Dormidas reservadas através de plataformas online já ultrapassam níveis pré-pandemia
De acordo com o Eurostat, no primeiro semestre, “o turismo através destas plataformas superou os níveis registados no primeiro semestre de 2019, ano anterior à pandemia da Covid-19”.
Inês de Matos
Hóspedes e dormidas continuam a subir em fevereiro
Nova Edição: RoadShow das Viagens em imagens, Málaga, entrevista SATA, Sun Princess e dossier Animação Turística
Empresários açorianos unem-se contra a sazonalidade e pedem “plano efetivo e adequado aos desafios”
Edição Digital: RoadShow das Viagens em imagens, Málaga, entrevista SATA, Sun Princess e dossier Animação Turística
Ryanair compra mil toneladas de SAF à Shell
Francisco Calheiros mantém-se à frente da CTP por mais três anos
MotoGP aumenta compras no Algarve com destaque para o consumo estrangeiro
Four Seasons lança linha de iates de luxo em 2026
Delta considerada companhia aérea mais valiosa do mundo
TAAG aumenta comissões para agências de viagens para 6%
No primeiro semestre do ano, as dormidas de curta duração na União Europeia reservadas através de plataformas online de alojamento somaram 199 milhões, valor que representa uma subida de 138% face a igual período do ano passado e que ultrapassa mesmo os 193 milhões de dormidas reservadas através destas plataformas nos primeiros seis meses de 2019.
“Com este valor, o turismo através destas plataformas superou os níveis registados no primeiro semestre de 2019, ano anterior à pandemia da Covid-19, quando as plataformas registaram cerca de 193 milhões de noites de hóspedes”, lê-se na informação divulgada esta terça-feira, 4 de outubro, pelo Eurostat.
O gabinete de estatística da União Europeia, que pela primeira vez divulgou dados mensais relativos ao alojamento turístico de curta duração, graça a um acordo entre a Comissão Europeia e as plataformas Airbnb, Booking.com, Expedia e Tripadvisor, indica que “após uma recuperação gradual do número de reservas durante o segundo semestre de 2021, no primeiro semestre de 2022 as reservas atingiram e ultrapassaram pela primeira vez os níveis pré-pandemia”.
Por trimestre, entre janeiro e março, foram reservadas nestas plataformas 67,4 milhões de noites, o que indica um aumento de 148,8% face às 27,1 milhões de noites reservadas no mesmo período de 2021 e de 4,5% em comparação com as 64,5 milhões de noites de 2019.
Já no segundo trimestre, foram reservadas 132,0 milhões de noites, num crescimento de 132,9% face aos três primeiros meses do ano passado, quando se tinha contabilizado a reserva de 56,7 milhões de noites, enquanto na comparação com período homólogo de 2019 houve uma subida de 2,5%, já que tinham sido reservadas 128,8 milhões de noites.
O Eurostat refere que, na comparação com o ano passado, houve uma “recuperação robusta” em todos os 31 países do bloco europeu contabilizados, ainda que, face ao período pré-pandemia, as evoluções tenham “variado” consoante os países.
Entre os países com melhor desempenho nas reservas de curta duração através de plataformas online, o Eurostat destaca a França e Espanha, ambas com cinco regiões entre as 15 europeias que chegaram a um milhão de noites reservadas no primeiro trimestre.
Já a Itália contabilizou duas regiões entre as 15 da Europa que alcançaram um milhão de noites reservadas através destas plataformas, seguindo-se a Áustria, a Polónia e Portugal, todos com uma região, que no caso português foi Lisboa e Vale do Tejo.
Em Portugal, o gabinete de estatística da União Europeia diz que foram registadas mais de três milhões de dormidas de curta duração entre janeiro e março, o que corresponde a um aumento de 348,3% face a igual período de de 2021 e de 1,4% na comparação com o mesmo período de 2019.
No segundo trimestre, as dormidas registadas através destas plataformas online em Portugal ultrapassaram os oito milhões, o que traduz um aumento de 204,9% na comparação com o mesmo período de 2020, mas um recuo de 1,6% face ao segundo trimestre de 2019.