Lisboa regula uso de trotinetes e bicicletas partilhadas
Definição de locais de estacionamento obrigatório, limite de velocidade e do número de trotinetes e bicicletas partilhadas, são algumas das medidas do acordo de colaboração entre o Município de Lisboa e as cinco operadoras de mobilidade suave da cidade, que acaba de ser assinado.

Carolina Morgado
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O presidente da autarquia lisboeta, Carlos Moedas, disse, esta terça-feira, numa visita que fez à nova Doca da Marinha que, “finalmente vamos conseguir acabar com o caos que tínhamos em relação à trotinetes”, num acordo com os principais operadores, para que “estejam estacionadas em locais próprios, que tenham o limite de velocidade de 20 km por hora e, sobretudo que tenhamos um limite no número de trotinetes. Não podemos ter uma cidade com um excesso de trotinetes e depois trabalha contra as próprias trotinetes, ou seja, queremos uma cidade em que todos possamos viver”.
A medida fixa o limite de velocidade em 20 km/h, proíbe o estacionamento em praças e largos, edifícios históricos, passeios e espaços pedonais, terminais rodoviários e ferroviários e acesso a estações do metro, entre outros, delimitando zonas de estacionamento obrigatório, e proíbe ainda a circulação nos passeios e em sentido contrário ao trânsito, segundo notícia publicada na página oficial da CML.
Esta informação, prevê o acordo, deve ser comunicada aos utilizadores, pelas operadoras, que deverão ainda aplicar “penalidades aos utilizadores pelo estacionamento ilegal”.
“Se a trotinete não for estacionada no local devido, o utilizador não consegue desligar o serviço”, explicou o presidente da Câmara, que acrescentou: “Conseguimos limitar o número de trotinetes em circulação na cidade, de inverno serão 1.500 por operador e durante o verão passam a ser 1.750 por operador”.
Os princípios e regras do acordo, segundo a autarquia, devem ser respeitadas pelas partes, até à entrada em vigor, previsto para este ano, do Regulamento de Mobilidade Suave Partilhada, cujo início do procedimento para elaboração foi aprovado por unanimidade pela Câmara Municipal de Lisboa, a 14 de setembro de 2022.
Recentemente, numa reunião da Assembleia Municipal, Carlos Moedas, citado pela Lusa, considerou que “temos velocidades que vão acima dos 20 quilómetros por hora e sabemos que em cidades europeias, como é o caso de Paris, tem havido limitações”, referindo que na capital francesa a velocidade das trotinetes foi limitada para “oito quilómetros por hora, o que tem reduzido em muito os acidentes”, para lembrar ainda que Lisboa tem “o dobro ou o triplo das trotinetes que existem numa cidade como Madrid e isso não é normal”.
O autarca de Lisboa ressalvou que não é possível conseguir uma monitorização a 100% das trotinetes por parte da polícia, “porque obviamente a polícia tem muitas outras coisas com que se preocupar, esta é apenas uma das coisas que a polícia tem como preocupação”. “Temos que ter sistemas tecnológicos em que as trotinetes não andem nos sítios errados, em que quando estão em cima do passeio não conseguem andar, que são estacionadas em pontos específicos da cidade”, explicou.