Ribeira do Porto é um dos tesouros cinematográficos da Europa
A Ribeira do Porto é o único lugar português na lista divulgada pela Academia Europeia de Cinema, juntando-se a locais em França, Polónia, Espanha, Reino Unido ou Letónia.
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A Ribeira do Porto foi esta terça-feira, 20 de setembro, eleita como um dos tesouros da cultura cinematográfica europeia pela Academia Europeia de Cinema, que reconhece que esta zona histórica portuense tem um valor histórico “que deve ser mantido e protegido”, avança a Lusa, que cita a organização desta distinção.
A criação da lista de “Tesouros da Cultura Cinematográfica Europeia” é uma iniciativa da Academia Europeia de Cinema com o objetivo de elencar locais e espaços que são simbólicos para o cinema europeu, “lugares de valor histórico que devem ser mantidos e protegidos não só agora como para as gerações futuras”, lê-se na nota de imprensa.
A Ribeira do Porto é um dos 22 tesouros cinematográficos da Europa, com a Academia Europeia de Cinema a lembrar que esta zona histórica foi já cenário de três filmes do realizador português Manoel de Oliveira, concretamente “Douro, Faina Fluvial” (1931), “Aniki Bobó” (1942) e “O Porto da Minha Infância” (2001).
A Ribeira do Porto é o único lugar português na lista divulgada pela Academia Europeia de Cinema, juntando-se a locais em França, Polónia, Espanha, Reino Unido ou Letónia.
Para a academia é preciso preservar, por exemplo, o Studio Babelsberg (Alemanha), onde Fritz Lang fez “Metropolis” (1927) e Wes Anderson filmou “Grand Budapest Hotel” (2014), a Fontana di Trevi, em Roma, cenário de “A doce vida” (1961), de Federico Fellini, ou uma praia em França, onde Agnès Varda fez “As praias de Agnès” (2008).
“Em vez de nos limitarmos a organizar os prémios europeus de cinema, a Academia Europeia de Cinema vai abranger a história e as pessoas que fizeram o que é hoje o cinema europeu”, afirmou o diretor da academia, Matthijs Wouter Knol, em comunicado.
O objetivo da academia é anualmente acrescentar novos locais a esta lista de “tesouros cinematográficos” e trabalhar este património junto de novos públicos.