismo nesta equação, auscultar as necessidades e procurar concertar uma atuação conjunta, um investimento conjunto, quer dentro da associação quer depois com parceiros externos, públicos e privados.

Valorizar a marca é objetivo
O que é que a Associação Rota Vicentina tem feito para proteger e preservar todos os recursos englobados da Rota?
O nosso esforço para preservar é feito sobretudo no sentido de valorizar e para isso temos de conhecer. O papel da Rota Vicentina passa muito por valorizar a marca e com ela todos esses ativos que no fundo são o património do território: material, imaterial, natural, cultural, social, etc. Na prática procuramos estabelecer ligações entre cada um destes ativos e o mundo turístico, acrescentando-lhe sempre o olhar do caminhante, do turista, mas também da comunidade local, do interesse público.

Que novos projetos estão na calha?
Neste momento não temos nenhum novo projeto na calha, estamos numa fase importante, talvez de viragem da vida da associação, estamos a celebrar 10 anos e estamos focados em mapear aquilo que é o resultado do trabalho da última década, isto por um lado. Por outro lado, queremos verdadeiramente perceber como é que podemos densificar e aprofundar ainda mais esta nossa missão. Em princípio a estratégia não será de criar grandes projetos, mas sim de dar continuidade ao trabalho que fizemos até agora e no fundo encontrar a melhor forma de o fazer, nas dinâmicas dos nossos parceiros, que são muitos.

O que esta rede tem para oferecer são programas e experiências para conhecer e sentir a Costa Alentejana e Vicentina das mais diversas formas, sempre a partir daquele que é o conhecimento de quem aqui vive”

Semana para olhar pela identidade do território
Quais são os objetivos da Semana ID?
A Semana ID é uma mostra dos resultados do trabalho da Rota Vicentina e de toda a sua rede de parceiros, da sua comunidade e deste território, de certa forma é um projecto muito ambicioso e simultaneamente muito simples. No fundo é uma semana em que nós reforçamos o convite a que parceiros e comunidade local mostrem aquilo que é possível fazer na região, numa possível leitura sobre a sua Identidade (ID).

Isto é um trabalho que é feito ao longo do ano através de uma ferramenta que nós temos que é a Agenda Rota Vicentina, mas esta semana tem um foco especial, quer em termos de programação, por ser mais intensa e concentrada, quer depois em termos de divulgação, porque fazemos realmente um esforço adicional para que seja mais fácil de apreender o que é a Rota Vicentina, o que é o território a partir do olhar da Rota Vicentina, daquilo que é o seu manifesto de desenvolvimento para este território, da sua visão de responsabilidade sobre o futuro e do papel do turismo em toda esta dinâmica.

A 3ª edição, tal como as anteriores, em termos de programação cumpriu totalmente as nossas expectativas. Agora estamos a entrar numa nova fase do projeto, estamos já a pensar nas próximas edições vamos querer impactar mais o público, eventualmente poderemos vir a ajustar datas, antecipar a sua promoção e orientar a Semana ID mais numa perspectiva de dinamização turística.

“No meio rural, em particular, o turismo vive da paisagem repleta de beleza, mas com conteúdo: do acesso a uma economia local endógena e inovadora, de uma comunidade de residentes e visitantes consciente e colaborativa”. É uma frase extraída da sua recente declaração. Neste sentido, como é que a rota encara a questão da sustentabilidade em territórios rurais?
Esta para nós é uma questão-chave, e o nosso território é um óptimo exemplo, por ser Parque Natural, mas simultaneamente um território composto por terrenos privados de investimento rural e florestal, onde uma coisa não existe sem a outra.

Sentimos que é fundamental que o turismo comece a olhar para aquilo que é a paisagem como o resultado de um tipo de ocupação e rentabilização do território, que hoje é assim e amanhã pode ser completamente diferente.

Dependendo do estímulo, não apenas económico (mas também económico) que os tais investidores têm, e podem ser grandes investidores, mas em grande parte do território estamos a falar principalmente de microempresários, de economia familiar, de uma prática seja ela rural ou florestal muito ligada às tradições familiares, etc.

A componente económica é incontornável porque as pessoas vivem destes negócios, mas depois há uma série de outras componentes, nomeadamente afetivas, que devem ser tidas em conta e será aqui que o turismo pode ter um papel determinante porque tem a capacidade de juntar as duas coisas: afetos e economia.

Aquilo que a Rota Vicentina tem tentado fazer é pensar essencialmente de que forma é que nós, enquanto comunidade, podemos estimular esta ideia de economia circular e podemos alimentar internamente o tipo de produção, de cultura e de investimento que nos serve e que potencia o valor de cada uma das variáveis deste círculo.

Falta de informação e consciência
A Associação Rota Vicentina tem alertado para a crescente tendência o campismo e caravanismo selvagem nas falésias e praias da costa alentejana. O que se tem feito para sanar a questão?
Mais uma vez acreditamos que muitas vezes o que falta é informação, é consciência. Todos nós somos consumidores de tanta coisa que não é possível controlarmos o contexto de cada uma das coisas que consumimos, de cada um dos serviços que utilizamos.

O que a Rota Vicentina tem tentado fazer é consciencializar as pessoas para que o problema não é a prática de caravanismo ou campismo selvagem, o problema é a escala que isto atingiu.

O nosso papel é, tanto quanto possível, a informação, o esclarecimento e a sensibilização.

Quem procura a Rota Vicentina?
O utilizador tipo da Rota Vicentina é o casal alemão, de cerca de 50 anos, com um poder de compra interessante, que procura regularmente destinos de caminhada e que vem no mínimo por uma semana fazer um circuito itinerante ao longo da costa, sendo que este perfil tem depois uma série de derivações. Em primeiro lugar, porque começamos a ter não apenas caminhantes, mas também ciclistas e porque tendencialmente começamos a ter por exemplo segmentos cada vez mais jovens, muitas pessoas a viajar sozinhas, muitas mulheres a viajar sozinhas, as nacionalidades também vão mudando… temos muitos italianos, muitos americanos, canadianos, toda a Europa tendencialmente, e cada vez mais portugueses.

Sentimos que é fundamental que o turismo comece a olhar para aquilo que é a paisagem como o resultado de um tipo de ocupação e rentabilização do território, que hoje é assim e amanhã pode ser completamente diferente”

Preparar territórios de baixa densidade para a procura turística
Como e onde é promovida?
A Rota Vicentina é promovida essencialmente através do apoio dos nossos parceiros nomeadamente a Associação de Promoção Externa do Alentejo e Algarve e o Turismo de Portugal. A promoção acontece nos destinos onde estes órgãos estão presentes no mundo e a Rota Vicentina procura direcionar o tipo de promoção e o tipo de público-alvo em função dos seus objetivos, que não é o de trazer mais pessoas para a Rota Vicentina, mas sim de trazer mais consciência para a forma como o mercado olha para a Rota Vicentina. Genericamente são os países que eu referi anteriormente, toda a Europa, Estados Unidos e Canadá, mas enfim, um pouco por todo o mundo.

Durante a pandemia foram os territórios do interior e de baixa densidade os mais procurados. A tendência mantém-se?
Sim, a tendência mantém-se e acreditamos que vai crescer. Este tema da coesão territorial e dos territórios de baixa densidade tem tido muita atenção por parte de várias entidades, mas na nossa perspectiva tem de ser olhado de uma forma muito mais holística do que tem sido até agora.

Essencialmente precisamos de preparar os territórios de baixa densidade para aquilo que será uma procura turística inevitável e que poderá ser saudável, construtiva, integrada ou poderá ser predatória, como o caso por exemplo dos investimentos imobiliários per si, que podem trazer consumo, mas trazem também muitas vezes um consumo que não concorre para a efetiva valorização integrada do território.

Que desafios se colocam a este tipo de turismo?
Eu diria que muitas das questões que neste momento são mais complexas na nossa sociedade podem ter resposta neste tipo de turismo. Na realidade há um afastamento da sociedade relativamente à relação com a terra e com a natureza. Estar em contacto com a natureza não é só usufruir de um momento numa floresta, é compreender também o funcionamento dessa floresta e quem diz a floresta diz o campo.

O grande desafio é entender a complexidade do que é o turismo rural ou o agroturismo, não se trata de receber hóspedes numa casa que fica situada no campo. Trata-se de integrar realmente a vivência desses hóspedes nessa vida, e isso é algo que sentimos não estar ainda amplamente feito. Há casos muito interessantes mas há muito a fazer, quanto mais não seja porque a ligação à agricultura e à exploração florestal não existe. Nós não temos políticas de integração entre agricultura e turismo por exemplo, e por outro lado a agricultura é vista como um setor económico, mas não é encarada como um setor fundamental para a coesão social das áreas rurais.

Tudo o que envolve o turismo rural e natureza é constituído por empresas pequenas. Que apoios têm tido?
Eu diria que há sempre programas de incentivos, de facto não são muito atrativos para as empresas com menor dimensão porque a complexidade burocrática tem um peso considerável e desse ponto de vista podemos melhorar, no entanto, aquilo que nós verificamos é que essa não é a maior dificuldade…

A grande questão a meu ver é a falta de uma maior integração das políticas públicas ao nível do ordenamento do território. É frequente as empresas investirem num determinado sentido e de um momento para o outro aperceberem-se que o Estado está a investir num outro sentido que contraria o investimento que elas fizeram, ou demora demasiado tempo a reagir a determinados fenómenos e desafios com impactos enormes. É fundamental e determinante este alinhamento entre aquilo que é o investimento privado, as políticas públicas e o ordenamento do território, uma estratégia verdadeiramente integrada para os territórios onde as empresas estão a investir, isto seria talvez o apoio que as empresas mais apreciariam.

Sobre o autorCarolina Morgado

Carolina Morgado

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Portugal tem vasta oferta e aposta na autenticidade no Turismo Rural e Experiências

Com as mudanças no modelo de consumo ocorridas a partir da globalização, quando o consumidor passou a ter acesso a qualquer produto de qualquer lugar, a sua necessidade se voltou para a satisfação de novidades que estimulem seus sentidos e sentimentos. Hoje produtos e serviços precisam de despertar emoções únicas e fazer sentido. É aqui que surge um turismo baseado na experiência, que proporciona momentos de prazer que permanecerão na memória, fazendo com que o cliente desenvolva uma ligação emocional com o serviço, com o destino e permita que quem o proporciona se diferencie da concorrência aos olhos do consumidor.

Com a globalização e os avanços tecnológicos, ficou fácil ter acesso a informações de qualquer natureza. É possível visitar os destinos antes mesmo de chegar. Todos os serviços podem ser vistos e avaliados antes de serem usados, uma vez que as escolhas são totalmente influenciadas pelas opiniões de outros turistas que já os utilizaram. Neste cenário, é fundamental se diferenciar através de ofertas de vivências exclusivas e memoráveis.

Esta mudança no comportamento do consumidor deu origem à economia da experiência, quando o serviço deixa de ser apenas a prestação de um serviço comum como uma refeição ou um passeio turístico para ser a oferta de uma experiência memorável que gera emoção.

No litoral ou no interior, nos centros urbanos ou nos territórios de baixa densidade, com mais ou menos adrenalina, esta forma de o turismo se diferenciar pelo envolvimento do cliente a partir de experiências significativas, permite não só atraí-lo como fidelizá-lo.

A Organização Mundial do Turismo (OMT) destacou, numa das suas análises que o turista de hoje deseja “viajar para destinos onde mais do que visitar e contemplar fosse possível também sentir, viver, emocionar-se e ser personagem de sua própria viagem”.

Este conselho visa orientar os empreendedores da cadeia produtiva do turismo a adaptarem-se a essa tendência mundial, pensarem nas suas práticas e identificarem como incrementar os seus negócios, transformando os seus serviços em experiências memoráveis para o cliente.

Assim, o turismo de experiência é um nicho de mercado que apresenta uma nova forma de fazer turismo, onde existe interação real com o espaço visitado. Esta prática turística está relacionada com as aspirações do homem moderno, cada vez mais conectado e em busca de experiências que façam sentido. É uma maneira de atingir o consumidor de forma mais emocional.

A ideia é estimular vivências e o engajamento em comunidades locais que geram aprendizados significativos e memoráveis, por colocar o foco na riqueza de emoções, proporcionadas que pelo lado mais genuíno das coisas, lugares e povos. Não se trata apenas de seguir o mapa, mas encontrar tesouros.

“Experiências by…”Centro
O “Experiências by…” é um projeto que foi apresentado pela Turismo Centro de Portugal há cerca de dois anos, mais concretamente em julho de 2021. Trata-se de um projeto editorial, em que seis figuras reconhecidas dos portugueses assumem o papel de curadores em várias áreas. Dessa forma, dão a conhecer percursos, viagens, memórias e recordações pelo território do Centro de Portugal.

“É um projeto de sedução, que pretende seduzir os portugueses através dos olhos dos curadores, mas é também um projeto de posicionamento e divulgação daquilo que é o Centro de Portugal”, destacou Pedro Machado, presidente da TCP, para esclarecer que o conceito surgiu no seguimento do trabalho desenvolvido pela entidade turística regional, “de afirmação desta região como destino de primeira escolha para os portugueses e de referência para os turistas internacionais”.

O “Experiências by…” consiste em sugestões de experiências, percursos, viagens, memórias e recordações. São roteiros únicos, construídos por cada um dos curadores, por segredos e encantos da região Centro de Portugal.

O conceito, de acordo com Pedro Machado, foi construído em redor de seis eixos agregadores: Gastronomia e Vinhos; Turismo Espiritual; Lifestyle e Inspiracional; Cultura; Natureza e Bem-Estar; e Turismo Desportivo e Ativo.

Neste caso, a Turismo do Centro desafios os seis curadores, todos com ligação à região, a escolherem os locais que consideram mais marcantes, em cada uma das áreas. São escolhas pessoais, que refletem a sensibilidade dos respetivos curadores, e que se afastam assim dos tradicionais roteiros normalizados.

Com as sugestões dos curadores foram criados vários instrumentos de comunicação: seis roteiros temáticos e seis vídeos.

Os roteiros e vídeos que resultaram deste processo foram disponibilizados gratuitamente nas várias plataformas da Turismo Centro de Portugal, através do site da entidade, das suas redes sociais, do seu podcast “Aqui Entre Nós”, mas também com brochuras individuais para publicação online e impressa.

O responsável regional explicou que os curadores foram escolhidos “por terem origem ou conexões familiares e/ou sentimentais à região Centro de Portugal – e também por serem especializados em cada um dos vários produtos turísticos”.

No que diz respeito à Gastronomia o curador escolhido foi o Chef Diogo Rocha, detentor da única Estrela Michelin da região, atribuída ao restaurante Mesa de Lemos. No projeto “Experiências By…”, Diogo Rocha focou-se nas tradições gastronómicas e produtos-chave das oito sub-regiões do Centro de Portugal, propondo um percurso relacionado com produtos certificados, receituário tradicional, mercados municipais, locais de comércio tradicional local, eventos associados à temática e restaurantes de referência.

Na apresentação do projeto, Diogo Rocha explicou que tentou “selecionar comidas e vinhos que sejam representativos da região Centro”, embora sabendo que “esta é uma região que tem muita coisa, especialmente no que toca à mesa”. “Com o roteiro que proponho, quero provocar em que nos visita a vontade de conhecer. Estou muito entusiasmado com a oportunidade de apresentar um projeto que orgulhe a região”, disse.

No âmbito da participação de Diogo Rocha, foi também publicado o livro “Uma Viagem-Romance pela Gastronomia e Vinhos do Centro de Portugal” e foi produzido um documentário com o mesmo título.

Como o título do livro e do documentário indica, o chef Diogo Rocha presenteia-nos com um percurso pelo melhor que a região Centro de Portugal tem para oferecer a nível da gastronomia e dos vinhos.

Na temática do Turismo Espiritual o curador escolhido foi o escritor Afonso Cruz, que propõe um percurso relacionado com percursos de peregrinação, lugares de culto e lugares que convocam à espiritualidade, enquanto para o Turismo Lifestyle e Inspiracional a curadora é a modelo e apresentadora Iva Lamarão, que convida para um percurso relacionado com as tendências da vida contemporânea.

“É um privilégio integrar este projeto, porque a região Centro diz-me muito. Fiquei muito feliz por poder dar o meu contributo para um roteiro que entusiasme as pessoas a visitar a região e a conhecer alguns cantinhos que me são queridos. É um roteiro agradável e que espero que desperte a curiosidade para que quem não conhece vir descobrir esta zona tão bonita do país”, sublinhou Iva Lamarão.

No que se refere ao Turismo Cultural a cantora e compositora Rita Redshoes foi a curadora escolhida e apresenta um percurso relacionado com a oferta cultural da região.

“As minhas sugestões são pontos estratégicos, com os quais tenho uma ligação emocional e cultural, pois contribuíram para a munha carreira artística. Penso que vão aguçar a curiosidade das pessoas em visitarem um território tão bonito como este”, disse Rita Redshoes na apresentação.

O quinto tema tem a ver com Turismo de Natureza e Bem-Estar da responsabilidade de Pedro Pedrosa, empresário especializado em desporto de natureza. Como curador, sugere um percurso relacionado com o património natural com condições de visitação, paisagens e lugares que convocam à contemplação, a prática de trilhos e percursos.

“É difícil fazer escolhas, uma vez que o Centro de Portugal tem tudo numa só região. Somos privilegiados, porque em duas horas vamos do mar até ao ponto mais alto de Portugal continental e temos uma diversidade de paisagens e uma autenticidade das pessoas que já é rara. Vale mesmo a pena pegar numa bicicleta ou numas botas, deixar o carro e deixar-se levar pela natureza no Centro de Portugal e é isso que proponho no roteiro”, explicou Pedro Pedrosa.

Finalmente, Turismo Desportivo e Ativo, Teresa Almeida, ex-campeã mundial de bodyboard, é a curadora deste produto e desafia para um percurso relacionado com o património natural, associado à oferta de atividades desportivas.

“Este projeto permite dar sugestões especializadas aos potenciais visitantes da região, permitindo assim promover especificamente determinados produtos turísticos e potenciando a circulação das pessoas pelo território do Centro de Portugal”, apontou Pedro Machado, reforçando que, como, em muitos casos, são sugestões menos óbvias, “o projeto cumpre a função de promover destinos menos conhecidos, mas que reúnem potencial de atratividade turística”. Por outro lado, por não se cingir a apenas uma temática, o projeto “Experiências By…” comprova que “a diversidade de oferta é um dos grandes trunfos do Centro de Portugal. Esta região tem muito para oferecer na Gastronomia, no Turismo Espiritual, no Lifestyle e Inspiracional, na Cultura, na Natureza e Bem-Estar e no Turismo Desportivo e Ativo”, reconheceu.

Este produto tem como público-alvo “todos aqueles que querem conhecer e visitar a região Centro de Portugal, a maior e mais diversificada região turística nacional. Mais concretamente, o projeto é direcionado para o mercado nacional”, defendeu.

Picos de Aventura
Tiago Botelho, coordenador comercial da Picos de Aventura revelou-nos que o ano passado começou de forma positiva, mas sempre com um pouco de incerteza, uma vez que ainda estávamos em contexto de pandemia. No entanto, com a chegada da primavera e com o abrandamento das medidas relacionadas com a Covid-19, “começamos a notar um aumento da procura dos nossos serviços e das viagens. Podemos dizer que, a partir desse momento, foi o nosso melhor ano de sempre, em termos de resultados da empresa”.

Para este ano de 2023, “já estamos a ter indícios de que será igualmente positivo a nível de procura e de resultados. Toda a tendência de procura indica esse caminho e estamos confiantes”, disse.

2022 foi um ano muito especial na história da Picos de Aventura, por coincidir com o seu vigésimo aniversário. Tiago Botelho faz um balanço deste percurso de 20 anos, que considera “bastante positivo”. No contexto do arquipélago Açores, “são poucas as empresas de animação turística que alcançaram esta longevidade e tem o legado da Picos de Aventura”, refere, para destacar que “desde o nosso início e até ao presente, passamos várias fases e por vários desafios, os quais tentamos sempre superar e fazer mais e melhor”.

O responsável aponta que “a Picos de Aventura é mais que uma empresa de animação turística, é um motor de partilha e atuação local, seja pelas nossas parcerias com as entidades ligadas a nossa atividade, à sustentabilidade e preservação das espécies, à comunidade local, através dos nossos programas cientifico-pedagógicos. Acima de tudo, sentimos que, atualmente, a Picos de Aventura é uma referência no mercado do turismo dos Açores”.

A Picos de Aventura encontra-se a operar em duas ilhas dos Açores, São Miguel e Terceira, oferecendo várias atividades, de mar e de terra, para todos os gostos e idades. As atividades que têm mais procura, segundo o seu coordenador comercial, são o whale watching, a natação com golfinhos, o canyoning, os passeios guiados em carrinha e os trilhos. “As pessoas que nos procuram são, essencialmente, aquelas que desejam conhecer as nossas ilhas de forma mais ativa, e sim, fazer atividades à medida, sendo que somos especialistas em grupos e incentivos”, revelou.

Acrescentou que oferecem um vasto leque de atividades que se desenrolam durante todo o ano. No entanto, a sazonalidade é inerente ao destino e à própria atividade turística. “Durante a época mais baixa, procuramos ter sempre alternativas e soluções que vão ao encontro das necessidades dos nossos clientes”.

Face à grande concorrência que existe nos Açores para este tipo de atividades, Tiago Botelho realça que “estamos atentos, mas não é o nosso foco. O nosso foco é o nosso cliente e a experiência que este tem com a Picos de Aventura e com os Açores, que queremos que seja memorável e única. Estamos empenhados em fazer o nosso trabalho dentro dos padrões de excelência que a Picos de Aventura definiu para si própria e que vão muito além do que é a norma nos Açores. A Picos de Aventura diferencia-se pela qualidade do serviço prestado ao cliente e o conhecimento e profissionalismo da nossa equipa”.

Este ano de 2023 a perspetiva é continuar a rota de crescimento, que passa também pela “aposta na melhoria continua dos nossos canais de venda para que possamos sempre criar mais valor aos nossos clientes”.

Em termos de novos projetos, o coordenador comercial da Picos de Aventura avançou que “estamos a finalizar um projeto de investimento que visa a renovação de frota de barcos e equipamentos de canyoning, duas atividades do nosso portefólio com grande procura em mar e terra, respetivamente. Investiremos também em novos equipamentos de paddle e bicicletas, bem como um barco de apoio para reforçar o nosso centro de atividades das Furnas e dotar as operações de equipamentos mais modernos, mas também de maior segurança”.

A empresa vai investir na primeira carrinha elétrica “para assim iniciarmos um processo de teste da operacionalidade e transformação de frota. Simultaneamente, iremos reforçar a aposta na imagem da empresa, com novo fardamento e equipamentos de captação fotográfica e de vídeo, que melhor retratem o serviço que prestamos. Adicionalmente, apostamos em hidrofones para melhorar a experiência do cliente durante as atividades de whale watching”.

Em conjunto, todos estes projetos de investimento permitirão, conforme disse o responsável, que “terminaremos 2023 com fortes melhorias a nível de qualidade e serviço de excelência pelo qual somos reconhecidos. Estamos a encerrar um ciclo e, no final do presente ano, iniciaremos uma nova fase com discussão interna de onde queremos posicionar e que projetos queremos desenvolver num horizonte 2030”.

HIPPOtrip
As experiências que o HIPPOtrip oferece são, de facto, três em um, como realça a sua coordenadora operacional, Alexandra Silvestre, pois trata-se de “um autocarro que se transforma em barco com muita animação a bordo durante o percurso, acrescentando que “o humor e boa disposição são sempre uma boa maneira de quebrar barreiras e passar mensagens” sobre a cidade de Lisboa. “De forma leve e simples”, disse.

Quando esta empresa de animação turística estava em velocidade de cruzeiro, “a pandemia obrigou a um exercício muito difícil de redução de pessoal e de custos”, explicou a responsável, para contar que “o recomeço embora não tivesse sido do zero, obrigou a um esforço bastante complexo, mas ao mesmo tempo trouxe novos procedimentos internos e formas de olhar o negócio que acabaram por beneficiar tanto o cliente como os funcionários”.

Chegados a maio de 2023, Alexandra Silvestre confessa que já se pode falar em recuperação, mas “ficou a fatura por pagar. O que levará o seu tempo”.

Quem procura mais esta empresa que anima diariamente a cidade de Lisboa nos seus percursos que percorrem as principais artérias da capital e depois desce com alguma adrenalina para as águas do Tejo, num passeio bem diferente? A responsável disse-nos que, “felizmente temos um tecido nacional muito curioso e fiel. Estamos perto dos 55% de estrangeiros, 45% de nacionais”.

O HIPPOtrip trabalha o ano inteiro, parando apenas no dia 25 de dezembro e 1 de janeiro, com viagens regulares às 10h, 12h, 14h e 16h (acrescentando as 18h durante o verão). Os adultos pagam 30 euros e as crianças e seniores 18 euros.  Trabalha com muitas agências de viagens e diferentes parceiros preferenciais. Atualmente, e para já, mantendo o foco em Lisboa, estão três anfíbios a circular e mais dois em fase de homologação.

Além disso a empresa disponibiliza, também na capital, o conceito “HippoSpeed”, passeios de lancha rápida, de margem a margem, em 50 minutos de pura adrenalina, que funciona de junho a outubro com saídas regulares da Estação Fluvial Sul e Sueste assim como das Docas, oferecendo também passeios personalizados mediante marcação.

JustCome
Toda a oferta da JustCome está disponível no site da empresa, que oferece cerca de 20 atividades diferentes, trabalhando em exclusividade no território das Montanhas Mágicas, com enfoque no Arouca Geopark.

O proprietário da empresa, Pedro Teixeira, explicou que “dividimos as nossas atividades em dois grupos – de touring cultural e paisagístico, seja a pé ou em jeep, e dentro desta área tentamos cobrir aquilo que são os principais locais de interesse neste território. Em todos estes tours criamos interesses em vários temas, desde história, biodiversidade, fenómenos geológicos, e juntamos a gastronomia local”.

A outra atividade é na área da aventura “em que ao longo do ano vão diferenciando. Somos referência no rafting no Rio Paiva, uma atividade que acontece só durante o inverno, e que é a nossa génese”, destacou Pedro Teixeira, acrescentando que, depois, “durante o verão a oferta aumenta, em termos de caminhada aquática e canyoning”.

Quem procura este operador turístico recetivo e agente de animação turística “é um pouco de tudo. Diria que 50% de nacionais e 50% de estrangeiros”, revelou o responsável, indicando que apesar de haver uma grande concorrência na região, lida com isso de forma pacífica, mas “o conceito da nossa empresa é muito específico porque vamos para além da animação turística, ou seja, agregamos serviços para além das nossas atividades, como alojamento, experiências gastronómicas, visitas a centros de interpretação ou a museus. Assim, tentamos sempre que os nossos clientes, consoante o seu perfil, escolham mais do que uma atividade. Neste conceito, somos diferenciadores, mas trabalhamos com várias empresas do ramo e vice-versa”.

A JustCome dá-se a conhecer de diversas formas, quer através da internet ou de parceiros, informando que as atividades que desenvolve foram desenhadas para serem operacionalizadas a partir de duas pessoas, depois podem ir às 50/60, tendo já tido grupos de mais de 100 pessoas, nas áreas do incentivo e do teambuilding.

Sobre os constrangimentos e desafios que se colocam a uma empresa deste género, Pedro Teixeira realçou que “na nossa atividade temos por vezes algumas necessidades de infraestruturas como balneários e facilidades de acesso por uma questão de segurança, porque trabalhamos ligados à natureza dispersa no território, o que não é a mesma coisa que num parque de aventura onde se constroem as infraestruturas para aquele determinado local”.

Outro desafio é a mão-de-obra que é muito específica. “A maior parte da nossa mão-de-obra somos nós que a formamos internamente e é um processo longo”, referiu o proprietário da empresa, que faz um balanço positivo do ano passado. Depois do Covid, e assim que “voltámos a poder trabalhar, a trajetória de crescimento tem acontecido e com aumento do público internacional, nomeadamente do centro da Europa, dos EUA e do Brasil, gente de todas as idades. O inverno foi interessante, uma época pouco baixa e muito associada ao rafting, porque foi um ano bom de caudais, e que a procura existiu. Portanto, vamos ter um ano positivo”.

Em termos de novidades, Pedro Teixeira destaca o lançamento, o ano passado, do river tubing, que consiste em descer o rio numa boia insuflável, própria para o efeito que dá a sensação de parque aquático, e que tem tido “uma adesão fantástica”.

 

Sobre o autorCarolina Morgado

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África do Sul, um país diverso que os portugueses devem descobrir

A última edição da Africa’s Travel Indaba, uma das maiores feiras de turismo sul-africanas, que decorreu em Durban, mostrou ao mundo a oferta deste país conhecido pelos safaris mas que tem muito para oferecer. Apesar dos turistas lusos serem ainda poucos, a África do Sul está de braços abertos para receber os que queiram conhecer um país diverso, genuíno e que prima pela hospitalidade.

Inês de Matos

No regresso ao formato tradicional e aos números pré-COVID, a mais recente edição da Africa’s Travel Indaba, que decorreu em Durban, deu a conhecer mais de 350 produtos turísticos, muitos dos quais têm a África do Sul como cenário. Este país africano, que se distingue pela natureza, é conhecido pelos safaris para ver os mais famosos animais africanos, mas tem muito mais para ver e conhecer, uma vez que conta com uma cultura diversa e uma rica história, onde Nelson Mandela continua a ser uma das principais referências.

A oferta turística sul-africana esteve, como não poderia deixar de ser, em destaque na mais recente edição da feira, que contou com perto de mil expositores, entre cadeias de hotelaria, companhias aéreas, destinos e operadores turísticos, além das entidades oficiais de turismo locais, numa ampla mostra do potencial deste país africano, que conta com uma vasta comunidade portuguesa mas onde os turistas lusos são ainda escassos.

“Portugal é um mercado importante mas não é um dos nossos principais mercados”, disse ao Publituris Lidia Martinuzzi, representante em Itália da reserva Mala Mala, uma das maiores reservas naturais privadas da África do Sul, que se localiza à entrada do Parque Nacional Kruger, um dos parques africanos mais procurados para a realização de safaris.

De acordo com a responsável, os poucos portugueses que visitam esta reserva fazem-no aquando das visitas a amigos e familiares que residem no país, daí que Lidia Martinuzzi admita que “há muitos portugueses que vivem na África do Sul e, por isso, há muitas viagens étnicas”.

Mesmo com as viagens étnicas, Portugal representa “um mercado pequeno” e, apesar da responsável reconhecer a qualidade dos turistas lusos, o certo é que, por toda a África do Sul, são ainda poucos os destinos habituados a receber turistas provenientes de Portugal.

Pequeno mas importante
É verdade que Portugal representa um mercado reduzido para a África do Sul, mas como refere Lidia Martinuzzi, tem potencial. “Acreditamos que existe potencial para aumentar os fluxos. Portugal não é importante pelos números mas sim pela qualidade do turismo”, explicou a representante da reserva Mala Mala em Itália, numa opinião partilhada por grande parte das regiões sul-africanas com quem o PUBLITURIS foi falar.

Portugal é um mercado importante, mas não é um dos nossos principais mercados”, Lidia Martinuzzi, reserva Mala Mala

Na província de Eastern Cape, onde se localiza a cidade de Port Elizabeth, os turistas portugueses não são assim tão raros, mas, como explicou Mpho Makoko, representante da agência de turismo e parques de Eastern Cape, procuram essencialmente os parques e reservas que permitem ver os Big 5 – leão, leopardo, búfalo, elefante e rinoceronte -, ou seja, os animais que toda a gente procura quando realiza um safari. “Temos muitos turistas internacionais, incluindo também portugueses. Temos muitos turistas internacionais nas reservas naturais”, explicou a responsável.

Onde os turistas portugueses também já são habituais é na província de Western Cape, onde se localiza a Cidade do Cabo, de longe o mais conhecido dos destinos turísticos sul-africanos e onde, segundo Masonele April, Leisure Tourism Intern do Cape Town & Western Cape Tourism Promotion, a maior parte dos “visitantes é internacional”. “Os portugueses visitam muito a Cidade do Cabo e também gostam de realizar atividades”, indicou a responsável.

Junto à Cidade do Cabo fica ainda o Robben Island Museum, atração turística que resulta da antiga prisão onde Nelson Mandela e muitos outros presos políticos da altura do Apartheid estiveram encarcerados. Neste museu, o número de visitas de portugueses também não é vasto, mas já representa alguma coisa, segundo Yolanda Mdutyana, representante do museu, que explicou ao Publituris que o Robben Island Museum recebe uma “grande variedade de turistas”, uma vez que este local representa “um testemunho histórico”, que conta toda a história desta ilha descoberta pelos portugueses no século XV mas que, desde sempre, foi usada como local de punição e encarceramento.

Robberg Nature Reserve, landscape wonderful beach and indian ocean waves, Garden route, plettengerg bay. South Africa

Em Gauteng, outra das províncias sul-africanas, conhecida essencialmente pelas cidades de Joanesburgo e Pretória, Mputle Dikobe, representante do turismo de Gauteng, também reconhece que os turistas portugueses são ainda poucos, apesar de admitir que Portugal é um mercado prioritário. “Tenho de ser honesta e dizer que ainda não temos muitos turistas portugueses. Mas Portugal é um dos mercados prioritários para nós e reconheço que temos de nos focar mais na promoção de Guateng no mercado português porque sabemos que há potencial”, afirmou a responsável, explicando que Guateng é procurada essencialmente pelos turistas portugueses mais jovens. “Vemos que há muito interesse pela África do Sul, especialmente entre os viajantes mais novos, como os millennials. Estes viajantes querem aventura e uma série de experiências que Guateng pode oferecer”, revelou Mputle Dikobe.

Já na província de North West, conhecida igualmente pelos safaris e atividades aquáticas numa vasta zona de costa, os portugueses também não costumam ser muitos. Segundo Nthabiseng Manonyane, representante do Turismo de North West, Portugal representa “números pequenos” para esta região sul-africana, mas nem por isso deixa de ser um mercado interessante. “Não é um grande mercado, não diria que temos muitos turistas portugueses mas tenho a certeza que há vários e que são importantes”, disse a responsável ao Publituris, num testemunho semelhante ao que chega também da região de Northern Cape, província conhecida por incluir parte do deserto do Kalahari. “Não temos muito turismo proveniente de Portugal. Atualmente, já estamos a receber pessoas de Portugal que nos visitam especificamente pelo deserto do Kalahari. São turistas que querem visitar diferentes locais no Kalahari, mas a percentagem de portugueses é, de facto, baixa”, explicou Bettie Papier, representante da autoridade de turismo de Northern Cape.

Diversidade é principal atrativo
A África do Sul é conhecida mundialmente por ser um país privilegiado para a realização de safaris. O Parque Nacional Kruger é o parque sul-africano mais conhecido para a observação de animais, mas por todo o país existem diversas reservas públicas ou privadas onde também é possível realizar esta atividade que, apesar de ser a mais conhecida, está longe de ser a única atração sul-africana. É que a África do Sul é um país tão diverso, seja a nível natural ou cultural, que o difícil é mesmo escolher que destinos visitar ou que atividades realizar.

Por isso, perguntámos às várias províncias sul-africanas porque devem os portugueses escolher a sua região para visitar. E as respostas foram tão diversas quanto a oferta turística do país.

Se na reserva Mala Mala, Lidia Martinuzzi elege os animais africanos, nomeadamente os Big5 e o facto desta reserva permitir a realização de safaris sem que se encontrem outros veículos pelo caminho, na província Eastern Cape o apelo é pelos Big7. “Esta zona também é conhecida pelos Big 7, ou seja, além dos Big 5, também temos o tubarão-branco e as orcas”, indicou Mpho Makoko, destacando também o vasto calendário de eventos que a Nelson Mandela Bay, em Port Elizabeth, recebe anualmente, assim como as atrações naturais, a exemplo do Hole in the Wall, junto a Coffee Bay, um buraco que a força das ondas escavou numa rocha e que, segundo a responsável, é considerado uma das maravilhas desta região.

De Eastern Cape para Western Cape, a província da Cidade do Cabo, os turistas podem seguir pela Garden Route, rota que liga as duas regiões e que passa por algumas das mais belas praias e paisagens da África do Sul.

Nesta região sul-africana e além da Cidade do Cabo, que segundo Masonele April, “toda a gente quer conhecer”, existem muitas outras atrações e atividades para realizar, nomeadamente de aventura, às quais a região está a dedicar, este ano, um maior esforço de promoção. Mas, nesta região, atividades como o hiking, assim como as experiências culturais,nomeadamente em Kwha ttu, na West Coast, onde é possível aprender mais sobre o povo Sun, nativo da África do Sul, são também ex-libris.

Os portugueses visitam muito a Cidade do Cabo e também gostam de realizar atividades”, Masonele April, Cape Town & Western Cape

Uma vez nesta região, é fácil dar um pulinho à Robben Island, a prisão que hoje é um museu e onde Nelson Mandela esteve encarcerado por mais de duas décadas e que, segundo Mncedisi Siswana, antigo preso político de Robben Island, deve ser visitada pelo relato que encerra sobre a evolução do homem. “Os portugueses devem visitar a Robben Island porque, de certa forma, representa a evolução do homem ao longo dos séculos e a forma como os homens se têm tratado uns aos outros. E é uma pena porque parece que não temos aprendido nada”, lamentou Mncedisi Siswana, que é atualmente um dos antigos presos políticos desta prisão sul-africana que guiam os turistas nas visitas à ilha.

Um relato sobre a evolução da espécie humana mas a nível arqueológico é também o que se pode encontrar na província de Gauteng, onde se localiza o local histórico Cradle of Humankind, considerado o local com maior concentração de fósseis hominídeos do mundo. Mas esta região da África do Sul prima também pela aventura e atividades na natureza, eventos, turismo de compras, assim como pela autêntica gastronomia sul-africana. “Os portugueses devem visitar Gauteng pela diversidade. Somos uma província multicultural, multigeracional, excitante e que gosta de receber. Também temos uma comida fantástica, oferecemos a cozinha autêntica africana”, descreveu Mputle Dikobe, sublinhando que o povo desta região adora “receber as pessoas e envolvê-las na sua cultura, dando-lhes uma experiência autêntica”.

Autenticidade é ainda o que promete North West, que está focada em promover os seus “belos cenários naturais, o património cultural, assim como as grandes experiências de safari”. É que também nesta região os safaris são reconhecidos, nomeadamente na Madikwe Game Reserve.

De resto, toda a região merece ser conhecida, até porque, como explicou Nthabiseng Manonyane, a província está dividida em quatro distritos e todos eles têm algo para apreciar. “Na zona de Ngaka Modiri Molema District temos muitas atrações naturais, com belas paisagens intocadas. No distrito de Dr Kenneth Kaunda District podemos encontrar mais locais de aventura e atividades aquáticas”, resumiu a responsável, convidando os turistas portugueses a visitar a região “para experienciarem a bela África do Sul e a bela província de North West, que tem um povo fantástico, o mais hospitaleiro da África do Sul”, além de uma “excelente meteorologia”.

Já na região de Northern Cape a grande atração é o Kalahari, daí que muita da oferta desta região esteja agregada ao conhecido deserto. “Em Northern Cape temos o Kalahari Transfrontier Park, várias reservas naturais, como a Witsand Nature Reserve, o Mokala National Park, a época das flores em Springbok e muitas atividades. Temos também o povo nativo Sun do Kalahari, que é o povo verdadeiro do mato na África do Sul”, explicou Bettie Papier, defendendo que os portugueses devem visitar esta região pela “experiência única e autêntica” que ali podem encontrar. “Oferecemos uma experiência cultural em que é possível sentir verdadeiramente o que é viver no mato. Os turistas podem ficar a conhecer as histórias antigas do povo Sun e do Kalahari”, acrescentou Vinkie van der Westhuizen, do turismo de Northern Cape, realçando também a “vista única para as estrelas”, que só o deserto pode oferecer.

Motivos não faltam para que os portugueses visitem a África do Sul, mas, como referiu ainda Lidia Martinuzzi, “seria mais fácil aumentar as reservas se houvesse mais voos”. É que, depois da COVID-19, a oferta aérea tem demorado a voltar ao que era no passado, dificultando o trabalho dos operadores turísticos.

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Braga acolhe encontro internacional do Caminho de Santiago em 2025

O Município de Braga poderá receber em 2025 o primeiro Encontro Internacional do Caminho de Santiago, com o objetivo de divulgar e promover a importância, em diferentes vertentes, dos itinerários jacobeus, em que assume uma posição única na Península Ibérica.

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A proposta foi apresentada no passado sábado, dia 22 de julho, pelo presidente da associação fundadora do Caminho da Geira e dos Arrieiros (ACJMR/Plataforma Berán no Caminho), Abdón Fernández, durante a tertúlia “Braga a Caminho de Santiago – O futuro do Caminho”, organizada pela Associação Espaço Jacobeus na Quinta Pedagógica de Braga, com o apoio do município.

“A criação de um Encontro Internacional do Caminho de Santiago pretende ser uma referência que realce as ligações históricas entre as duas cidades, em que Braga pode ser também um ponto de celebração de uma das ideias mais importantes do Caminho de Santiago, a de que temos de relacionar-nos como seres humanos”, defendeu Abdón Fernández.

“A ideia, que partilho com Carlos Ferreira [delegado em Leiria da Associação Espaço Jacobeus], é que sirva para divulgar os distintos caminhos, experiências, que seja de interesse cultural e espiritual, mas também económico e turístico, com a presença de delegações internacionais”, adiantou.

A realização de um encontro deste género em Braga justifica-se por ser a cidade de origem ou de passagem de cinco itinerários jacobeus reconhecidos pela Igreja e/ou por Galiza e Portugal: Caminho da Geira e dos Arrieiros, Caminho Central, Caminho de Torres, Caminho de São Rosendo e Caminho Minhoto Ribeiro.

“Poucas cidades haverá na Europa onde isto aconteça”, referiu o presidente da Plataforma Berán no Caminho (Concelho de Leiró, na Galiza), destacando o papel histórico de Braga como “capital espiritual da Península Ibérica e a sua mais do que evidente ligação a Santiago de Compostela”.

O adjunto do presidente da Câmara de Braga, António Barroso, referiu, por sua vez, que “o desafio lançado está adquirido, porque de alguma forma já se falou dele”, realçando: “Eu entendo que faz todo o sentido”. Assim, propôs que se trabalhe para que “em 2025 se faça em Braga um grande encontro internacional de associações e de tudo o que esteja relacionado com o Caminho de Santiago”, e que o “trabalho de casa” se inicie entretanto.

“A organização deste encontro, que poderá ser bienal, tem de ser coordenada e obter o apoio do outro lado da fronteira, nomeadamente do Governo galego. Se Espanha não estiver representada, podemos acolher outros países, mas não funciona, como é óbvio. E temos de trabalhar de igual modo a nível nacional. Mas temos todo o gosto e estamos abertos a fazê-lo”, frisou o adjunto do presidente da Câmara de Braga.

O presidente da Associação dos Amigos do Caminho Português, Celestino Lores, reforçou a ideia da importância histórica de Braga e da sua ligação a Santiago, apoiando a realização do encontro internacional: “é uma das cidades importantes em Portugal, até porque já existia antes de Santiago e deve recuperar a sua posição nas peregrinações”.

No âmbito mais concreto da tertúlia, o presidente da Associação Espaço Jacobeus (AEJ), António Devesa, analisou as mudanças registadas na última década. À espiritualidade inicial do Caminho de Santiago acresceram novos interesses, como os dos chamados “turigrinos”, e o aumento do número de caminhantes, gerando mais necessidades que precisam de respostas.

A segurança é uma delas e, neste contexto, o presidente da AEJ elogiou o trabalho das forças policiais portuguesas (PSP E GNR) “pela atenção que estão a dar aos peregrinos no caminho”.

Por outro lado, realçou as dificuldades cada vez maiores das associações na assistência aos peregrinos e na manutenção dos caminhos, até por imposições legais que resultam da sua certificação. Por isso, pediu o apoio das autarquias “para que possam continuar a desempenhar o seu papel de servir, de cada um dos voluntários dar um pouco de si”.

Um protocolo a assinar, em breve, entre a Câmara de Braga e a AEJ, em que a associação – segundo a autarquia – “será a guardiã dos caminhos e promotora de iniciativas, que talvez seja um exemplo a replicar pelo país”, poderá ser a solução para algumas das questões levantadas por António Devesa.

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Singapura tem o passaporte mais poderoso do mundo. Portugal está em 5.º

Singapura passou a liderar o ranking dos países com o passaporte mais poderoso do mundo destronando o Japão. Portugal manteve a 5.ª posição.

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O Japão perdeu o primeiro lugar no Henley Passport Index pela primeira vez em cinco anos e caiu para o terceiro lugar, de acordo com o último ranking, baseado em dados exclusivos e oficiais da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA).

Singapura agora é oficialmente o passaporte mais poderoso do mundo, podendo os seus cidadãos visitar 192 destinos de viagem de 227 em todo o mundo sem visto.

Portugal ocupa a 5.ª posição, juntamente com Bélgica, Chéquia, Malta, Nova Zelândia, Noruega e Suíça.

Alemanha, Itália e Espanha subiram para o 2.º lugar com acesso sem visto a 190 destinos, e os portadores de passaporte japonês juntam-se aos de outras seis nações – Áustria, Finlândia, França, Luxemburgo, Coreia do Sul e Suécia – em 3.º lugar com acesso a 189 destinos sem visto prévio.

O Afeganistão permanece na última posição do Henley Passport Index, com uma pontuação de acesso sem visto de apenas 27 países, antecedido pelo Iraque (29) e Síria (30) – os três passaportes mais fracos do mundo.

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