Transportes

Número de passageiros nos primeiros 11 meses de 2022 nos aeroportos nacionais cresce 130%, mas ainda está abaixo de 2019

No 11.º mês de 2022 os aeroportos nacionais movimentaram mais de quatro milhões de passageiros. Já de janeiro a novembro o número de passageiros movimentados foi de mais de 52 milhões, um crescimento de quase 130% face a igual período de 2021, mas ainda 6,2% abaixo de 2019.

Publituris
Transportes

Número de passageiros nos primeiros 11 meses de 2022 nos aeroportos nacionais cresce 130%, mas ainda está abaixo de 2019

No 11.º mês de 2022 os aeroportos nacionais movimentaram mais de quatro milhões de passageiros. Já de janeiro a novembro o número de passageiros movimentados foi de mais de 52 milhões, um crescimento de quase 130% face a igual período de 2021, mas ainda 6,2% abaixo de 2019.

Publituris
Sobre o autor
Publituris
Artigos relacionados
GEA promove novo ciclo de reuniões regionais
Distribuição
Jerez de los Caballeros cativa portugueses com as celebrações da Semana Santa
Destinos
Portugal e Eslovénia reforçam colaboração no setor do turismo
Destinos
Azores Airlines reforça rota Lisboa-Pico com mais uma frequência semanal no verão
Aviação
Portugal investe 15M€ na descarbonização da aviação
Aviação
Aeroporto do Qatar inaugura novos halls e aumenta terminal em 14%
Aviação
Número de visitantes em Macau teve o segundo melhor arranque de ano de sempre
Destinos
Minas Gerais diz que “conquistou” Lisboa
Destinos
Território Arrábida e Rio Grande do Norte unidos em cooperação no turismo
Destinos
Espanha chega aos 6,7 milhões de passageiros internacionais em fevereiro
Transportes

Em novembro de 2022, os aeroportos nacionais movimentaram 4,1 milhões de passageiros, correspondendo a variações homólogas de +31,3%, sendo este o segundo mês consecutivo em que o movimento de passageiros superou o nível de 2019 (+3% em novembro; +4% no mês anterior), revelam os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

No 11.º mês de 2022, registou-se o desembarque médio diário de 65,6 mil passageiros nos aeroportos nacionais (90,7 mil no mês anterior), superando o valor observado em novembro de 2019 (64,2 mil).

PUB

PUB

Considerando os passageiros desembarcados em novembro de 2022, 80,3% corresponderam a tráfego internacional (79,9% no mesmo mês de 2021), na maioria provenientes do continente europeu (66,6% do total).

Relativamente aos passageiros embarcados, 81,8% corresponderam a tráfego internacional (81,5% em novembro de 2021), tendo como principal destino aeroportos no continente europeu (68,8% do total).

Lisboa com quase metade dos passageiros movimentados
Já entre janeiro e novembro de 2022, o número de passageiros movimentados aumentou 129,8% em comparação com o mesmo período de 2021, mas ficou ainda 6,2% abaixo do registado em igual período de 2019.

Os números do INE mostram que nos primeiros 11 meses de 2019 movimentaram-se mais de 56 milhões de passageiros nos aeroportos nacionais, tendo baixado para 17,3 milhões no mesmo período de 2020 para voltar a subir para 22,9 milhões em igual período do ano passado. Em 2022, entre janeiro e novembro, o números de passageiros movimentados em todos os aeroportos portugueses totalizou 52,6 milhões.

O aeroporto de Lisboa movimentou 49,3% do total de passageiros (cerca de 26 milhões), +143,6% comparando com igual período de 2021 (-10,1% face ao mesmo período de 2019). Considerando os três aeroportos com maior tráfego anual de passageiros, Faro registou o maior crescimento face a 2021 (+154,6%) e Porto registou a maior aproximação aos níveis de 2019 (-4,1%).

Considerando o volume de passageiros desembarcados e embarcados em voos internacionais entre janeiro e novembro de 2022, o Reino Unido foi o principal país de origem e de destino dos voos, com crescimentos de 228,8% no número de passageiros desembarcados e 228,1% no número de passageiros embarcados, face a 2021. França ocupou a segunda posição como principal país de origem e de destino, e Espanha a 3.ª posição. Itália superou a Suíça e surgiu na 5.ª posição entre os principais países de origem, mantendo-se a Suíça na 5.ª posição nos principais países de destino.

Finalmente, em novembro de 2022, aterraram nos aeroportos nacionais 15,7 mil aeronaves em voos comerciais. Comparando com novembro de 2019, registaram-se crescimentos de 0,3% no número de aeronaves aterradas.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Artigos relacionados
GEA promove novo ciclo de reuniões regionais
Distribuição
Jerez de los Caballeros cativa portugueses com as celebrações da Semana Santa
Destinos
Portugal e Eslovénia reforçam colaboração no setor do turismo
Destinos
Azores Airlines reforça rota Lisboa-Pico com mais uma frequência semanal no verão
Aviação
Portugal investe 15M€ na descarbonização da aviação
Aviação
Aeroporto do Qatar inaugura novos halls e aumenta terminal em 14%
Aviação
Número de visitantes em Macau teve o segundo melhor arranque de ano de sempre
Destinos
Minas Gerais diz que “conquistou” Lisboa
Destinos
Território Arrábida e Rio Grande do Norte unidos em cooperação no turismo
Destinos
Espanha chega aos 6,7 milhões de passageiros internacionais em fevereiro
Transportes
Destinos

Número de visitantes em Macau teve o segundo melhor arranque de ano de sempre

A região semiautónoma chinesa de Macau recebeu nos primeiros dois meses deste ano 6,79 milhões de visitantes, o segundo valor mais elevado de sempre para um arranque de ano.

De acordo com dados oficiais, o número de turistas que passou por Macau só foi superado em janeiro e fevereiro de 2019 — antes da pandemia de covid-19 -, período em que registou mais de 6,97 milhões de visitantes.

No entanto, segundo a Direção dos Serviços de Estatísticas e Censos (DSEC), mais de 59% dos visitantes (4,04 milhões) chegaram em excursões organizadas e passaram menos de um dia na cidade.

Em 2024, o Governo Central divulgou uma série de medidas de apoio a Macau, como o aumento do limite de isenção fiscal de bens para uso pessoal adquiridos por visitantes da China.

Ao mesmo tempo, as autoridades chinesas alargaram a mais 10 cidades da China a lista de locais com “vistos individuais” para visitar Hong Kong e Macau.

Além disso, desde 1 de janeiro que os residentes da vizinha cidade de Zhuhai podem visitar Macau uma vez por semana e ficar até sete dias.

Em resultado, a esmagadora maioria (91,3%) dos turistas que chegaram a Macau nos dois primeiros meses do ano vieram da China continental ou Hong Kong, enquanto menos de 449 mil foram visitantes internacionais.

Ainda assim, o mês de fevereiro registou uma queda de 4,4% no número de visitantes, em comparação com igual período de 2024, para 3,15 milhões, uma descida que a DSEC justificou com a variação do Ano Novo Lunar.

A chamada ‘semana dourada’ do Ano Novo Lunar, um período de feriados na China continental, que muda consoante o calendário lunar, decorreu este ano entre 28 de janeiro e 04 de fevereiro.

Em 2024, esta época alta para o turismo em Macau aconteceu totalmente em fevereiro.

Macau recebeu no ano passado 34,9 milhões de visitantes, mais 23,8% do que no ano anterior, mas ainda longe do recorde de 39,4 milhões fixado em 2019, antes da pandemia.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Transportes

Espanha chega aos 6,7 milhões de passageiros internacionais em fevereiro

Em fevereiro, o número de passageiros internacionais nos aeroportos espanhóis cresceu 6,4% face a igual mês de 2024, atingindo os 6,7 milhões. A Turespaña aponta o bom desempenho dos países ibero-americanos, da China e das nações do Golfo Pérsico.

O número de viajantes provenientes de aeroportos internacionais atingiu os 6,7 milhões no passado mês de fevereiro, representando um aumento de 6,4% face ao ano anterior, de acordo com os dados publicados pela Turespaña.

Entre janeiro e fevereiro, Espanha recebeu mais de 13 milhões de passageiros internacionais, registando um crescimento de 6,9% em relação ao mesmo período de 2024.

Tal como aconteceu no primeiro mês do ano, fevereiro manteve o bom desempenho dos países ibero-americanos, da China e das nações do Golfo Pérsico, contribuindo para reforçar a aposta do Governo na diversificação dos mercados.

Entre os principais mercados europeus, Itália foi novamente o país que registou o maior aumento no número de passageiros aéreos internacionais, com um crescimento de 15,2% em fevereiro, tal como já tinha ocorrido em janeiro.

Os passageiros provenientes de Itália representaram 10,7% do total recebido em fevereiro (718.797 viajantes), beneficiando todas as comunidades autónomas, exceto a Galiza e a Cantábria, que registaram um ligeiro decréscimo.

Este aumento coloca os viajantes italianos como o terceiro maior mercado emissor, atrás do Reino Unido e da Alemanha.

No que diz respeito aos mercados tradicionais, o Reino Unido, com cerca de 1,3 milhões de passageiros internacionais, representou 19,3% do total das chegadas a Espanha em fevereiro, registando um crescimento homólogo de 2,9%.

As regiões das Canárias e Valência foram as mais beneficiadas, em termos absolutos, com cerca de 14.000 passageiros adicionais provenientes do mercado britânico.

Por sua vez, o número de passageiros provenientes da Alemanha situou-se nos 847.421 (12,6% do total), aumentando 5,1% em relação a fevereiro de 2024. Estes viajantes dirigiram-se maioritariamente para as Canárias (36,1% do total), onde se registou um aumento de 1,6%.

No entanto, foram as Baleares, a Andaluzia e a Comunidade Valenciana que mais beneficiaram, com aumentos superiores a 10.000 chegadas adicionais do mercado alemão.

Ainda na Europa, França representou 7,6% do total de passageiros em fevereiro (513.769 viajantes), registando um crescimento de 8,5%. As comunidades mais beneficiadas por este mercado foram a Catalunha e a Comunidade de Madrid, que receberam cerca de 31% e 28% das chegadas, respetivamente.

Por fim, os Países Baixos contribuíram com 4,9% do total de viajantes (328.694 passageiros) em fevereiro. O número de passageiros provenientes deste mercado aumentou 1,4% em termos anuais, com destino principal à Comunidade Valenciana, à Andaluzia e à Catalunha, todas com mais de 60.000 chegadas.

Em relação aos aeroportos, o Adolfo Suárez Madrid-Barajas foi o que recebeu mais chegadas em fevereiro, com 1,7 milhões (um aumento de 4,2%), seguido pelo aeroporto de Barcelona, com 1,3 milhões (um crescimento de 3,5%), e pelo aeroporto de Málaga, com 635.651 chegadas (um aumento de 8,8%).

O maior crescimento anual foi registado no aeroporto de Valência, com um aumento de 20,3% em relação a 2024, segundo dados do Ministério da Indústria e Turismo.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
FOTO: VASCO CÉLIO/STILLS
Destinos

Turismo do Algarve promove ligações aos EUA em Boston e Nova Iorque

O Turismo do Algarve vai promover as ligações com os EUA, em parceria com a SATA Azores Airlines e a United Airlines, de modo a captar mais visitantes e fortalecer relações comerciais, refletindo a confiança no potencial de crescimento do mercado norte-americano na região.

O Turismo do Algarve vai intensificar a promoção do destino no mercado norte-americano com a organização de dois eventos estratégicos, em Boston e Nova Iorque.

Realizadas em parceria com as companhias aéreas SATA Azores Airlines e United Airlines, estas iniciativas visam promover as ligações aéreas entre os EUA e o Algarve e impulsionar o crescimento do fluxo turístico deste mercado para a região.

Esta aposta acompanha o aumento da procura dos viajantes norte-americanos pelo destino que tem sido registado nos últimos anos.

Apesar da atual conjuntura internacional e das incertezas em torno das políticas económicas dos EUA, o Turismo do Algarve mantém-se “confiante no potencial de crescimento deste mercado”.

A corroborar esta posição está um estudo divulgado em dezembro pela United States Tour Operators Association, que aponta Portugal como o segundo país no mundo que os turistas norte-americanos mais querem visitar em 2025, reforçando a importância de continuar a investir na captação deste público.

A primeira ação acontece a 25 de março, em Boston, com um workshop organizado em parceria com a SATA Azores Airlines. A iniciativa é dedicada à promoção das rotas que ligam os aeroportos Logan (Boston) e JFK (Nova Iorque) a Faro, via Ponta Delgada, uma conexão vista como “estratégica para aproximar o Algarve do mercado norte-americano”.

A 27 de março, em Nova Iorque, realiza-se a segunda ação promocional, desta vez em colaboração com a United Airlines e o Turismo da Madeira, para destacar as recentes ligações diretas desta companhia aérea para Faro e Funchal.

Ambos os eventos contarão com a participação de 16 empresas associadas do Turismo do Algarve, que terão a oportunidade de estabelecer contactos com agentes de viagens, operadores turísticos e meios de comunicação social dos EUA.

EUA 7.º mercado externo no Algarve
A aposta do Turismo do Algarve nos EUA é sustentada pelo contínuo interesse demonstrado por este mercado. Em 2024, embora ainda sem ligações diretas, os turistas norte-americanos ultrapassaram as 500 mil dormidas na região, representando um crescimento de 13% face a 2023, com o número de hóspedes também a registar uma evolução positiva, alcançando quase os 200 mil visitantes, correspondente a um aumento de 10,38% comparativamente ao ano anterior.

André Gomes, presidente do Turismo do Algarve, confirma que “os EUA já são o sétimo mercado externo mais relevante para o Algarve”, reconhecendo que “os visitantes deste país valorizam experiências autênticas e exclusivas e procuram na região algumas das melhores praias e campos de golfe da Europa, além de uma oferta diferenciada em gastronomia, vinhos, cultura e turismo de natureza”.

Quanto à expansão das ligações aéreas, diretas e indiretas, que ligam os EUA ao Algarve, o presidente do Turismo da região afirma que “representa uma oportunidade estratégica para consolidarmos este interesse e atrairmos ainda mais visitantes”.

Relativamente aos dois eventos a realizar nos EUA, André Gomes salienta que “serão importantes contributos para reforçarmos o posicionamento do Algarve junto deste mercado como um destino completo, destacando as suas valências mais apreciadas”. Ao mesmo tempo, o presidente do Turismo do Algarve afirma que “serão momentos-chave para criar negócios e fortalecer relações comerciais que favoreçam um fluxo turístico sustentável e crescente ao longo dos próximos anos”.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Transportes

Passageiros da TAP podem ligar-se com cartões eSIM da Vodafone

Os cartões eSIM da Vodafone passam a estar à venda, em exclusividade, nas plataformas digitais da TAP e nos voos da companhia.

Publituris

A TAP Air Portugal tem à venda, em exclusividade, os cartões eSIM da Vodafone que permitem aos clientes manter-se conectados no seu destino final.

Os cartões digitais e desmaterializados, que permitem o acesso à rede móvel no país de destino, estão à venda nas plataformas digitais da TAP, em www.flytap.com e na app, e nos voos da companhia, possibilitando assim a aquisição em todo o ciclo da viagem, ou seja, antes, durante e após o voo.

No site da TAP pode ler-se que, “se a compra for feita a bordo dos aviões Airbus 330 ou A321LR, através da plataforma de entretenimento da TAP, os passageiros recebem ainda uma hora gratuita de acesso à internet durante o voo”.

Esta oferta está já disponível para Portugal, Europa, Brasil, Canadá e EUA, e tem o objetivo de cobrir, gradualmente, o máximo de destinos operados pela TAP, tirando assim partido da abrangência internacional da rede móvel do grupo Vodafone.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Alentejo e Ribatejo “consolida-se como destinos de excelência” na BTL 2025, reconhece ERT

Terminada a BTL 2025, os responsáveis pela Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo admitem que o evento, no qual foi “Destino Nacional Convidado, “consolidou a excelência da região”.

Publituris

Para a Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo, a participação na BTL 2025 enquanto “Destino nacional convidado” representou a “consolidação do Alentejo e do Ribatejo como destinos de excelência”.

Numa edição que registou um total de 82 mil visitantes, o stand do Alentejo e Ribatejo “recebeu uma forte afluência durante os cinco dias da feira, para a qual contribuíram as diversas atividades e a dinamização do espaço através de showcookings, apresentações, degustações e representações culturais”, garante o presidente da ERT do Alentejo e Ribatejo, José Santos.

“Atingimos os objetivos traçados, quer nos dias dos profissionais como do público em geral. Centrámo-nos no reforço da promoção e projeção da imagem dos dois destinos de forma autónoma e fortalecemos a promoção da oferta turística, das empresas e da qualidade dos recursos. A Bolsa de Negócios também foi um sucesso, com várias entidades e empresas a terem oportunidade de apresentar os seus produtos e serviços. O retorno dos municípios e empresários tem sido muito positivo”, salienta o responsável.

A BTL 2025 foi também “fundamental” para o Alentejo fortalecer as relações com o mercado externo, através das reuniões estratégicas com operadores internacionais, trabalho assumido pela agência regional de promoção turística.

Nesse sentido, José Santos considera que “o trabalho desenvolvido junto dos compradores internacionais foi de extrema relevância”, destacando a apresentação do destino “a mais de 200 operadores estrangeiros junto dos quais promovemos a Candidatura do Baixo Alentejo a Cidade Europeia do Vinho 2026 e os Vinhos do Tejo”.

A presença enquanto ‘Destino Nacional Convidado’ permitiu ao Alentejo e Ribatejo, de resto, marcar presença em diferentes formatos, momentos e espaços.

Recorde-se que, antes mesmo do arranque da BTL 2025, foi desenvolvida uma campanha promocional através da qual o Alentejo se afirmou como ‘Destino com muitos destinos’ e o Ribatejo como ‘Destino com muito para contar’. Durante a BTL, os dois destinos marcaram presença não só no stand como também em várias outras iniciativas, como o jantar com os compradores internacionais e a inauguração.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

“O maior ativo da TAP não está nos aviões, mas sim nos ‘slots’ que possui no Aeroporto de Lisboa”, admite Mário Cruz

No encerramento da conferência que marcou a comemoração do 55.º aniversário do Turismo do Algarve, Mário Cruz, vogal da Comissão Executiva da TAP, considerou que “o maior ativo da TAP não está nos aviões, mas sim nos ‘slots’ que possui no Aeroporto de Lisboa”. Já Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, admitiu que “em vez de uma ligação ferroviária Faro-Madrid, a região beneficiaria muito mais com uma ligação que ligasse Faro à Andaluzia”.

Victor Jorge

No painel “Gerar Redes e Conectividade, inserido na conferência “Turismo do Algarve: Superar Desafios, Construindo o Amanhã”, que comemorou os 55 anos da região de Turismo do Algarve, o presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), Pedro Costa Ferreira, considerou que o “maior e melhor ativo que o Algarve possui é, de facto, o Aeroporto Internacional. Tem uma estratégia de crescimento e pela dependência dos nossos mercados emissores tem uma valência muito importante”.

Contudo, Pedro Costa Ferreira apontou “alguns constrangimentos no controlo fronteiriço que terão de ser melhorados” e que ao nível dos “transportes públicos, que ligam o aeroporto aos equipamentos turísticos, há muito a fazer”.

Ainda assim, o presidente da APAVT reconheceu que, do ponto de vista rodoviário, “é onde o Algarve está mais bem servido”, já que tem uma “boa rede que o liga ao resto do país, tem belíssima rede de ligação com Lisboa que, do ponto de visto do programa de ‘stop-overs’ da TAP, liga muito bem o Algarve ao programa”.

Pedro Costa Ferreira fez questão de “não apontar o aeroporto como a principal ‘doença’, mas sim a mobilidade interna como a principal fragilidade. O Algarve não tem capacidade de se movimentar internamente e isso tem efeitos graves, diretos e indiretos, na própria procura”, salientando ainda que “uma das ameaças é a eventual perceção ou rutura da qualidade de serviços”.

E se “um dos dilemas está na mobilidade interna” quando abordados os hoteleiros, o problema reside no alojamento dos recursos humanos que, segundo avançou o presidente da APAVT, “têm de estar próximos dos hotéis, mas não podem por uma questão de ordenamento do território. E se estão longe dos hotéis, essa distância cria, de facto, algumas dificuldades por inexistência de transportes públicos”.

E na questão dos recursos humanos, Pedro Costa Ferreira considerou que “com a dificuldade de gerir os recursos humanos é difícil fixá-los”, repercutindo-se isso na “preservação da qualidade de serviço ou, em alguns casos, embora não gostemos de dizê-lo em público, recuperar a qualidades de serviço que já tivemos”.

Relativamente à experiência do viajante à chegada ao aeroporto, Karen Strougo, Chief Commercial Officar (CCO) da Ana – Aeroportos de Portugal, destacou a pontuação de 4,5 pontos (de 0 a 5), dada pelo Airport Council International ao Aeroporto de Faro, considerando que “temos uma nota muito alta e a perceção de qualidade de serviço é muito boa”, reconhecendo, ainda, que “o ponto que tem a ver com as chegadas tem de ser melhorado”, com o Brexit a trazer uma “pressão acrescida sobre as fronteiras”.

Com 90% do tráfego a vir fora, Karen Strougo adiantou que “há planos em andamento para se trabalhar em conjunto para encontrar soluções e melhorias para essas fragilidades”.

Com a chegada do voo da United, ligação entre Faro e Newark com quatro frequências semanais, a CCO da ANA revelou que “estão a ser feitos todos os planos de preparação”, salientando que “estamos a investir muito, não só no aeroporto de Faro, mas em toda a rede da ANA, na experiência do passageiro, em termos de serviços, restauração, lojas, sempre muito preocupados em gerar no aeroporto a perspectiva do ‘sense of place”, ou seja, “queremos que o passageiro saiba que está a chegar a Portugal, que está a chegar ao Algarve com a rede de restauração, de lojistas, de produtos, de souvenirs associados à comunidade local”.

Já quanto à TAP, Mário Cruz, vogal da Comissão Executiva da companhia aérea, justificou a reduzida quota da TAP no aeroporto de Faro (menos de 3%, com Ryanair a ter 36%, a easyJet 19%, a Jet2 10%, Transavia 6% e a Aer Lingus 3%) com a reestruturação iniciada em 2021, com final previsto para 2025, com a limitação do número de aeronaves, mas também com o facto de a “TAP ser uma companhia com um ‘hub’ em Lisboa”.

Nesse sentido, Mário Cruz explicou que “o maior ativo da TAP não está nos aviões, mas sim nos ‘slots’ que possui no Aeroporto de Lisboa” e que a estratégia passa por “defender essa presença na capital”, frisando, no entanto, que “a TAP opera três voos diários para o Algarve durante todo o ano, não se trata de uma operação sazonal. Através destas três frequências semanais, conectamos o Algarve a mais de 80 destinos”. De resto, Mário Cruz enfatizou que a United, que começará, em breve, os voos para Faro, “não faz muito diferente da TAP, já que utiliza o seu ‘hub’ em Newark para conectar o tráfego do interior dos EUA ao mundo e, no caso específico, a Faro”.

“A administração da TAP está comprometida em fazer da TAP uma companhia aérea rentável e sustentável e estamos comprometidos com todas as regiões de Portugal”, frisou Mário Cruz, salientando ainda que “temos um programa de ‘stop-over’ através do qual disponibilizamos uma experiência mais completa e damos descontos aos passageiros que queiram visitar qualquer região de Portugal”.

Pedro Costa Ferreira aproveitou a intervenção de Mário Cruz para enfatizar o ’case study’ que existe relativamente à TAP. “O aeroporto está bem, tem uma estratégia de crescimento, além de um papel fantástico na região, o turismo está bem, está a crescer e tudo isto sem a TAP. Portanto, porquê falar da TAP? No Algarve, a TAP tem um papel através do ‘hub’ em Lisboa e do ‘long-haul’”. Por isso, considerou, “se a TAP viesse para o Algarve não traria nenhum benefício para a região, porque como não tem o ‘hub’ no Algarve, não conseguiria concorrer com as low-cost e não traria ninguém por causa do preço e depois teríamos todos a queixar-se que a TAP era muito cara”, recordando ainda que “as companhias de ‘long-haul’ que fazem ligação ao Algarve, fazem-no porque têm condições para concorrer com as low-costs”.

Ligação ferroviária, sim mas para a Andaluzia
Com uma das apostas em termos de mobilidade a residir na ferrovia, o presidente da APAVT reconheceu que “uma das ameaças que o Algarve enfrenta é a crescente consciência ambiental do consumidor que o pode afastar dos voos de curto curso”, referindo, inclusivamente, que “existem muitas viagens na Europa e no mundo que são multimodais por causa disso, fazendo com que o último percurso de um voo seja efetuado já de comboio”.

E neste ponto, Pedro Costa Ferreira admite que “esta tendência seria uma oportunidade para a TAP ter uma maior capacidade de intervenção na região, se houvesse uma boa ferrovia”.

Reconhecendo que a Linha do Sul “tem de ser qualificada, com a eletrificação a ter um papel importante”, o presidente da APAVT colocou o tónico na “procura”. “Se continuarmos a ‘gaguejar’ na ferrovia, podemos, mais à frente, ter um sério problema e não será por falta de atração da região, mas por causa de uma maior consciência ambiental que pode afastar alguns voos curtos”.

Questionado sobre uma eventual mais-valia de uma ligação Faro-Madrid, Pedro Costa Ferreira referiu que, “se houvesse capacidade para fazer algo para além de Lisboa-Madrid, preferia uma linha que ligasse o Algarve à Andaluzia, de forma a fortalecer a agenda comum das duas regiões, permitindo densificar a relação entre ambas quer do ponto de vista da promoção, quer do ponto de vista do ‘cross-selling’ e das experiências de uma região mais alargada que me parece fundamental se quisermos vencer uma vez mais o desafio do ‘long-haul’”.

Neste mesmo ponto, Mário Cruz considerou que, quando se fala de “qualidade” numa ligação ferroviária entre Lisboa e Faro e a possibilidade de esta poder eliminar a ligação aérea, “estamos a falar de um comboio de alta velocidade que conecta diretamente ao aeroporto sem ser necessário o passageiro efetuar mais uma deslocação, algo que não acontece atualmente. Nesse caso, a ligação aérea deixaria de fazer sentido”, reconheceu o responsável da TAP.

Também Karen Strougo considerou a integração multimodal para o aeroporto “essencial”, admitindo ainda que “sem essa integração ao aeroporto, não há crescimento, não há procura”. Contudo, reconheceu que “a conexão tem de ser direta” e que as rotas de curta duração “não sobrevivem com a existência de uma ferrovia rápida”, dando como exemplo alguns casos em França onde o comboio “tomou 98% dos passageiros de algumas rotas curtas”. “Trata-se de uma solução sustentável muito eficiente e de conforto para o passageiro”, concluindo ainda que “tal realidade aumenta a nossa ‘catchment area’, ou seja, zonas de influência”.

No final, ficou a certeza de que, na maioria das vezes, quando se fala em temas como aeroporto ou ferrovia, “o problema não está na construção, está na decisão”, reconheceu o presidente da APAVT.

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
Destinos

A região que deixou de ser um segredo para tornar-se uma história de sucesso

André Gomes, presidente do Turismo do Algarve, destacou, no discurso de boas-vindas no evento que marca os 55 anos da região de Turismo do Algarve, os números alcançados neste mais de meio século, mas, sobretudo, “a vontade de afirmar o território pela qualidade e inovação, pela preservação e valorização dos seus recursos naturais e patrimoniais, e pela criação de benefícios económicos para os residentes”.

Victor Jorge

Depois de receber, em 2024, mais de 5,2 milhões de hóspedes (+2,6%), gerar receitas diretas do alojamento turístico de 1,7 mil milhões de euros (+7,3%), do Aeroporto de Faro registar 9,8 milhões de passageiros, e o número de dormidas atingir 20,7 milhões, André Gomes, presidente do Turismo do Algarve, lançou os “desafios que exigem respostas concretas e eficazes”.

Assim, no início das comemorações do 55.º aniversário do Turismo do Algarve, André Gomes começou por destacar a sustentabilidade, reconhecendo-a como “uma prioridade inegociável”, salientando que o setor do turismo “tem um papel fundamental na preservação dos recursos naturais, fazendo referência ao lançamento do selo de eficiência hídrica ‘Save Water’, que já permitiu uma redução de cerca de 12% no consumo de água nos empreendimentos turísticos”. Esta certificação vai agora, de resto, ser “alargada ao Alojamento Local, à animação turística, às empresas de rent-a-car e à restauração, promovendo um Algarve mais eficiente e responsável”.

Com a transformação do turismo no Algarve a ser guiada “por uma visão estratégica clara objetiva”, o Plano de Marketing Estratégico do Turismo do Algarve (PMETA 2028) estabelece os eixos “fundamentais para o futuro do setor, apostando na estruturação de produtos, na valorização da oferta, no reforço da notoriedade e na gestão da imagem do destino”, frisou André Gomes. Assim, o plano, desenvolvido com o apoio técnico da Universidade do Algarve, pretende ser “a base da atuação da região nos próximos anos” para “afirmar o território pela qualidade e inovação, pela preservação e valorização dos seus recursos naturais e patrimoniais, e pela criação de benefícios económicos para os residentes”.

Além do “Sol&Mar”, que “iniciou e fará sempre parte da história do Algarve”, o presidente do Turismo do Algarve destacou o facto da região ser “cada vez mais, um palco de referência para eventos desportivos de grande dimensão”, dando como exemplo competições como o Grande Prémio de Portugal de MotoGP, o Mundial de Superbikes, a Volta ao Algarve e o Algarve Granfondo. “A aposta na captação destes eventos e de outros eventos de incentivo ou corporativos, não só reforça a notoriedade internacional da região, como também dinamiza a economia local e alarga a procura turística ao longo do ano”, reconheceu André Gomes.

Pilar fundamental para o crescimento sustentável do Algarve, o presidente do Turismo do Algarve salientou o “reforço” do Aeroporto de Faro como “hub estratégico no turismo nacional e internacional”, indicando que, este verão, contará com 86 rotas para 75 destinos, com uma média de 821 frequências semanais, um crescimento de 8% face ao verão anterior. “Pela primeira vez, o Algarve estará ligado a 22 mercados internacionais”, referiu André Gomes, destacando os três novos mercados: Estados Unidos da América, Finlândia e Islândia.

“A aposta na conectividade transatlântica ganha um novo impulso com o reforço das ligações à América do Norte (Canadá e EUA) e o primeiro voo direto para Nova Iorque (Newark), operado pela United Airlines, que terá início a 17 de maio. Para além desta novidade, serão inauguradas mais duas novas rotas completamente inéditas, Helsínquia, com a Finnair, e Reiquiavique, com a Play Airlines, juntando-se a United Airlines, a Finnair e a Play Airlines à operação do aeroporto”, salientou André Gomes.

Sob a monotorização do Observatório para o Turismo Sustentável do Algarve, o presidente da região de turismo frisou a “contribuição de uma forma responsável para a gestão do território, ao mesmo tempo que registamos através de inquéritos, não só as percepções dos nossos turistas, mas também das nossas empresas e residentes, face àqueles que são os impactos gerados pela atividade turística regional”. Nesse sentido, os resultados destacam uma avaliação amplamente positiva dos visitantes, com especial reconhecimento pela segurança, qualidade ambiental e simpatia dos residentes, com 83,8% dos turistas a manifestarem a intenção de regressar ao Algarve nos próximos cinco anos, enquanto 95,2% afirmam que recomendariam a região a outras pessoas.

A concluir, a iniciativa que marca os 55 anos da Região de Turismo do Algarve foi aproveitada, também, para o lançamento do programa “55 anos, 55 eventos”, que ao longo dos próximos meses levará a todo o território iniciativas culturais, desportivas, enogastronómicas e concertos, refletindo a riqueza e diversidade do Algarve.

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
Destinos

“Os números comprovam a atração crescente do Algarve”, reconhece presidente da CTP

Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), destacou, durante as comemorações do 55.º aniversário do Turismo do Algarve, “a capacidade da região de se adaptar às novas tendências e de se afirmar como um destino turístico capaz de conquistar diferentes públicos e segmentos”. No que diz respeito à realidade nacional, reconheceu que “a nova conjuntura política não é positiva para o país em geral e para as empresas em particular”.

Victor Jorge

Nas comemorações dos 55 anos da região de Turismo do Algarve, Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), começou por reconhecer que, o Algarve “continua a afirmar-se como um dos principais destinos turísticos nacionais”, na medida em que, “ano após ano, recebe mais turistas nacionais e internacionais”.

E os números indicados por Francisco Calheiros falam por si: em 2024, o Algarve ultrapassou, pela primeira vez, a marca dos 5,2 milhões de hóspedes, é a região que mais dormidas gera no país, alcançando 20,7 milhões, fechou o último ano com 1,7 mil milhões de euros em proveitos (+5,5 pontos percentuais face a 2023), e o Aeroporto Gago Coutinho registou um recorde ao movimentar 9,8 milhões de passageiros.

Por isso, “apesar de algumas narrativas que surgiram no ano passado apontarem para um afastamento ou para um divórcio dos portugueses com o Algarve, os dados demonstram precisamente o contrário”, o presidente da CTP salientou “o crescimento de 1,3% no mercado nacional e de 3% no mercado internacional”.

Assim, reconheceu Francisco Calheiros, “estes números não só comprovam a atração crescente do Algarve, como também refletem a capacidade da região de se adaptar às novas tendências e de se afirmar como um destino turístico capaz de conquistar diferentes públicos e segmentos”.

Nesse sentido, o presidente da CTP frisou as previsões de crescimento do número de turistas no Algarve, sobretudo de norte-americanos, graças aos voos diretos da United Airlines, que a partir de maio irão ligar Faro a Nova Iorque.

A “diversificação da oferta e a redução da sazonalidade” na região foram, igualmente, destacadas salientando Francisco Calheiros o “investimento em diferentes formas de turismo que permitem que a região se mantenha atrativa durante todo o ano, criando oportunidades de desenvolvimento para as suas comunidades”.

Assim, “o Turismo de Natureza – com roteiros como a Rota Vicentina e a Rota do Guadiana”, mas também “a gastronomia – alicerçada na Dieta Mediterrânica” e “a importância dos grandes eventos desportivos que o Algarve tem acolhido – como o Grande Prémio de MotoGP”, representam, segundo Francisco Calheiros “uma excelente oportunidade de visibilidade internacional”.

“Estes eventos não só atraem milhares de turistas, como também posicionam o Algarve como um destino dinâmico, capaz de receber grandes competições e de gerar um impacto económico significativo”, frisou o presidente da CTP, admitindo que “este tipo de eventos reforça a imagem da região como um destino de prestígio, capaz de combinar turismo de lazer com a emoção dos grandes eventos desportivos”.

A sustentabilidade também não foi esquecida, indicando Francisco Calheiros que “o futuro será cada vez mais exigente em termos de responsabilidade ambiental e de gestão dos recursos” e, por isso, “a competitividade do Algarve dependerá da sua capacidade de gerir os seus recursos naturais de forma equilibrada, garantindo que a oferta turística continue a crescer de forma inovadora, mas sobretudo sustentável”.

Regresso à incerteza
Passando da região para a realidade nacional, Francisco Calheiros reconheceu que “continuamos a viver tempos desafiantes e sobretudo incertos”, frisando que “estamos a passar por um novo período de instabilidade política e governativa em Portugal” e que “neste momento a palavra-chave é incerteza”, já que “a nova conjuntura política com que nos deparamos não é positiva para o país em geral e para as empresas em particular, já que às incertezas de âmbito internacional se junta agora mais uma fase de instabilidade em termos nacionais.

Esperando que a situação política e governamental em Portugal seja “clarificada de forma célere”, Francisco Calheiro relembrou dossiers que espera “não serem bloqueados”, identificando investimentos que têm relação direta e indireta com a atividade turística, como é o caso da privatização da TAP, do Novo Aeroporto ou da execução do PRR – Plano de Recuperação e Resiliência.

Assim, em jeito de conclusão, ficou o aviso de que a CTP “não irá desmobilizar e continuará a insistir quanto à urgência de uma efetiva reforma do Estado, de um novo aeroporto, do TGV e da modernização da ferrovia, de uma gestão mais eficiente dos territórios”, além de “soluções para a falta de mão de obra e reforço do investimento em formação e valorização das profissões turísticas”.

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
Nuno Mota Vargas, Managing Director, e Nídia Gouveia, Sales & Account Director, da Magnet
Distribuição

Depois de crescer em 2024, Magnet lança plataforma de gestão de grupos até final do mês

Num almoço com a imprensa do trade, no último dia profissional da BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market 2025, Nuno Mota Vargas, managing diretor da Magnet em Portugal, reconheceu que 2024 foi “um ano de crescimento”, apesar de “uma quebra da tarifa média”. Para breve está o lançamento de uma nova plataforma de gestão de grupos.

Victor Jorge

“2024 foi um bom ano”, revelou Nuno Mota Vargas, managing diretor da Magnet em Portugal, durante um almoço com a imprensa do trade à margem da BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market 2025, adiantando que “fechámos o ano com um crescimento de 6% em termos de volume e 14% em termos de transações”.

O diretor-geral da Magnet salientou, igualmente “uma quebra de tarifa média”, sobretudo para “destinos com ligações através de companhias como Turkish, Qatar ou Ethiad, o que faz com que em termos de volume termos crescido, mas não crescemos tanto quanto em termos de transações, portanto, um dado bastante positivo”.

Indicando que a aposta na tecnologia se mantém como no passado, Nuno Mota Vargas revelou que o NDC [New Distribution Capability] da TAP já está implementado. “Não temos ainda disponível para venda, uma vez que a TAP continua disponível no GDS”, indicando, contudo, que “estamos preparadíssimos para o dia em que o conteúdo da TAP deixar de estar disponível no GDS e termos o NDC da TAP disponível para os nossos clientes”.

Até lá a grande novidade passa por uma nova plataforma de gestão de grupos que o consolidador disponibilizará aos clientes até ao final do primeiro trimestre deste ano. “Vamos disponibilizar aos clientes uma plataforma que permitirá a gestão de grupos, de pedidos de grupo, tudo centralizado numa plataforma, onde será possível consultar todos os status do grupo, receber notificações sobre intervenções a fazer, seja a introdução de nomes de passageiros ou uma atuação devido a uma alteração de qualquer assunto relativamente ao grupo”. No fundo, afiança o diretor-geral da Magnet “é uma plataforma que vai facilitar muito a vida aos nossos clientes, que vai permitir uma organização muito eficiente do trabalho”.

A fase de teste está, neste momento, a decorrer, admitindo Nuno Mota Vargas estar “muito confiante que a nova plataforma vai deixar uma boa marca no mercado, uma boa diferenciação relativamente à nossa concorrência”.

Até porque, segundo o mesmo, “isto é um negócio simples, e esta nova plataforma não necessitará de qualquer investimento por parte das agências. Será um investimento total da Magnet, já que procuramos sempre soluções equilibradas do ponto de vista comercial e com impacto mínimo nos nossos clientes.”. Por isso, diz, “é um valor acrescentado que vamos dar aos clientes sem que eles tenham de desembolsar qualquer valor”.

Quanto ao número de agências que recorreram aos serviços da Magnet, Nuno Mota Vargas avançou que este “manteve-se mais ou menos nos mesmos números”, até porque, admitiu, “o mercado não cresceu, em termos de agências, e temos tido muita concorrência, sobretudo agora dos grupos de gestão”, reconhecendo que “os grupos de gestão começam a apostar cada vez mais e ter este tipo de ferramentas”.

Contudo, o diretor-geral da Magnet salienta que a empresa se tem “distinguido sempre pelo serviço”, o que justifica os números alcançados no inquérito que a Magnet realiza todos os anos e que indicou níveis de serviços “bastante elevados, em torno dos 93% de 0 a 100 na avaliação dos clientes”. “Considero isto um nível muito alto que se tem mantido ao longo dos anos, o que é um bom sinal”.

Relativamente ao que é pedido à Magnet, o responsável pelo consolidador refere que “o que as agências exigem é serviço, até porque a emissão de bilhetes não é uma ciência de foguetões. Se tudo correr bem, é uma coisa simples. O problema é quando as coisas correm mal e aí é que o consolidador se tem de distinguir da concorrência. Todos nós sabemos que o serviço é bom ou não quando as coisas correm mal, porque quando correm bem, não há nada a fazer, é igual em todo o lado”.

Mas é este serviço que faz Nuno Mota Vargas reconhecer que “não se justifica trabalhar com ferramentas de um grupo de gestão. A ferramenta que temos já é bastante forte, reúne o melhor conteúdo do mercado, ou seja, agrega Galileu, Amadeus e NDC, portanto, não há nada mais que possamos acrescentar relativamente a conteúdo à exceção das low cost,”, reconhecendo que estas “possuem características próprias, de venda direta e não de venda intermediada”.

2025 começou, segundo Nuno Mota Vargas “muito bem”, o que é dizer que “começou bastante forte”, frisando tratar-se de uma ”tendência nova”, já que “antigamente janeiro e fevereiro eram meses fracos. Hoje em dia já não é assim, é exatamente o contrário, são os melhores meses do ano”.

Contudo, se esse crescimento será a dois dígitos, o diretor-geral da Magnet diz ser “difícil de avaliar, porque estamos muito dependentes das tarifas médias. Se as companhias aéreas resolverem baixar ou subir mais preço, isso terá impacto muito grande e muito relevante”.

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
Distribuição

Inscrições abertas para o RoadShow das Viagens do Publituris

Já abriram as inscrições para a 10.ª edição do RoadShow das Viagens do Publituris que se realiza nos dias 25, 26 e 27 de março nas cidades do Porto, Coimbra e Lisboa, respetivamente.

Publituris

Já se pode inscrever na 10.ª do RoadShow das Viagens do Publituris, evento que percorre as cidades de Porto, Coimbra e Lisboa.

O arranque da 10.ª edição do RoadShow das Viagens do Publituris acontecerá na cidade do Porto, no dia 25 de março, com o workshop a decorrer no Porto Palácio Hotel.

O segundo dia, 26 de março, terá como palco o Vila Galé, em Coimbra, para o evento terminar no Clube Tazte Secret Spot, no dia 27 de março, em Lisboa.

Para inscrever-se, aceda a https://gr8events.live/130PubliturisRoadShow/

Para esta edição estão confirmadas as seguintes empresas e entidades:

AçorSonho Hotéis
Air Canada
APG Portugal
Avis
Barceló Hotel Group
Be Live Hotels
Bedsonline
Casa de Campo Resort Villas
Civitatis
Consolidador
Europcar
Hotel Continental Angola
Ilha Verde
In Sure Broker
Madeira
Mawdy
MSC Cruzeiros Portugal
Mundomar Cruzeiros
RailClick
Regent Seven Seas Cruises
Republica Dominicana
Royal Air Maroc
SATA Air Azores
Saudi Arabia Tourism Authority
Sixt
Soltrópico
TAAG – Linhas Aéreas de Angola
TAP Air Portugal
The Editory Hotels
Tivoli Estela Golf & Lodges Porto
Transavia
Turismo Alentejo e Ribatejo
Turismo da Gran Canaria
Turismo da Polónia
Turismo de Formentera
Turismo do Centro de Portugal
Turismo do Porto e Norte de Portugal
Turismo Marrocos
Um Mundo de Cruzeiros
United Airlines
Unlock Boutique Hotels
Viajar Tours
Vila Galé
Visit Benidorm – Tourism Board
Wotels

O evento conta com o apoio de: Visit Portugal, Turismo do Centro de Portugal, Turismo do Porto e Norte de Portugal, APAVT, The Editory Hotels, Vila Galé, Tazte, GR8 events, IVU.

Dirigido aos agentes de viagens de todo o país, o evento é uma oportunidade para Operadores Turísticos, Companhias Aéreas, GSA, Cruzeiros, Hotéis e Delegações Oficiais de Turismo mostrarem a sua oferta num evento que potencia o conhecimento, o negócio e o networking.

Além do habitual workshop, a 10.ª edição do Roadshow das Viagens do Publituris terá, também, um programa social, com jantares exclusivos e animação que promovem o networking entre os participantes.

Os workshops decorrem entre as 18h00 e 21h00, seguindo-se os jantares com os agentes de viagem inscritos.

Para qualquer informação, por favor, contacte Margarida Magalhães mmagalhaes@workmedia.pt

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2024 PUBLITURIS. Todos os direitos reservados.