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Turismo

Nova versão do Selo Clean & Safe do Turismo de Portugal vai para além da segurança sanitária

A nova versão do Selo Clean & Safe, criado pelo Turismo de Portugal, em 2020, vai muito mais além do que salvaguardar as condições de segurança sanitária às empresas dos vários sub-setores do turismo expostas à crise da Covid-19.

Carolina Morgado
Turismo

Nova versão do Selo Clean & Safe do Turismo de Portugal vai para além da segurança sanitária

A nova versão do Selo Clean & Safe, criado pelo Turismo de Portugal, em 2020, vai muito mais além do que salvaguardar as condições de segurança sanitária às empresas dos vários sub-setores do turismo expostas à crise da Covid-19.

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“Revelou-se mais do que uma ferramenta de preparação das empresas do setor do turismo para responder à emergência de saúde pública associada à pandemia de Covid-19, assumindo um papel essencial na retoma da atividade turística”, realça a entidade.

Partindo dos mecanismos e das ferramentas já desenvolvidos para as anteriores versões, “são agora incorporadas dimensões e especificidades que irão permitir informar e capacitar as empresas para a gestão de crises de origens diversas que possam afetar a confiança dos turistas”, destaca o Turismo de Portugal em comunicado de imprensa.

A entidade refere que na versão atualizada do Selo Clean & Safe e, num momento em que os procedimentos higieno-sanitários decorrentes da situação pandémica estão já perfeitamente incorporados pelas empresas e entidades aderentes, “pretende-se evoluir disponibilizando informação sobre outras potenciais crises de saúde pública, adicionando-se também uma nova dimensão de segurança transversal às atividades turísticas, abrangendo possíveis situações de risco decorrentes de fenómenos extremos ou riscos coletivos (tais como incêndios rurais, inundações, sismos ou tsunamis) e de constrangimentos internacionais (cibersegurança, repatriamentos, refugiados)”.

Refira-se que o selo atualizado continua opcional e gratuito, sendo válido por mais dois anos, até 14 de junho de 2024. A renovação da adesão é automática para as empresas já aderentes que passam assim a dispor de planos e guias que contribuirão para a sua capacitação nestes domínios.

O Turismo de Portugal destaca ainda na nota, que promoverá, gratuitamente, a formação sugerida às empresas para a implementação das medidas e dos planos de ação associados à nova versão do selo. Em resultado da parceria estabelecida com entidades especializadas como a NOVA Medical School, a AGIF – Agência Gestão Incêndios Rurais e a Autoridade Nacional Emergência e Proteção Civil, está disponível para os aderentes, na plataforma portugalcleanandsafe.com, a informação necessária, incluindo modelos de planos de ação, guias e documentos técnicos de apoio.

No entanto, o Turismo de Portugal avisa que, conjuntamente com os seus parceiros, continuará a a realizar auditorias aos estabelecimentos aderentes, quando tal se justifique, “garantindo a monitorização do seu desempenho Clean & Safe e ajudando-os a melhorar os seus procedimentos nas áreas agora abrangidas pelo Selo”.

Com mais de 22 mil empresas aderentes e mais de 42.500 pessoas formadas, o Selo abrange toda a cadeia de valor em áreas de atividade relacionadas com o turismo, mas também com a cultura, entre outras, e foi “um contributo decisivo para a projeção e afirmação de Portugal como destino seguro”, a nível nacional e internacional”.

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Foto: Victor Machado (Bluepeach)

Turismo

Turismo preocupado com demissão do Governo até porque “é urgente haver um OE” para 2024

A Confederação do Turismo de Portugal (CTP), manifestou, esta terça-feira, a sua preocupação com as consequências da decisão anunciada pelo Primeiro-Ministro de se demitir das suas funções à frente do Governo, tendo em conta que “é urgente que o país tenha um Orçamento do Estado” para 2024”.

Publituris

“A nova conjuntura política hoje iniciada não é positiva para as empresas, já que à instabilidade internacional se junta agora a instabilidade política a nível nacional”, revela a Confederação do Turismo de Portugal (CTP), ao comentar, em comunicado, a demissão, esta terça-feira, do Primeiro-Ministro, António Costa, já aceite pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Assim, numa primeira reação, a CTP espera que seja clarificada de forma célere a situação política e governamental em Portugal, tendo em conta que é urgente que o país tenha um Orçamento do Estado e que “não podem parar os dossiers e investimentos em curso, sendo que muitos deles têm relação direta ou indireta com a atividade turística”, indica em comunicado.

 

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Publituris

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Dave Goodger from Tourism Economics.

Meeting Industry

WTM: Oportunidades e riscos futuros para a indústria de viagens

O aumento dos custos das viagens e das férias ainda não registaram uma diminuição na procura entre os consumidores – principalmente porque a tendência das “viagens de vingança” ainda está em pleno  – mas os preços mais elevados foram identificados como um dos principais desafios que a indústria enfrenta, de acordo com o WTM Global Travel Report em parceria com o Oxford Tourism Economics e apresentado no WTM London 2023.

Victor Jorge

A tendência das “viagens de vingança” ainda está em pleno andamento – mas os preços mais elevados foram identificados como um dos principais desafios que a indústria enfrenta, de acordo com o WTM Global Travel Report em parceria com a Tourism Economics, organismo pertencente à Oxford Economics.

O relatório, divulgado no primeiro dia do WTM London 2023 revela que “as viagens de vingança, uma tendência atual à medida que os consumidores recuperam o atraso nas viagens após a COVID-19, provavelmente mitigaram o impacto dos elevados custos no comportamento do consumidor”, restando saber “como os preços mais elevados continuarão a impactar as escolhas dos viajantes no futuro”.

As empresas de viagens também estão preocupadas com o aumento dos custos, bem como com questões de pessoal, referiu Dave Goodger, Managing Director EMEA na Tourism Economics.

Apesar do cenário económico incerto, as perspetivas são positivas, com muitos consumidores a demonstrar dar prioridade quando se trata de gastos em viagens, salienta o WTM Global Travel Report.

Além disso, muitos fatores que contribuíram para o sucesso do turismo global continuarão a contribuir para o crescimento futuro da indústria, apontando o relatório o crescimento económico nos mercados emergentes e as mudanças demográficas e sociais continuam a ser áreas de oportunidade.

Quando solicitados a identificar barreiras ou desafios ao turismo, os inquiridos referiram que o aumento dos custos dos negócios e as questões de pessoal eram duas das principais preocupações (59% e 57%, respetivamente).

O custo do alojamento (54%), o custo dos voos (48%) e a burocracia/regulamentações governamentais (37%) estão também no topo da lista de preocupações, mais do que a diminuição dos gastos entre os viajantes, que foi identificada como uma preocupação por 33% dos inquiridos.

O turismo global continua a recuperar fortemente, apesar dos riscos e desafios enfrentados pela indústria. Até ao final de 2023, a Tourism Economics prevê que as viagens globais ao exterior excederão as 1,25 mil milhões, o que representa mais de 85% do nível máximo alcançado em 2019.

O relatório afirma ainda que as empresas estão a utilizar a tecnologia para resolver a escassez de pessoal; os grandes eventos culturais e desportivos recuperaram e há uma procura crescente por parte dos consumidores de experiências únicas e memoráveis, que representam oportunidades para destinos e organizações turísticas.

O ‘Bleisure’ – uma combinação de viagens de negócios e lazer – entre outras tendências de viagens de negócios, como as ‘workcations’, foi destacado como a terceira maior oportunidade, afirmada por 53% dos inquiridos.

Muitas organizações e destinos reposicionaram-se para abraçar eficazmente esta tendência, à medida que os indivíduos desfrutam de maior flexibilidade no local de trabalho agora em comparação com a pré-pandemia.

A tendência mais ampla para maior personalização é um dos focos e considerado como oportunidade na e para a indústria. Um relatório recente da Harvard Business Review, patrocinado pela Mastercard, descobriu que mais de metade das empresas considera a personalização do cliente uma forma importante de aumentar receitas e lucros.

Mas os desafios económicos e os acontecimentos globais afetarão a confiança dos consumidores, e os avanços na tecnologia, os novos comportamentos dos consumidores e os fatores sociais e geopolíticos estão entre alguns dos riscos e oportunidades para as organizações de turismo em todo o mundo, afirma o relatório.

*O jornal PUBLITURIS é Media Partner do World Travel Market (WTM) London 2023
Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

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Destinos

Governos africanos acreditam que África será “o próximo grande destino do turismo mundial”

Na abertura do 23.º Global Summit do World Travel & Tourism Council (WTTC), os presidentes do Ruanda e da Tanzânia e vice-presidente do Burundi deixaram a mensagem de que “África e turismo são inseparáveis” e que o continente será o “próximo grande destino do turismo mundial”.

Victor Jorge

África será o próximo grande destino do turismo mundial. Esta foi a conclusão retirada dos discursos dos presidentes e vice-presidente de três países africanos que abriram o 23.º Global Summit do World Travel & Tourism, a decorrer em Kigali, capital do Ruanda.

De acordo com os números avançados pelo WTTC no estudo que lançou sobre o mercado turístico em África, a economia do Continente deverá crescer para 168 mil milhões de dólares (cerca de 158 mil milhões de euros) nos próximos 10 anos, correspondendo a um crescimento de 6,5% anual na próxima década e criar mais de 18 milhões de novos empregos.

Segundo o relatório “Unlocking Opportunities for Travel & Tourism Growth in Africa” este crescimento do turismo em África depende de três políticas principais para obter uma contribuição de 350 mil milhões de dólares (cerca de 330 mil milhões de euros) para a economia global africana: infra-estruturas aeroportuárias, facilitação de vistos e marketing turístico.

Em 2019, África recebeu mais de 84 milhões de turistas internacionais, tendo proporcionado emprego e meios de subsistência a 25 milhões de pessoas, o que equivale a 5,6% de todos os empregos na região.

Julia Simpson, presidente e CEO do WTTC, salientou que o setor do turismo e viagens em África testemunhou “uma extraordinária transformação. Em apenas duas décadas, o valor do setor mais do que duplicou, contribuindo significativamente para a economia do continente”.

Mas também referiu que “África precisa de processos de vistos simplificados, melhor conectividade aérea dentro do continente e campanhas de marketing para destacar a riqueza dos destinos neste continente”, referiu ainda Julia Simpson.

O presidente de Ruanda, Paul Kagame, frisou que “o turismo global já recuperou. Contudo, em África o custo das viagens para e dentro do país dificultam essa recuperação e constituem um desafio, penalizando o desenvolvimento de qualquer país no Continente”.

Samia Suluhu Hassan, presidente da Tanzânia

Já para o presidente da Tanzânia, Samia Suluhu Hassan, “África e turismo são inseparáveis”. Com um peso de 17,2% no PIB do país, a governante admitiu que “o turismo será fundamental para reposicionar todo o Continente africano”.

Samia Suluhu Hassan apontou ainda que este desenvolvimento do turismo em África depende de três aspetos fundamentais: “branding e marketing estratégico, conservação da natureza e investigação e análise de dados”.

No que diz respeito ao branding e marketing, a presidente da Tanzânia referiu que “África terá de contar a sua história nas suas condições e não limitar-se ao que outros contam, além de ser necessário, igualmente, quebrar alguns preconceitos injustificados que ainda existem relativamente a África”.

Já relativamente à conservação da natureza, “pelo que herdamos, temos de ter a obrigação de deixar às gerações futuras”, referiu Samia Suluhu Hassan, destacando ainda que “a sustentabilidade ambiental é um ponto, mas não o único. Temos de apostar na sustentabilidade em diversos formatos: ambiental, social, económica, de modo a trazer uma melhor vida a todos”.

Finalmente, investigação e análise de dados são para a responsável do país algo que, “sem os quais não teremos capacidade de ir ao encontro dos objetivos a que nos propomos e fazer crescer o turismo em África”. Aqui Samia Suluhu Hassan salientou a colaboração que terá de existir entre os setores públicos e privados, deixando a seguinte mensagem: “não esperem para investir em África, porque podem perder grandes oportunidades”.

No final e indo ao encontro do que disse a presidente da Tanzânia, o vice-presidente do Burundi frisou que “não podem existir certezas individuais, mas sim certezas globais”.

Prosper Bazombanza, vice-presidente do Burundi

Todos sabemos que para o desenvolvimento do turismo em África, é fundamental termos infraestruturas para receber bem quem nos quer visitar, porque as pessoas e a amabilidade para bem receber já cá estão”, disse Prosper Bazombanza.

E concluiu: “uma coisa é certa, África está aberta ao investimento externo e internacional nos mais diversos campos. Por isso, aproveitem esta oportunidade”.

*O jornal Publituris está a acompanhar o Global Summit, em Kigali (Ruanda), a convite no World Travel & Tourism Council (WTTC)

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Turismo

WTTC tem novo chairman

Dois anos e meio depois de assumir o cargo de chairman do World Travel & Tourism Council (WTTC), Arnold Donald dá lugar a Greg O’Hara.

Victor Jorge

Greg O’Hara é o senhor que se segue como chairman do World Travel & Tourism Council (WTTC), substituindo Arnold Donald, ex-presidente e CEO da Carnival Corporation, que ocupava o lugar desde a Primavera de 2021.

Fundador e Senior Managing Director da Certares Management LLC (“Certares”), O’Hara já pertencia à Comissão Exectuiva do WTTC desde 2019 e era vice-chairman desde 2021.

Antes da Certares, O’Hara desempenhou o cargo de Chief Investment Officer no JPMorgan Chase’s Special Investments Group. Além disso, é chairman da American Express Global Business Travel e pertence ao Conselho de Administração da TripAdvisor.

Numa mensagem final com chairman, Arnold Donald frisou que Greg O’Hara “trará uma vasta experiência e um profundo conhecimento do setor do turismo e viagens, e acredito que sob a sua liderança, o WTTC alcançará novos patamares num setor que está a crescer mais rapidamente do que a economia global.”

*O jornal Publituris está a acompanhar o Global Summit, em Kigali (Ruanda), a convite no World Travel & Tourism Council (WTTC)

Sobre o autorVictor Jorge

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Turismo

WTTC atualiza receitas globais do turismo para 15,5 biliões de dólares em 2033

Os mais recentes dados apresentados no Global Summit do World Travel & Tourism Council, que se realiza em Kigali (Ruanda), dão conta de uma gradual recuperação do setor do turismo a nível mundial. Se para 2023, as estimativas apontam para receitas de 9,5 biliões de dólares, em 2033, o crescimento anual fará com essas mesmas receitas atinjam 15,5 biliões de dólares e 430 milhões de empregos.

Victor Jorge

O 23.º Global Summit do World Travel & Tourism Council (WTTC), a decorrer em Kigali, capital do Ruanda, deu sinais animadores para o setor do turismo e viagens a nível mundial.

A realizar-se pela primeira vez em terras africanas, tanto Arnold Donald, chairman do WTTC, como Julia Simpson, presidente e CEO da entidade, destacaram o facto desta cimeira decorrer em África. “A nossa presença em África é intencional e marca um momento histórico para o setor do turismo e viagens”, começou por referir o chairman do WTTC.

Na cimeira deste ano, o WTTC também atualizou os dados relativamente ao setor do turismo e viagens mundial. Depois de, em 2022, os números indicaram que as receitas ficaram a 23% das de 2019, com 7,6 biliões de dólares (cerca de 7,2 biliões de euros) que comparam com os 10 biliões de dólares (cerca de 9,4 biliões de euros) obtidos no ano pré-pandemia, os números apresentados, com base na análise de outubro de 2023, apontam para uma recuperação gradual do setor, mas que, em 2023, ainda não ultrapassará os números de 2019.

Assim, para o corrente ano, o WTTC estima que o setor global do turismo e viagens atinja 9,5 biliões de dólares (cerca de nove biliões de euros) em receitas, ficando a 5% dos resultados obtidos em 2019. Este número representa um crescimento de 23,3% face ao ano anterior de 2022, o que faz com que o peso do setor do turismo e viagens no PIB mundial se situe nos 9,2%.

Já para 2033, o WTTC estima que as receitas globais do setor do turismo e viagem totalizem 15,5 biliões de dólares (cerca de 14,6 biliões de euros), correspondendo a um crescimento anual médio de 5,1% na próxima década (2023 – 2033). Isto fará com que a representatividade do setor do turismo e viagens seja de 11,6% a nível global.

Mas não é somente nas receitas que o setor do turismo e viagens irá registar uma evolução. Também no emprego, o WTTC estima que o ano de 2023 termine com 320 milhões de pessoas a trabalhar no setor, representando 9,6% do emprego mundial.

Depois de ter decrescido dos 334 milhões (quota de 10,3%), em 2019, para 295 milhões (quota de 9%), em 2022, o WTTC estima que, em 2033, o número total de empregos existentes no setor do turismo e viagens atinja os 430 milhões, representando 11,8% do emprego mundial.

Os dados indicam, ainda, que na próxima década (2023 – 2033) sejam criados mais de 110 milhões de empregos novos.

A concluir a apresentação destes números, Julia Simpson referiu que o maior crescimento será registado no Médio Oriente e que “a sustentabilidade será essencial para este crescimento da indústria”. De resto, a presidente e CEO do WTTC frisou que a sustentabilidade passou de uma “responsabilidade para uma obrigação”.

Contudo, nesta questão, os responsáveis do WTTC admitiram que a sustentabilidade “não depende somente do setor público”, concluindo que, “sem a aliança entre os setores público e o privado não conseguiremos atingir os objetivos a que nos propomos e ultrapassar os desafios globais”.

*O jornal Publituris está a acompanhar o Global Summit, em Kigali (Ruanda), a convite no World Travel & Tourism Council (WTTC)

Sobre o autorVictor Jorge

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Turismo

Symington com quatro prémios nos Best of Wine Tourism 2024

Foram quatro os projetos da família Symington galardoados nos Best of Wine Tourism 2024. Das distinções atribuídas, destaque para a Quinta do Bomfim, que garantiu o “Global Winner” pela segunda vez.

Publituris

Depois de já ter garantido a sua distinção de “Global Winner” em 2017, a propriedade que se localiza no Pinhão (Douro) voltou a arrecadar o prémio. A este galardão juntam-se, enquanto “Regional Winner”, as Caves Cockburn’s, as Caves Graham’s e ainda a atividade “Merenda na Vinha”, que se realiza na Quinta do Bomfim.

Propriedade da família Symington há cinco gerações, a quinta conta com várias atividades disponíveis para os seus visitantes ao nível do enoturismo. Entre visitas guiadas, dois restaurantes premiados, provas de vinhos e passeios nas vinhas, a Quinta do Bomfim adicionou, no verão deste ano, uma nova experiência, que é agora premiada, assim como a propriedade. “A Merenda na Vinha” – vencedora na categoria “Arquitetura e Paisagem” – caracteriza-se por ser um espaço idealizado e totalmente equipado para que os visitantes possam relaxar, enquanto degustam um menu de piquenique com a oferta de produtos regionais.

Além de mesas apropriadas para que as “merendas” sejam degustadas no maior conforto, o novo espaço para piqueniques dispõe de mantas para momentos mais descontraídos e é ainda complementado por um serviço de bar – que permite a degustação de vinho a copo, assim como de cocktails.

As duas Caves da família Symington abertas a visitantes, localizadas na zona histórica de Vila Nova de Gaia, também brilharam nesta edição dos Best of Wine Tourism. A Cockburn’s – que integra o maior armazém de envelhecimento de vinho do Porto, tendo também como fator distintivo uma tanoaria tradicional onde trabalha uma equipa de sete tanoeiros – venceu na distinção “Regional Winner – Arte e Cultura”.

Já as Caves Graham’s – que também se distinguiram nos top 50 World’s Best Vineyards deste ano (em conjunto com o Restaurante Vinum), assim como em 2022 – garantiram o prémio na categoria “Regional Winner – Serviços de Enoturismo”. O espaço assinalou este ano uma década desde a sua renovação e reabertura ao público. Ao longo dos últimos 10 anos, a Graham’s, que recebeu mais de meio milhão de pessoas, tem vindo a reforçar o seu posicionamento enquanto referência no setor do enoturismo em Portugal, proporcionando aos visitantes a possibilidade de conhecer a história da região vitivinícola do Douro, enquanto apreciam os vinhos da família Symington e descobrem os métodos utilizados na sua produção.

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Turismo

Ministros do Turismo da UE defendem orçamento específico para o setor e olham para questões sociais

Os ministros e responsáveis do Turismo da União Europeia (UE) terminaram a sua reunião informal em Palma de Maiorca, esta terça-feira, com a aprovação da “Declaração de Palma”, que defende um orçamento específico para o setor, ao mesmo tempo que apela para a transição de um novo modelo sustentável de turismo mais ecológico, digital, inclusivo e resiliente.

O objetivo que estabelecem, segundo a imprensa espanhola, é que o turismo contribua para uma maior criação de emprego e crescimento e garanta o bem-estar a longo prazo de todos os membros da cadeia de valor, especialmente da população local.

Mas também solicitar um orçamento específico para as questões do turismo na União Europeia, promover e relançar todas as políticas de turismo que possam ser executadas de forma comum nos diferentes estados. A “Declaração de Palma” procura, efetivamente, colocar o turismo no centro da agenda da UE.

Com o documento, aprovado por aclamação, os Estados-membros da UE declaram expressamente, segundo o jornal espanhol Hosteltur, a sua disponibilidade para apoiar a investigação, o conhecimento e a inovação no turismo, promovendo a competitividade das empresas e criando um ambiente favorável ao seu desenvolvimento, com especial atenção às PME e microempresas e ao turismo, agentes nas regiões rurais ultraperiféricas e nas zonas menos acessíveis e despovoadas.

Na reunião, intitulada “O caminho para a sustentabilidade social do turismo na UE”, realizada no âmbito da presidência espanhola do Conselho, e teve lugar no Palácio de Congressos, em Palma de Maiorca, o vice-diretor-geral da Direção Geral do Mercado Interno, Indústria e Empreendedorismo (GROW) da Comissão Europeia, Hubert Martin Gambs , lembrou que o turismo foi muito afetado devido à a pandemia, mas “já está no caminho da recuperação e os números são encorajadores para 2023”, porque no primeiro semestre do ano foi registado “um recorde de 1,5 mil milhões de dormidas na UE” .

O responsável destacou, igualmente, a importância de a declaração ter incluído o aspeto social do turismo na agenda. Um fator que “é fundamental em tempos de crise”, segundo a presidência espanhola, e que beneficiará também pessoas com deficiência e famílias com crianças ou idosos.

Com uma população europeia envelhecida, investir em infraestruturas turísticas acessíveis “pode ajudar a desenvolver mais turismo fora de época”, disse Martin Gambs.

Também Rosana Morillo, secretária de Estado do Turismo de Espanha, garantiu que os países da União Europeia esperam que o novo regulamento europeu sobre troca de dados para plataformas de aluguer de curta duração seja aprovado para melhor combater o aluguer ilegal: “Achamos que será um grande passo à frente.”

O arrendamento turístico ilegal foi também tema de discussão, pois os titulares da pasta do Turismo na União Europeia consideram que não só gera dificuldades no acesso dos residentes à habitação, como também representa uma concorrência desleal para a indústria hoteleira.

O encontro abordou a sustentabilidade social, entendida como a melhoria da riqueza que o turismo deixa no território, como melhorar o equilíbrio de convivência entre turistas e residentes, e garantir que o turismo tenha um impacto benéfico no território. Também se falou sobre a qualidade do emprego no turismo e como prestigiar e aumentar a reputação do setor turístico.

 

Sobre o autorCarolina Morgado

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Turismo

Candidaturas para programa de aceleração Beta-Start abertas até 10 de novembro

O programa de aceleração, Beta-Start, desenvolvido pelo Turismo de Portugal e pela consultora de inovação colaborativa Beta-i, regressa para apoiar projetos dedicados a tornar a atividade turística mais sustentável.

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As candidaturas estão abertas até dia 10 de novembro a todos os empreendedores e startups em fase inicial com soluções focadas na área do Turismo.

Este setor enfrenta não só importantes desafios de sustentabilidade, a respeito da utilização de recursos, como também detém várias oportunidades por explorar nesta vertente, das potencialidades da mobilidade inteligente, à digitalização e simplificação dos procedimentos inerentes à hospitalidade, daí que procuram-se empreendedores e empresas que desenvolvam serviços e produtos à volta da eficiência energética e gestão de resíduos, de forma a reduzir, por exemplo, o desperdício de recursos hídricos ou a quantidade de plástico utilizada nas estadias.

Outra problemática considerada será, ainda, a desmaterialização dos processos, agilizada por plataformas ou aplicações de planeamento inteligente das hospedagens, em termos de mobilidade e acessibilidade, visando a redução do impacto que a atividade turística possa ter na sustentabilidade das comunidades envolvidas.

O programa vai selecionar Serão selecionadas 20 startups com soluções focadas no aumento de sustentabilidade e digitalização do setor turístico que poderão trabalhar, durante três meses, com o apoio de mentorias especializadas.

O acompanhamento personalizado proporcionado no Beta-Start tem o objetivo de ajudar os empreendedores a aprimorar os seus modelos de negócio passo a passo, através da partilha de expertise de players já estabelecidos no mercado adequada aos objetivos de cada negócio e do desenvolvimento de capacidades básicas, da procura de investimento à preparação de pitches.

As startups selecionadas serão, depois, inseridas num período de bootcamp que culmina com a apresentação do trabalho desenvolvido no Pitch Day, um momento pensado para que o potencial das soluções possa ser demonstrado diretamente a parceiros e possíveis investidores.

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Consumo global de energia do Turismo foi de 10,6% em 2019 e “continua a descer”, diz WTTC

O mais recente relatório sobre o impacto ambiental do setor do turismo, realizado pelo WTTC, em parceria com o Sustainable Tourism Global Center (STGC) e Ministério do Turismo da Arábia Saudita, dá conta do impacto ambiental do setor a nível global.

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O setor do Turismo demonstra uma tendência “impressionante” de dissociar a sua pegada ambiental do crescimento do PIB. Além disso, as principais conquistas incluem reduções na intensidade do uso de água, emissões de gases de efeito estufa, consumo de energia e extração de materiais.

Estas são algumas das principais conclusões do estudo ambiental realizado pelo World Travel & Tourism Council (WTTC), juntamente com o Sustainable Tourism Global Center (STGC) e Ministério do Turismo da Arábia Saudita, que dão ainda conta que a quota no consumo global de energia do setor do turismo foi de 10,6%, em 2019, representando 0,9% do consumo global total de água no mesmo ano.

A investigação conclui ainda que a pegada material do Turismo é responsável por 5 a 8% da extração global de materiais, estendendo-se a monitorização do relatório a poluentes como material particulado, monóxido de carbono, amônia e óxidos de nitrogênio, entre outros.

Julia Simpson, presidente e CEO do WTTC, salienta que este relatório “marca um momento crucial para o setor global das viagens e do turismo. Através destes dados, destacamos o impacto multidimensional do sector – económica, ambiental e socialmente”.

Simpson destaca ainda a “visão que vai além do turismo e se inclina para o seu futuro sustentável. Com estes dados, não estamos apenas a refletir sobre onde estamos agora, mas a traçar ativamente o nosso rumo para um futuro onde o setor reduza progressivamente a sua pegada ambiental e aumente o seu impacto social”.

Já Ahmed Al Khateeb, ministro do Turismo da Arábia Saudita, destaca o “declínio consistente da intensidade das emissões do setor das Viagens e do Turismo na última década”, frisando que, “embora o crescimento do PIB do setor tenha sido em média 4,3% anual, as emissões cresceram apenas 2,5% anualmente entre 2010-2019”.

Ainda assim, diz o ministro saudita, “o compromisso contínuo para alcançar emissões líquidas zero para o setor das Viagens e do Turismo nunca foi tão importante”.

De referir que a investigação abrange dados de 185 países em todas as regiões e serão atualizados todos os anos com os números mais recentes.

Os dados convergem métricas económicas com questões cruciais como emissões de gases com efeito de estufa, utilização e composição de energia, utilização de água doce, poluição atmosférica e utilização de recursos, bem como idade, género e perfis salariais de diferentes empregos, além de indicadores harmonizados num vasto raio dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.

Foto crédito: Depositphotos.com 
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Assembleia-geral da OMT rejeita terceiro mandato de Zurab Pololikashvili

Um possível terceiro mandato de Zurab Pololikashvili à frente da OMT significaria uma permanência até finais de 2029.

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A Assembleia-geral da Organização Mundial do Turismo (OMT) rejeitou, em Samarcanda (Uzbequistão), a proposta do país anfitrião de renovar, excecionalmente, o secretário-geral, Zurab Pololikashvili, para um terceiro mandato.

A Organização das Nações Unidas para o Turismo, com sede em Espanha, reuniu-se para a sua XXV Assembleia-geral – órgão máximo de decisão – nesta cidade uzbeque, com a presença de ministros e representantes de alto nível de 117 países, 70 deles com nível ministerial.

O terceiro mandato de Pololikashvili, a partir de 2026, foi apoiado por 65 países e rejeitado por 35, mas não obteve os dois terços dos votos necessários para levá-lo adiante.

A proposta de renovação por mais um mandato do georgiano Pololikashvili ao órgão máximo de governo da OMT foi aprovada no Conselho Executivo, por 19 votos a favor, 12 contra e uma abstenção.

O atual secretário-geral está a meio do seu segundo mandato, que termina em dezembro de 2025, pelo que a renovação colocaria Pololikashvili no cargo até ao final de 2029.

Da reunião máxima da OMT saíram ainda objetivos estratégicos, entre eles procurar incorporar novos membros e dar prioridade aos estados anglo-saxónicos, nórdicos e bálticos da Europa, América e Leste Asiático e Pacífico, bem como os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (PEID) das Caraíbas e do Pacífico.

Da mesma forma, a OMT aspira a reforçar a sua posição como líder do turismo, que está a ser trabalhada por um grupo co-liderado por Espanha e Arábia Saudita, juntamente com o secretário-geral, e a alargar a rede de escritórios regionais e temáticos em diferentes locais.

Assim, abrirá novos escritórios regionais no Brasil e em Marrocos, que se somarão aos dois que já atuam em Nara (Japão) e Riade (Arábia Saudita) e avançará para ter mais presença no terreno na Argentina, China, Índia e Uzbequistão.

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