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Colômbia inova nas estratégias turísticas para recuperar

Para ultrapassar os efeitos da pandemia, a Colômbia desenhou um plano de recuperação, que passa por: liderar a reabertura da conetividade; promover o destino numa perspetiva de regiões turísticas; consolidar a sua posição como um centro internacional para eventos; posicionar o país como destino número um em termos de sustentabilidade; continuar com a transição do sistema de comercialização B2C; e apoiar a promoção de projetos de infraestruturas turísticas.

Carolina Morgado
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Colômbia inova nas estratégias turísticas para recuperar

Para ultrapassar os efeitos da pandemia, a Colômbia desenhou um plano de recuperação, que passa por: liderar a reabertura da conetividade; promover o destino numa perspetiva de regiões turísticas; consolidar a sua posição como um centro internacional para eventos; posicionar o país como destino número um em termos de sustentabilidade; continuar com a transição do sistema de comercialização B2C; e apoiar a promoção de projetos de infraestruturas turísticas.

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Antes da pandemia a Colômbia estava a desfrutar da sua melhor época turística”, segundo a presidente da ProColombia, Flávia Santoro. Em 2019, o destino recebeu 4,5 milhões de turistas estrangeiros. “Foi um resultado histórico para o nosso país, o que permitiu consolidar o setor como fundamental para a economia colombiana, representando 4,3% do PIB nesse ano, enquanto no que respeita à conetividade internacional conseguimos 17 novas rotas”.

Mas chegou a pandemia, e a responsável, que falava em videoconferência no XIII Fórum do Turismo Portugal-América Latina, organizado pelo IPDAL (Instituto para a Promoção da América Latina e Caraíbas), em Lisboa, e que teve precisamente a Colômbia como pais convidado, Flávia Santoro reconhece, “teve as suas consequências”, mas “conscientes do imenso potencial do país, de tudo o que conseguimos, e cada um dos seus destinos turísticos únicos, pensamos que a Colômbia está a desenhar todo um plano de recuperação focado nos esforços e em mudanças inovadoras, mas também facilitando a conetividade dos viajantes aéreas, fortalecendo a confiança  nos nossos turistas internacionais para visitarem os nossos destinos de forma segura”

Olhos postos na retoma
Nessa medida, destacou Flávia Santoro, “vamos apostar com muita determinação em várias linhas estratégicas: liderar a reabertura da conetividade, posicionar a Colômbia como um líder híbrido na América Latina, promover o país, e estamos a fazê-lo numa perspetiva de regiões turísticas, posicionar a Colômbia como destino número um na região em termos de sustentabilidade, manter essa transição do sistema de comercialização B2C, e apoiar a promoção de projetos de infraestruturas turísticas”.

A presidente da ProColombia realçou ainda que, em matéria de capacitação “decidimos migrar o nosso programa de formação exportadora para um formato virtual possibilitando a formação de mais de 21 mil empresários do nosso país”.

Assim, os olhos estão postos na recuperação turística. Já em 2021, com o início da retoma a Colômbia alcançou dois milhões de visitantes estrangeiros e mais de três mil milhões de dólares em divisas, o que representou uma recuperação de 50% em relação aos resultados de 2019 nos dois indicadores”, deu conta a responsável.

Além disso, em matéria de conetividade, nos anos 2020 e 2021 “abrimos 35 novas rotas, para dizer que duplicámos o número alcançado em 2019”, realçou, para acrescentar que, no que se refere a toda a reativação do MICE “decidimos lançar eventos híbridos e presenciais. Desde fevereiro de 2020 traçámos um propósito: reter e reprogramar os eventos de dimensão internacional, e evitar cancelamentos”. Em 2020 o país conseguiu reter 75% dos eventos que estavam programados, ou seja, 250. Para 2021 foram captadas 90 realizações provenientes de 18 países.

Em 2022, apesar da pandemia, a Colômbia está “quase a igualar os recordes de 2019, um ano que foi histórico para o turismo no país”, sublinhou Santoro.

A responsável deu nota que, até maio deste ano o destino contabilizou 1,594 milhões de chegadas de turistas estrangeiros, o que representa um aumento de 240% comparativamente ao mesmo período do ano anterior. No que toca à conetividade, já registou mais de 1.220 frequências semanais, com uma oferta total de 211.600 lugares, ou seja, um incremento de 6%, sendo 91 dessas rotas aéreas diretas.

Deste modo, a presidente da ProColombia sublinha que “o setor turístico colombiano tem demonstrado a sua imensa resiliência, a sua capacidade de adaptação e tenacidade, por isso, estou segura, vai-nos levar a um novo nível”.

Sustentabilidade e biodiversidade
A nova estratégia de promoção da Colômbia assenta nas seis regiões turísticas que o destino oferece, projeto planeado em parceria com tour operadores, empresas, entidades regionais e entidades governamentais da indústria turística, uma vez que o país pretende ter “uma oferta mais organizada, sustentável e mais competitiva”.

Conscientes do imenso potencial do país, de tudo o que conseguimos, e cada um dos seus destinos turísticos únicos, pensamos que a Colômbia está a desenhar todo um plano de recuperação focado nos esforços e em mudanças inovadoras”

As seis regiões são: as Grandes Caraíbas Colombianas, o Pacífico Colombiano, os Andes Ocidentais Colombianos, os Andes Orientais Colombianos, o Maciço (uma grande oferta de arqueologia, história, e culturas vivas) e o Amazónia-Orinoquá (o grande coração verde da Colômbia, repleta de biodiversidade).

Para Flávia Santoro, a Colômbia tem muito para oferecer em matéria de sustentabilidade, porque “é o país mais biodiverso do mundo por metro quadrado, mas também somos um destino líder em diversidade de borboletas e orquídeas, somos o segundo em diversidade de plantas, terceiro em répteis, e quarto no mundo em maior diversidade de mamíferos. Além disso, estamos entre os 15 países a nível mundial com maior área de cobertura vegetal”.

Ter tudo isso, segundo a Santoro “temos que ser responsáveis. Assumimos essa responsabilidade com compromisso e atos concretos. Por essa razão colocamos em marcha políticas em favor da sustentabilidade e da conservação. A Colômbia avança com pessoas firmes nesse sentido”.

A responsável esclareceu ainda, neste âmbito, que o seu país conta com 1.327 áreas protegidas que equivalem a 30% do território nacional. Por outro lado, a ProColombia está a acompanhar o Ministério do Comércio, Indústria e Turismo na implementação da política de turismo sustentável, sendo um dos 12 países mundiais a contar com medidas concretas nesse sentido.

Mas há mais, “A Colômbia foi um dos primeiros países do mundo a ubir.se para a condição do futuro no turismo, uma condição criada por organizações internacionais como a Greens Destinations. Essa condição proporciona parâmetros para construir uma indústria turística mais sustentável, que proteja os destinos e as pessoas que dependem desta atividade”.

A presidente da ProColombia declarou ainda na sua intervenção dirigida aos empresários portugueses ligados ao turismo, que “estamos plenamente conscientes que a sustentabilidade já não é uma tendência, mas uma exigência em todos os setores”.

No que respeita à diversificação da oferta, o objetivo daquela entidade passa por acompanhar os empresários no seu processo de adaptação âs novas tendências mundiais e de um novo perfil dos viajantes, que “gostam de ter experiências sustentáveis, em destinos responsáveis, e que contemplam um impacto nas comunidades locais”.

Para finalizar a sua intervenção, Flávia Santoro afirmou que a ProColombia “está comprometida e encaminhada em concentrar a Colômbia em destino número um em sustentabilidade na região. Esta é, precisamente, uma das seis apostas estratégicas que visam posicionar o nosso país como destino de alta qualidade, com experiências turísticas baseadas na observação ambiental e de exaltação na riqueza cultural e natural”.

 

NÚMEROS

4,3%
do PIB em 2019, + de 4,5 milhões de turistas estrangeiros, e um total de 17 novas rotas aéreas

+ de 2 milhões
de visitantes internacionais em 2021, + de 3 mil milhões de dólares em divisas, recuperação de 50% face a 2019 e 35 novas rotas aéreas

1,590 milhões
Até maio de 2022, + de 1,590 milhões de chegadas internacionais, aumento de 240% face ao mesmo período do ano anterior, + de 1.220 frequências semanais com uma de 211.600 lugares, que corresponde a subida de 6%

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Cimeira Mundial de Associações das Agências de Viagens pôs foco nas relações com companhias aéreas

A 7º Cimeira Mundial das Associações de Agências de Viagens, que reuniu, em Granada, quase 200 profissionais do setor dos cinco continentes, colocou foco nas relações com a IATA e as companhias aéreas, mas centrou também os debates na sustentabilidade, novas tendências e nos hábitos de consumo, bem como a inovação e tecnologia no setor das viagens (IA, segurança e legislação).

A 7ª Cimeira Mundial das Associações de Agências de Viagens, organizada pela Confederação Espanhola de Agências de Viagens (CEAV), terminou esta sexta-feira em Granada e contou com a participação de quase 200 profissionais do setor. A APAVT esteve presente por uma delegação liderada pelo seu presidente, Pedro Costa Ferreira.

No último dia do encontro, que começou quarta-feira, dia 8, foi discutida a relação entre agências de viagens e companhias aéreas. Otto de Vries, CEO da ASATA (África do Sul), destacou a tensão entre os dois setores nos últimos dois anos e a necessidade de chegar a um acordo e olhar para o futuro considerando as oportunidades e não os obstáculos. Andrew Bowman, presidente da WTAAA – Aliança Mundial de Associações de Agentes de Viagens, concordou com a necessidade de trabalho conjunto “para ver o que os nossos parceiros comuns precisam”.

Por sua vez, Guillermo Correa Sanfuentes, presidente da FOLATUR – Fórum Latinoamericano de Turismo lembrou que a contribuição das agências para as companhias aéreas é “gigantesca” e muitas vezes “não é valorizada”.

No entanto, Maria Jesús López Solás, Chief Commercial, Network & Alliances Officer da Iberia acentuou que metade do que a companhia aérea vende neste momento é “graças às agências de viagens”, que descreveu como “parceiros estratégicos”, tendo concordado com a necessidade de desenvolver um bom relacionamento para o futuro.

O painel, no qual também participaram Juan Antonio Rodríguez, Diretor de Operações do FDS da IATA e Guillaume Teissonniére, Conselheiro Geral e Secretário de Empresa da ODIGEO, discutiu os sistemas de distribuição NDC. Teissonniére reconheceu a relutância das agências de viagens em mudar para este sistema porque “não temos incentivos”, enquanto Rodríguez defendeu “pegar o touro pelos chifres e fazer parte da transformação dos pagamentos para que seja “benéfico para todos”.

Depois das intervenções na sessão inaugural, nomeadamente, de Carlos Garrido, presidente do CEAV, o primeiro dia dos trabalhos contou com um debate, no qual Juan Antonio Gómez García, Head of Marketing Intelligence da Forward Keys, analisou o comportamento dos mercados globais, destacando a resiliência da indústria do turismo e a recuperação, que “continua apesar das incertezas”.

Noutra sessão, Frank Oostdam, presidente da ECTAA, Tulio Bernal, presidente da ANAV, Ajay Prakash, presidente da TAFI e Nicanor Sabula, CEO da AESATA, examinaram o futuro do turismo sustentável. Oostdam apresentou uma visão crítica, salientando que o setor das agências não está a responder adequadamente aos desafios da sustentabilidade e apelou à aceleração de ações. Neste sentido, Sabula referiu-se à influência que o agente de viagens pode exercer sobre os viajantes para que compreendam a pegada deixada pelas suas viagens e como podem mitigar o impacto ambiental que geram. Por sua vez, Bernal indicou que as agências de viagens podem escolher fornecedores que dêem importância à sustentabilidade: “companhias aéreas que se preocupam com a sua pegada de carbono, hotéis que têm uma excelente gestão da sua pegada hídrica…”. Por fim, Prakash apontou a possibilidade de procurar destinos sem aglomeração, tendência que parece ter-se acelerado após a pandemia. Todos concluíram que devemos “passar da conversa, que é interessante, para as ações, que são o que é realmente importante”.

As novas tendências de consumo em viagens foram também examinadas. Christian Boutin, vice-presidente sénior da Amadeus EMEA, apresentou um relatório da Amadeus que estabelece quatro categorias de viajantes: experimentalistas, criadores de memória, influenciadores e pioneiros. De todos eles, 44% querem chegar ao destino o mais rápido possível, 35% preocupam-se com a sustentabilidade e 34% dão muita importância à tecnologia. “Os viajantes de hoje esperam que as viagens sejam facilitadas com a tecnologia. “Muitos viajantes confiam mais na tecnologia depois da pandemia”, observou.

Por sua vez, Jean-Philippe Monod de Froideville, vice-presidente sénior de Assuntos Governamentais e Corporativos do Grupo Expedia, destacou que, segundo estudos da empresa, os viajantes passam em média cinco horas a pesquisar na Internet para escolher uma viagem, que também costumam reservar dois meses antecipadamente. Da mesma forma, 24% dos viajantes fazem as suas viagens para assistir a evento, outros 25% repetem o seu destino todos os anos e 37% são influenciados pela família, enquanto 17% são mais inspirados pelos amigos.

O comportamento dos mercados globais, destacando-se a resiliência da indústria do turismo e a recuperação, que “continua apesar das incertezas” foi também debatido, bem como a situação atual do turismo em diferentes áreas do mundo, sem esquecer o papel consultivo do agente de viagens, especialmente num contexto geopolítico como o atual, em que os viajantes por vezes têm receios “irrealistas” de viajar para determinadas áreas porque não conhecem a real situação. Um exemplo claro disto é África, indicaram os especialistas.

Trata-se da reunião mais importante que se realiza no setor das agências de viagens e operadores turísticos, que se realiza de dois em dois anos para discutir questões globais do setor.

 

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Turismo e restauração criaram quase mil empregos em Moçambique em três meses

Os empresários moçambicanos criaram quase mil novos postos de trabalho na área do turismo e restauração no terceiro trimestre de 2023, de acordo com dados do Ministério da Economia e Finanças.

“Importa referir que durante o período em análise, entraram em funcionamento 33 novos empreendimentos turísticos, contra 31 de igual período de 2022, o que representa um incremento de 6,5%, tendo gerado cerca de 482 postos de emprego”, lê-se no balanço económico e social da execução do Orçamento do Estado até ao terceiro trimestre.

No mesmo período de 2022, o setor tinha criado 348 postos de trabalho, o que representa uma subida de 38,5% este ano.

“Ainda no contexto da promoção do turismo, entraram em funcionamento cerca de 45 novos estabelecimentos de restauração e bebidas. Estas novas instituições geraram cerca de 391 postos de emprego”, refere-se ainda no relatório.

Em 2022, Moçambique contava com 8.154 empreendimentos turísticos e 70.718 trabalhadores do setor em todo o país.

A ministra da Cultura e do Turismo, Eldevina Materula, afirmou em agosto que o setor apresenta “sinais claros da revitalização”, após as restrições da covid-19, mas também “sinais claros dos resultados da implementação do pacote de medidas de aceleração económica”, nomeadamente a “intervenção na área fiscal, estímulo à economia e melhoria do ambiente de negócios, transparência, governação e de aceleração de projetos de infraestruturas estratégicas”.

“Este é um sinal claro que as medidas tomadas pelo Governo estão a surtir efeitos na dinamização do nosso setor. Com estas medidas, temos claramente um novo padrão de turistas, sendo que as nacionalidades americana, britânica, portuguesa, chinesa e alemã destacam-se como as cinco principais entradas em Moçambique”, referiu a ministra, sobre os primeiros meses após a isenção de vistos para turistas de quase 30 países, implementada desde maio.

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Tráfego aéreo continua a crescer em setembro, revelam dados da IATA

Os números da IATA apontam para um crescimento global superior a 30% no tráfego de passageiros face ao mesmo mês de setembro de 2022.

O tráfego aéreo total manteve a sua trajetória de evolução no mês de setembro de 2023, tendo crescido 30,1% face ao mês homólogo de 2022, revela a International Air Transport Association (IATA), encontrando-se, no final do nono mês de 2023, nos 97,3% face ao registado no período pré-COVID, ou seja, faltando 2,7 pontos percentuais (p.p.) de setembro do ano passado.

O tráfego doméstico registou uma evolução de 28,3% no mês de setembro de 2023, comprando com o mesmo mês de 2022, ultrapassando, inclusivamente, os níveis do mês de setembro de 2019 em 5%.

Já o tráfego internacional subiu 31,2% quando comparado com o mesmo mês de há um ano, indicando a IATA que todos os mercados cresceram a duplo dígito na comparação anual, atingindo 93,1% dos níveis de 2019.

De acordo com Willie Walsh, diretor-geral da IATA, “o terceiro trimestre de 2023 terminou com resultados em alta, com uma procura doméstica recorde de passageiros para o mês de setembro e uma continuação do forte tráfego internacional”.

Por regiões, o tráfego de passageiros cresceu 92,6% face a setembro de 2022 na Ásia-Pacífico, continuando a ser a região que mais cresce a nível global, com a capacidade a crescer 82,1% e o load factor a subir 4,5 p.p. para 82,5%.

Na Europa, a evolução foi de 15,7% no tráfego de passageiros, com a capacidade a subir 14,9% e o load factor a aumentar 0,6 p.p. para 85,5%.

No Médio Oriente, a IATA aponta uma subida de 26,6% face a setembro de 2022, com a capacidade a crescer 23,7% e o load factor a somar mais 1,9 p.p. para 81,8%.

Nas Américas, enquanto a América do Norte o tráfego de passageiros aumentou 18,9%, com a capacidade a evoluir 18% e o load factor a crescer 1,4 p.p. para 85,8%, na América Latina, os aumentos foram de 26,8%, 24,7% e 1,4 p.p. para 85,8%, respetivamente.

Finalmente, em África, o tráfego de passageiros registou um aumento de 28,1% face a setembro de 2022, com a capacidade a crescer 29,9%, com o load factor a descer 1 p.p. para 72,6%.

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Para atrair turistas chineses a solução é abolir os vistos

No Discovery Stage do WTM London 2023, dedicado ao turismo chinês, Adam Wu, diretor de operações da CBN Travel, deixou o recado: “para captar turistas chineses, há que acabar com os vistos”.  

Para as nações que queiram atrair visitantes chineses, a abolição da exigência de vistos é essencial, revelou Adam Wu, diretor de operações da CBN Travel, consórcio de entidades focadas no investimento externo, nas viagens outbound da China, bem como na facilitação do comércio tanto de importação como de exportação, durante o World Travel Market (WTM) London 2023.

Tendo como tema central o turismo chinês, Wu destacou que os chineses “geralmente irão onde houver menos barreiras”, concluindo que para tal, “basta remover os requisitos de visto”.

Durante a conferência, Wu afirmou que o turismo outbound chinês caiu drasticamente dos 155 milhões, em 2019, para 40 milhões no primeiro semestre de 2023, acrescentando que, neste período, “apenas 41,6% dos voos internacionais da China estavam a operar em comparação com 2019”.

Revelando que os chineses que viajaram nos primeiros seis meses de 2023, gastaram 24% mais do que em 2019, quando foi gasto um total de 254,6 mil milhões de dólares (cerca de 238 mil milhões de euros), Wu frisou ainda que “os chineses estão agora menos inclinados a viajar em grupos” e “pretendem experiências mais personalizadas”.

“Há 1,4 mil milhões de chineses e desses 380 milhões pertencem à classe média”, referiu. Por isso, “basta estar preparado para os chineses”, concluindo ainda que “o marketing nas redes sociais é fundamental para chamar a atenção dos viajantes chineses, sendo o Douyin, a versão chinesa do Tik Tok, um canal poderoso”.

*O jornal PUBLITURIS foi Media Partner do World Travel Market (WTM) London 2023

Foto crédito: Depositphotos.com
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Netviagens.pt renasce pela mão da Geostar

O site de e-commerce de viagens Geostar.pt cede agora o seu lugar à Netviagens.pt, a primeira agência de viagens online no mercado nacional. O objetivo é que a marca volte a crescer e ocupar o lugar que granjeou durante a sua existência.

A Netviagens, a primeira e maior agência de viagens online no mercado português renasce agora pela mão da Geostar, uma marca com mais de 20 anos no país. “Experiências que fazem clique” é a assinatura criada para a campanha de comunicação da marca.

A Geostar, manter-se-á dedicada ao segmento das viagens corporate, continuando a servir clientes empresariais como tem feito há décadas e a conquistar mercado nas viagens de negócios, congressos e incentivos onde sempre atuou.

Integrada no Grupo Wamos Portugal, organização com vasta experiência no setor do turismo nacional e internacional, a nova Netviagens.pt vem ocupar o canal das agências de viagens totalmente online e propõe uma forte aposta na tecnologia e na inovação com uma operação focada em facilitar a escolha e marcação de todo o tipo de viagens de férias e lazer.

A promessa da marca é ter um perfil orientado para o cliente, com foco na relação preço-qualidade, segurança na compra, rapidez de resposta, informação fácil e diversidade de oferta.

Margarida Blattmann, diretora de marketing da marca refere que “a nossa paixão são as viagens e a nossa missão é promover o acesso de todos os que gostam de viajar a experiências memoráveis de uma forma fácil, conveniente e a preços acessíveis”.

Sobre a assinatura criada para a campanha de comunicação da nova Netviagens, a responsável explica que “é um reflexo do nosso objetivo em ser o parceiro de viagem online dos nossos viajantes, nas sugestões de destinos e programas que colocamos no nosso site, nas ofertas que proporcionamos para viajarem mais, melhor e mais barato e na segurança e apoio que prestamos na retaguarda caso seja necessário”.

Destaca ainda que “somos uma agência que atua no mundo digital, mas somos uma equipa real e disponível, formada por pessoas com uma paixão e um conhecimento profundo em viagens, que quer garantir que no final o que resulta é uma experiência inesquecível para guardar na memória e partilhar com amigos e família”.

Quem quiser viajar através da Netviagens.pt pode encontrar uma oferta vasta de serviços de viagem totalmente online, desde voos simples, hotéis, à combinação de voo+hotel e pacotes de viagem com tudo incluído para os mais diversos destinos do planeta, tudo disponível de forma simples e intuitiva, ao alcance de um clique, indica a Wamos Portugal.

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Grupo Emirates alcança lucros recorde no semestre

O Grupo Emirates alcançou resultados recorde nestes primeiros seis meses do exercício de 2023-2024. A companhia aérea – Emirates – registou, igualmente, lucros e receitas em crescendo.

O Grupo Emirates anunciou o seu melhor resultado financeiro semestral de sempre, reportando um lucro líquido semestral para 2023-24 de 10,1 mil milhões de Dirhams (2,7 mil milhões de dólares), ultrapassando em 138% resultado semestral de 4,2 mil milhões de Dirhams (1,2 mil milhões de dólares) no ano passado.

O Grupo também reportou um EBITDA de 20,6 mil milhões de Dirhams (5,6 mil milhões de dólares), uma melhoria significativa em relação aos 15,3 mil milhões de Dirhams (4,2 mil milhões de dólares) registados no mesmo período do ano passado.

As receitas do Grupo ascenderam a 67,3 mil milhões de Dirhams (18,3 mil milhões de dólares) nos primeiros seis meses de 2023-24, um aumento de 20% em relação aos 56,3 mil milhões de Dirhams (15,3 mil milhões de dólares) no ano passado. Este aumento foi impulsionado, segundo o grupo, “pela forte procura pelo transporte aéreo em todo o mundo, que tem apresentado uma trajetória ascendente desde que as restrições de viagem associadas à pandemia foram levantadas”.

Emirates voa (mais) alto
A Emirates, companhia aérea do grupo, continuou a aumentar as suas operações de voo globais, adicionando capacidade e ligações através do seu hub do Dubai para satisfazer a procura dos passageiros em todos os mercados.

O lucro da Emirates para o primeiro semestre de 2023-24 atingiu um novo recorde de 9,4 mil milhões de Dirhams (2,6 mil milhões de dólares), em comparação com o lucro do mesmo período do ano passado de 4 mil milhões de Dirhams (1,1 mil milhões de dólares).

A receita da Emirates, incluindo outras receitas operacionais, de 59,5 mil milhões de Dirhams (16,2 mil milhões de dólares) aumentou 19% em comparação com os 50,1 mil milhões de Dirhams (13,7 mil milhões de dólares) registados no mesmo período do ano passado. O desempenho recorde da companhia aérea é atribuível à “forte procura de viagens internacionais por parte dos passageiros em todos os mercados” e à capacidade da Emirates de “ativar a capacidade para corresponder à procura e oferecer aos passageiros serviços e valores excelentes”.

Relativamente aos custos operacionais diretos da Emirates (incluindo combustível), estes cresceram 9%, em linha com o aumento das operações. O combustível continua a ser o maior componente do custo operacional da companhia aérea (34%), em comparação com 38% no mesmo período do ano passado.

Impulsionado pela forte procura e pelo aumento das operações durante os seis meses, o EBITDA da Emirates cresceu 33% para 19,5 mil milhões de Dirhams (5,3 mil milhões de dólares) em comparação com 14,7 mil milhões de Dirhams (4 mil milhões de dólares) no mesmo período do ano passado.

Durante o primeiro semestre de 2023-24, a companhia aérea restaurou as operações do A380 para Bali, Pequim, Birmingham, Casablanca, Nice, Xangai e Taiwan.

Em julho, lançou serviços diários sem escala para Montreal, um novo destino e a segunda porta de entrada da companhia aérea no Canadá.

Expandindo as opções de conetividade para os passageiros, a Emirates celebrou e melhorou acordos de codeshare ou interline com oito companhias aéreas nos primeiros seis meses de 2023-24: Aegean Airlines, Air Canada, Etihad Airways, Kenya Airways, Philippine Airlines, Maldivian, Sri Lankan Airlines e United Airlines. A parceria de codeshare entre a Emirates e a Qantas, que viu mais de 15 milhões de passageiros beneficiarem de itinerários de voo conjuntos desde a sua criação em 2013, recebeu aprovação para uma nova extensão de cinco anos, até 2027.

Até 30 de setembro, nos seis meses de 2023-24, 10 aviões A380 saíram do programa de reequipamento da Emirates com interiores de cabine completamente renovados e os mais recentes produtos a bordo, incluindo lugares Premium Economy. Isso permitiu que a companhia aérea implementasse os seus serviços altamente procurados da Premium Economy em novas rotas, incluindo Nova York JFK, Houston, São Francisco, Los Angeles e Singapura.

A Emirates transportou 26,1 milhões de passageiros entre 1 de abril e 30 de setembro de 2023, um aumento de 31% em relação ao mesmo período do ano passado.

O Sheikh Ahmed, presidente e diretor-executivo da companhia aérea e do Grupo Emirates salienta que, para o segundo semestre de 2023-24, “esperamos que a procura dos clientes em todas as nossas áreas de negócio continue a ser saudável e manter-nos-emos ágeis na forma como empregamos os nossos recursos neste mercado dinâmico. Ao mesmo tempo, estamos a acompanhar de perto os ventos contrários, como o aumento dos preços dos combustíveis, o fortalecimento do dólar americano, a inflação e a geopolítica.”

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Recuperação do turismo na Europa mantém-se desigual

As chegadas de turistas internacionais à Europa ficaram apenas 3,2% abaixo dos níveis de 2019, indicam os dados da European Travel Commission (ETC). No entanto, a recuperação continua desigual, com 65% dos destinos ainda abaixo dos níveis pré-pandémicos ao nível das chegadas de turistas estrangeiros, esperando a ETC uma recuperação total em 2024, um ano antes do esperado, apesar do contexto de inflação persistente e instabilidade geopolítica.

Após um Verão de forte procura turística, as chegadas de turistas internacionais à Europa estão apenas 3,2% abaixo dos níveis de 2019, e as noites diminuíram 1,3% no período de janeiro a setembro. A recuperação está a ser impulsionada pelas viagens intra-europeias resilientes e pelo afluxo de turistas dos EUA que beneficiam de taxas de câmbio favoráveis, revela a última edição do relatório trimestral “Tendências e Perspectivas do Turismo Europeu” divulgado, recentemente, pela European Travel Commission (ETC).

Os dados acumulados do presente ano mostram que cerca de 1 em cada 3 destinos reportados ultrapassaram os níveis de 2019 de chegadas estrangeiras. A recuperação da Europa foi impulsionada principalmente pelos destinos do Sul da Europa e do Mediterrâneo, nomeadamente Sérvia (+15%), Montenegro (+14%), Portugal (+11%), Turquia (+8%), Malta e Grécia (ambos +7%). No entanto, cerca de 65% dos destinos reportados ainda estão abaixo dos valores pré-pandemia. As recuperações mais lentas são, particularmente, evidentes entre os países da Europa de Leste vizinhos da Rússia e da Ucrânia, e aqueles que normalmente dependem de viajantes russos. Os países bálticos registaram as descidas mais acentuadas: Estónia (-27%), Letónia (-30%) e Lituânia (-33%).

Miguel Sanz, presidente da ETC, salienta que, “apesar dos persistentes desafios económicos e geopolíticos, é encorajador observar a recuperação contínua do turismo europeu. No entanto, devemos reconhecer que a verdadeira medida do sucesso do turismo vai além do número de visitantes e de noites passadas num destino. É essencial considerar e avaliar também o seu impacto na natureza, nas empresas locais e na população residente”.

Recuperação total do turismo está à vista, mas …
A recuperação das viagens na Europa permaneceu resiliente durante a época de Verão, mesmo no meio de desafios significativos colocados pelo aumento da inflação, pelos elevados custos de vida, pelos fenómenos meteorológicos extremos e pelas greves nas companhias aéreas.

A persistente instabilidade geopolítica continua a ter repercussões nas perspectivas do turismo na Europa. A guerra em curso na Ucrânia ainda afeta os números de chegadas na Europa de Leste e o conflito em desenvolvimento em Israel coloca riscos na época baixa, especialmente para destinos como França, Turquia e Roménia, que são populares entre os viajantes israelitas.

No entanto, espera-se que as chegadas de estrangeiros à Europa continuem a recuperar até ao final de 2023, embora a um ritmo mais lento, atingindo 91% dos níveis pré-pandemia durante todo o ano de 2023, avançam os dados da ETC.

As previsões sugerem que as chegadas de turistas internacionais à Europa atingirão os níveis de 2019 em 2024, um ano antes do inicialmente previsto. Entretanto, os aeroportos europeus estão perto de alcançar uma recuperação completa na procura de passageiros.

Com base no relatório de tráfego de agosto da ACI Europe, o tráfego de passageiros na rede aeroportuária europeia diminuiu apenas 3,4% em comparação com o mesmo período de 2019.

Sazonalidade esbatida
Apesar do aumento das pressões financeiras, os consumidores continuam a dar prioridade aos gastos com viagens em detrimento de outras despesas discricionárias. No entanto, devido aos preços elevados, os turistas estão agora a dar maior ênfase à relação qualidade/preço quando consideram produtos e experiências turísticas.

Em particular, um número crescente de turistas está a optar por destinos considerados mais acessíveis. Os preços mais baixos e as taxas de câmbio favoráveis estão a impulsionar a recuperação do turismo em destinos como a Turquia e a Bulgária, enquanto destinos populares de férias organizadas, como Portugal e Espanha, também registam uma elevada procura. Geralmente, os europeus estão a considerar uma gama mais ampla de destinos do que no período pré-pandemia, com a Turquia, o Montenegro, a Albânia e a Croácia a apresentarem os melhores desempenhos em termos de dormidas em relação aos níveis de 2019.

Além disso, os viajantes estão cada vez mais a utilizar uma série de táticas para reduzir o custo global das suas férias. Muitos estão a optar por reservar transporte e alojamento com bastante antecedência ou a considerar viagens fora das épocas de pico, optando pelas temporadas baixas. As férias organizadas também estão a aumentar em popularidade, uma vez que proporcionam ao viajante a confiança de que todos os custos essenciais já foram contabilizados.

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Análise

GlobalData: Negócios no setor das viagens e turismo cai 31,8% de janeiro-outubro

No acumulado dos oito primeiros meses de 2023, a atividade de negócios registou menos 290 transações face a igual período de 2022, revelam os dados da GlobalData.

Um total de 621 negócios foram anunciados no setor das viagens e turismo a nível global durante janeiro-outubro de 2023, o que representou um decréscimo de 31,8% em comparação com os 911 negócios realizados durante o mesmo período do ano anterior, revelam os dados da GlobalData.

Uma análise da base de dados de transações financeiras da GlobalData também revelou que todos os tipos de negócios cobertos testemunharam um declínio no volume durante janeiro-outubro de 2023 em comparação com janeiro-outubro de 2022.

Por exemplo, o volume de negócios de fusões e aquisições (M&A) diminuiu 34,2% durante janeiro-outubro de 2023 em comparação com janeiro-outubro de 2022. Já o número de negócios de private equity e acordos de financiamento de risco anunciados durante janeiro-outubro de 2023 caiu em 32,1% e 24% numa comparação anual, respetivamente.

Aurojyoti Bose, analista-chefe da GlobalData, refere que “as guerras em curso, as tensões geopolíticas e as condições económicas incertas impactaram consideravelmente a atividade de negócios no setor das viagens e turismo em 2023.”

Todas as regiões registaram descidas nas atividades de negócios. O volume de negócios para a América do Norte diminuiu 42,9% durante janeiro-outubro de 2023 em comparação com janeiro-outubro de 2022. Da mesma forma, as regiões da Europa, Ásia-Pacífico, Oriente Médio e África, e da América do Sul e Central também testemunharam um declínio anual no número de negócios em 36,5%, 11,7%, 22,9% e 40% durante janeiro-outubro de 2023, respetivamente.

A atividade comercial também permaneceu moderada na maioria dos principais mercados globais. Por exemplo, os EUA, Reino Unido, Japão, França, Coreia do Sul, Austrália, Espanha e os Países Baixos registaram um declínio anual de 43,7%, 33,6%, 46,8%, 18,5%, 19,2%, 28,6%, 57,6% e 27,8%. % no volume de negócios, respetivamente, durante janeiro-outubro de 2023 em comparação com janeiro-outubro de 2022.

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Meeting Industry

Intur dá destaque ao turismo do interior e Portugal marca presença

A 26.ª edição da Intur, Feira Internacional de Turismo Interior, a realizar a 16 e 17 de novembro, em Valladolid, dará a conhecer a diversidade da oferta em destinos nacionais e internacionais.

A Intur, Feira Internacional de Turismo de Interior, arrancará na quinta-feira, 16 de novembro, num evento que pretende promover o turismo de interior na Península Ibérica que tem registado um desenvolvimento exponencial do ponto de vista qualitativo e quantitativo.

O primeiro dia do evento inicia-se com uma jornada para profissionais, Intur Negócios, um cenário de trabalho no qual se reunirão operadores turísticos, agências de viagens, hotéis, empresas de transporte, destinos, empresas de turismo ativo, gastronomia, vinhos, turismo de eventos, turismo de idiomas.

A Intur Negocios está dividida em três áreas: um mercado contratante, uma área de exposição e sessões de formação em que serão analisados aspetos como o impacto do património no turismo de interior, as chaves da promoção no exterior e como a gastronomia é uma poderosa alavanca para os destinos.

“A Intur é uma feira pioneira na promoção do turismo de interior que evolui, tal como o setor, para ser útil às empresas. Este objetivo foi o que nos levou a separar os conteúdos profissionais dos dirigidos ao público, o viajante em busca de destinos, em Intur Negocios e Intur Viajeros, duas propostas diferentes e diferenciadas”, explica o diretor-geral da Feria de Valladolid, Alberto Alonso.

A Intur Negocios contará com a presença de cerca de 70 operadores turísticos e agências de viagens que operam nos mercados europeu, asiático e americano. Estes operadores participam neste encontro em busca de diferentes opções para elaborar as suas propostas destinadas a grupos, turismo familiar, viagens à medida, etc. Os seus interesses são heterogéneos e vão desde o alojamento de todas as gamas até aos locais de eventos, spas e propostas de turismo ativo.

Já a Intur Talks, na sua segunda edição, é um espaço de análise de diferentes áreas do turismo de interior. Palestras curtas e ágeis, abertas ao diálogo com os participantes, estruturadas em diferentes blocos que abordarão, entre outras questões, o papel do turismo de reuniões, as alavancas para a promoção do turismo cultural no estrangeiro ou como promover o turismo interior em diferentes faixas etárias, o turismo de prata versus a geração Z.

Entre os participantes neste fórum estará Pedro Machado, presidente da Agência Regional de Promoção Centro de Portugal, que abordará os “Dez erros que não se devem cometer na promoção do turismo internacional”.

Já o último dia do evento, abrem-se as portas à Intur Viajeros, grande mostra em que as comunidades autónomas, cidades, províncias, vilas e condados apresentam ao público as infinitas opções para desfrutar da história, natureza, gastronomia, tradições e manifestações culturais que definem os seus territórios.

Mais uma vez, este ano, Portugal conta com uma participação notável e heterogénea, com destinos tão diferentes como o Algarve, Trás-os-Montes ou a Região de Lisboa, Alto Tâmega, Serra da Estrela, Pombal, entre muitos outros.

Nesta 26.ª edição da Intur, os visitantes encontrarão propostas de 1200 destinos. Quase todas as comunidades autónomas de Espanha estarão representadas na Intur Viajeros, bem como as regiões portuguesas, o gabinete de turismo cubano, o parque temático francês Futuroscope, empresas como a Tirolina das Minas, as adegas Campo Eliseo e Estancia Piedra, o Aquiestoy Caravaning, associações turísticas e culturais, associações de turismo rural, associações para a promoção do turismo acessível, etc.

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Transportes

Virgin Atlantic vê aprovado primeiro voo transatlântico 100% SAF

Dia 28 de novembro poderá ser um dia histórico para a viação, depois da Virgin Atlantic obter a autorização para efetuar o primeiro voo transatlântico 100% SAF.

A Autoridade de Aviação Civil do Reino Unido (Civil Aviation Authority, CAA sigla em inglês) deu, recentemente, autorização à Virgin Atlantic para efetuar o primeiro voo transatlântico 100 abastecida com combustível de aviação sustentável (Sustainable Aviation Fuel, SAF sigla em inglês.

O voo está prevista ser realizado no dia 28 de novembro, com partida de London Heathrow com destino a Nova Iorque JFK num Boeing 787.

De acordo com uma análise da DBRS Morningstar, “apesar deste desenvolvimento positivo, a ampla utilização de 100% do SAF em escala levará anos, pois ainda existem obstáculos significativos”.

Ainda segundo a DBRS Morningstar, “questões tecnológicas sobre se serão necessárias modificações nas propriedades atuais do SAF e/ou nas aeronaves existentes permanecem sem resposta nesta fase. Além disso, também poderão ser necessárias atualizações da infraestrutura de combustível para acomodar 100% de SAF. O custo mais elevado do combustível e os estrangulamentos de produção também são desafios materiais, conforme discutido mais detalhadamente abaixo”.

A consultora admite, contudo, que o SAF desempenhará “um papel importante na estratégia do setor aéreo para atingir as suas metas de descarbonização a longo prazo. As implicações do crédito para as companhias aéreas dependerão do impacto do custo mais elevado do SAF na procura de viagens aéreas e nas margens das companhias aéreas”.

Shai Weiss, CEO da Virgin Atlantic, salienta que a licença da Autoridade de Aviação Civil para voar o ‘Flight100’ é “um marco importante e uma grande conquista para todas as equipes que trabalham neste voo histórico. Chegar a este ponto demorou mais de um ano e exigiu uma colaboração radical entre os nossos parceiros do consórcio e o governo”.

O responsável refere ainda que a companhia está “empenhada em utilizar 10% de SAF até 2030, mas para chegar lá precisamos que o governo apoie a criação de uma indústria de SAF no Reino Unido. Sabemos que, se conseguirmos, podemos voar.”

Já Rob Bishton, diretor-executivo da Autoridade de Aviação Civil do Reino Unido, refere que, “como regulador da aviação do Reino Unido, é importante permitirmos com segurança que a indústria adote práticas mais sustentáveis e ultrapasse os limites do que é possível para criar uma indústria de aviação mais verde”. E adiante ainda que esta licença “não só permite à Virgin Atlantic e outros demonstrarem o seu compromisso com a sustentabilidade, mas também serve como um exemplo de como a indústria está sempre a explorar novas tecnologias”.

“Inovação e sustentabilidade são áreas de trabalho vitais, mas devem andar de mãos dadas com segurança. Este é um lembrete de que juntos podemos impulsionar a mudança, reduzir as emissões e tornar os céus mais verdes para as gerações vindouras”, concluiu Bishton.

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