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Turismo Centro de Portugal manifesta solidariedade com vitimas do incêndio na Serra da Estrela

A Turismo Centro de Portugal lamenta que alguns dos locais atingidos pelo incêndio na Serra da Estrela “dificilmente voltarão a ser o que eram”, mas diz ter a certeza que, “com o esforço de todos, o Parque Natural vai reerguer-se”.

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A Turismo Centro de Portugal lamenta que alguns dos locais atingidos pelo incêndio na Serra da Estrela “dificilmente voltarão a ser o que eram”, mas diz ter a certeza que, “com o esforço de todos, o Parque Natural vai reerguer-se”.

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A Turismo Centro  de Portugal veio esta sexta-feira, 12 de agosto, manifestar a sua solidariedade para com as vitimas do incêndio na Serra da Estrela, a área protegida mais extensa do país e que tem sido severamente atingida pelos incêndios.

“A Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal manifesta a sua solidariedade para com todos aqueles que sofreram danos pessoais e materiais nos inclementes fogos deste verão e lamenta profundamente que um ecossistema tão sensível como o da Serra da Estrela tenha sido tão duramente atingido”.

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A Turismo Centro de Portugal lamenta que alguns dos locais atingidos pelo incêndio na Serra da Estrela “dificilmente voltarão a ser o que eram”, mas diz ter a certeza que, “com o esforço de todos, o Parque Natural vai reerguer-se e continuar a ser o destino turístico de excelência que sempre foi”.

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A entidade regional de turismo envia ainda um “abraço solidário” a todos os municípios e empresários afetados, lembrando que o “esforço de recuperação vai exigir o empenho sobre-humano de todos” e garantindo que “municípios e empresários sabem que podem contar com todo o apoio da Turismo Centro de Portugal nesta tarefa tão árdua”.

A Turismo Centro de Portugal conclui o comunicado enviando ainda “as maiores palavras de louvor” aos bombeiros e proteção civil que têm combatido o incêndio na Serra da Estrela, considerando que, “perante uma situação tão adversa, voltaram a mostrar a fibra de heróis que reconhecidamente são” e pedindo aos visitantes do destino que “redobrem a atenção nos seus comportamentos, evitando os de risco, em especial numa altura tão delicada”.

 

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Da esquerda para a direita: Jesús Viñuales, Anabela Freitas, Esther Gutiérrez, Miguel Martins

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Congresso Mundial de Turismo Interior para “eliminar barreiras”

Na apresentação oficial do I Congresso Mundial de Turismo Interior, os responsáveis pela organização salientaram que o evento pretende “olhar para a frente e encontrar estratégias futuras de desenvolvimento em conjunto”.

Victor Jorge

De 26 a 28 de novembro, Cáceres (Extremadura, Espanha) será o palco do I Congresso Mundial de Turismo Interior, organizado pela Associação Ibérica Turismo do Interior (AITI). Na apresentação oficial à imprensa, em Portugal, Jesús Viñuales, diretor-geral de Turismo da Extremadura, admitiu que “um dos objetivos principais deste evento é, de facto, eliminar fronteiras. Por vezes, falamos de dois países que não se olham olhos nos olhos e que, a partir de agora, passam a trabalhar em conjunto para um bem comum”.

Com o objetivo de “criar um destino conjunto”, Esther Gutiérrez, vice-presidente da Diputación de Cáceres, salientou que “há que olhar para os novos turistas que também nos veem com outros olhos”, explicando que o “segredo” está em “promover territórios mais autênticos, de maior qualidade, que preserve a natureza e a cultura”.

“Temos de ultrapassar um grande desafio que nos é colocado e que tem a ver com a demografia, com o despovoamento dos locais. Precisamos de manter os que lá estão e chamar novas pessoas para nos visitarem e se fixarem no interior”. Para isso, explicou, “precisamos de cooperação e colaboração entre os setores públicos e privados para que possamos desenvolver as oportunidades que estes territórios oferecem”.

Já Miguel Martins, presidente da AITI, considera que “é fundamental estreitar relações entre os dois países, ou melhor, entre as duas regiões”, admitindo que, para tal, “academia, privados e públicos terão de trabalhar em conjunto”.

No que diz respeito ao congresso, Miguel Martins explicou que “não queremos um evento onde as pessoas vão debitar informações sem valor, ou como se costuma dizer, o que se ouve em todos e quaisquer eventos. Queremos que seja um evento de partilha e que no final se possa retirar algo válido para o desenvolvimento futuro destas regiões e pessoas”.

“Teremos uma componente académica muito forte, com 58 comunicações, de 35 universidades”. Além disso, haverá uma zona de exposição, com 39 expositores dos dois países. Em Portugal, já confirmaram a presença expositores de todo o país, desde Guarda a Alcoutim, Coruche, Alfândega da Fé, Ourém ou Tomar, sendo que o mesmo se passa da parte espanhola.

Admitindo que “faltam âncoras” para o desenvolvimento destes territórios, Miguel Martins explicou que “estes têm de oferecer algo. Não basta dizer que temos natureza, somos sustentáveis, que temos cultura. Isso, praticamente, todos afirmam”, destacou.

Um momento alto do evento, revelou o promotor, será a apresentação de uma rota da “Guerra dos Tronos”, que inclui locais de filmagem icónicos ao longo da fronteira ibérica, trazendo visibilidade internacional e um novo atrativo para a região.

Por isso, um dos aspetos fundamentais a melhorar nestes territórios prende-se, entre outros, com a mobilidade. “Não vale a pena estarmos a promover estes territórios do interior quando as pessoas depois levam horas a lá chegar e, muitas vezes, nem sabem como chegar”, salientando Miguel Martins a presença de Pablo Pastega, vice-presidente para a Europa Ocidental da FlixBus, empresa que está a analisar uma possível ligação entre Cáceres e Castelo Branco.

Além da rodovia, Miguel Martins destacou, igualmente, a importância da ferrovia para trazer pessoas a estes territórios, “já que estamos a falar de dois países que, no conjunto recebem 200 milhões de turistas, mas cujo interior só capta 1,3 milhões”. Por isso, admite, “temos de ser práticos e falar de assuntos concretos”.

Anabela Freitas, vice-presidente da Turismo do Centro, admitiu que “estamos no caminho certo para o desenvolvimento do turismo”, considerando que “é mais o que nos une do que o que nos separa. É preciso ter uma mensagem positiva”. Salientando ainda que “a diferença entre nós é uma mais-valia para todos”, reconheceu que “são os privados que desenvolvem o setor e enfrentam os desafios dos territórios”, apelando ainda a “mais ação”.

No final, Miguel Martins concluiu que o congresso surge “na altura ideal”, indicando que, em breve, será lançada uma plataforma de comunicação efetiva, já que “não podemos promover por promover. Não precisamos de muitos produtos turísticos, mas os que existem, têm de ser bons, de qualidade”.

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Algarve quer ser destino de referência internacional no mergulho

O Algarve está determinado a posicionar-se como um “destino de mergulho de topo” a nível internacional, promovendo o Parque Natural Marinho da Pedra do Valado, um dos primeiros parques marinhos protegidos em Portugal e o maior recife costeiro da região, localizado entre Albufeira e Lagoa.

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Esta aposta da região algarvia foi reforçada durante o World Travel Market, em Londres, onde o EDP Art Reef by Vhils recebeu um prémio da British Guild of Travel Writers (BGTW), pela inovação e valor artístico da exposição subaquática criada por Vhils com 13 esculturas feitas a partir de peças antigas de centrais elétricas, instaladas a mais de 10 metros de profundidade ao largo de Albufeira.

A propósito desta distinção da associação, que reúne profissionais de media e especialistas na criação de conteúdos sobre viagens e turismo, o presidente do Turismo do Algarve, André Gomes, sublinhou o potencial da região, declarando que, nos próximos anos, a região poderá tornar-se um destino de mergulho de topo, tirando partido do património único que temos neste segmento do turismo náutico.”

A biodiversidade do Parque Natural Marinho da Pedra do Valado inclui espécies marinhas de grande valor ecológico e económico, como garoupas, polvos e corais, que enriquecem a experiência subaquática.

Para garantir a sustentabilidade e uma experiência de qualidade no parque, estão em curso procedimentos de regulamentação e certificação para as atividades a desenvolver na área, visando assegurar que as práticas e serviços prestados estão alinhados com os padrões internacionais, oferecendo experiências seguras e sustentáveis aos visitantes.

Além do Parque Natural Marinho da Pedra do Valado e do EDP Art Reef, o Algarve conta ainda com o Parque Subaquático Ocean Revival, ao largo de Portimão, que inclui quatro navios desativados da marinha afundados, criando o maior recife artificial do mundo e um habitat que atrai e sustenta vida marinha diversificada.

“Com estes três locais de mergulho únicos situados num raio de poucos quilómetros, o Algarve diferencia-se como um destino ímpar para a comunidade de mergulho, com uma oferta de experiências subaquáticas que poucos destinos no mundo conseguem igualar”, concluiu André Gomes.

 

 

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Minas Gerais mostra-se em Portugal

A iniciativa “Minas em Portugal” inclui um programa de capacitação, que decorrerá no dia 15, em Lisboa, seguido de um jantar com gastronomia mineira, roadshow e participação no Essência do Vinho, visando atrair turistas e investimentos.

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O estado brasileiro de Minas Gerais encontra-se em Portugal para apresentar os seus atrativos turísticos, culturais e gastronómicos, promovendo iniciativas que facilitam o intercâmbio de negócios e investimentos, além de reforçar as relações económicas e comerciais bilaterais.

Neste contexto, será realizado um programa de capacitação em turismo e investimento no dia 15 de novembro, no hotel Vila Galé Collection Palácio dos Arcos, seguido de um jantar que destacará a gastronomia mineira. Além disso, Minas Gerais marcou presença no evento Essência do Vinho – Lisboa, promovendo o destino e os produtos regionais, como vinhos, queijos, cachaças, azeites e a cozinha mineira. A iniciativa integra a “Semana da Gastronomia Mineira”, durante a qual, esta quarta-feira, dia 13 de novembro, o chef lisboeta João Sá acolherá o chef mineiro Caio Soter no seu restaurante Sála, convidado pelo Governo de Minas Gerais, Grupo Fartura e Essência Company.

“Minas Gerais e Portugal têm uma ligação profunda, partilhando a língua e raízes culturais e históricas. Com apenas algumas horas de distância, acreditamos que, ao fortalecer a cooperação e as relações bilaterais, podemos aumentar o fluxo turístico entre os dois destinos, além de criar novas oportunidades de negócios para investidores e empresários portugueses e brasileiros, impulsionando as exportações, importações e o crescimento conjunto dos dois mercados”, defendeu Romeu Zema, governador do estado.

Recentemente, as relações entre os dois países foram reforçadas com a assinatura de um Memorando de Interesse entre o Governo de Minas Gerais e a Câmara de Comércio Portuguesa, realizado no Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), no dia 4 de outubro. O estado já havia promovido ações na BTL em Lisboa, na Wine & Travel Week e no Essência do Vinho no Porto, e está atualmente a implementar o projeto “Minas em Portugal”, com iniciativas voltadas para ampliar parcerias, estabelecer colaborações com cidades portuguesas e fomentar o comércio mineiro junto aos empresários locais. O projeto inclui ainda intercâmbio cultural, programas de capacitação, eventos de networking e iniciativas para atração de investimentos.

O investimento direto português no Brasil atingiu um pico histórico em 2022, segundo o Banco Central do Brasil, e Minas Gerais tem beneficiado dessa tendência. Entre 2019 e 2024, foram formalizados investimentos portugueses no estado, totalizando 120 milhões de reais, através de projetos como a nova unidade hoteleira Vila Galé Brasil, que criará 120 postos de trabalho em Ouro Preto, neste caso, no turismo.

Minas Gerais tem-se afirmado como um destino turístico atrativo para portugueses, sendo o segundo maior mercado emissor de turistas, com 44.670 registos (valores de 2023), superando os números pré-pandemia.

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Baleares vão financiar 79 projetos de sustentabilidade com verbas da taxa turística

A Comissão Fiscal de Turismo Sustentável (ITS) das Ilhas Baleares aprovou a atribuição de 376,9 milhões de euros dos fundos correspondentes aos anos 2024 e 2025 para o desenvolvimento de um total de 79 projetos que visam melhorar a sustentabilidade e o ciclo da água nas ilhas, o que significa que 65% das verbas da taxa turística.

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Esta informação foi avançada em conferência de imprensa pelo ministro do Turismo, Jaume Bauzá. A notícia da Hosteltur indica que, Maiorca receberá a maior parte destes fundos, com uma dotação de 229 M€, o que representa 63,35% do total. Em segundo lugar, Ibiza obterá 67,5 M€ (18,66%), seguido de Menorca com 53,7 M€ (14,85%) e Formentera com 11,3 M€ (3,14%). A mesma fonte refere ainda que a distribuição dos recursos responde às necessidades de cada ilha em termos de sustentabilidade, bem como aos projetos específicos apresentados pelos diferentes conselhos insulares e municipais.

O mesmo jornal espanhol avança ainda que, com um investimento de 247,2 milhões de euros para 34 projetos, as iniciativas ambientais e de gestão do ciclo da água são o pilar central, cujos projetos visam melhorar a sustentabilidade das infraestruturas de abastecimento e saneamento, modernizar os sistemas de abastecimento de água para consumo humano e otimizar a eficiência energética das referidas instalações. Este esforço responde ao objetivo do governo das Baleares de preservar os recursos hídricos e proteger o ambiente natural em todas as ilhas.

Contudo, diz a Hosteltur, outro dos principais objetivos do ITS é promover a procura fora da época alta, incentivando a criação de produtos e atividades turísticas sustentáveis ​​e atrativas. Para tal, foram aprovados mais 23 projetos com um investimento que ultrapassa os 67 milhões de euros no total, que incluem atividades ligadas à cultura e ao desporto, destinadas a aumentar a atração turística nos meses de baixa ocupação e reduzir a dependência da época de verão. Além disso, os fundos serão dedicados ao controlo da oferta ilegal, num esforço para garantir que o turismo nas Ilhas Baleares mantenha elevados padrões de qualidade e legalidade.

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Adaptação às alterações climáticas é uma prioridade nacional para os portugueses, revela estudo do BEI

De acordo com o inquérito anual sobre o clima encomendado pelo Banco Europeu de Investimento (BEI), mais de três quartos dos portugueses reconhecem a necessidade de mudar e adaptar o seu estilo de vida aos efeitos das alterações climáticas.

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À medida que a frequência e a gravidade das catástrofes naturais se intensificam, o custo económico das alterações climáticas aumenta. Os cientistas alertam para o facto de estas catástrofes se tornarem cada vez mais onerosas. De acordo com um relatório da Agência Europeia do Ambiente, “a Europa é, atualmente, o continente que regista o aquecimento mais rápido e prevê-se que os fenómenos meteorológicos extremos se intensifiquem à medida que as temperaturas mundiais aumentam”. Esta escalada coloca desafios significativos em matéria de infraestruturas e ameaça a estabilidade do abastecimento mundial de água e alimentos, o que evidencia a necessidade urgente de estratégias globais de adaptação às alterações climáticas.

O Banco Europeu de Investimento (BEI) acaba de publicar a sétima edição do seu inquérito anual sobre o clima, que recolheu as opiniões de mais de 24.000 inquiridos na UE e nos EUA sobre as alterações climáticas.

Em Portugal, inquiridos colocam as alterações climáticas entre os cinco maiores desafios que o país enfrenta, a par da instabilidade política e a seguir ao aumento do custo de vida, ao acesso aos cuidados de saúde, à migração em grande escala e ao desemprego.

Embora não as considerem “o maior desafio” quando lhes é dada a possibilidade de as classificarem, uma grande maioria dos portugueses reconhece a necessidade de adaptação às alterações climáticas e considera-a mesmo uma prioridade. 99% dos inquiridos reconhecem a necessidade de adaptação às alterações climáticas (em comparação com a média da UE de 94%). Mais especificamente, dois terços (66%, 16 pontos acima da média da UE de 50%) consideram que essa adaptação é uma prioridade em Portugal nos próximos anos e 33% consideram-na importante.

A adaptação às alterações climáticas é também encarada como uma oportunidade económica e um investimento a longo prazo para o país. 95% dos inquiridos afirmam que o investimento na adaptação às alterações climáticas pode ajudar a criar emprego e a estimular a economia local (em comparação com 86% na UE). Já 95% consideram que essa adaptação exige investimentos no presente para evitar custos mais elevados no futuro (em comparação com 85% na UE).

Embora os inquiridos portugueses reconheçam as oportunidades económicas das medidas de adaptação aos impactos das alterações climáticas, a sua experiência pessoal relativamente a fenómenos meteorológicos extremos aumenta o sentimento de que é urgente agir. Assim, 86% dos portugueses (6 pontos acima da média da UE) foram afetados por, pelo menos, um fenómeno meteorológico extremo nos últimos cinco anos. Mais especificamente, 63% (8 pontos acima da média da UE) foram atingidos por calor extremo e ondas de calor, 48% (27 pontos acima da média da UE) enfrentaram incêndios florestais e 43% (8 pontos acima da média da UE) foram afetados por secas.

Mudanças de estilos de vida
As consequências dos fenómenos meteorológicos extremos são simultaneamente tangíveis e variadas. 71% dos inquiridos portugueses mencionaram ter sofrido, pelo menos, uma consequência direta de fenómenos meteorológicos extremos, 28% tiveram florestas ou espaços naturais destruídos perto das suas habitações (9 pontos acima da média da UE), 24% sofreram problemas de saúde (como insolação ou problemas respiratórios) e 19% enfrentaram perturbações dos transportes.

Neste contexto, os portugueses estão cientes da necessidade de se adaptarem com 77% dos inquiridos (em comparação com 72% na UE) a reconhecerem que terão de mudar e adaptar o seu estilo de vida devido às alterações climáticas. 37% pensam que terão de mudar-se para um local menos vulnerável ao clima, mesmo que seja mesma região (para evitar inundações, incêndios florestais ou outros fenómenos meteorológicos extremos), e 30% afirmam que terão de mudar-se para uma região ou para um país mais fresco.

A adaptação individual às alterações climáticas exige um bom nível de informação, com a maioria dos portugueses (77%, 6 pontos acima da média da UE de 71%) a afirmar estar informada sobre as medidas que pode adotar para adaptar eficazmente os seus lares e estilos de vida. No entanto, a maior parte destes (53%, em comparação com a média da UE de 60%) continua a desconhecer a existência de subvenções públicas ou incentivos financeiros para apoiar esses esforços.

Prioridades
Os inquiridos portugueses identificaram algumas prioridades essenciais para a adaptação às alterações climáticas a nível local. Dessa forma, “educar os cidadãos” no sentido de adotarem comportamentos para prevenir e enfrentar fenómenos meteorológicos extremos foi mencionado por 52% (14 pontos acima da média da UE de 38 %). Já o “arrefecimento das cidades” e a “melhoria das infraestruturas” foram mencionados por 38% e 37%, respetivamente.

Quanto à questão de quem deve pagar a adaptação às alterações climáticas, metade dos inquiridos (49%, 14 pontos acima da média da UE) considera que os custos devem ser suportados pelas empresas e indústrias que mais contribuem para as alterações climáticas. Quase um terço (30%) considera que todos devem pagar o mesmo e somente 8% afirma que as pessoas mais ricas devem suportar os custos através de impostos mais elevados.

Quanto à questão de quem deve beneficiar primeiro da ajuda à adaptação, 38% considera que todos devem beneficiar de igual modo, 32% pensa que deve ser dada prioridade aos idosos, e 25% afirma que os primeiros beneficiários devem ser as pessoas que vivem em zonas de alto risco.

A preocupação sobre quem deve beneficiar da ajuda à adaptação vai para além das prioridades locais. A maioria dos portugueses (67%, 10 pontos acima da média da UE) reconhece a necessidade de apoiar os esforços de adaptação a nível mundial e considera que o seu país deve fazer mais para ajudar os países em desenvolvimento mais vulneráveis a adaptarem-se aos impactos crescentes das alterações climáticas.

As pessoas sabem que temos de agir agora para nos adaptarmos e atenuarmos os efeitos das alterações climáticas, mas uma transição bem planeada é também a que faz mais sentido do ponto de vista económico. Cada euro investido na prevenção e na resiliência permite poupar entre 5 e 7 euros na reparação dos danos”, conclui Nadia Calviño, presidente do BEI.

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Horta, 11 Junho 2024 ©Hugo Moreira

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Plano Regional Anual dos Açores para 2025: Turismo vai concentrar mais de 19M € de investimento

No âmbito do Plano Regional Anual dos Açores para 2025, o setor do turismo tem um investimento superior a 19 milhões de euros, visando um desenvolvimento assente na sustentabilidade e colocando os residentes no centro de todo o processo de criação de valor. As pastas lideradas por Berta Cabral (Turismo, Mobilidade e Infraestruturas) concentram 338,7 milhões de euros.

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Ouvida na Comissão de Economia do Parlamento açoriano, no âmbito do Plano Regional Anual para 2025, Berta Cabral disse que a prioridade será a execução dos investimentos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) em diversos setores, assim como muitas outras ações “fundamentais para a coesão social, económica e territorial da Região”. A Secretaria Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, que abrange áreas muito diversificadas, consideradas de importância estrutural na economia dos Açores, contra mais de 338,7 milhões de euros de investimento em 2025, sendo que só o setor do turismo tem um investimento superior a 19 milhões de euros, visando um desenvolvimento assente na sustentabilidade e colocando os residentes no centro de todo o processo de criação de valor.

Referindo-se ao turismo, Berta Cabral acentuou, citada em nota divulgada na página web do Governo Regional, que a atuação será “pragmática e assertiva em pontos-chave da regulação, da cadeia de valor do setor e da qualificação do destino Açores”, uma vez que o percurso delineado “tem produzido resultados de excelência, como se comprova pelos registos em todos os indicadores de desempenho do setor e pelo reconhecimento nacional e internacional da Região como destino de alta qualidade, como se verificou no Azores Tourism Summit”.

Berta Cabral afirmou que continuará a apostar na promoção internacional do destino, diversificando a conetividade aérea e potenciando o alargamento progressivo e sustentado das operações das companhias que já voam para os Açores, “caminho que tem dado frutos, dotando a Região de uma conetividade inédita a nível internacional, com mais de 30 rotas no verão IATA e 14 companhias a efetuar ligações para as nossas ilhas, permitindo que atualmente os mercados emissores estrangeiros representem cerca de dois terços da procura turística”, destacou a secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas.

A mitigação da sazonalidade e a distribuição dos fluxos turísticos por todo o território regional, com o objetivo fundamental de ter turismo todo o ano em todas as ilhas, é outra das metas para 2025. Neste sentido, Berta Cabral, de acordo com a mesma fonte lembrou o estudo apresentado pela Ernest & Young na última semana, que dá conta de que a sazonalidade nos Açores está em tendência decrescente, e, neste sentido, para afirmar que “importa continuar os esforços para a sua mitigação, como está patente no plano da Visit Azores para o inverno IATA 2025”.

Será também mantida a melhoria e disciplina do acesso e da visitação aos pontos de atração turística mais procurados, como Furnas e Sete Cidades, à semelhança do que aconteceu com o Vulcão do Fogo, potenciando uma circulação mais equilibrada de turistas, através do desenvolvimento de projetos e ações como as Rotas Açores, a Rede Regional de Percursos Pedestres e a Rede Integrada de Atividade de Natureza dos Açores.

Paralelamente, dar-se-á início dos trabalhos práticos de revisão do Plano de Ordenamento Turístico da Região Autónoma dos Açores (POTRAA) e de construção do novo Plano de Desenvolvimento Territorial do Turismo dos Açores, além da organização e dinamização de eventos e ações de formação abrangendo temáticas específicas, como o turismo inclusivo, o ‘wellbeing’ e o património cultural.

Já em relação aos transportes, a governante esclareceu que o setor concentra um investimento de cerca de 130,6 milhões de euros, destinando-se a maior fatia aos transportes aéreos (mais de 78 milhões de euros). Neste âmbito, será assegurado o contrato de Obrigações de Serviço Público Interilhas e salvaguardada a “Tarifa Açores”, que será complementada pelo Passe Açores 9 Ilhas, que entra em vigor muito em breve. Haverá, ainda, dotação de novas condições de operacionalidade nos aeródromos da Região, enquanto, relativamente aos transportes marítimos, os investimentos mais relevantes serão nos portos de quase todas as ilhas.

 

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Pompeia vai limitar número de visitantes a 20 mil por dia

O Parque Arqueológico de Pompeia vai limitar o número de visitantes a 20 mil por dia, e introduzir bilhetes de entrada personalizados, numa tentativa de combater o turismo excessivo e proteger o património mundial, disseram as autoridades.

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Neste verão, um recorde de 4 milhões de pessoas visitaram as ruínas da antiga cidade romana, situadas a 22km da cidade de Nápoles, em Itália, enterradas sob cinzas e rochas após a erupção do Monte Vesúvio em 79 d.C.

O diretor do parque arqueológico, Gabriel Zutrigel, disse aos jornais italianos, que os visitantes do local principal agora têm em média mais de 15.000 a 20.000 por dia e o novo limite diário evitará um novo aumento no número.

“Além de limitar o número de visitantes, serão introduzidos bilhetes personalizados a partir da próxima semana para travar o número excessivo de visitas turísticas e permitir uma melhor proteção deste património cultural mundial”, anunciaram os responsáveis ​​pelo sítio arqueológico.

“Estamos a trabalhar numa série de projetos para reduzir a pressão turística no sítio arqueológico. “Muitos visitantes podem representar um risco tanto para os visitantes como para o património arqueológico, que é único e frágil”, disse Gabriel Zutrigel.

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Europalco e Fluge buscam aliança estratégica no mercado ibérico

A Europalco, especializada em serviços audiovisuais e eventos corporativos em Portugal, e a Fluge, empresa espanhola que se dedica à mesma área, iniciaram conversações para explorar uma possível estratégia conjunta no mercado ibérico.

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Ambas as empresas estão a avaliar um modelo de colaboração que poderá gerar novas sinergias e reforçar a sua presença nos setores de eventos e produções audiovisuais em Portugal e Espanha, bem como no mercado internacional, onde veem um grande potencial de crescimento. Este possível acordo estratégico visa oferecer soluções inovadoras e personalizadas para grandes produções, espetáculos e eventos corporativos, mantendo sempre a excelência e a qualidade que caracterizam ambas as empresas.

As negociações estão numa fase preliminar, e ambas as empresas continuarão a trabalhar neste possível acordo com o objetivo de impulsionar a sua competitividade e inovação no mercado ibérico, assegurando sempre o compromisso com a satisfação do cliente e o bem-estar dos seus colaboradores, conforme indicam em nota de imprensa.

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Braga e Viana do Castelo recebem encontro internacional sobre turismo sustentável

As cidades de Braga e Viana do Castelo foram palco do encontro internacional do Projeto POST – Turismo Policêntrico, que visa promover uma nova abordagem ao turismo sustentável. Durante três dias, o Norte de Portugal acolheu especialistas e representantes do sector para uma reflexão aprofundada sobre os recursos e desafios do turismo na região.

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O Projeto POST, refira-se, propõe o conceito inovador de “Turismo Policêntrico”, que procura uma redistribuição equilibrada do turismo entre diferentes territórios. Através de medidas estratégicas, o objetivo, segundo a autarquia bracarense, é tornar os fluxos turísticos mais permeáveis, promovendo o desenvolvimento equilibrado e sustentável das regiões. No âmbito do projeto, os parceiros irão desenvolver e testar novas ferramentas e estratégias de comunicação para implementar o conceito de “Turismo Policêntrico” ao longo da sua duração.

No último dia do evento, Braga recebeu uma reunião conjunta do comité diretor e dos peritos do projeto, onde, segundo nota da Câmara Municipal, foram discutidos os próximos passos e elaborado um plano de ação para toda a área Atlântica. O plano propõe um novo modelo de turismo que priorize a sustentabilidade e a redistribuição de visitantes, com foco no potencial de cada território.

A sessão de encerramento contou com a presença de Pedro Soares, adjunto do presidente da Câmara de Braga, e Marco Sousa, em representação da Entidade Regional de Turismo Porto e Norte de Portugal, que destacaram a importância de um turismo mais sustentável e inclusivo.

O Projeto POST é financiado pelo programa Interreg Espaço Atlântico e tem como beneficiário principal o Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular. Conta ainda com a parceria de várias entidades de Portugal, Espanha, França e Irlanda, incluindo o Município de Braga, Turismo do Porto e Norte de Portugal, IPVC – Instituto Politécnico de Viana do Castelo, Deputación Provincial de Ourense, Instituto Orensano de Desarrollo Económico – Inorde Turismo, Dun Laoghaire Rathdown County Council, Atlantic Technological University, Atlantic Cities, e West Charente – Pays du Cognac.

 

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Estâncias de ski espanholas batem recorde de investimento em melhorias

As estâncias de neve espanholas de Sierra Nevada, Baqueira e La Molina lideram gastos com modernização. Foram, na última temporada, investidos 75 milhões de euros em elevadores, pistas, digitalização, estacionamento, atividades, equipamentos e hotelaria.

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As estâncias de ski espanholas acabam de realizar um investimento recorde na modernização e melhoria das suas infraestruturas, com 75 milhões de euros na temporada 2023-2024, superando os 74,1 milhões de euros que foram dedicados a todos os centros no período anterior, destacou o presidente da Associação de Estâncias de Ski e Montanha de Espanha (ATUDEM), Jesús Ibáñez, aos meios de comunicação locais.

Do total, 2,7 milhões de euros foram atribuídos aos elevadores, outros 9,4 milhões às pistas e os restantes 43,9 milhões de euros estão distribuídos entre digitalização, estacionamento, atividades, material de competição, hotéis e restaurantes. Por temporada, foi a Sierra Nevada que liderou (43 milhões de euros), seguida pela Baqueira (9,6 milhões de euros) e La Molina (4,77 milhões de euros).

“Foi um ano em que os visitantes estiveram um pouco menos do que estamos habituados”, com 99 dias de atividade ao longo da temporada, face à média de 125 dias de todas as temporadas, embora a estância que conseguiu manter-se aberto por mais tempo, chegou a 149 dias. No total, a ATUDEM indica que a diminuição foi de 14,27% face à época anterior.

Os empregadores atribuem esta diminuição à falta de neve nas estâncias durante os meses centrais da temporada, o que é considerado “incomum”, mas evidentemente afetou o saldo final dos visitantes. E, também ao volume de negócios, que caiu dos históricos 160,1 milhões de euros em 2021-2022 para 141 milhões de euros na época passada, embora a queda já tenha começado em 2022-2023, quando foram faturados 153,2 milhões de milhões de euros.

Quanto à evolução do número de visitantes, o representante das estâncias espanholas apontou uma redução após a recuperação alcançada em 2021-2022, quando o turismo de neve foi considerado compatível com as restrições sanitárias da pandemia. Nessa ocasião, foram alcançados 5,9 milhões de visitantes, cerca de 100 mil a mais que no período recorde anterior de 2017-2018. Além disso, o declínio foi pronunciado, com 5,5 milhões em 2022-2023 e 4,7 em 2023-2024.

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