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Alojamento

Proveitos do alojamento turístico até outubro já ultrapassam todo o ano de 2019

De acordo com os dados divulgados esta quarta-feira, 14 de dezembro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), face a outubro de 2019, os proveitos totais aumentaram 27,2%, enquanto os proveitos de aposento subiram 27,8%.

Inês de Matos
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Proveitos do alojamento turístico até outubro já ultrapassam todo o ano de 2019

De acordo com os dados divulgados esta quarta-feira, 14 de dezembro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), face a outubro de 2019, os proveitos totais aumentaram 27,2%, enquanto os proveitos de aposento subiram 27,8%.

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Alojamento

Em outubro, o setor do alojamento turístico contabilizou 497,7 milhões de euros de proveitos totais e 370,6 milhões de euros de proveitos de aposento, valores que representam subidas de 48,2% e 50,1% face a igual mês de 2021 e que, no acumulado desde janeiro, ultrapassam já o montante registado em todo o ano de 2019, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com os dados divulgados esta quarta-feira, 14 de dezembro, pelo INE, face a outubro de 2019, os proveitos totais aumentaram 27,2%, enquanto os proveitos de aposento subiram 27,8%.

Já o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se nos 61,2 euros, em outubro, enquanto o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu os 101,2 euros, o que traduz subidas de 42,5% e 20,6% face a outubro de 2021, bem como de 21,8% e 20,1%, respetivamente, face ao mesmo mês de 2019.

No acumulado desde janeiro, os proveitos totais cresceram 126,9% e os relativos a aposento aumentaram 128,6%, com o INE a indicar que, face ao mesmo período de 2019, verificaram-se aumentos de 15,6% e 16,7%, respetivamente.

Por regiões, em outubro, a AM Lisboa concentrou 35,5% dos proveitos totais e 38,1% dos relativos a aposento, seguindo-se o Algarve (24,5% e 22,2%, respetivamente) e o Norte (16,4% e 17,2%, pela mesma ordem).

Já nos que diz respeito aos segmentos de alojamento, segundo o INE, “nos primeiros dez meses de 2022, a evolução dos proveitos foi positiva nos três segmentos de alojamento”, uma vez que, face a 2019, os proveitos totais da hotelaria subiram 14,3% e os de aposento cresceram 15,5%, enquanto nos estabelecimentos de alojamento local registaram-se subidas de 13,1% e 14,0%. Já no turismo no espaço rural e de habitação os aumentos atingiram 64,0% e 61,6%.

“No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 61,2 euros em outubro, tendo aumentado 42,5% face a outubro de 2021 (+63,2% em setembro) e 21,8% em comparação com o mesmo mês de 2019. Os valores de RevPAR mais elevados foram registados na AM Lisboa (108,4 euros) e na RA Madeira (63,0 euros)”, acrescenta o INE.

O rendimento médio por quarto disponível “aumentou 75,8% desde o início do ano, com crescimentos de 77,8% na hotelaria, 88,4% no alojamento local e 18,6% no turismo no espaço rural e de habitação”.

Hóspedes e dormidas também recuperam

Em outubro, os estabelecimentos de alojamento turístico registaram ainda 2,6 milhões de hóspedes e 6,8 milhões de dormidas, valores que traduzem subidas de 23,4% e 23,5%, respetivamente, em relação ao mesmo mês de 2021, bem como aumentos de 5,0% e 6,2%, respetivamente, face a mês homólogo de 2019.

Em outubro, o mercado interno contribuiu com 1,8 milhões de dormidas, tendo diminuído 2,7%, enquanto os mercados externos predominaram (peso de 72,7%) e totalizaram 4,9 milhões de dormidas, o que traduz um aumento de 37,3%.

Face a outubro de 2019, o INE diz ainda que se registaram “aumentos de 21,0% nas dormidas de residentes e de 1,5% nas de não residentes, correspondendo, neste último caso, ao maior crescimento mensal face a 2019”.

Desde o início do ano, foram ainda contabilizados 25,4 milhões de hóspedes e 68,5 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 90,9% e 90,3%, respetivamente, face ao mesmo período do ano passado.

Face a 2019, dormidas acumuladas desde janeiro aumentaram 97,3% (+23,7% nos residentes e +177,9% nos não residentes), ficando apenas 1,6% abaixo de igual período de 2019, principalmente por culpa “da diminuição das dormidas de não residentes (-6,0%) dado que as de residentes cresceram 9,0%”.

O INE diz ainda que “as taxas líquidas de ocupação-cama e de ocupação-quarto nos estabelecimentos de alojamento turístico (48,9% e 60,4%, respetivamente) foram ligeiramente superiores às de outubro de 2019 (48,4% e 59,6%, pela mesma ordem)”.

O INE refere ainda que a maior parte das dormidas provenientes do Reino Unido foram realizadas na na hotelaria, principalmente em unidades de cinco estrelas, que concentraram 1/3 das dormidas de não residentes, enquanto as dormidas de hóspedes alemães se concentraram no alojamento local e no turismo no espaço rural e de habitação.

Os dados do INE mostram ainda que os 10 principais mercados emissores para Portugal, entre janeiro e outubro de 2022, representaram 78,8% do total de dormidas de não residentes, sendo que quatro mercados concentram cerca de metade das dormidas de não residentes: Reino Unido (19,9%), Alemanha (11,5%), Espanha (10,7%) e França (9,5%).

Face a 2019, o maior acréscimo de representatividade registou-se no mercado norte americano (+1,8 p.p.), enquanto o mercado brasileiro foi o que mais perdeu face ao período pré-pandemia (-1,2 p.p.).

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Alojamento turístico ultrapassa os 23 milhões de hóspedes e proveitos ficam perto dos 5 mil milhões de euros no acumulado de 2023
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Alojamento turístico ultrapassa os 23 milhões de hóspedes e proveitos ficam perto dos 5 mil milhões de euros no acumulado de 2023

O mês de setembro registou, mais uma vez, evoluções no que diz respeito ao alojamento turístico, com os números do INE a indicaram 3,2 milhões de hóspedes e 8,2 milhões de dormidas, gerando 707,0 milhões de euros de proveitos totais. Já no acumulado do ano, o número de hóspedes ficou bem perto dos 23,5 milhões, enquanto as dormidas ultrapassaram 61 milhões.

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Em setembro de 2023, o setor do alojamento turístico registou 3,2 milhões de hóspedes (+9%) e 8,2 milhões de dormidas (+6,7%), gerando 707,0 milhões de euros de proveitos totais (+15,7%) e 550,9 milhões de euros de proveitos de aposento (+17,0%), revelam os dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Comparando com setembro de 2019, os números mostram uma continuação de “aumentos mais expressivos”, indicando o INE um crescimento de 41% nos proveitos totais e 43,9% nos relativos a aposento, refletindo também os aumentos dos preços dos serviços prestados.

No 3.º trimestre de 2023, as dormidas cresceram 3,2% (-4,4% nos residentes e +7,2% nos não residentes), a que corresponderam aumentos de 11,8% nos proveitos totais e 12,9% nos relativos a aposento (+39,5% e +41,7%, respetivamente, comparando com o mesmo período de 2019).

No período acumulado de janeiro a setembro de 2023, as dormidas cresceram 11,3% (+1,7% nos residentes e +16,1% nos não residentes), a que corresponderam aumentos de 21,3% nos proveitos totais e 22,5% nos relativos a aposento (+38,8% e +41,6%, respetivamente, comparando com o mesmo período de 2019).

Considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 25,6 milhões de hóspedes e 68,1 milhões de dormidas no período acumulado de janeiro a setembro de 2023, correspondendo a crescimentos de 13,6% e 10,9%, respetivamente. Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas aumentaram 8,2% (+6,5% nos residentes e +9,2% nos não residentes).

Já no que diz respeito aos estabelecimentos de alojamento turístico (tirando parques de campismo, colónias de férias e pousadas da juventude), nos primeiros nove meses de 2023, os proveitos totais cresceram 21,3% e os relativos a aposento aumentaram 22,5%. Neste período, os proveitos atingiram 4,8 mil milhões de euros no total e os relativos a aposento ascenderam a 3,7 mil milhões de euros. O número de hóspedes, neste período, ficou muito perto das 23,5 milhões, enquanto as dormidas ultrapassaram as 61 milhões. Comparando com igual período de 2019, continuaram a observar-se aumentos mais expressivos, 38,8% e 41,6%, respetivamente, refletindo também o aumento generalizado dos preços.

Todas as regiões com proveitos em alta
Em setembro, Lisboa foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos, totais e de aposento (30,3% e 31,8%, respetivamente), seguida pelo Algarve (29,1% e 28%) e pelo Norte (16,4% e 17%). Os maiores crescimentos, contudo, ocorreram nos Açores (+25% nos proveitos totais e +27,1% nos de aposento), no Norte (+22,6% e +23,8%, pela mesma ordem) e no Centro (+19,7% e 21,6%, respetivamente).

Face a setembro de 2019, continuaram a destacar-se os Açores (+74,5% nos proveitos totais e +79,3% nos de aposento), a Madeira (+61% e +75,2%, pela mesma ordem) e o Norte (+57% e + 60,2%, respetivamente).

Já no período acumulado de janeiro a setembro de 2023, os maiores crescimentos nos proveitos totais e de aposento ocorreram em Lisboa (+28,8% e +30,4%, respetivamente), nos Açores (+28% e +29,5%), no Norte (+25,9% e +27,1%) e na Madeira (+25% e +28,4%). Comparando com igual período de 2019, os maiores aumentos nos proveitos totais e de aposento verificaram-se nos Açores (+60,2% e +62,3%, respetivamente), na Madeira (+56,9% e +69,3%), no Norte (+49,2% e +51,6%) e no Alentejo (+47,2% e +52,4%).

Norte e Lisboa com máximos no RevPAR
Analisando o conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 87,9 euros em setembro, registando um aumento de 12,5% face a igual período de 2022 (+6,6% em agosto) e de 32,7% em comparação com setembro de 2019.

Os valores de RevPAR mais elevados foram registados em Lisboa (129,6 euros) e no Algarve (97,2 euros), seguindo-se a Madeira (87,1 euros) e os Açores (85,1 euros). Os maiores crescimentos ocorreram nas regiões autónomas (+17,7% em ambas), seguindo-se o Norte (+16%) e o Centro (+15,9%).

Algarve ainda penalizado face a 2019
Em setembro de 2023, do total de 8,2 milhões de dormidas (+6,7%) nos estabelecimentos de alojamento turístico, 73,1% concentraram-se nos 23 principais municípios.

O município de Lisboa concentrou 17,7% do total de dormidas em setembro (8,7% do total de dormidas de residentes e 21,3% de não residentes), atingindo 1,5 milhões. Comparando com setembro de 2019, as dormidas aumentaram 9,4% (+9,5% nos residentes e +9,3% nos não residentes).

Albufeira (peso de 11,2%; 8,3% do total de dormidas de residentes e 12,4% de não residentes) registou 923,1 mil dormidas e continuou abaixo dos níveis registados em 2019 (-10,2% no total; -23,4% nos residentes e -5,8% nos não residentes).

No Porto, registaram-se 619,8 mil dormidas (7,6% do total), representando um acréscimo de 31,2% face a setembro de 2019 (+10,9% nos residentes e +34,6% nos não residentes).

No Funchal, as dormidas cresceram 23,4% (+48,5% nos residentes e +20,3% nos não residentes) face a setembro de 2019, registando 573 mil dormidas (quota de 7%).

Face a setembro de 2022, Ourém (1,8% do total de dormidas) continuou a destacar-se, registando o maior crescimento de dormidas (+27,6%), principalmente de não residentes (+35% e +14,8% nas dormidas de residentes). Em sentido contrário, Lagoa (2,4% do total de dormidas) registou o maior decréscimo (-10%; -30,4% nas dormidas de residentes e -3,5% nos não residentes).

No acumulado de janeiro a setembro de 2023, face a igual período de 2019 e entre os principais municípios, Vila Nova de Gaia continuou a destacar-se com um crescimento de 34,4% (+23,8% nos residentes e +41,7% nos não residentes), seguindo-se o Porto (+28,7%; +18,6% nos residentes e +30,7% nos não residentes). Em sentido contrário, os maiores decréscimos registaram-se em municípios do Algarve, Vila Real de Santo António (-16,8%; -17,3% nos residentes e -16,4% nos não residentes) e Albufeira (-10%; -19,2% nos residentes e -7,2% nos não residentes).

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Carlos Antunes, diretor da TAP para as Américas, com os agentes de viagens portugueses que participaram no Festuris

Aviação

TAP admite que cresceria mais no Brasil com novas rotas e mais aviões

De acordo com Carlos Antunes, diretor da TAP para as Américas, a companhia aérea de bandeira nacional, que vai crescer 14% no Brasil no próximo verão, poderia crescer muito mais se abrisse novas rotas e tivesse mais aviões.

Inês de Matos

O diretor da TAP para as Américas, Carlos Antunes, admitiu na semana passada que a companhia aérea de bandeira nacional, que vai crescer 14% no Brasil no próximo verão, poderia crescer muito mais se abrisse novas rotas e tivesse mais aviões.

“O crescimento é todo por rotas existentes, não vamos inaugurar nenhuma nova rota. Considerando que estamos a usar os mesmos aviões nas mesmas rotas, posso dizer que há um aumento de 14%, mesmo que haja atualização de equipamento, vai ser de 15%. Não temos onde ir buscar equipamento e, por isso, está a crescer 14%”, explicou o responsável aos jornalistas, à margem da 35.ª edição do Festuris, a feira de turismo de Gramado, no Rio Grande do Sul, que decorreu entre 9 e 12 de novembro.

Carlos Antunes admitiu o interesse da TAP em cidades brasileiras como Florianópolis ou Curitiba, que ainda não são servidas por voos internacionais com destino à Europa e que poderiam ser interessantes para dar continuidade à estratégia da companhia aérea de bandeira nacional no país.

“Saiu na comunicação social aqui no Brasil que há um namoro entre a TAP e Florianópolis. Temos conversas, é um destino interessante, mas também conversamos com Curitiba, por exemplo, que são cidades que não estão servidas por voos internacionais para a Europa e onde poderíamos continuar a desenvolver a nossa estratégia, que são destinos principais e secundários de uma ponta e, do lado de lá, também tem as grandes cidades e destinos secundários. Isso dá-nos um diferencial competitivo interessante”, defendeu.

No entanto, o responsável da TAP para as Américas reconhece que a companhia aérea está limitada pelo plano de reestruturação acordado com a Comissão Europeia no que diz respeito ao número de aviões na sua frota e explica que, se tivesse mais aviões, a TAP abriria novas rotas no Brasil.

“O que temos vindo a fazer é trocar alguns aviões de menor capacidade por aviões maiores, os narrow body pelos wide body para conseguirmos fazer esta operação intercontinental mas sem aviões novos não conseguimos lançar novas rotas. Temos vindo a reforçar as rotas existentes”, acrescentou.

Carlos Antunes admitiu também que, se a TAP não abrir novas rotas, pode vir a ser prejudicada e a perder quota de mercado para a concorrência, até pelo chamado ‘paradoxo da procura’, isto apesar do responsável continuar a realçar que a TAP continua a ser a “principal companhia aérea internacional no Brasil”, principalmente a nível europeu.

“Onde há procura e não há oferta, alguém vai por essa oferta. Mas, hoje, somos a principal companhia aérea internacional no Brasil, a principal europeia, e com a nossa cobertura e com a rede de parceiros de codeshare – Azul e GOL – temos uma cobertura ainda maior. Não temos voo direto nem para Curitiba nem para Florianópolis, que são dois pontos importantes, mas conseguimos extrair os passageiros de lá para Brasília, Belo Horizonte ou para Porto Alegre através dos nossos parceiros”, explicou.

Recorde-se que, no próximo verão, a TAP vai disponibilizar a maior oferta de sempre em ligações aéreas entre o Brasil e a Europa, num total de 91 voos por semana, o que representa um aumento de 11 ligações semanais face ao último verão.

Recife e o Rio de Janeiro são os destinos no Brasil que vão receber o maior aumento de oferta da TAP, uma vez que a capital do estado de Pernambuco passa de sete para 10 voos por semana, enquanto a cidade do Rio de Janeiro vai ter mais duas ligações por semana, passando de 10 para 12 ligações semanais.

Além destas duas cidades brasileiras, a TAP vai também aumentar a operação para São Paulo, Belém, Brasília, Natal, Maceió, Porto Alegre e Salvador, que passam a contar com mais um voo semanal de e para Portugal.

*A jornalista viajou a convite da TAP Air Portugal.

Sobre o autorInês de Matos

Inês de Matos

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Distribuição

Mais de 600 agências de viagens em Portugal já confiam nos produtos da TTS

O objetivo da TTS – Travel Technology & Solutions em Portugal é não só manter, mas também fortalecer a sua posição como um parceiro tecnológico “confiável e inovador para as agências de viagens”, afirmou em entrevista ao Publitutis, João Santos, Head of Sales da empresa de tecnologia especializada no desenvolvimento de soluções de software como serviço para a indústria das viagens, que quer ser a primeira escolha para soluções tecnológicas avançadas no setor, “servindo desde as agências mais tradicionais até às mais inovadoras”.

Foi originalmente fundada em Portugal, em 2011, onde ainda mantém escritórios em Lisboa e São Miguel (Açores) mas a TTS – Travel Technology & Solutions tem atualmente a sua sede nos EUA. Hoje, a empresa de tecnologia especializada no desenvolvimento de soluções de software como serviço (SaaS) para a indústria das viagens tem mais de 14 mil clientes em 126 países, e em Portugal, mais de 600 agências confiam nos seus produtos.

A empresa foi criada por Pedro Barata e Rui Figueiredo. Pedro Barata, entre outras posições de destaque, foi diretor geral da Galileo/Travelport em Portugal e Senior Vice President para a Europa do Sul na BCD Travel.

Rui Figueiredo exerceu funções como diretor de IT na WorldTravel BTI em Portugal e mais tarde como Senior Director de IT para a EMEA na BCD Travel, ambos com mais de 25 anos de experiência no setor.

Em entrevista ao Publituris, João Santos, Head of Sales da TTS, explicou que “todas as nossas ferramentas estão disponíveis e são amplamente usadas em Portugal”, destacando-se a TTS Corporate, TTS Consolidator, Travelport Mobile Agent (TMA) e a TTS WebAgent.

Segundo o responsável, “as nossas soluções são modeladas para oferecer o melhor valor. O TTS Corporate é disponibilizado de forma gratuita devido à nossa parceria com a Travelport. O TMA é cobrado a 17,5€ por mês e o TTS WebAgent a 23,75€ por mês. O TTS Consolidator é uma solução com preço ajustado ao volume do cliente”.

Vantagem – aumento de produtividade
Quanto aos benefícios, “as agências que utilizam as nossas soluções notam consideráveis aumentos de produtividade”, esclareceu o chefe de Vendas, adiantando que “o nosso novo motor de pesquisa pode encontrar até 30% mais opções de voos e melhores preços. Além disso, a nossa abordagem de SaaS permite às agências terem acesso às melhores tecnologias sem a necessidade de investimentos iniciais, pagando apenas pelo que usam”.

A mobilidade é, segundo João Santos, outro ponto forte, já que as agências evitam inúmeras deslocações ao escritório, podendo gerir tudo através dos seus dispositivos móveis.

“A integração entre as nossas soluções também é um grande diferenciador, permitindo às agências otimizarem os seus processos e tirarem o máximo proveito de cada ferramenta”.

*Pode ler a entrevista na íntegra na edição 1496 do jornal PUBLITURIS

Sobre o autorCarolina Morgado

Carolina Morgado

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Transportes

Tarifas aéreas na UE crescem menos que a inflação, diz IATA

Com o índice médio de preços ao consumidor na União Europeia a aumentar 20%, face ao período pré-pandémico, a IATA diz que as tarifas aéreas médias na UE, em junho, registaram uma evolução de 16%.

Victor Jorge

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (International Air Transport Association, IATA, sigla em inglês) divulgou dados que mostram que os viajantes na Europa estão a beneficiar de tarifas aéreas que estão a reduzir a inflação, à medida que o mercado continua a sua recuperação pós-COVID.

Os números mais recentes do tráfego aéreo mostram que as transportadoras europeias estão apenas 3,6% abaixo do pico de 2019, indicando que os europeus continuam a viajar, apesar do ambiente inflacionário, frisando que, em junho, “as tarifas aéreas médias na Europa eram cerca de 16% mais elevadas do que antes da pandemia”. No entanto, isso está aquém do índice médio de preços ao consumidor da UE, que em junho se situava em 20% em relação à pré-pandemia.

“As viagens aéreas europeias continuam a recuperar fortemente e estão no bom caminho para ultrapassar o valor de referência de 2019 em 2024. A competitividade do mercado de transporte aéreo europeu mantém a inflação das tarifas aéreas em 16% – quatro pontos percentuais (p.p.) abaixo dos aumentos que temos visto no índice amplo de preços ao consumidor”, refere Willie Walsh, diretor-geral da IATA.

Walsh admite, ainda, que, considerando “a extrema volatilidade dos preços dos combustíveis de aviação e os aumentos nos salários da força de trabalho, esta é uma conquista significativa e contrasta com os preços continuamente crescentes que são cobrados pelos nossos fornecedores de infraestrutura”.

Recentemente, a Autoridade da Aviação Civil do Reino Unido (Civil Aviation Authority, CAA, sigla em inglês) aprovou um aumento de 56% nas taxas no aeroporto de Heathrow, em Londres, e um aumento de 26% para o NATS, o fornecedor de serviços de navegação aérea do Reino Unido, apesar da falha do seu serviço neste Verão. Entretanto, nos Países Baixos, o aeroporto de Schiphol, em Amesterdão, que também sofreu falhas de serviço, obteve um aumento de 37%.

Os reguladores desempenham um papel crucial na criação das condições sob as quais a concorrência das companhias aéreas tem sido capaz de prosperar. Assim, considera a IATA, “os reguladores europeus podem receber o crédito por garantirem uma regulamentação leve do consumidor, que permitiu às companhias aéreas criar uma enorme escolha e flexibilidade para o consumidor, ao desagregar o pacote de viagem”.

A IATA salienta ainda que a regulamentação europeia sobre slots “criou um equilíbrio entre horários consistentes, ao mesmo tempo que aumentou a acessibilidade para novas companhias aéreas participantes”.

É igualmente importante que os reguladores reconheçam onde podem melhorar as condições competitivas, indicando duas áreas principais de atuação: Regulamentação mais forte dos fornecedores monopolistas de infra-estruturas, para reduzir os encargos; e Reforma do regulamento de proteção do consumidor EU261, para garantir uma aplicação mais consistente dos seus objetivos e uma partilha mais justa da responsabilidade em toda a cadeia de valor da aviação.

“A recuperação do mercado europeu de transporte aéreo está a trazer consigo condições de mercado ainda mais competitivas”, refere Willie Walsh, adiantando ainda que “os consumidores verão isso com mais rotas e mais companhias aéreas para escolher”.

“No total, no ano passado nasceram 20 novas companhias aéreas na Europa. Isto é importante porque um mercado de transporte aéreo mais competitivo tornará a Europa um local mais competitivo para fazer negócios”, concluiu Walsh.

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Transportes

Movimento de passageiros nos aeroportos nacionais mantém tendência de máximos históricos

A movimentação de passageiros nos aeroportos portugueses atingiu 6,7 milhões, em setembro de 2023, mantendo a curva ascendente para se atingir níveis históricos no final do ano. No acumulado dos primeiros nove meses, os dados do INE indicam mais de 52 milhões de passageiros a passarem pelos aeroportos nacionais.

Victor Jorge

Em setembro de 2023, os aeroportos nacionais movimentaram 6,7 milhões de passageiros, correspondendo a uma subida de 13,5%, face a setembro de 2022. Comparando com setembro de 2019, o aumento foi de 12,3%.

Os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que, desde o início de 2023, têm-se verificado máximos históricos nos valores mensais de passageiros nos aeroportos nacionais.

Assim, em setembro de 2023, registou-se o desembarque médio diário de 110,9 mil passageiros, valor superior ao registado em setembro de 2022 (97,2 mil; +14,1%) e 12,9% acima do verificado em setembro de 2019 (98,3 mil).

Entre janeiro e setembro de 2023, o número de passageiros aumentou 21,8% face a igual período de 2022, totalizando mais de 52,2 milhões, o que comparado com o mesmo período de 2019, significa um acréscimo de 11,7% face aos 46,7 milhões.

Em setembro de 2023, 81,7% dos passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais corresponderam a tráfego internacional, atingindo 2,7 milhões de passageiros, na maioria provenientes do continente europeu (68% do total), correspondendo a um aumento de 15,2% face a setembro de 2022. O continente americano foi a segunda principal origem, concentrando 9,2% do total de passageiros desembarcados (+13,9%).

Relativamente aos passageiros embarcados, 81,9% corresponderam a tráfego internacional, perfazendo um total de 2,8 milhões de passageiros, tendo como principal destino aeroportos no continente europeu (69,5% do total), registando um crescimento de 13,8% face a setembro de 2022. Os aeroportos no continente americano foram o segundo principal destino dos passageiros embarcados (8,8% do total; +15,6%).

O aeroporto de Lisboa movimentou 49,1% do total de passageiros (25,6 milhões), tendo crescido 22,8% quando comparado com o mesmo período de 2022 (+7,5% face a 2019). O aeroporto do Porto concentrou 22,4% do total de passageiros movimentados e aumentou 23% (+16,2% comparando com 2019). O aeroporto de Faro registou um crescimento de 18,7% (+5,2% face a igual período de 2019).

Considerando o volume de passageiros desembarcados e embarcados em voos internacionais entre janeiro e setembro de 2023, o Reino Unido foi o principal país de origem e de destino dos voos, com crescimentos de 18,5% no número de passageiros desembarcados e 18,8% no número de passageiros embarcados, face a igual período de 2022. França e Espanha ocuparam a segunda e a terceira posição, respetivamente, quer como país de origem, quer como país de destino dos voos.

No que diz respeito à movimentação de aeronaves, em setembro de 2023, aterraram nos aeroportos nacionais 23,6 mil aeronaves em voos comerciais. Comparando com setembro de 2019, registou-se um crescimento de 8,8% nas aeronaves aterradas (+8,8%).

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

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Destinos

Europeus realizaram mais de mil milhões de viagens em 2022

De acordo com os dados do Eurostat, as viagens de lazer realizadas pelos residentes na UE registaram uma forte recuperação. As viagens de negócios, contudo, continuam numa recuperação mais lenta.

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Em 2022, os residentes da União Europeia (UE) realizaram 1,08 mil milhões de viagens turísticas com pelo menos uma dormida, indicando um aumento de 23% (+202 milhões) em comparação com 2021, o mesmo aumento percentual também registado entre 2020 e 2021.

Segundo os dados do Eurostat, no total, a maior parte das viagens em 2022 (976 milhões, representando 91% do total) foram realizadas por motivos pessoais e os restantes 100 milhões foram viagens profissionais. Ambos os setores cresceram em relação ao ano anterior: +43% em viagens de negócios (+30 milhões) e +21% em viagens por motivos pessoais (+171 milhões). No entanto, em comparação com 2019, ano anterior à pandemia de COVID-19, a recuperação foi mais rápida nas viagens pessoais (-4%) do que nas viagens de negócios (-20%).

Comparativamente a 2013, as viagens por motivos pessoais aumentaram 6% (+55 milhões), enquanto as viagens por motivos profissionais diminuíram 15% (-18 milhões).

Em termos de gastos, os residentes da UE gastaram, em média, 87 euros por noite com pelo menos uma dormida em 2022, o que representa um aumento de 30% em comparação com 2021, quando gastaram em média 67 euros. O valor de 2022 é também 4% superior ao de 2019, antes da pandemia COVID-19 (média de 84€ por noite) e 31% superior ao de 2013 (66€).

No que diz respeito a Portugal, o Eurostat indica gastos de 56,7 euros por noite com pelo menos uma estadia, em 2022.

Em 2022, por noite, os turistas do Luxemburgo gastaram mais (175€), seguidos pelos turistas austríacos (154€) e pelos turistas da Estónia (128€), enquanto os residentes da Polónia (44€), Grécia (45€) e Chéquia (46€) foram os que gastaram menos de 50 euros.

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Transportes

Virgin Voyages inicia vendas em Portugal através da Mundomar Cruzeiros

A próxima fase do projeto global de expansão da Virgin Voyages traz a companhia até ao mercado português através da Mundomar Cruzeiros.

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A Virgin Voyages assinou um acordo de intenções vinculativo com a Mundomar Cruzeiros, segundo o qual a Mundomar Cruzeiros atuará como o seu agente de vendas exclusivo para Espanha e Portugal, a fim de liderar as atividades de vendas e marketing da companhia de cruzeiros nestes dois países.

A presença da Mundomar Cruzeiros no setor permitirá a distribuição imediata dos produtos da Virgin Voyages diretamente aos consumidores e agências. No âmbito deste acordo, a partir de 20 de novembro de 2023, a Mundomar Cruzeiros facilitará as vendas da companhia marítima através do seu Sistema de Reservas Online, que inclui o sistema B2B utilizado pelas Agências de Viagens, até à possibilidade de integração direta via XML ou a utilização da marca branca B2B2C nos sites das Agências de Viagens.

Este acordo de intenções vinculativo com a Mundomar Cruzeiros insere-se na próxima fase do projeto global de expansão da Virgin Voyages em Espanha e Portugal. Com o primeiro navio da linha, Scarlet Lady, partindo de Barcelona entre maio e outubro de 2024, os residentes espanhóis e portugueses poderão navegar a bordo do navio da Virgin Voyages.

Scarlet Lady oferecerá dois itinerários no próximo verão, o ‘Irresistible Med’ e as ‘French Daze & Ibiza Nights’, visitando algumas das joias costeiras da região, numa “experiência de cruzeiro reinventada e pensada exclusivamente para adultos”, refere a Mundomar Cruzeiros.

“Recentemente introduzimos novos portos na Europa para 2024 e, como parte da nossa expansão internacional, temos o prazer de lançar a Virgin Voyages em Espanha e Portugal. Com um navio em Barcelona como porto base, estes mercados de origem têm um incrível potencial inexplorado”, refere Nirmal Saverimuttu, CEO da Virgin Voyages. “Confiamos na Mundomar Cruzeiros para representar a marca Virgin Voyages e mostrar aos residentes espanhóis e portugueses porque viajar connosco é tão épico”.

“Estamos diante de uma forma de viajar nunca vista antes… é única. Basta sentir-se aventureiro e jovem de coração para desfrutar de uma viagem repleta de sensações gastronómicas, diversão e entretenimento. Estamos a falar de um novo luxo; um luxo informal, personalizado e alegre, num ambiente de diversão social”, frisa, por sua vez, Agustín Quesada, diretor-geral da Mundomar Cruzeiros.

Scarlet Lady fará mais de 25 viagens de ida e volta a sair de Barcelona entre maio e outubro de 2024, e irá parar em diversos destinos no Mediterrâneo Ocidental. Cada viagem também oferece uma escala noturna em Ibiza, onde os passageiros poderão absorver a cultura e a vida local. O segundo navio da linha, Valiant Lady, ficará a fazer cruzeiros nas Caraíbas o ano todo. Os passageiros podem embarcar em Miami ou San Juan para viagens de diferentes durações, com a maioria a parar no exclusivo Beach Club da Virgin Voyages em Bimini.

Finalmente, o mais novo navio da linha, a Resilient Lady, fará viagens de ida e volta de Atenas de maio a julho, oferece viagens de sete noites ao redor do Adriático ou das ilhas gregas. Em agosto, o navio irá para Portsmouth para oferecer uma série de cruzeiros curtos para lugares como Amsterdão e Zeebrugge (Bruges).

De referir que a Virgin Voyages estreou-se em 2021 e tem vindo a conquistar vários prémios internacionais. Só em 2023, a linha acumulou mais de 35 prémios, incluindo reconhecimento pela melhor experiência geral, bem como pela melhor gastronomia, cabines, atendimento ao passageiro e melhor custo-benefício.

 

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Destinos

Recuperação do turismo na Europa mantém-se desigual

As chegadas de turistas internacionais à Europa ficaram apenas 3,2% abaixo dos níveis de 2019, indicam os dados da European Travel Commission (ETC). No entanto, a recuperação continua desigual, com 65% dos destinos ainda abaixo dos níveis pré-pandémicos ao nível das chegadas de turistas estrangeiros, esperando a ETC uma recuperação total em 2024, um ano antes do esperado, apesar do contexto de inflação persistente e instabilidade geopolítica.

Victor Jorge

Após um Verão de forte procura turística, as chegadas de turistas internacionais à Europa estão apenas 3,2% abaixo dos níveis de 2019, e as noites diminuíram 1,3% no período de janeiro a setembro. A recuperação está a ser impulsionada pelas viagens intra-europeias resilientes e pelo afluxo de turistas dos EUA que beneficiam de taxas de câmbio favoráveis, revela a última edição do relatório trimestral “Tendências e Perspectivas do Turismo Europeu” divulgado, recentemente, pela European Travel Commission (ETC).

Os dados acumulados do presente ano mostram que cerca de 1 em cada 3 destinos reportados ultrapassaram os níveis de 2019 de chegadas estrangeiras. A recuperação da Europa foi impulsionada principalmente pelos destinos do Sul da Europa e do Mediterrâneo, nomeadamente Sérvia (+15%), Montenegro (+14%), Portugal (+11%), Turquia (+8%), Malta e Grécia (ambos +7%). No entanto, cerca de 65% dos destinos reportados ainda estão abaixo dos valores pré-pandemia. As recuperações mais lentas são, particularmente, evidentes entre os países da Europa de Leste vizinhos da Rússia e da Ucrânia, e aqueles que normalmente dependem de viajantes russos. Os países bálticos registaram as descidas mais acentuadas: Estónia (-27%), Letónia (-30%) e Lituânia (-33%).

Miguel Sanz, presidente da ETC, salienta que, “apesar dos persistentes desafios económicos e geopolíticos, é encorajador observar a recuperação contínua do turismo europeu. No entanto, devemos reconhecer que a verdadeira medida do sucesso do turismo vai além do número de visitantes e de noites passadas num destino. É essencial considerar e avaliar também o seu impacto na natureza, nas empresas locais e na população residente”.

Recuperação total do turismo está à vista, mas …
A recuperação das viagens na Europa permaneceu resiliente durante a época de Verão, mesmo no meio de desafios significativos colocados pelo aumento da inflação, pelos elevados custos de vida, pelos fenómenos meteorológicos extremos e pelas greves nas companhias aéreas.

A persistente instabilidade geopolítica continua a ter repercussões nas perspectivas do turismo na Europa. A guerra em curso na Ucrânia ainda afeta os números de chegadas na Europa de Leste e o conflito em desenvolvimento em Israel coloca riscos na época baixa, especialmente para destinos como França, Turquia e Roménia, que são populares entre os viajantes israelitas.

No entanto, espera-se que as chegadas de estrangeiros à Europa continuem a recuperar até ao final de 2023, embora a um ritmo mais lento, atingindo 91% dos níveis pré-pandemia durante todo o ano de 2023, avançam os dados da ETC.

As previsões sugerem que as chegadas de turistas internacionais à Europa atingirão os níveis de 2019 em 2024, um ano antes do inicialmente previsto. Entretanto, os aeroportos europeus estão perto de alcançar uma recuperação completa na procura de passageiros.

Com base no relatório de tráfego de agosto da ACI Europe, o tráfego de passageiros na rede aeroportuária europeia diminuiu apenas 3,4% em comparação com o mesmo período de 2019.

Sazonalidade esbatida
Apesar do aumento das pressões financeiras, os consumidores continuam a dar prioridade aos gastos com viagens em detrimento de outras despesas discricionárias. No entanto, devido aos preços elevados, os turistas estão agora a dar maior ênfase à relação qualidade/preço quando consideram produtos e experiências turísticas.

Em particular, um número crescente de turistas está a optar por destinos considerados mais acessíveis. Os preços mais baixos e as taxas de câmbio favoráveis estão a impulsionar a recuperação do turismo em destinos como a Turquia e a Bulgária, enquanto destinos populares de férias organizadas, como Portugal e Espanha, também registam uma elevada procura. Geralmente, os europeus estão a considerar uma gama mais ampla de destinos do que no período pré-pandemia, com a Turquia, o Montenegro, a Albânia e a Croácia a apresentarem os melhores desempenhos em termos de dormidas em relação aos níveis de 2019.

Além disso, os viajantes estão cada vez mais a utilizar uma série de táticas para reduzir o custo global das suas férias. Muitos estão a optar por reservar transporte e alojamento com bastante antecedência ou a considerar viagens fora das épocas de pico, optando pelas temporadas baixas. As férias organizadas também estão a aumentar em popularidade, uma vez que proporcionam ao viajante a confiança de que todos os custos essenciais já foram contabilizados.

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André Gomes, Presidente da Região Turismo do Algarve. Loulé, 22 Agosto 2023. FOTO: VASCO CÉLIO/STILLS

Destinos

Algarve ganha novas rotas para 2024

A região passa a ter, a partir de 2024, ligações com Ponta Delgada, Nova Iorque, Helsínquia, Southampton e Brest.

Victor Jorge

O Algarve continua a ser brindado com a abertura de novas rotas e ligações aéreas para a região, já a partir do próximo ano.

Os anúncios mais recentes foram feitos pela companhia Finnair, que, em outubro de 2024, regressa ao Aeroporto de Faro com dois voos diretos semanais a partir de Helsínquia (Finlândia). Além da companhia finlandesa, também a easyJet inaugurará, em junho de 2024, a ligação Southampton (Reino Unido) – Faro, com um voo semanal. A Volotea será outra companhia aérea a ligar Faro a uma nova rota, neste caso a Brest (França).

A estes voos somam-se ainda os novos pontos de conectividade com a América do Norte que a região conseguiu assegurar, através do reforço da oferta de voos da Azores Airlines entre os Açores (Ponta Delgada) e Faro, possuindo a capital açoriana de diversas ligações aéreas com destino a vários pontos da costa este dos EUA, além de ter sido já anunciado o primeiro voo direto entre o continente norte-americano e o Algarve, operado pela United Airlines, que vai ligar Nova Iorque/Newark a Faro a partir de maio de 2024.

Perante este cenário, as perspetivas para o próximo são muito positivas, referindo André Gomes, presidente do Turismo do Algarve que a região “é, cada vez mais, um destino turístico de excelência, reconhecido em todos os seus segmentos e produtos, e a prova disso é que a nossa região está cada vez mais ligada ao mundo”.

“Alcançar outros mercados e outros turistas e receber visitantes ao longo de todo o ano são, sem dúvida, grandes objetivos que fazem parte da nossa estratégia de promoção turística. Uma das nossas apostas para atingir essas metas passa pela promoção de novas rotas e pela captação de novos voos para o Aeroporto de Faro”, salienta André Gomes, frisando ainda que, “nos últimos tempos, a curiosidade em relação ao Algarve continua a crescer a olhos vistos”, concluindo que “este número tão expressivo de novas rotas mostra que está a ser feito um bom trabalho de promoção e vem comprovar todo o potencial do nosso destino”.

O presidente do Turismo do Algarve destaca ainda o facto de o Algarve estar a deixar de ser visto exclusivamente como um destino de sol e praia, conseguindo dar resposta a uma série de outras motivações que vão ao encontro do perfil do turista atual.

Exemplo disso é a rota agora anunciada pela companhia Finnair, que inclui o Algarve como um destino de destaque para a sua oferta de inverno do próximo ano.

As atividades de promoção da Associação Turismo do Algarve para a captação de novas ligações aéreas vão continuar, não só junto dos principais mercados emissores de turistas para a região, como de vários mercados de aposta. Por essa razão, a expectativa do Turismo do Algarve é a de que este interesse das companhias aéreas pelo destino se mantenha e que possam ainda vir a ser anunciadas mais novidades para 2024.

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Distribuição

Nova Edição: 50 Anos Pinto Lopes Viagens, Portugal Footprints, inclusão nas viagens, Maurícia, Muthu Aviation e seguros

Meio século de história da Pinto Lopes Viagens fazem capa desta edição do jornal PUBLITURIS. Além disso, damos a conhecer uma nova DMC, a importância da inclusão nas viagens, Maurícia, uma nova companhia aérea em Cuba, e um dossier sobre seguros de viagem.

Publituris

A primeira edição do mês de novembro faz capa com os 50 anos da Pinto Lopes Viagens. Em entrevista ao jornal PUBLITURIS, Rui Pinto Lopes, CEO da empresa que tem passado de geração em geração, mantendo a mesma identidade – viagens culturais em grupo, mas também com os olhos postos no presente e, fundamentalmente, no futuro – contou-nos esta história de meio século.

Também na “Distribuição”; damos a conhecer uma nova Destination Management Company (DMC): Portugal Footprints. A dar os primeiros passos, tendo iniciado a operação em setembro deste ano, Inês Viegas, fundadora e diretora-geral da empresa, sabe bem o que quer e o foco será sempre na autenticidade e personalização.

A finalizar a “Distribuição”, num mundo cada vez mais diverso, ter atenção a aspetos como a inclusão, diversidade e/ou comunidades locais tornou-se fulcral para promover um destino ou uma viagem. Num estudo recente a operadores e agentes de viagem, a Expedia dá algumas indicações em como aproveitar algumas, senão muitas, das oportunidades que diversos segmentos de mercado/consumidores/viajantes disponibilizam.

A convite da Solférias, Emirates e Sunlife, o jornal PUBLITURIS viajou até à Maurícia, uma ilha de azul verde a perder de vista onde diferentes culturas se juntam para formar uma só.

O historiador Jorge Mangorrinha conta-nos a história da vila alentejana de Aljustrel, uma vila pacata que vive, essencialmente, da sua mina. Esta localidade começa a ser um ponto de estadia turístico e a inauguração do Flag Hotel Villa Aljustrel, acabou por ajudar a quem passa e a quem se recolhe.

Já o convite da MGM Muthu Hotels, levaram o jornal PUBLITURIS a Cuba. Foi na 5.º edição da Bolsa Destinos Gaviota, uma mostra da oferta turística, que decorreu em Cayo Cruz, ficámos a saber que a Muthu Aviation chega em dezembro para dar resposta à escassa oferta de voos domésticos num dos principais destinos turísticos das Caraíbas.

A edição do jornal PUBLITURIS fecha com um “Dossier” dedicado aos seguros. A pandemia da COVID-19 veio alertar os portugueses para a necessidade de contratar um seguro de viagem e, apesar da situação epidemiológicas estar mais calma, a procura por coberturas com assistência médica ou contra cancelamentos continua alta. Ainda assim, o futuro dos seguros de viagem não está isento de riscos e desafios.

Além do PULSE REPORT, numa parceria entre o PUBLITURIS e a GuestCentric, as opiniões pertencem a Francisco Jaime Quesado (economista e gestor) e Luiz S. Marques (investigador).

A versão completa desta edição é exclusiva para subscritores do Publituris. Pode comprar apenas esta edição ou efetuar uma assinatura do Publituris aqui obtendo o acesso imediato.

Para mais informações contacte: Carmo David | [email protected] | 215 825 43

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