2022: Turismo de Lisboa espera chegar a 85% dos níveis pré-pandemia
O diretor-geral do Turismo de Lisboa, Vitor Costa, considera que a atividade turística na capital deverá regressar à normalidade em 2023, ainda que a guerra na Ucrânia seja vista como uma “grande interrogação”.

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O Turismo de Lisboa estima que a atividade turística na capital atinja, este ano, cerca de 85% dos níveis de 2019 e regresse à normalidade em 2023, ainda que a guerra na Ucrânia seja vista como uma “grande interrogação”.
“Talvez possamos chegar ao fim deste ano, se tudo correr como até agora, a cerca dos 85% de 2019. Esperamos em 2023 atingir os valores anteriores”, disse o diretor-geral da Associação Turismo de Lisboa, Vítor Costa, numa audição na Comissão de Economia e Inovação e Turismo da Assembleia Municipal de Lisboa.
Apesar do otimismo, Vitor Costa considera que as perspetivas dependem de algumas variáveis, com destaque para o impacto que a guerra na Ucrânia pode vir a ter, e deu como o exemplo os preços dos combustíveis, que se refletem nos preços das viagens de avião, sendo Lisboa um destino turístico “muito dependente” do transporte aéreo, devido à sua localização geográfica.
“Quando há uma crise económica, a primeira coisa em que as pessoas cortam é nas viagens e a primeira coisa em que as empresas cortam é no ‘marketing’. Isso pode ter implicações”, acrescentou o diretor-geral do Turismo de Lisboa.
As perspetivas da Associação Turismo de Lisboa para este ano e para o próximo seguem a recuperação que já se registou em 2021, quando houve uma recuperação da atividade de 30% em relação a 2020, embora os indicadores registassem ainda uma quebra de 58% em relação a 2019, ou seja, aos valores anteriores ao início da pandemia, segundo revelou Vítor Costa.
O diretor-geral da Associação Turismo de Lisboa explicou que a atividade turística na capital ainda não regressou aos valores de 2019 devido à Ómicron, que teve um o impacto maior na capital do que noutras regiões do país e em outras cidades europeias com ofertas similares por causa da dependência do transporte aéreo, que é usado por 90% dos visitantes, assim como pela estrutura de produto.
“Estamos agora numa fase em que há uma recuperação, quer no segmento de lazer, sobretudo por causa do posicionamento de Lisboa, da vontade de viajar e das poupanças que os consumidores fizeram durante o período da pandemia, e agora também o próprio segmento do turismo de negócios está a responder de uma forma favorável”, afirmou.
Segundo Vítor Costa, há indicadores que sugerem uma recuperação tanto no segmento de lazer como nas viagens de negócios e que poderá até ser mais rápida do que aquela que era esperada.
Durante pandemia, “o prestígio e o posicionamento da marca Lisboa, em termos internacionais, não só se confirmou como até se consolidou” e “todos os indicadores” são “nesse sentido”, afirmou, dizendo que, além disso, os consumidores dos mercados emissores de turistas revelam “uma grande vontade de viajar” depois de dois anos de restrições.
“A perspetiva que tenho é que há otimismo porque estamos a ver os clientes a voltar”, afirmou Vítor Costa, que disse aos deputados municipais que os apoios municipais e do Governo durante a pandemia foram essenciais para a sobrevivência das empresas do setor, ainda que considere que “só há uma maneira de resolver” a recuperação, que é “com clientes”, sendo por isso preciso “que haja retoma da atividade”.
Vítor Costa foi ouvido pela Comissão de Economia e Inovação e Turismo da Assembleia Municipal de Lisboa no âmbito dos trabalhos para a elaboração do Relatório sobre a Recuperação Económica de Lisboa no Pós-Pandemia.