TAP teve prejuízo de 1,6MM€ em 2021
Apesar de negativo, a TAP sublinha que o resultado foi até melhor do que o previsto no Plano de Reestruturação e foi acompanhado por subidas no número de passageiros transportados e nas receitas.
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A TAP registou, no ano passado, um prejuízo que chegou perto dos 1,6 mil milhões de euros, informou a companhia aérea de bandeira nacional, que salienta que, apesar de negativo, o resultado foi até melhor do que o previsto e foi acompanhado por subidas no número de passageiros transportados e nas receitas.
No comunicado divulgado esta segunda-feira, 11 de abril, a TAP recorda que “a primeira metade de 2021 foi marcada por severas restrições à mobilidade doméstica e internacional devido à pandemia de Covid-19”, que levaram “a uma imobilização quase total dos aviões” da transportadora, o que acabou por ter reflexos nos resultados do ano.
“O resultado líquido do ano foi negativo em EUR 1599,1 milhões. É de salientar o impacto líquido negativo das diferenças cambiais (EUR 175,5 milhões) relacionado com a depreciação do EUR face ao USD (com um forte impacto nas rendas futuras e, portanto, não monetárias neste ano), e também a depreciação do BRL face ao EUR. Por outro lado, o resultado líquido da cobertura do Jet Fuel teve um impacto positivo de 8,7 milhões de euros”, realça a TAP, na informação divulgada.
Apesar de negativo, a TAP sublinha que o resultado de 2021 foi até melhor que o que estava previsto no Plano de Reestruturação da companhia aérea, que apontava para perdas no valor de 1,75 mil milhões de euros.
A TAP diz também que, no ano passado, registou custos não recorrentes de 1.024,9 milhões, que vieram, por exemplo, do encerramento das operações de manutenção no Brasil, a “TAP ME Brasil, cujo desempenho histórico se tinha refletido em crescentes perdas acumuladas”, o que também acabou por ter impacto nos resultados.
No entanto, a companhia aérea registou receitas operacionais de 1.388,5 milhões de euros, depois de um aumento de 328,4 milhões ou 31,0% em comparação com as receitas operacionais de 2020, enquanto as receitas de passageiros aumentaram para 218,8 milhões de euros, com forte impacto da carga e correio, que acabaram por compensar “o declínio de EUR 13,7 milhões (-20,1% YoY) das receitas de manutenção”.
A TAP sublinha que houve uma “recuperação significativa do EBITDA recorrente no segundo semestre de 2021, anulando as perdas operacionais registadas durante o primeiro semestre, permitindo que o ano de 2021 seja encerrado com um EBITDA recorrente positivo de 11,7 milhões de euros”.
A TAP diz que, em termos de liquidez, manteve as medidas de proteção que permitiram beneficiar “dos aumentos de capital de maio e dezembro de 2021 de EUR 462 milhões e EUR 536 milhões, respetivamente (no contexto da Compensação de Danos da COVID-19 e do Auxílio à Reestruturação)” e revela que terminou o ano com 812,6 milhões de euros em caixa (+57% do que no início do ano).
Já os custos operacionais recorrentes somaram 1.866,5 milhões de euros, o que traduz uma diminuição de 2,7% face ao ano anterior, com a TAP a considerar que este indicar já começa a “refletir as medidas de reestruturação empreendidas pela Empresa, nomeadamente custos com trabalhadores (EUR -46,3 milhões e -11,0% YoY), custos de manutenção das aeronaves (EUR -5,0 milhões e -20,5% YoY) e custo dos materiais consumidos (EUR -10,1 milhões e -25,1% YoY)”.
No segundo semestre do ano, contudo, a situação da aviação melhorou com a reabertura de vários mercados internacionais, ainda que a TAP lembre que os “dois dos principais mercados da TAP, Brasil e EUA”, só retomaram “os voos internacionais com Portugal durante o último trimestre do ano”.
Com a reabertura dos mercados internacionais, a companhia aérea conseguiu aumentar o número de passageiros transportados no ano passado em 25,1%, apesar de reconhecer que o total ficou ainda 34,2% abaixo do nível de 2019. Já a procura (medida em RPK) aumentou 25,6% (YoY), “apesar de ainda ser de 35,5% dos números de 2019”, enquanto as receitas de passageiros aumentaram 25,8%, ou 218,8 milhões de euros, em 2021, “acima do crescimento global de 20,1% (de acordo com a IATA) das receitas de passageiros da indústria”.