Turismo do Porto pede empenho do Governo no reforço da conetividade aérea e da mobilidade ferroviária
O reforço da conetividade aérea ao Porto e Norte bem como da mobilidade ferroviária e a sua conexão ao mercado espanhol, em particular com as regiões da Galiza e Castela e Leão, são duas das principais linhas de atuação para o Turismo do Porto e Norte para as quais o seu presidente considera estruturantes para o destino, e pede empenho do Governo.
Publituris
Transporte aéreo de passageiros continuou a crescer no 2.º trimestre com aumento de 4,8%
Constituição de novas empresas abranda até agosto e os Transportes lideram as quebras
TAP assina protocolo de intenções com governo da Bahia para voos entre o Porto e Salvador
Comité Setorial de Turismo promove encontros em quatro regiões do país
Grupo GEA leva 80 agências de viagens associadas em sete famtrips
Privatização da Azores Airlines será concluída “em breve” mas não este ano
Explora Journeys inaugura segundo navio a 15 de setembro
Barcelona vai ter “aumento substancial” da taxa turística para cruzeiristas de curta duração
TAP lança campanha que oferece bagagem extra em voos entre Portugal, Moçambique e Angola
Royal Caribbean International encomenda 4.º navio da classe Icon
Na tomada de posse para o segundo mandato enquanto presidente da Associação de Turismo do Porto (ATP) para o triénio2023-2025, Luís Pedro Martins pretende reforçar a promoção externa da região não só junto dos principais mercados emissores, como também potenciar o lançamento de novos mercados. “Temos vindo a fazer um trabalho vasto de atração de novas companhias aéreas, promovendo o destino junto de novos mercados e novos públicos”, salientou o dirigente reeleito.
Para Luís Pedro Martins, no seu discurso de posse, a questão da conetividade aérea é, aliás, uma bandeira da região, que reivindica para o aeroporto Francisco Sá Carneiro um outro olhar, não só com uma maior aposta da transportadora nacional, mas também na captação de novas companhias e rotas, permitindo, assim, atrair mercados emissores de alto rendimento, uma das condições essenciais para a atração de segmentos de procura com maior rendimento.
“Contamos com o Ministério das Infraestruturas para dar continuidade a projetos estratégicos como a Linha do Douro ou a criação do Fundo para Conectividade Aérea da região, a exemplo do que acontece em outros destinos nossos concorrentes”, apontou, para relembrar que do grupo de trabalho constituído para desenvolvimento desta matéria “resultou um estudo já entregue ao Governo, sobre o qual aguardamos ansiosamente resposta por parte do Ministério, porque estes existem para além dos mandatos dos ministros”.
Em relação ao novo mandato, o presidente da ATP realçou que a tarefa que se afigura para os próximos três anos não é fácil, porque as sequelas económicas da pandemia ainda estão bem presentes. Neste sentido considera fundamental “que exista uma continuidade das linhas de apoio às empresas”, advertindo que “as empresas do setor ainda não respiram de alívio e não será certamente no ano de 2023, com um conflito bélico no nosso continente, com a inflação a disparar, com o aumento dos custos das energias e das matérias-primas, que poderão adquirir outra robustez económico-financeira”.
Em outro plano, mostrou disponibilidade para contribuir na discussão da governança das organizações do turismo, inclusive na discussão da Lei n.º 33/2013, que estabelece o regime jurídico das áreas regionais de turismo de Portugal continental, a sua delimitação e caraterísticas, bem como o regime jurídico da organização e funcionamento das entidades regionais de turismo.
O presidente reeleito destacou, igualmente, o excelente desempenho da região e, sobretudo, a forma como o Porto e Norte conseguiu já retomar níveis de desempenho pré-pandemia. No destino, frisa Luís Pedro Martins, o ano de 2022 fechou com dados extremamente positivos, dado que “ultrapassámos todos os indicadores de 2019, seja no número de hóspedes (6 milhões), no número de dormidas (11 milhões) e no valor dos proveitos arrecadados”. Neste último vetor, acrescenta, a região atingiu “os 700 milhões de euros, um crescimento de 20% em relação a 2019, quando a média nacional foi de 14%”. Um feito que, sublinha o presidente da agência de promoção externa, é conseguido com verbas muito inferiores aos dos mercados concorrentes.
Mesmo com verbas reduzidas, o Turismo do Porto e Norte quer dar corpo a um conjunto de objetivos que vão da atenção no apoio às empresas, ao incentivo e estímulo de projetos que tenham o propósito de reter talento e mitigar a escassez de recursos humanos. “Queremos ainda abrir caminho e ser referência para a melhoria dos conteúdos e da experiência turística no destino e ainda estimular a dinâmica do território com eventos turísticos”.
Aposta na digitalização e a sustentabilidade, e aprofundamento da relação com as regiões vizinhas da Galiza e de Castela e Leão, é, desde há muito, outro dos grandes focos de Luís Pedro Martins, que recorda também que “no terreno está já a criação de um Cluster de Turismo da Euroregião”. Apostas que, acredita, irão repercutir-se em ganhos importantes para a região. “
Recorde-se que da direção da ATP fazem parte instituições como as câmaras do Porto e de Braga, bem como a ANA – Aeroportos de Portugal, a Fundação Casa da Música ou Associação Comercial do Porto, entre vários outros parceiros públicos e privados. A Assembleia Geral é presidida por Nuno Botelho (Associação Comercial do Porto), enquanto tomou posse como presidente do Conselho Fiscal, Paulo Sarmento e Cunha (Fundação Casa da Música).