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Transportes

Transportes mostram-se otimistas para 2023, apesar da guerra, inflação e incerteza

O setor dos transportes turísticos faz um balanço positivo de 2022, que acabou por ser um ano de regresso à normalidade e mostra-se entusiasmado quanto ao futuro, apesar dos muitos desafios que deverão marcar 2023, com destaque para os aumentos nos preços dos combustíveis, a que os transportes estão particularmente expostos.

Inês de Matos
Transportes

Transportes mostram-se otimistas para 2023, apesar da guerra, inflação e incerteza

O setor dos transportes turísticos faz um balanço positivo de 2022, que acabou por ser um ano de regresso à normalidade e mostra-se entusiasmado quanto ao futuro, apesar dos muitos desafios que deverão marcar 2023, com destaque para os aumentos nos preços dos combustíveis, a que os transportes estão particularmente expostos.

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Por vezes, muita coisa muda em muito pouco tempo e o ano de 2022 é a prova provada disso mesmo. Há um ano, a grande ameaça à atividade turística continuava a ser a COVID-19. A pandemia que parou o mundo em 2020 e restringiu as viagens um pouco por todo o lado no ano seguinte, continuava, no início do ano passado, a ser vista como o principal desafio que o setor do turismo precisava de ultrapassar para regressar à normalidade.

No entanto, menos de dois meses depois do arranque do ano, estalou uma guerra na Ucrânia, com a invasão da Rússia ao país vizinho, num evento a que a Europa não assistia havia mais de sete décadas e que veio, mais uma vez, destabilizar a economia e, consequentemente, as empresas do setor do turismo, com especial destaque para as que se dedicam aos transportes, que passaram a lidar, também em consequência da guerra, com aumentos quase diários nos preços dos combustíveis, entre outras subidas de custos ditadas pela escalada da inflação.

Além da pandemia, que ainda não está completamente ultrapassada, da guerra e consequente inflação, as empresas de transportes turísticos têm de lidar ainda com a escassez de recursos humanos, que surgiu durante a pandemia e se agravou com a guerra, num cenário repleto de incerteza que torna difícil traçar expectativas concretas para 2023.

A todos estes problemas, é preciso juntar ainda a escassez de viaturas disponíveis no rent-a-car, assim como os desafios inerentes à sustentabilidade que, este ano, promete voltar a estar na linha da frente enquanto uma das principais preocupações dos transportes.

Mais uma vez o setor foi posto à prova e respondeu de forma positiva, Paulo Geisler (RENA)

Ainda assim, o otimismo parece estar em alta, uma vez que os clientes mantêm a vontade de viajar e isso tem-se vindo a traduzir no aumento das faturações e da rentabilidade nas várias áreas dos transportes turísticos em Portugal. Saiba que balanço de 2022 e que expectativas para 2023 traça a aviação, os cruzeiros, o rent-a-car e os autocarros de turismo.

Aviação
Na aviação, 2022 acabou por ser um ano “desafiante”, diz ao Publituris Paulo Geisler, presidente da RENA, associação que representa as companhias aéreas que operam em Portugal. “Mais uma vez o setor foi posto à prova e respondeu de forma positiva”, diz o presidente da RENA, considerando que, apesar dos problemas que a aviação enfrentou em 2022, este setor “mais uma vez deu mostras de preparação e resiliência”.

De acordo com o responsável, 2022 acabou por ser um ano positivo, como mostram “os números globais do turismo” e que provam que este é já “um sector fundamental para a economia portuguesa”, considerando que também a “união dos diversos operadores” foi um dos aspetos mais positivos do ano que agora terminou.

Tal como a RENA, também a easyJet faz um balanço favorável de 2022, com José Lopes, country manager da companhia para Portugal, a explicar que o ano foi “bastante positivo” porque a easyJet fechou “este ano fiscal com o melhor resultado de sempre em Portugal” no número de passageiros transportados. No total, a easyJet chegou aos 7.431.928 passageiros nas 71 rotas que realiza de e para o país, valor que, segundo José Lopes, “ultrapassa os níveis de 2019 e que se traduz num crescimento de 174%”. “Estamos a viver agora o inverno mais movimentado da nossa história em Portugal e somos a primeira escolha de passageiros que viajam entre Portugal e França, Portugal e Suíça e Portugal e o Reino Unido”, acrescenta.

Somos a companhia de aviação que mais vai investir e crescer em Portugal em 2023, José Lopes (easyJet)

José Lopes destaca os 18 slots conseguidos no aeroporto de Lisboa como um dos momentos mais positivos de 2022, desde logo porque isso permitiu que a transportadora se tornasse na segunda maior operadora no aeroporto da capital. Com esses slots, a easyJet abriu várias rotas em Lisboa, num total de 33 no conjunto dos aeroportos onde opera, incluindo a primeira ligação para fora da Europa desde Portugal, com destino a Marraquexe, em Marrocos, e os voos para o Porto Santo, desde Lisboa e Porto, “acabando com o monopólio nessas rotas”.

O aumento de capacidade em várias rotas, a passagem para o terminal 1 do aeroporto da capital e o aumento dos aviões baseados em Portugal foram também, segundo José Lopes, momentos positivos para a easyJet em 2022.

As expetativas para 2023 também são positivas, com José Lopes a mostrar-se convicto de que o ano será “de forte investimento e crescimento de capacidade da easyJet em Portugal”. “Continuaremos a estimular o mercado, para que as pessoas voltem a voar e a conhecer mais destinos. Fazer isto num momento em que ainda estamos a sair da pandemia, adicionalmente ao impacto da guerra nos custos de energia e combustível, é um desafio”, diz José Lopes, que acredita que a relação qualidade/preço oferecida pela easyJet será valorizada. “Somos a companhia de aviação que mais vai investir e crescer em Portugal em 2023. Daqui a um ano, estaremos de novo aqui a falar de mais um ano com resultado recorde”, acredita o responsável, indicando que a companhia vai continuar a investir na sustentabilidade.

Tal como a easyJet, também a RENA se mostra otimista, ainda que Paulo Geisler prefira chamar-lhe “otimismo (moderado)”, uma vez que se prevê que exista, ao longo deste ano, algum “crescimento sustentado”. No entanto, diz o responsável, o “cenário macroeconómico e inflação vão desempenhar um papel importante” para a aviação em 2023, “a par da guerra na Ucrânia” e também da sustentabilidade. “A expectativa é que o setor do transporte continue a recuperar e que haja uma preocupação maior com sustentabilidade e incentivos para que o setor possa avançar rumo ao “Net-zero””, conclui o presidente da RENA.

Rent-a-car
No rent-a-car, o balanço de 2022 é igualmente positivo, com Joaquim Robalo de Almeida, secretário-geral da ARAC – Associação Nacional dos Locadores de Veículos, que representa 96% das empresas de rent-a-car em Portugal, a considerar que 2022 foi “um ano memorável”.

A performance das empresas de rent-a-car em foi foi excelente, Joaquim Robalo de Almeida (ARAC)

No rent-a-car, acrescenta, foram atingidos “valores recorde de rentabilidade”, o que leva a que se perspetive que, “também nesta atividade, 2022 seja o seu melhor ano de sempre”, com uma faturação a rondar os 800 milhões de euros.

Apesar da escassez de viaturas que se mantém, por culpa da crise dos semicondutores, e que levou a que a frota de pico em 2022 tenha ficado 32 mil viaturas abaixo do que acontecia em 2019, Joaquim Robalo de Almeida revela que a procura esteve em alta, traduzindo um aumento da rentabilidade. “Apesar da frota disponível para aluguer ter sido menor, se tivermos em atenção a subida de preços operada pela forte procura, ter-se-á registado um crescimento da faturação face a 2019, que assim gerou uma melhor rentabilidade”, explica, sublinhando que “a performance das empresas de rent-a-car em 2022 foi excelente” e o seu “desempenho foi dos melhores de sempre”. Contudo, o aumento da rentabilidade foi acompanhado pela subida da inflação, que se traduziu num crescimento generalizada dos custos, que “atingiram valores nunca antes vistos”, acrescenta.

A somar à inflação, no ano passado, o rent-a-car teve também de lidar com a falta de recursos humanos e com uma fiscalidade automóvel que é “das mais elevadas da Europa”, o que leva a que o rent-a-car em Portugal perca competitividade face a outros países europeus. Por isso, a ARAC volta a insistir na “redução dos impostos aplicáveis ao automóvel”, a exemplo do ISV e do IUC, mas também do IVA para os 13%.

Foi um ano muito bom para a marca e, felizmente, os pontos positivos sobrepõem-se aos negativos, Paulo Pinto (Europcar)

E se 2022 acabou por ser mais positivo do que se previa, Joaquim Robalo de Almeida espera que também o próximo ano “venha na sua continuidade”, apesar da urgência na construção do novo aeroporto de Lisboa e dos desejos que a ARAC gostaria de ver realizados: o fim da guerra na Ucrânia e a continuação do combate às alterações climáticas.

E também a Europcar, uma das principais empresas de rent-a-car em território nacional, diz que 2022 foi um “ano muito positivo”, com Paulo Pinto, Head of Portugal do Europcar Mobility Group (EMG), a explicar que o grupo solidificou a sua posição, até porque “houve alguma renovação da estrutura” em Portugal, a exemplo da nomeação do próprio como responsável pela operação no país. Em Portugal, merece também destaque a transformação da estação da Maia em ‘hub profissional’ e a abertura da estação em Vila Real, investimento que deu “início a uma ambiciosa estratégia de expansão, com grande foco no Norte do país”.

A nível global, 2022 fica marcado pela integração do EMG na Green Mobility Holding, que veio trazer à empresa “novas perspetivas e um ciclo de expansão e inovação”. “Fazer parte deste consórcio está a ser um grande impulso do ponto de vista financeiro, o que está a permitir acelerar os projetos tecnológicos”, explica Paulo Pinto.

Apesar de positivo, Paulo Pinto admite que 2022 foi um ano “com muita instabilidade”, com um primeiro trimestre marcado pela pandemia e o início de uma guerra na Europa, que deu origem a “uma subida da inflação que ainda não estagnou e se perspetiva como um fator negativo também em 2023”, sendo mesmo vista pela empresa como o “maior desafio” que se deverá colocar ao rent-a- car. “Tem impacto direto nos orçamentos das empresas e das famílias, condicionando em larga medida a atividade económica”, explica Paulo Pinto, prevendo que os “condicionamentos na produção automóvel” voltem a dar dores de cabeça.

Paulo Pinto diz que “a verdade é que, mesmo com estas condicionantes, este foi um ano “muito bom para a marca e, felizmente, os pontos positivos sobrepõem-se aos negativos”.

A Europcar diz que “vai continuar focada em manter a liderança em mobilidade sustentável”: “Impulsionada pela inovação, tecnologia, dados e colaboradores, com uma frota ajustada às necessidades, que será cada vez mais “verde”, 2023 vai ser um ano decisivo”, conclui.

Cruzeiros
Nos cruzeiros, o balanço de 2022 volta a ser positivo, com Marie-Caroline Laurent, diretora-geral da CLIA – Associação Internacional de Companhias de Cruzeiros para a Europa, a explicar que “2022 foi um ano crucial de recuperação para a indústria” e que marcou o regresso a praticamente “100% de atividade”, o que demonstra a “força coletiva” dos cruzeiros.

Apesar da volatilidade da economia, podemos dizer que atingimos os objetivos a que nos tínhamos proposto, Eduardo Cabrita (MSC Cruzeiros)

Na CLIA, 2022 foi marcado pela sustentabilidade, pois, no início do ano, a associação estabeleceu o “compromisso de, até 2050, alcançar a meta de emissões carbónicas nulas” nas viagens de cruzeiros. A diretora da CLIA diz que a “indústria está a fazer progressos concretos para alcançar as suas ambições climáticas”, o que é visível pelo maior número de navios equipados para se ligarem à eletricidade em terra, enquanto “uma quantidade enorme de recursos está a ser investida” na viabilidade de combustíveis sustentáveis.

As preocupações com a sustentabilidade vão continuar a marcar este ano, com a responsável a explicar que as prioridades da associação para 2023 são a sustentabilidade e o envolvimento das comunidades. “Teremos de articular uma abordagem abrangente de sustentabilidade que mostre que estamos a tomar medidas práticas que já estão a fazer uma diferença real”, afirma, explicando, contudo, que estas ações “não se limitam aos navios”, pois estão a ser adotadas “práticas sustentáveis em terra para apoiar o turismo sustentável nos locais” visitados.

Além da sustentabilidade, a CLIA aponta como desafios as “incertezas relacionadas com a guerra” e “o preço da energia e a escassez de oferta” que, diz a responsável, “também podem afetar a capacidade de obter combustíveis alternativos”. Além disso, é preciso não esquecer que ainda há destinos com restrições devido à pandemia, nomeadamente na Ásia, o que leva a que as companhias tenham de trabalhar para garantir a “retoma segura” das operações.

Conseguimos estimular a antecipação do negócio a níveis ligeiramente superiores a 2019, Francisco Teixeira (Melair Cruzeiros)

Também as companhias se mostram satisfeitas com 2022 e confiantes para 2023. No caso da Melair, que representa em Portugal a Royal Caribbean International e a Celebrity Cruises, 2022 acabou por ser “bastante positivo, apesar das incertezas durante o primeiro trimestre”. Segundo Francisco Teixeira, director-geral da Melair, “a procura comportou-se muito bem”, o que levou a que toda a frota das companhias representadas pela empresa tenha regressado à operação. Além disso, acrescenta, a Melair conseguiu lançar para venda os cruzeiros para 2023 ainda no ano passado, “tendo já concretizado 37% do objetivo de negócio para este ano”. “Conseguimos estimular a antecipação do negócio, a níveis ligeiramente superiores a 2019”, revela.

O regresso da frota à operação foi, segundo o diretor-geral da Melair, o aspeto mais positivo para a empresa em 2022, enquanto o mais negativo foram as dificuldades de recrutamento.

E também a MSC Cruzeiros faz um balanço positivo, ainda que Eduardo Cabrita, diretor-geral da companhia para Portugal, diga que 2022 foi “desafiante” porque os primeiros meses foram de incerteza devido à pandemia e à guerra na Ucrânia. “Tivemos dois meses com uma incerteza tremenda, entre fevereiro e abril, ninguém sabia o que iria acontecer e o mundo parou perante esta atrocidade. Isso fez com que a inflação disparasse”, explica, revelando que só a partir de abril a companhia notou “algo muito mais positivo”. A partir daí, a MSC Cruzeiros viveu “três meses” de “vendas muito fortes e estimulantes para o verão”, que ditaram que 2022 tenha sido “um ano muito positivo”, praticamente em linha com 2019 nos passageiros.

Teremos de articular uma abordagem abrangente de sustentabilidade que mostre que estamos a tomar medidas práticas, Marie-Caroline Laurent (CLIA)

A ajudar ao balanço do ano, esteve ainda o lançamento do MSC World Europa, o primeiro navio da MSC Cruzeiros movido a GNL, que foi inaugurado em novembro, no Qatar, assim como os cruzeiros com partida e chegada a Lisboa que, pela primeira vez, a companhia promoveu no verão, entre junho e novembro, ao contrário do que acontecia noutros anos. “Apesar da volatilidade da economia, podemos dizer que atingimos os objetivos a que nos tínhamos proposto, agora está ainda mais consolidado e vamos para o segundo ano de cruzeiros em Lisboa, com este período de tempo”, explica Eduardo Cabrita, que espera que 2023 já seja um “ano bastante dinâmico e saudável” e “muito melhor que 2019”, até porque os recentes estudos da CLIA mostram que continua a existir predisposição para este tipo de viagem, já que 84% dos passageiros que já fizeram um cruzeiro querem voltar, enquanto 67% dos inquiridos que ainda não fizeram nenhum cruzeiro querem fazer, o que traduz aumentos face ao período pré-pandemia. “Estas são grandes notícias para o setor”, considera.

Quanto a desafios, para o responsável, a “economia mundial e a inflação continuam a ser dos aspetos mais difíceis de prever” e que podem afetar a dinâmica dos cruzeiros, ainda que acredite que vai ser possível “ultrapassar estes ventos menos favoráveis”, até porque, em maio, chega o MSC Euribia, o segundo navio a GNL da companhia.

Confiante está ainda a Melair, com Francisco Teixeira a revelar que “o objetivo para 2023 é voltar com as dinâmicas comerciais e marketing pré-pandemia, e conseguir elevar o volume de negócio face a 2019”, apesar de também a Melair estar preocupada com o impacto da guerra e do aumento das energias, entre outros desafios que podem “reduzir os fluxos da procura”.

Autocarros de turismo
Nos autocarros de turismo, o ano de 2022 começou com “um otimismo moderado”, diz Amaro Correia, diretor de Marketing e Comunicação da Iberobus, explicando que este sentimento levou a empresa a repensar a sua estratégia, ajustando o Plano de Marketing e de Negócios.

O responsável diz que a Iberobus apostou, em 2022, na formação interna e na oferta de experiências inesquecíveis nos seus autocarros, o que beneficiou a experiência do cliente.

O aumento exponencial dos combustíveis está a atingir o coração da empresa, Amaro Correia (Iberobus)

O ano ficou marcado pela certificação enquanto Biosphere Sustainable Life Style, que comprova que a empresa cumpre integralmente as práticas sustentáveis na indústria do turismo. “Foi uma aposta visionária e importante, até porque, cada vez é mais importante o turismo sustentável”, defende, considerando que 2022 foi ainda o ano da “reativação do mercado em força”, que existe “um forte potencial de crescimento para 2023” e para o “aumento do número de vendas efetivas”.

Como aspetos menos positivos, o responsável destaca os recursos humanos, que estão cada vez mais escassos, assim como a carga fiscal e o “aumento exponencial dos combustíveis”, que está a atingir o “coração da empresa”. Amaro Correia pede, por isso, que a tutela tome “soluções rápidas e sem dor”, sob pena de se alienarem, em pouco tempo, os ganhos de 2022.

Apesar de tudo, a Iberobus diz que as expectativas para 2023 são “positivas se a guerra acabar”, uma vez que, apesar da empresa já ter um aumento de 35% nas marcações prévias, em circuitos e viagens para 2023, as indefinições económicas ditadas pelo conflito armado são uma ameaça e trazem incerteza à gestão da empresa.

Para tomar o pulso ao mercado, a Iberobus vai participar na FITUR 2023, integrada no stand do Turismo do Porto e Norte de Portugal e, ao longo do ano, pretende apostar na inovação e tecnologia, assim como numa comunicação com “fluxos mais rápidos e simples” e num serviço “pós-venda útil e assertivo”, estratégias que visam “manter os clientes fidelizados”.

 

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EGYPTAIR regressa a Lisboa e abre dois voos semanais para o Cairo

A EGYPTAIR voltou esta terça-feira, 23 de julho, a voar entre Lisboa e o Cairo, capital do Egito, numa rota com duas ligações por semana, que vai impulsionar o turismo de lazer e negócios.

A EGYPTAIR voltou esta terça-feira, 23 de julho, a operar uma rota entre Lisboa e o Cairo, que conta com dois voos por semana num avião Airbus A321neo e que faz parte do plano de expansão da companhia aérea de bandeira do Egito.

“A nova operação para Lisboa faz parte do plano de expansão adotado pela EGYPTAIR. A companhia aérea adicionou recentemente mais destinos à sua extensa rede, servindo mais de 70 destinos em todo o mundo, como Zurique e Praga na Europa, Fujairah no Médio Oriente e Abidjan, Djibouti e Mogadíscio em África, oferecendo várias ligações aos passageiros de Lisboa para explorar o mundo com a EGYPTAIR”, afirma Amr Adawy, VP comercial da EGYPTAIR.

Já Francisco Pita, diretor Comercial da ANA|VINCI Airports, mostra-se satisfeito com o regresso da rota entre Lisboa e o Cairo, ligação que, segundo o responsável, “irá promover laços mais fortes” entre ambas as cidades, “encorajando tanto o turismo como as viagens de negócios”.

“Estou particularmente grato às nossas equipas, uma vez que esta nova rota é o resultado do seu trabalho em conjunto com a companhia aérea e outros parceiros”, acrescenta Francisco Pita.

Recorde-se que, a partir do Cairo, a EGYPTAIR oferece ligações para vários destinos no Egito, como Luxor, Assuão, Sharm El-Sheikh e Hurghada, assim como para outros países de África, Médio Oriente e Extremo Oriente.

Tal como a TAP, também a EGYPTAIR é membro da Star Alliance, pelo que esta nova rota vai “aumentar significativamente a conetividade com mercados para além de Lisboa e do Cairo”, com os passageiros a usufruírem de transferências sem sem problemas e de uma extensa rede de destinos, o que torna as viagens mais cómodas e eficientes.

 

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Aviação

Qatar Airways apresenta nova ‘Qsuite Next Gen’

A ‘Qsuite Next Gen’ é a última versão da premiada Qsuite da Qatar Airways e foi apresentada durante o Farnborough International Airshow 2024, que termina sexta-feira, 26 de julho, no Reino Unido.

A Qatar Airways apresentou, durante o Farnborough International Airshow 2024, no Reino Unido, a nova ‘Qsuite Next Gen’, a última versão da premiada Qsuite da companhia aérea do Qatar.

A nova ‘Qsuite Next Gen’ foi apresentada por Badr Mohammed Al-Meer, CEO do Grupo Qatar Airways, numa sessão que contou com  a ajuda da Sama, a primeira tripulação virtual de cabina com IA do mundo.

“Durante a revelação, o Engº Al-Meer destacou as novas e melhoradas características da Qsuite Next Gen, incluindo as Quad Suites totalmente personalizáveis; as Companion Suites nos corredores das janelas; os ecrãs de entretenimento a bordo (IFE) manobráveis e com tecnologia OLED de 4K; juntamente com um maior espaço e privacidade em cada suíte”, refere a Qatar Airways, em comunicado.

Segundo Badr Mohammed Al-Meer, a Qatar Airways está entusiasmada com o lançamento da nova Qsuite, que vem “elevar a fasquia” a bordo dos aviões da companhia aérea.

“Esperamos receber os meios de comunicação social e os parceiros no nosso stand durante toda a semana para experimentarem o futuro das viagens em classe executiva com a Melhor Classe Executiva do Mundo a bordo da Melhor Companhia Aérea do Mundo”, acrescentou o responsável, durante a apresentação no Farnborough International Airshow 2024.

A ‘Qsuite Next Gen’ conta com ecrãs móveis 4K OLED Panasonic Astrova IFE, que representam uma estreia em qualquer companhia aérea do mundo e que podem “ser reposicionados para o lado para criar o maior espaço social e de produtividade a bordo para até quatro passageiros na Quad Suite e até dois passageiros na Companion Suite”.

A nova Qsuite permite também refeições em conjunto, assim como uma maior privacidade, devido às divisórias mais altas e que são controladas digitalmente, enquanto as cadeiras são reclináveis lie-flat e as camas de casal têm maiores dimensões, existindo igualmente o serviço de arrumação de cama com a funcionalidade dedicada “Make My Bed”.

“A nova Companion Suite tem características semelhantes às da Quad Suite, agora com uma notável remodelação que permite oferecer o mesmo espaço partilhado nos corredores das janelas”, refere ainda a Qatar Airways.

A Qsuite Next Gen oferece ainda uma vasta gama de opções de personalização, desde a iluminação ambiente aos controlos de privacidade, através das suas Unidades de Controlo de Passageiros com ecrã tátil atualizado, e vai passar a estar presente nos aviões Boeing B777-9 da Qatar Airways a partir de 2025.

Além da nova Qsuite, a Qatar Airways apresentou também o novo Boeing B787-9 Dreamliner de última geração e o Gulfstream G700 da Qatar Executive durante o Farnborough International Airshow 2024, que termina esta sexta-feira, 26 de julho.

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Aviação

Airbus investe na LanzaJet para aumentar produção de SAF

Segundo a Airbus, este investimento na LanzaJet vai apoiar o desenvolvimento de Alcohol-to-Jet (ATJ), considerado fundamental para produzir SAF em larga escala e alcançar a meta de zero emissões de CO2, até 2050, na indústria da aviação.

A Airbus anunciou um investimento na LanzaJet, empresa produtora de tecnologia de combustíveis sustentáveis, com o objetivo de contribuir para aumentar a produção de SAF – Combustível Sustentável para a Aviação.

Segundo um comunicado da Airbus, este investimento na LanzaJet vai apoiar o desenvolvimento de Alcohol-to-Jet (ATJ), considerado fundamental para produzir SAF em larga escala e alcançar a meta de zero emissões de CO2 até 2050 na indústria da aviação.

“Os combustíveis de aviação sustentáveis ​​são uma das alavancas mais importantes disponíveis para descarbonizar a aviação, mas a sua produção ainda é limitada. A nossa parceria com a LanzaJet demonstra o compromisso da Airbus em trabalhar com os principais fornecedores de tecnologia de energia para explorar os caminhos de produção inovadores e dimensionar o SAF”, explica Julie Kitcher, diretora de Sustentabilidade da Airbus.

A Airbus explica que a tecnologia da LanzaJet utiliza “etanol de baixo carbono para criar SAF que reduz as emissões de gases com efeito de estufa em mais de 70% em comparação com os combustíveis fósseis numa base de ciclo de vida e pode diminuir ainda mais as emissões com um conjunto de tecnologias de redução de carbono”.

“O SAF produzido através da tecnologia ATJ da LanzaJet é um combustível drop-in aprovado, compatível com motores de aeronaves existentes e infraestrutura associada”, acrescenta o fabricante aeronáutico europeu.

A LanzaJet está atualmente a dar início à produção em larga escala de etanol para SAF nos EUA, numa unidade industrial que vai produzir SAF e diesel renovável a partir de etanol sustentável e de baixo carbono, que vai servir também como um modelo para escalar a produção de SAF.

A LanzaJet conta com projetos para aumentar a produção de SAF que envolvem 25 países e cinco continentes, e que contam com parceiros de toda a cadeia de valor da aviação.

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Transportes

SIXT abre nova loja no centro de Lisboa

A nova ‘flagship store’ da SIXT fica localizada na Estefânia e possui uma oferta diversificada para clientes particulares e ‘corporate’.

No seguimento da estratégia de expansão traçada para 2024, a SIXT abre uma nova loja em pleno centro de Lisboa, na Rua José Estevão, n.º 3, junto ao Hospital D. Estefânia.

Instalada junto às principais cadeias hoteleiras internacionais da capital e a um emergente segmento de alojamento local premium, a nova loja vai permitir acentuar o crescimento da SIXT na zona centro da cidade e, ao mesmo tempo, reforçar a oferta da frota existente em outras lojas da rent-a-car, mantendo o compromisso: “Sempre por perto, para o levar ainda mais longe”.

A nova flagship store da Estefânia pretende marcar um conceito totalmente distinto e oferecer a cada cliente uma experiência sobre o mundo SIXT, que vai muito além do que, simplesmente, o aluguer de um automóvel.

Assim, estarão disponíveis o programa SIXT Ride, oferecendo uma equipa de motoristas credenciados, para uma experiência com total comodidade e segurança, em negócios ou lazer, bem como o SIXT Luxury, com os mais recentes modelos Porsche à disposição do cliente. Além disso, o SIXT Guest possibilita a entrega e recolha no hotel ou outro local à escolha do cliente.

No segmento corporate, a opção SIXT Empresas apresenta tarifas personalizadas, com descontos associados em cada reserva e ainda um serviço de carsharing.

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Transportes

Governo regional decide manter o subsídio “Tarifa Açores”

O Conselho do Governo dos Açores, reunido esta terça-feira, 23 de julho, em Santa Cruz da Graciosa, aprovou a resolução que determina a manutenção, para o ano de 2024, do subsídio a atribuir em benefício do passageiro residente na Região Autónoma – “Tarifa Açores”.

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O Governo regional decidiu manter a “Tarifa Açores”, medida considerada com “enorme impacto positivo na promoção da circulação de pessoas e bens entre as ilhas, gerando uma nova dinâmica económica e uma mais reforçada coesão social e territorial da Região”, lê-se no comunicado emitido após a reunião.

Refira-se que, desde a sua entrada em vigor, em junho de 2021, até maio de 2024, o número total de passageiros que utilizaram bilhetes de “Tarifa Açores” na Região, com bilhetes a 60 euros nas viagens interilhas (ida e volta), foi de 919.463.

O vice-presidente do executivo açoriano, Artur Lima, que falava aos jornalistas na apresentação das conclusões do Conselho do Governo regional, disse não ter os valores do custo daquela medida, destacando o “enorme impacto positivo” da tarifa na “promoção da circulação de pessoas e bens entre as ilhas”.

Posteriormente, o governo dos Açores esclareceu que a “Tarifa Açores” custou este ano cerca de 7,5 milhões de euros. “Não é uma despesa, é um investimento. É um investimento na mobilidade de pessoas e bens”, para reforçar que “é sem dúvida, uma medida de grande sucesso, contrariando os desejos dos anteriores governos socialistas”.

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Eddie Wilson, CEO da Ryanair, e Michael O’Leary, CEO do grupo Ryanair

Transportes

CEO da Ryanair crítica monopólio da ANA e pede expansão da Portela: “Assim Portugal não crescerá”

Um dia depois de ter apresentado os resultados referentes ao 1.º trimestre do exercício de 2025, registando uma quebra de 46% nos lucros, Michael O’Leary, CEO do grupo Ryanair, veio a Lisboa. As criticas desta vez foram direcionadas ao monopólio da ANA e aumento das taxas aeroportuárias, bem como na demora nas obras na Portela.

Victor Jorge

“Depois de resolvido o problema do novo aeroporto, Portugal tem de resolver o problema do monopólio da gestão dos aeroportos, entregues à ANA”, assinalou Michael O’Leary, CEO do grupo Ryanair, na conferência de imprensa realizada esta terça-feira, 23 de julho, em Lisboa.

Se no primeiro caso o responsável da companhia aérea lowcost admita que “a preferência estava em Montijo, já que era mais barato e mais rápido”, quanto à gestão dos aeroportos Michael O’Leary foi mais incisivo: “apelamos ao final do monopólio da ANA e à redução das taxas excessivas nos aeroportos portugueses, já que, a continuar assim, será muito difícil o turismo em Portugal crescer”.

As críticas à “decisão monopolista da ANA” em aumentar as taxas aeroportuárias em até 17%, em 2024, levou Michael O’Leary a considerá-la como “absurda”, uma vez que “forçou a Ryanair a fechar a sua base em Ponta Delgada e reduzir a sua base na Madeira em 50%” neste verão de 2024.

O responsável da Ryanair considera que estes aumentos de taxas são impostos numa altura em que a maioria dos aeroportos europeus estão a reduzir as mesmas, de forma a recuperar o tráfego pré-Covid e incentivar o crescimento do turismo e, por essa, via das economias dos países. “Estes aumentos das taxas aeroportuárias prejudicam o crescimento de Portugal, ao mesmo tempo que apenas enriquecem os bolsos do proprietário francês do monopólio, a ANA/VINCI”.

Os pedidos de O’Leary
A operar em seis aeroportos nacionais, com 27 aviões, o que equivale a 3 mil milhões de dólares de investimento, 172 rotas (15 das quais novas,) transportando 13,5 milhões de passageiros este ano e mais de 10.500 empregos criados, Michael O’Leary criticou os aumentos das taxas nos aeroportos onde opera a Ryanair: Lisboa (+17%); Faro (+12%); Porto (+11%); Ponta Delgada (+9%) e Funchal (+6%).

Fonte: Ryanair

Revelando que ainda não foi possível reunir com o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, ou qualquer outro membro do Governo, embora a reunião esteja pedida, Michael O’Leary referiu que já enviou o plano de crescimento da companhia ao Executivo liderado por Luís Montenegro. Neste, a Ryanair pede o aumento da capacidade do terminal no Aeroporto Humberto Delgado (AHD) antes da construção do aeroporto de Alcochete; aumento da capacidade do AHD de 35 para 45 milhões de passageiros, em 2025, “uma vez que o novo aeroporto não ficará pronto antes de 2031 e o crescimento de Lisboa não pode esperar”; permitir que a Ryanair cresça com a concorrência das tarifas baixas; que as slots não utilizadas pela easyJet sejam redistribuídas; e avançar, rapidamente, com a venda/privatização da TAP Air Portugal.

De resto, o plano de crescimento da Ryanair 2030 apresenta um crescimento no número de passageiros, passando dos atuais 13,5 milhões para 27 milhões até 2030; uma duplicação das rotas, incluindo domésticas, para mais de 320; acrescentar 16 novas aeronaves a Portugal, equivalendo a um investimento de 1,6 mil milhões de dólares; reabrir a base de Ponta Delgada; aumentar o crescimento fora do período de ponta nos aeroportos regionais; reduzir a sazonalidade em Faro, Ponta Delgada e Funchal; e, finalmente, criar mais 500 novos empregos.

Os planos até 2030
Com um plano de aumento de frota que prevê atingir os 800 aviões em 2034, Michael O’Leary admite que “os atrasos da Boeing desafiam o cronograma de crescimento da companhia, em 2024”, dirigindo, igualmente, críticas ao controlo de tráfego aéreo na Europa, apontando o desempenho “insuficiente” da União Europeia (UE) no verão de 2024, representando menos 5% de voos, face a 2019.

O CEO da Ryanair frisou ainda que, no caso do controlo de tráfego aéreo, “milhares de voos estão a ser cancelados ou atrasados na UE por má gestão das autoridades competentes. As taxas aumentam, mas as falhas de funcionários e equipamentos também aumentam”, disse Michael O’Leary, considerando ainda que a União Europeia deve “proteger os sobrevoos durantes as greves nacionais em território da UE”.

Lisboa x 2
Voltando ao tema do aeroporto, uma coisa é clara para Michael O’Leary: “Lisboa precisará sempre de dois aeroportos, tal como todas as grandes cidades europeias. Será uma decisão inteligente”, admitindo que, “voaremos para os dois aeroportos, se estes existirem”.

No caso da TAP, a opinião é de que a venda se deve concretizar “o mais rapidamente possível. Até porque se não acontecer, o risco dos contribuintes portugueses terem de meter mais dinheiro na companhia aérea é grande”. Para O’Leary, a melhor opção de venda recai sobre o grupo IAG, admitindo que “não haverá perigo de transferência do hub de Lisboa para Madrid”.

Quanto ao investimento que a União Europeia está a realizar na ferrovia, nomeadamente, na Alta Velocidade, tanto Michael O’Leary como Eddie Wilson, CEO da Ryanair, não se mostram preocupados. “Claro que depende sempre das rotas, mas ninguém irá optar pelo comboio em viagens com mais de três ou quatro horas”, disse Eddie Wilson, concluindo O’Leary que “em viagens com duração inferior a duas horas ainda poderíamos ser impactados, mas nesses casos, não temos operação. Há lugar para a Alta Velocidade, mas em viagens mais longas, todos vão optar pela rapidez, até porque os preços na Alta Velocidade também não serão assim tão reduzidos”.

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Turkish Airlines apresenta nova suite Crystal Business Class

A Turkish Airlines revelou os pormenores da sua nova suite de Classe Executiva topo de gama no Farnborough International Airshow 2024 em Hampshire, Reino Unido.

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A nova suite Crystal Business Class marca uma nova era nas viagens aéreas de luxo para passageiros de negócios e é a primeira da Turkish Airlines a apresentar uma porta de suite ajustável e um painel de privacidade para uma maior privacidade durante o voo. Os novos assentos apresentam uma largura de 23 polegadas, com maior espaço para os pés e acesso direto ao corredor para todos os passageiros, sendo que todas as suites com janela têm visibilidade total. Em linha com a identidade da marca “Flow” da companhia, as novas suites apresentam cores mais claras e quentes, mesa em mármore e acabamentos em ouro rosa.

A suite inclui luzes ambiente e de leitura ajustáveis, tomadas elétricas universais e de Tipo C, carregador sem fios, tomada de áudio com cancelamento de ruído, espelho ajustável, almofada de assento ergonómica de arrumação fechada e um ecrã IFE de 22 polegadas.

Os novos assentos da companhia aérea foram desenvolvidos pela sua subsidiária, a TCI Aircraft Interiors, para criar um produto personalizado e exclusivo para a companhia aérea e apresentam elementos com peles e tecidos de pelúcia, todos provenientes da Turquia, para realçar as raízes da transportadora de bandeira.

Os novos assentos, que serão utilizados nos voos transcontinentais da transportadora, serão gradualmente instalados nos Airbus A350 encomendados pela companhia aérea e planeados para serem adaptados à sua frota de aviões Boeing 777.

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Green Breeze alia luxo e sustentabilidade nas águas da Costa de Setúbal, Tróia e Arrábida

A Green Breeze, especializada em aluguer de iates e barcos de luxo na região do Estuário do Sado, Tróia e Serra da Arrábida, oferece uma navegação mais sustentável e de luxo. Com um compromisso com o meio ambiente, a empresa destaca-se por possuir o único iate híbrido da região, proporcionando uma experiência única e ecológica aos seus clientes.

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Em modo 100% elétrico o Greenline 48 consegue fazer entre uma e duas horas de navegação permitindo assim uma perfeita interação com o meio ambiente e motivando muitas vezes a visita dos golfinhos que habitam nas águas do estuário do Sado.

A Green Breeze integra a inovação ecológica no coração das suas operações: o iate híbrido Greenline 48 Fly Hybrid, representa o futuro da navegação sustentável, combinando tecnologia de ponta com práticas amigas do ambiente.

No futuro e como explica Joana Poças, Managing Director da empresa, “queremos alargar a nossa frota e ter um barco 100% elétrico”.

Para complementar a oferta de luxo, a Green Breeze reforçou as suas parcerias com os melhores restaurantes e hotéis da região. “Os nossos clientes têm a oportunidade única de desfrutar de produtos da região a bordo, desde um exclusivo vinho Ermelinda de Freitas ao saboroso queijo de Azeitão”, explica o responsável, reafirmando que, estas parcerias “não só enriquecem a experiência a bordo, como também apoiam a economia local e promovem a excelência gastronómica da região”.

A maioria dos clientes da empresa são turistas vindos dos EUA, mas também conta com muitos franceses. Contudo, “gostaríamos que cada vez mais portugueses pudessem desfrutar deste tipo de experiências exclusivas e de luxo que o nosso país tem para oferecer.” acrescenta Joana Poças.

A Green Breeze oferece uma frota diversificada de iates e barcos de luxo, cada um equipado com comodidades de primeira classe. A bordo, os clientes podem desfrutar de serviços exclusivos, incluindo catering gourmet, degustações de vinhos locais, fotografias profissionais e muito mais.

A marca oferece passeios personalizados ao longo da costa de Setúbal, com vistas para a Serra da Arrábida, as praias de Tróia e as águas da Arrábida. Cada experiência é adaptada aos desejos dos clientes, seja para uma celebração especial, um evento corporativo ou uma escapadela romântica. No que diz respeito a serviços, contam-se desde uma viagem de 3 horas para assistir ao pôr do sol a bordo, um passeio de meio-dia ou de dia inteiro e até um fim de semana ou uma semana completa, com valores de experiências que começam nos 850 euros.

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Lucros da Ryanair caem 46% no 1.º trimestre

A Ryanair apresentou, no primeiro trimestre de 2025 (terminado a 30 de junho de 2024), lucros de 360 milhões de euros, uma quebra de 46% face aos 663 milhões de igual período do exercício anterior. No que diz respeito ao número de passageiros transportados, registou, no entanto, um aumento de 10%, alcançando os 55,5 milhões.

Victor Jorge

No primeiro trimestre do exercício 2025 (terminado a 30 de junho de 2024), a Ryanair registou uma quebra nos lucros, passando de 663 milhões de euros para 360 milhões de euros, representando uma descida de 46%.

As receitas também registaram uma descida, embora mais ligeira, de 1%, totalizando 3,63 mil milhões de euros contras os 3,65 mil milhões de euros de período homólogo do exercício transato, sendo que as receitas regulares diminuíram 6% para 2,33 mil milhões de euros, e as vendas acessórias (Ancillary) aumentaram 10% para 1,3 mil milhões de euros (cerca de 23,40 euros por passageiro).

Já os custos operacionais, aumentaram em 11%, passando os 2,94 mil milhões de euros, no final de junho de 2023, para 3,26 mil milhões de euros no sexto mês de 2024.

A companhia lowcost liderada por Michael O’Leary informa ainda que o número de passageiros transportados passou de 50,4 milhões, no final do primeiro trimestre do exercício de 2024, para 55,5 milhões no final do primeiro trimestre do exercício de 2025, representando um acréscimo de 10%, embora o load factor tenha descido um ponto percentual (p.p.), de 95% para 94%.

Em comunicado, Michael O’Leary destaca o aumento do número de passageiros transportados, “apesar dos múltiplos atrasos na entrega de aviões por parte da Boeing”.

“O grupo Ryanair tinha 156 B737 Gamechangers a 30 de junho e esperamos aumentar este número para mais de 160 até ao final de julho (menos 20 do que as entregas contratadas)”, avança a companhia, referindo que “registámos uma melhoria na qualidade e frequência das entregas durante o 1.º trimestre”. Embora reconheça o “risco de as entregas da Boeing atrasarem ainda mais”, a Ryanair espera garantir a entrega “atempada” dos restantes 50 aviões da Boeing antes do verão de 2025.

“Este verão, estamos a operar o nosso maior programa de sempre com mais de 200 novas rotas (e cinco novas bases)”, assinalando o prolongamento do contrato de aluguer operacional, até 2028, de três A320 com a Lauda, ao mesmo tempo que “continuaremos também a receber B737 até agosto e setembro, apesar de não podermos programar estes aviões para os voos de pico do verão”, diz a Ryanair no comunicado.

“Prevemos que a capacidade europeia de voos de curta distância permaneça limitada durante alguns anos, uma vez que os operadores de A320 estão a efetuar importantes reparações de motores P&W, os fabricantes se debatem com atrasos nas entregas e a consolidação das companhias aéreas prossegue, incluindo a aquisição da ITA (Itália) pela Lufthansa, recentemente aprovada, a aquisição adiada da Air Europa (Espanha) pela IAG e a venda iminente da TAP (Portugal)”.

Mantendo o objetivo de transportar 300 milhões de passageiros no ano fiscal de 2034, a Ryanair indica que os volumes de combustível para o ano fiscal 2025 estão cobertos em 75%, admitindo poupanças superiores a 450 milhões de euros. Além disso, revela que, “aproveitando a recente fraqueza do preço do petróleo”, a companhia aumentou a cobertura de combustível para o ano fiscal 2026 para quase 45%, assinalando que “esta forte posição de cobertura ajuda a isolar o grupo da volatilidade significativa dos preços dos combustíveis”.

Para o restante exercício de 2025, a Ryanair prevê que o tráfego de passageiros cresça 8%, podendo atingir os 200 milhões, “desde que não se registem atrasos na entrega dos Boeing”.

“Embora a procura no 2.º trimestre seja forte, os preços continuam a ser mais baixos do que esperávamos, e esperamos agora que as tarifas do destes próximos três meses sejam materialmente mais baixas do que no verão passado. O resultado final do primeiro semestre está, no entanto, totalmente dependente das reservas e das receitas finais em agosto e setembro. Como é normal nesta altura do ano, temos uma visibilidade quase nula do terceiro e quarto trimestres, embora o quarto trimestre não beneficie da Páscoa antecipada do ano passado”.

Assim, conclui, “é demasiado cedo para fornecer uma orientação significativa para os lucros do exercício de 2025, embora esperemos poder fazê-lo nos nossos resultados do primeiro semestre, em novembro. O resultado final de 2025 continua sujeito a evitar desenvolvimentos adversos durante o exercício, especialmente devido aos conflitos contínuos na Ucrânia e no Médio Oriente, à repetida falta de pessoal e restrições de capacidade do ATC ou a novos atrasos na entrega da Boeing”.

 

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TACV espera receber mais um avião na próxima semana

A TACV espera receber, no início da próxima semana, um aparelho ATR 72-600, que pode transportar até 70 passageiros e que, segundo a companhia aérea, vai ser usado para dar resposta ao aumento da procura que se regista este verão, incluindo nos voos interilhas.

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A Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV), companhia aérea de bandeira de Cabo Verde, espera receber um novo avião no início da próxima semana, aparelho que vai aumentar para três o número de aviões operados pela companhia aérea cabo-verdiana.

De acordo com informação avançada pela Lusa, este novo avião é um aparelhos ATR 72-600, que pode transportar até 70 passageiros e que, segundo a companhia aérea, vai ser usado para dar resposta ao aumento da procura que se regista este verão.

“Na próxima semana, a companhia contará com mais uma aeronave – um ATR 72-600 com capacidade para 70 passageiros”, lê-se num comunicado da TACV que é citado pela Lusa.

Para a companhia aérea, a receção deste novo avião representa um passo importante para melhorar a conectividade e aumentar de viagens no arquipélago, que sente maior procura durante a época alta, entre julho e setembro.

Atualmente, a TACV está a operar dois aparelhos nos voos domésticos, concretamente um ATR 72- 500 e um Dash 8-300, sendo ambos os aparelhos alugados pela companhia aérea cabo-verdiana.

A Lusa recorda que a TACV tinha anunciado a chegada do novo avião a 4 de julho, sendo a vinda deste aparelho justificada com a necessidade de aumentar o número de voos entre as ilhas do arquipélago, que sofrem atrasos e cancelamentos frequentes e cujos voos são agora operados pela TACV, depois da saída da Bestfly dos voos domésticos em Cabo Verde.

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