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Turismo

Serviços relacionados com turismo foram os que menos receitas obtiveram durante a pandemia, diz Eurostat

Os serviços prestados pelo setor do turismo foram os que maior quebra registaram nas receitas quando comparados os quartos trimestres de 2019 e 2021.

Victor Jorge
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Os serviços prestados pelo setor do turismo foram os que maior quebra registaram nas receitas quando comparados os quartos trimestres de 2019 e 2021.

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As receitas nos serviços na União Europeia (UE) caíram 27% durante o período de nove meses de 2019 e 202, indicam os dados mais recentes divulgados pelo Eurostat, mais concretamente durante os últimos três meses do ano (quarto trimestre de 2019) e no início do verão de 2020, que indica o segundo trimestre de 2020, incluindo meses como abril, maio e junho.

O volume de negócios, que determina a rapidez com que uma empresa conduz suas operações ou com que vende o seu “inventário”, foi 7% maior no último trimestre de 2021 em comparação com os últimos meses de 2019, informa a entidade estatística europeia.

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No que diz respeito ao turismo, a globalidade do setor ficou-se pelos 72,7 pontos, o que significa 27 pontos abaixo dos níveis do quarto trimestre de 2019. Em contraste, outros serviços, como informação e comunicação, bem como transporte e armazenamento, tiveram uma recuperação particularmente forte, aumentando quase 14% em comparação com os níveis pré-pandemia, respetivamente.

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Mais especificamente, no último trimestre de 2021, o transporte aéreo, alojamento, agências de viagens, operadores turísticos e outros serviços de reservas e atividades conexas tiveram um volume de negócios de 79 pontos, 131% superior ao mesmo período de 2020, quando as restrições impostas devido à COVID-19 eram bastante rigorosas. Além disso, as receitas dos serviços no turismo foi a que mais se aproximou dos níveis pré-pandemia durante o terceiro trimestre de 2021, resultando da temporada de verão.

Ainda assim, o volume de negócios nos serviços turísticos situou-se em 105,4 pontos nos meses de verão, atingindo 66% dos níveis pré-pandémicos quando as os números atingiram os 157,9 pontos. Em comparação com 2020, os valores indicados pelo Eurostat estão muito aquém, já que as receitas obtidas pelos serviços no turismo foram de apenas 32,4% das alcançadas em 2021, correspondendo a apenas 34,2 pontos.

As receitas do transporte aéreo também foram afetadas pelo surgimento da pandemia, pois os dados mostram que atingiu uma média de 82,1 pontos durante os nove meses entre 2019 e 2020. As receitas médias atingiram, em 2020, 53,8 pontos, correspondo ao valor mais baixo nos primeiros meses do ano (84,2), caindo para os resultados mais negativos no trimestre seguinte (32,4) – incluindo meses como abril, maio e junho, que correspondem ao momento em que o mundo fechou as fronteiras devido à pandemia de COVID-19 (março de 2020).

Adicionalmente, o volume de negócios no transporte aéreo atingiu o pico durante o quarto trimestre de 2021, o que pode estar relacionado com a época de final de ano e regras de viagem facilitadas – atingindo 92,1 pontos, o que representa 82% de período correspondente em 2019 (112,2 pontos) – altura em que os Estados-Membros não tinham imposto quaisquer restrições relacionadas com a COVID-19.

Também as agências de viagens e operadores turísticos registaram as melhores receitas na temporada de verão de 2021 – 84,1 pontos, enquanto a mais baixa foi registada no primeiro trimestre do ano 2021 (16,6).

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“Portugal is Art” é a nova campanha internacional do Turismo de Portugal

Visualizada pela primeira vez durante o 49.º Congresso da APAVT, realizado em Huelva (Espanha), o Turismo de Portugal apresenta a nova campanha internacional “Portugal is Art”.

Publituris

“Portugal is Art” é a nova campanha internacional do Turismo de Portugal (TdP) tendo como marcados alvo o Reino Unido, Irlanda, Espanha, França, Alemanha, EUA, Brasil, Países Baixos e Bélgica.

A campanha, que arrancou esta segunda-feira, 28 de outubro, convida a descobrir “um território onde o quotidiano se eleva à condição artística e onde cada experiência revela uma dimensão cultural única”.

O investimento de um milhão de euros terá nas redes sociais, connected TV e digital out of home os principais canais de promoção.

Além do filme conceito, vão ser divulgadas seis versões mais curtas sobre diversos produtos turísticos: enoturismo, turismo literário, gastronomia, bem-estar, surf e festivais de música.

Em comunicado, o Turismo de Portugal refere que a campanha “Portugal is Art” “desafia a explorar um destino onde a cultura, a tradição e a contemporaneidade se fundem de forma singular. Em Portugal, a arte é vivida em toda a sua plenitude, com experiências que despertam os sentidos e a imaginação. Do vinho ao surf, da contemplação à celebração, cada momento no país é uma expressão de criatividade”.

Para Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal, “convidar a visitar Portugal pela lente da arte é enriquecer a nossa proposta de valor enquanto destino turístico: para o viajante – oferecendo-lhe novas perspectivas e uma experiência turística diferenciada; para as empresas e profissionais – gerando negócio e empregos; para os residentes – através do desenvolvimento económico, social e sustentável do território.”

Na eterna discussão sobre “O que é arte”, o turismo responde que “Portugal é arte”. Assim, aparecem o enoturismo representando um diálogo entre o tempo e a criatividade, as técnicas artesanais, passadas de geração em geração, que continuam a dar vida a peças únicas, ao passo que as vinhas, cultivadas com uma espécie de respeito ritualístico, produzem vinhos que contam e perpetuam histórias através das castas e dos aromas. “Ambos ilustram como a tradição e a inovação coexistem em harmonia, permitindo que o passado inspire o presente com frescura e originalidade”, diz o Turismo de Portugal.

O mesmo se passa com a arquitetura e as celebrações culturais que demonstram como “a história se reinterpreta continuamente”. “Estruturas antigas e contemporâneas acolhem eventos e festivais que celebram a comunidade e a memória coletiva. Neste cruzamento de estilos e de épocas, a cultura floresce, criando espaços de encontro e de partilha”.

Já a arte moderna e a gastronomia são “manifestações de uma criatividade que encontra na tradição um ponto de partida para a inovação”, lê-se no comunicado do TdP. “Nas mãos de artistas e chefs, técnicas de outros tempos são reinventadas para criar obras e sabores que procuram surpreender. Este diálogo constante entre o passado e o presente celebra a autenticidade e abraça a vanguarda”.

No turismo, a cultura é “particularmente relevante por ser um ativo diferenciador, por representar a identidade do país e ser uma âncora de crescimento robusto que gera procura turística com valor”, conclui o Turismo de Portugal.

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Turismo indígena injecta 67 mil milhões de dólares na economia mundial, diz WTTC

Durante o último dia do Global Summit, o World Travel & Tourism Council (WTTC) lançou um relatório sobre turismo indígena, revelando que este contribuirá com 67 mil milhões de dólares para a economia global até 2034.

Victor Jorge

O turismo indígena está a emergir rapidamente como um motor económico fundamental, apontando o mais recente relatório do World Travel & Tourism Council (WTTC), apresentado durante o Global Summit, em Perth (Austrália), que este turismo cria emprego e valor económico em áreas remotas, além de promover e proteger as culturas, as línguas e as terras dos povos indígenas, assim como possibilita aos visitantes uma oportunidade única de conhecer e aprender sobre a história e a tradição indígenas.

Com o mercado global do turismo indígena a crescer a uma taxa de crescimento anual de 4,1% durante a próxima década, atingindo 67 mil milhões de dólares (cerca de 62 mil milhões de euros), “este setor está a capacitar as comunidades para assumirem o controlo do seu futuro económico”, diz o relatório.

Só no Canadá, o setor do turismo indígena apoia quase 2.000 empresas e mais de 39.000 empregos, contribuindo com 1,7 mil milhões de dólares (cerca de 1,5 mil milhões de euros) para a economia em 2017.

Da mesma forma, na região de Guna Yala, no Panamá, o turismo é o principal motor económico, sustentando o povo Guna e a sua cultura, ao mesmo tempo que cria uma economia autossuficiente.

Este boom económico é alimentado pela crescente procura de experiências culturais autênticas em países como o Canadá, a Austrália e os Estados Unidos da América (EUA), entre outros.

Na Austrália, mais de 1,4 milhão de visitantes internacionais participaram em experiências de turismo indígena em 2019, marcando um crescimento anual de 6% desde 2010.

Julia Simpson, presidente e CEO do WTTC, reconhece que o turismo indígena “não é apenas mostrar ricas tradições culturais, trata-se de capacitar as comunidades, criar empregos sustentáveis e garantir que os povos indígenas tenham o controle de suas próprias histórias e futuros económicos”.

O relatório demonstra o imenso potencial do turismo indígena para impulsionar o crescimento económico, especialmente em regiões remotas, preservando simultaneamente um património cultural de valor inestimável. “Como a procura global de experiências autênticas continua a aumentar, é crucial que apoiemos as empresas indígenas e asseguremos que têm acesso aos recursos e ao financiamento necessários para prosperar”, conclui a responsável do WTTC.

Preservar a cultura através do turismo
O relatório “Supporting Global Indigenous Tourism” mostra como o turismo indígena também desempenha um papel crucial na preservação do património cultural, das línguas e das práticas tradicionais.

O povo Sámi do norte da Europa (Lapónia), por exemplo, desenvolveu marcas de certificação como “Sámi Duodji” para proteger as suas ricas tradições, enquanto o inovador robot Kipi do Peru ajuda a preservar línguas em vias de extinção como a Kukama, falada por apenas 2.000 pessoas.

Ao incorporar elementos como estes no turismo, as comunidades indígenas podem salvaguardar as suas identidades culturais.

O turismo indígena permite, também, uma carreira sustentável, exemplificada pela Indigenous Tourism Association of Canada (ITAC) do Canadá, possibilitando às comunidades controlar o seu futuro através do turismo.

Entretanto, países como a Austrália e os EUA estão a incorporar cada vez mais experiências indígenas no marketing turístico nacional, assegurando uma representação autêntica.

*O Publituris viajou até Perth (Austrália) para o Global Summit 2024 a convite do World Travel & Tourism Council (WTTC)
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Turismo

Viagens de negócios atingem valor recorde de 1,5 biliões de dólares em 2024

Contas feitas e apresentadas no Global Summit do World Travel & Toursim Council (WTTC) indicam que as viagens de negócios deverão ultrapassar os níveis pré-pandémicos e atingir um recorde de 1,5 biliões de dólares (cerca de 1,3 biliões de euros, em 2024.

Victor Jorge

De acordo com o relatório apresentado pelo World Travel & Toursim Council (WTTC) no Global Summit, realizado em Perth (Austrália), revela que as viagens de negócios deverão ultrapassar os níveis pré-pandémicos este ano, mais rapidamente do que o previsto anteriormente, atingindo um recorde de 1,5 biliões de dólares (cerca de 1,3 biliões de euros).

“O aumento do trabalho remoto durante a pandemia teve um efeito desproporcionado nas viagens de negócios, em comparação com as viagens de lazer, com as plataformas virtuais a substituírem as reuniões presenciais”, realça o relatório do WTTC.

No ano passado, as viagens de lazer ficaram apenas 2,9% atrás do pico de 2019, enquanto as viagens de negócios permaneceram 5,4% aquém do período pré-pandémico.

Na apresentação do relatório, diversos líderes empresariais voltaram a sublinhar a importância da interação das reuniões presenciais, prevendo-se que a atividade deverá exceder os níveis de 2019 em 6,2%

EUA e China regressam em força
De acordo com o “2024 Economic Impact Trends Report” do WTTC, os gastos com viagens de negócios nos EUA, que representaram 30% do total global em 2019, devem atingir 472 mil milhões de dólares (cerca de 430 mil milhões de euros) este ano, ficando, assim, 13,4% acima do recorde de 2019 do país.

Na China, o segundo maior mercado mundial de viagens de negócios, prevê-se que as a atividade das viagens de negócios cresça 13,1% acima de 2019, atingindo quase 211 mil milhões de dólares (cerca de 190 mil milhões de euros).

Os gastos com viagens de negócios na Alemanha, o terceiro maior, devem, por sua vez, atingir 87,5 mil milhões de dólares (perto dos 80 mil milhões de euros), pouco menos de 1% acima do pico de 2019, enquanto as viagens de negócios no Reino Unido e na França devem injetar um recorde de 84,1 mil milhões de dólares e 42,1 mil milhões de dólares nas respetivas economias (cerca de 77 mil milhões de euros e 38 mil milhões de euros, pela mesma ordem).

Julia Simpson, presidente e CEO do WTTC, salientou que, “após alguns anos difíceis, as viagens de negócios não só estão de volta ao bom caminho, como estão a recuperar muito mais rapidamente do que o previsto, o que realça a importância das viagens internacionais para as empresas em todo o mundo”.

“Muitas potências empresariais, como os EUA, a China e a Alemanha, deverão atingir números recorde este ano. Embora as reuniões virtuais tenham desempenhado um papel crucial durante a pandemia, mantendo as pessoas e as empresas ligadas, os nossos dados mostram que os negócios são melhores realizados de forma presencial e cara-a-cara.”

Paul Abbott, CEO da American Express Global Business, admitiu, por sua vez, que “as empresas de todo o mundo valorizam mais do que nunca as viagens e as relações presenciais, uma vez que a circulação de pessoas foi restringida durante a pandemia”.

“Sempre dissemos que as viagens eram uma força para o bem, impulsionando o progresso económico e social. Mas quando as viagens pararam, o PIB caiu a pique, o desemprego disparou, os problemas de saúde mental aumentaram e o mundo tornou-se um lugar menos tolerante. Atualmente, já não existem dúvidas quanto aos benefícios das viagens. Empresas de todo o mundo – muitas pela primeira vez – estão a investir em viagens de negócios para fazer crescer os seus negócios e criar culturas vencedoras”.

De acordo com o relatório, outros fatores também contribuíram para o ressurgimento das viagens de negócios. Como as economias de todo o mundo recuperaram desde a pandemia, com a contribuição do PIB global das viagens e do turismo a atingir níveis recorde, foi possível às empresas reafetar mais fundos às viagens de negócios.

O crescimento das viagens combinadas, em que os viajantes combinam viagens de negócios com férias pessoais também contribuiu para tornas as viagens de negócios mais atrativas.

Além disso, o setor MICE (reuniões, incentivos, conferências e eventos) também regressou em força, retomando os eventos presenciais após um longo período de cancelamentos e adiamentos.

*O Publituris viajou até Perth (Austrália) para o Global Summit 2024 a convite do World Travel & Tourism Council (WTTC)
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O papel (cada vez mais relevante) da gastronomia nas viagens

A gastronomia assume cada vez mais um papel essencial na escolha de um destino. E as gerações mais novas são prova disso, escolhendo o destino em função do que vão comer.

Victor Jorge

81% dos viajantes afirmam que experimentar as comidas e cozinhas locais é o ponto alto da sua viagem e 47% da Geração Z e da Geração Y viajam cada vez mais para novos locais enquanto aprendem sobre a história e a cultura de um lugar.

No painel “What is the Vintage” no segundo dia do Global Summit do World Travel & Tourism Council 2024, a realizar em Perth (Austrália), a pergunta que se impôs foi: “Qual é o futuro da gastronomia e do enoturismo e de que forma estão a ajudar os viajantes a ligarem-se à cultura e ao local?”.

Dale Tilbrook, fundador da Dale Tilbrook Experiences, considera que, atualmente, “muitos dos turistas são conquistados pelo paladar. Ou seja, se oferecermos boa comida e vinho, metade do caminho para conquistar esses viajantes está feito”.

Na realidade, os quatro oradores participantes neste painel destacaram a importância cada vez maior da gastronomia e do enoturismo e da relação que os viajantes procuram com o que o destino oferece neste capítulo.

“Quando viajamos, gostamos de ver monumentos, museus, ir à praia, ver um bonito pôr do sol. Mas o viajante recordará de igual forma ou até valorizará mais o que come e bebe nesse destino”, admitiu Alexandra Burt, co-fundadora e proprietária da Voyager Estate, Margaret River. “Na realidade, é somente seguir a máxima: ‘somos aquilo que comemos’”. Para Burt, “não se trata somente de oferecer a boa gastronomia e vinhos no local, mas abrir uma porta para que as pessoas levem essas recordações e as repitam em sua casa, as mostrem aos seus amigos”.

Num país onde o vinho é um produto de primeira linha para o turismo, Tilbrook destacou este facto ao afirmar que, “não temos a mesma história da Europa, mas a novidade que os vinhos australianos trazem é algo que o viajante reconhece e valoriza”.

Destaque mereceu, também, o facto de este tipo de turista ser um viajantes “com um poder de compra mais elevado, o que faz com que deixa mais dinheiro no destino e interaja mais com as comunidades locais, uma vez que procura produtos diferenciados e que só conseguirá encontrar no destino”, frisou Alexandra Burt.

*O Publituris viajou até Perth (Austrália) para o Global Summit 2024 a convite do World Travel & Tourism Council (WTTC)
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Turismo

Competitividade do turismo significa experiências, mas cada vez mais personalizadas e inclusivas

O primeiro painel do Global Summit do World Travel & Tourism Council 2024 teve a competitividade do setor das viagens e turismo como foco. Se a conectividade é essencial, cada vez mais as experiências assumem o seu papel imprescindível. Contudo, estas devem ser cada vez mais personalizadas e oferecer algo único. O sucesso passa por antecipar o que o viajante procura.

Victor Jorge

Com as projeções a estimarem que o setor das viagens e do turismo valerão 16 biliões de dólares (cerca de 14,5 biliões de euros) – e 11,4% do PIB global – em 2034, a competitividade do turismo é mais importante do que nunca, especialmente nos mercados mais maduros.

Assim, uma das ideias que ficou do primeiro painel do Global Summit do World Travel & Tourism Council 2024, a realizar em Perth (Austrália), foi a de que os investimentos táticos serão fundamentais para a competitividade no panorama atual e futuro para aumentar a quota de mercado global.

Contudo, reconhecido foi, igualmente, que serão os mercados mais maduros a registar maiores dificuldades. Audrey Hendley, presidente da American Express Travel (AET), frisou que “à medida que o cliente muda, a oferta de produto terá de mudar e acompanhar as exigências desse mesmo cliente. Com isso, também, a promoção, comunicação e serviços terão de ser alterados”.

Neste campo, a responsável pela AET admitiu que a companhia está cada vez mais focada em oferecer viagens de experiências onde a aposta passa, por exemplo, por produtos desportivos, admitindo que “foi com surpresa que registamos o interesse cada vez maior pelo ténis ou Formula 1, principalmente nas gerações mais novas”.

Defensora que os produtos oferecidos terão de fazer com que “os clientes sintam uma relação connosco”, Hendley reconheceu que as viagens individuais estão a ter cada vez mais procura. “Não é só vender a viagem, é estar junto do cliente e não vê-lo como cliente, mas como membro”.

Ao referir-se aos viajantes/turistas, a presidente da AET frisou, também, que os padrões de gastos deixaram de ser locais. “Um viajante já não pode ser visto como sendo de um determinado local, de um mercado emissor específico. A tecnologia disponibilizada atualmente faz-nos olhar para um viajante como sendo global e é importante que se perceba que, hoje, um turista pode viajar para qualquer parte do mundo. Por isso, temos de nos antecipar às expectativas, exigências e necessidades desse viajante e conseguir oferecer-lhe algo inesperado”.

Por isso salientou que “o sucesso passa por estar à frente, antecipar a procura. Quem o conseguir fazer terá mais sucesso”, frisou Hendley.

Importante em todo este cenário está, naturalmente a conectividade, e num destino como Perth, cidade localizada na parte Ocidental da Austrália, esta assume uma relevância ainda maior, dada a distância. Jason Waters, CEO do Perth Airport, admite as dificuldades, ou melhor, “desafios” que um aeroporto como o de Perth tem. Contudo, reconhece que toda a experiência de viagem não começa no aeroporto ou mesmo no destino final. “A experiência positiva de uma viagem começa em casa, quando o viajante começa a fazer a sua busca, pretende reservar a sua viagem, faz o check-in e só depois entra o aeroporto. Naturalmente que uma má experiência em qualquer aeroporto pode impactar a viagem negativamente. Mas hoje temos toda a tecnologia disponível que permite ultrapassar todas estas questões. E aí sim, poderemos ter vantagem competitiva”.

Destacadas foram também, as respostas que têm de ser oferecidas a quem viaja e sofre de incapacidade invisíveis. “Facilitar as viagens a este tipo de viajantes não é mais uma alternativa, é uma obrigação e qualquer aeroporto ou companhia aérea pode e será penalizada por não ter todos estes aspetos em conta”. “Ser competitivo é ser inclusivo, em todos os aspetos”, concluiu Jason Waters.

No campo da sustentabilidade, tema que, após a pandemia assumiu uma relevância de primeira ordem, James Thornton, CEO da Intrepid Travel, começou por referir que, “basta recuar 10 anos e nem convidado era para este tipo de fóruns, quanto mais ser orador. Ora, atualmente, quem não tiver a sustentabilidade incluída no negócio, não terá qualquer sucesso”, admitiu.

Contudo, Thornton frisou que “a sustentabilidade é uma proposta de valor. Hoje a sustentabilidade não pode ser unicamente vista como viajar com menor pegada ambiental. A sustentabilidade de hoje e, principalmente, do futuro, passa por uma sustentabilidade ambiental, económica, mas fundamentalmente, local”.

Por isso, o CEO da Intrepid Travel destacou o combate que terá de ser feito ao “greenwashing”. “Temos de ter a certeza de que todos rumamos para o mesmo lado. De nada vale eu afirmar que tenho preocupações com a sustentabilidade, se depois o meu fornecedor, o hotel para onde envio os meus clientes ou a rent-a-car que disponibilizo não têm as mesmas preocupações e práticas que nós temos”.

*O Publituris viajou até Perth (Austrália) para o Global Summit 2024 a convite do World Travel & Tourism Council (WTTC)
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“O turismo sempre enfrentou crises e guerras e conseguiu responder da melhor maneira”, reconhece presidente e CEO do WTTC

Com diversos conflitos a acontecer no mundo, a presidente e CEO do WTTC recorda que o turismo sempre conviveu com esta(s) realidade(s). Contudo, Julia Simpson reconhece que a situação é preocupante e o impacto no turismo sentir-se-á se houver uma escalada, além de a cadeia de abastecimento voltar a sofrer disrupções que fazem com que os preços não baixem como esperado.

Victor Jorge

Com os números referentes à atividade turística mundial a indicarem um ano de 2024 a bater recordes, o arranque da 24.ª edição do Global Summit do World Travel & Tourism Council (WTTC), que decorre em Perth (Austrália) até ao dia 1o de outubro, ficou marcado pela incerteza devido aos conflitos que acontecem no mundo.

Julia Simpson, presidente e CEO do WTTC, mostra-se, naturalmente, preocupada, “não só com os os conflitos e diversos impactos”, mas, sobretudo, “com as tragédias humanas incalculáveis que se vivem”.

Certo é que, segundo a responsável do WTTC, o setor das viagens e turismo “sempre viveu e conviveu com guerras e conflitos de diversa ordem, independentemente da geografia”.

“Exceto na pandemia, onde a atividade, de facto, parou, sempre fomos confrontados com conflitos, sejam eles de menor ou maior dimensão. Dizer que estes não têm impacto, é tapar os olhos”, admitiu Julia Simpson, reconhecendo, contudo, que, no caso dos atuais conflitos – Ucrânia e Médio Oriente – “estes são mais regionais e não tanto globais. No entanto, sabemos do impacto que estes têm nas diversas cadeias de abastecimento e na distribuição dos muitos produtos que o turismo necessita por esse mundo fora”.

Além disso, Julia Simpson admite que esta realidade “também não permite um aliviar dos preços, já que com tantas restrições nos transportes, as rotas que habitualmente se faziam, não se podem fazer, aumentando os percursos e, assim, também o preço final. Claro que toda a indústria sofre, mas também sabemos que as pessoas sofrem, uma vez que o preço a pagar é mais alto”.

Julia Simpson fez a ponte para a importância das comunidades locais e o foco que deverá ser dado às mesmas. “É nestas alturas que devemos perceber a importância que as nossas comunidades locais, os produtos locais possuem, já que estão à mão e, com toda a certeza, a preços mais acessíveis, além de ajudarem essas mesmas comunidades locais não só com rendimento, mas, sobretudo, com a criação e manutenção de emprego”.

Julia Simpson admite que o setor do turismo tem contribuído para trazer cada vez mais pessoas da economia informal para a formal, “o que traz mais dinheiro para as economias”.

Com o Banco Federal dos EUA a baixar recentemente as taxas de juro, Julia Simpson admite que esta estratégia se reflita no resto do mundo e, assim, “minimize os efeitos das guerras. Sabemos que os preços aumentaram devido à pandemia e à disrupção das cadeias de abastecimento. Com as cadeias a estarem cada vez mais normalizadas, é natural que se verifique um abrandamento nesta subida de preços”.

Contudo, a presidente e CEO do WTTC concluiu que “é preciso estar constantemente alerta, já que se tratam de situações muito voláteis, que podem escalar de um momento para o outro, trazer ainda mais incerteza e insegurança e tudo isto nunca é positivo para as viagens e para o turismo”.

*O Publituris viajou até Perth (Austrália) para o Global Summit 2024 a convite do World Travel & Tourism Council (WTTC)
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Turismo

Receitas fiscais totais do turismo ultrapassam os 3 biliões de euros em 2023

No arranque da 24.ª edição do Global Summit do World Travel & Tourism Council (WTTC), em Perth (Austrália), Julia Simpson apresentou os números mais recentes referentes ao turismo mundial. Assim, além dos 10,4 biliões de euros que o turismo representará no PIB mundial, 9,6% das receitas fiscais provêm da atividade turística global.

Victor Jorge

“Os números impressionam sempre quando se fala da atividade das viagens e turismo”, salientou Julia Simpson, presidente e CEO do World Travel & Tourism Council (WTTC), no arranque da 24.ª edição do Global Summit, que se realiza até ao próximo dia 10 de outubro, em Perth (Austrália).

Assim, segundos as mais recentes previsões do WTTC, a economia mundial deverá receber o contributo de mais de 11,1 biliões de dólares (cerca de 10,4 biliões de euros) em 2024. Este contributo para o Produto Interno Bruto (PIB) global representa um aumento de 7,5% face ao ano de 2019 e 10% do PIB total em todo o mundo.

Os números indicam, igualmente, que perto de 350 milhões de pessoas terão no turismo a sua atividade laboral, representando 10,4% do emprego total em todo o mundo e um aumento de 4,1% face ao pico de 2019.

Outro dado importante saído da primeira conferência de imprensa global do Global Summit do WTTC foi o da contribuição do turismo para as receitas fiscais a nível mundial. O WTTC estima que, em 2023, o setor do turismo mundial terá participado com mais de 3,3 biliões de dólares (cerca de 3 biliões de euros) para os cofres das finanças dos países, o que equivale a 9,6% do total das receitas fiscais a nível mundial.

No que diz respeito ao ambiente, “tema ‘querido’ para o WTTC”, segundo admitiu Julia Simpson, a mais recente pesquisa ambiental e social (ESR) do WTTC, criada em parceria com o Ministério do Turismo da Arábia Saudita, revela que em 2023 as viagens e o turismo representaram 6,7% de todas as emissões globais, abaixo dos 7,8% em 2019, quando as viagens e o turismo estavam no auge.

A pesquisa mostra uma conquista importante com a contribuição económica do setor a crescer mais rapidamente do que o seu impacto ambiental.

Se no ano passado a contribuição das viagens e do turismo para o PIB mundial quase atingiu os níveis pré-pandémicos de 9,9 biliões de dólares (pouco mais de 9 biliões de euros), apenas 4% abaixo do pico do setor, em 2019, as emissões globais de GEE (Gases com Efeito de Estufa), em 2023, estavam 12% abaixo do pico de 2019, com a intensidade das emissões por unidade do PIB a cair 8,4% durante este período. “Isto demonstra que o crescimento do setor está a tornar-se mais limpo”, destacou Julia Simpson.

“O nosso setor está a provar que podemos crescer de forma responsável. Estamos a dissociar o crescimento das emissões, com as viagens e o setor do turismo a expandir-se economicamente, ao mesmo tempo que reduzem a sua pegada ambiental”, frisou a presidente e CEO do WTTC.

“Este é um momento decisivo, que prova que a inovação e a sustentabilidade andam de mãos dadas na definição do futuro do turismo global. No entanto, embora estejamos a dissociar o crescimento do nosso setor do aumento dos gases com efeito de estufa, o nosso objetivo são as reduções absolutas. Temos de acelerar significativamente este progresso para cumprir os objetivos climáticos de Paris. Estamos no bom caminho, mas temos de melhorar o nosso jogo”.

Um dos principais fatores das emissões do setor das viagens e turismo reside na energia utilizada para alimentar as suas operações. Embora 2023 tenha mostrado tendências positivas em comparação com 2019, é evidente que “ainda existem oportunidades significativas para acelerar a transição ecológica”, reconhece a responsável do WTTC.

Assim, “os aumentos no uso de energia renovável e as reduções na dependência de combustíveis fósseis permanecem relativamente modestos, destacando a necessidade de uma ação mais decisiva”, destacam os dados do WTTC, embora indiquem que, em 2023, a dependência do setor de fontes de energia de combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural) caiu de 90% em 2019 para 88,2%.

A percentagem de fontes de energia com baixo teor de carbono (nuclear e renováveis) aumentou de 5,1% em 2019 para 5,9%  em 2023, refletindo os esforços em curso para reduzir a dependência dos combustíveis fósseis.

“Não conseguimos controlar o que não conseguimos medir a 100%”, referiu Julia Simpson, destacando na conferência de imprensa que uma das soluções para este “problema energético” prende-se com a produção e utilização de SAF (Sustainable Aviation Fuel – Combustível Sustentável para a Aviação).

“Terá de haver políticas muito fortes por parte dos diversos governos para que existam efetivos incentivos à produção de SAF”, salientou Julia Simpson, avançando que, “sem estes será muito difícil aumentar a produção e baixar o preço do SAF. Ora, não existindo SAF ou este ter preços muito significativos não fará com que se consiga alcançar os objetivos de um setor das viagens e turismo mais limpo”, disse a presidente e CEO do WTTC.

*O Publituris viajou até Perth (Austrália) para o Global Summit 2024 a convite do World Travel & Tourism Council (WTTC)
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África e Américas unem-se para planear o futuro partilhado do turismo

Os líderes do turismo de África e das Américas comprometeram-se a trabalhar em conjunto para tornar o setor um pilar do desenvolvimento coletivo sustentável e inclusivo em ambos os continentes.

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A “Declaração de Punta Cana” foi adotada no final da primeira reunião conjunta das Comissões Regionais de Turismo da ONU para África e para as Américas e seguiu-se a dois dias de diálogo partilhado em torno dos temas-chave da educação e dos investimentos no setor.

Reconhecendo os laços históricos entre as duas regiões, bem como as suas culturas únicas e complementares, a Cimeira serviu como uma plataforma de referência para uma cooperação reforçada, capitalizando a inovação, a educação, os investimentos e as indústrias criativas para o desenvolvimento futuro do turismo.

Ao dar as boas-vindas a cerca de 200 participantes de alto nível, entre os quais 14 ministros, representando 27 países (15 das Américas e 12 de África), o secretário-geral do Turismo da ONU, Zurab Pololikashvili, afirmou que a cimeira “oferece uma plataforma única para forjar ligações e construir pontes entre África e as Américas, criar parcerias estratégicas transregionais, promover projetos de cooperação Sul-Sul, tudo em benefício do sector do turismo das duas regiões.”

A diretora-executiva do Turismo da ONU, Natalia Bayona, salientou, por sua vez, que “África e Américas são dotadas de um rico património cultural, de paisagens diversas e de profundas ligações históricas. No entanto, reconhecemos que, devido a múltiplos desafios – como a conetividade limitada, as barreiras regulamentares e administrativas e a falta de conhecimento mútuo do mercado – a nossa relação de turismo cruzado não é tão forte como poderia e deveria ser. O nosso objetivo hoje é abordar estes desafios de frente, fomentando a colaboração que irá impulsionar o desenvolvimento económico, promover o intercâmbio cultural e incentivar práticas sustentáveis que beneficiem todas as nossas comunidades.”

A Declaração de Punta Cana
Como um sinal claro de cooperação Sul-Sul, a Declaração de Punta Cana estabeleceu um conjunto de compromissos partilhados para o desenvolvimento do turismo como um motor de desenvolvimento inclusivo. Através da Declaração, os líderes do setor do turismo de ambas as regiões reconhecem a importante necessidade de “intensificar os esforços conjuntos para promover o desenvolvimento sustentável” através do turismo, com uma forte incidência em “investimentos estratégicos, educação, inovação e indústrias criativas”. Encarnando o espírito da histórica Cimeira de Punta Cana, a Declaração sublinha igualmente a importância do turismo como instrumento de preservação da cultura e do património comuns e únicos.

Os signatários da Declaração manifestaram a sua intenção de “redobrar os seus esforços”, nomeadamente nos domínios relacionados com investimentos estratégicos, reforçar as parcerias público-privadas, estimular os investimentos no setor e dar prioridade aos investimentos através de uma definição eficaz das políticas. Além disso, aumentar a conetividade entre as duas regiões, tanto em termos de melhoria das ligações aéreas como de reforço do intercâmbio cultural.

Na área do desenvolvimento de competências e formação, as duas regiões pretendem dar prioridade ao investimento no ensino e na formação no domínio do turismo, alargar o acesso à aprendizagem em linha e fora de linha e promover a utilização da inovação e das novas competências digitais para melhorar os conhecimentos da mão de obra no sector do turismo.

Já na inovação, a aposta passa por apoiar concursos para empresas e empresários em fase de arranque em ambas as regiões, apoiar melhor as PME, incluindo nas comunidades rurais, e promover soluções inovadoras centradas na sustentabilidade e na ação climática.

Nas indústrias criativas, os esforços passarão por promover o papel das indústrias culturais e criativas no sector do turismo, nomeadamente através do financiamento de projetos com potencial para atrair turistas e desenvolver destinos e rotas culturais novos e diversificados, e assegurar que os benefícios que o sector proporciona se centram no desenvolvimento social e inclusivo.

Finalmente, na cooperação inter-regional, o foco passa por apoiar a análise do mercado e outros estudos para identificar potenciais áreas de crescimento e oportunidades comuns, desenvolver estratégias comuns para o desenvolvimento do turismo, nomeadamente através dos meios digitais, de novos produtos e de feiras internacionais de turismo.

“Construir um amanhã melhor, hoje”
Em consonância com o enfoque mais amplo da ONU Turismo nos investimentos no turismo, a Cimeira reuniu líderes dos setores público e privado, juntamente com os principais representantes das instituições financeiras, para avaliar o panorama atual e as tendências e perspectivas para África e as Américas.

Os oradores referiram o enorme potencial de iniciativas de investimento conjuntas entre as duas regiões, salientando o papel crescente dos bancos públicos e privados. A Cimeira também se centrou na importância vital dos investimentos para impulsionar a transição ecológica do turismo tanto em África como nas Américas, sobretudo nas infraestruturas e no sector hoteleiro.

A par da inovação, a Cimeira também colocou a tónica na educação e na formação, assinalando a necessidade urgente de trabalhadores qualificados em ambas as regiões. Com o foco nos “Jovens Talentos que Lideram a Transformação”, os líderes do turismo reconheceram a necessidade de iniciativas conjuntas de capacitação, desenvolvimento de currículos e parcerias entre instituições académicas, partes interessadas da indústria e organismos governamentais.

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Savoy Signature integra Confederação do Turismo de Portugal

A Savoy Signature passa a integrar a Comissão Permanente da Concertação Social da Confederação do Turismo de Portugal.

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A Savoy Signature passa a integrar a Confederação do Turismo de Portugal (CTP), organismo de cúpula do Turismo com assento na Comissão Permanente da Concertação Social.

“A admissão da Savoy Signature à CTP reforça o peso da nossa coleção de hotéis na oferta turística regional, mas reafirma também o forte compromisso com a atividade turística nacional, onde através dos nossos produtos estamos certos de que contribuímos para a notoriedade do destino Portugal e para o crescimento da economia. Como associados da CTP, iremos participar vivamente no debate estratégico sobre o sector” adianta Roberto Santa Clara, CEO da Savoy Signature.

Com um portefólio diversificado de investimentos, entre os quais sete unidades hoteleiras, a Savoy Signature espera partilhar a sua visão e participar nas estratégias que impulsionam o crescimento económico e o fortalecimento da imagem de Portugal no mercado nacional e internacional.

“A nossa adesão à CTP reconhece o papel fundamental que a Confederação tem vindo a desempenhar na representação e defesa do Turismo, visando reafirmar o nosso propósito de participação cada vez mais ativa no setor do Turismo, onde queremos cimentar a posição enquanto player de referência “, conclui Roberto Santa Clara.

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Estratégia Turismo 2035: 1ª sessão do Ciclo de Conferências tem lugar em Lisboa dia 3 de outubro

A 1.ª sessão do ciclo de conferências subordinada ao tema “Construir o turismo do futuro”, que passará por todas as regiões turísticas do país, no âmbito de construção da Estratégia de Turismo em Portugal 2035, tem lugar em Lisboa, no próximo dia 3 de outubro, a partir das 16 horas, Museu do Design (MUDE) e está organizada em vários painéis.

O processo de construção da Estratégia de Turismo 2035, que está a ser desenvolvida em conjunto com todos os parceiros públicos e privados do ecossistema turístico e, também, pela sua transversalidade temática e geográfica, com os parceiros que com o turismo se cruzam nas várias regiões, compreende um ciclo de conferências que passará por todas as regiões turísticas do país.

A 1.ª sessão deste ciclo de conferências tem lugar em Lisboa, na quinta-feira, dia 3 de outubro, no Museu do Design, às 16 horas.

O painel de abertura conta com a participação de Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal, Nuno Bento, Vogal Executivo do Programa Regional de Lisboa, Carla Salsinha, presidente da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa e Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo.

Caberá a Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal fazer uma apresentação sobre os desafios que se colocam ao setor no âmbito da Estratégia Turismo 2035, seguida de um painel de discussão subordinado ao tema “Como responder aos desafios do turismo?”  que ​conta com a participação de Miguel de Castro Neto, diretor da Nova IMS, Gonçalo Rebelo de Almeida, CEO Rebelo de Almeida Consulting, Hélia Gonçalves Pereira, Reitora da Universidade Europeia, Thierry Ligonnière, CEO da ANA Aeroportos de Portugal e Bárbara Coutinho, diretora do MUDE – Museu do Design.

A sessão termina com uma discussão pública aberta a todos e é encerrada pelo ministro da Economia, Pedro Reis.

A Estratégia Turismo 2035, sucedendo à Estratégia Turismo 2027, que está agora em construção, pretende constituir-se como um novo referencial estratégico para o turismo em Portugal, permitindo enfrentar os novos desafios que se colocam ao país, à Europa e ao mundo, conforme refere o Turismo de Portugal no seu site oficial.

“Se o turismo pode ser uma força para o bem, há que transformar este setor essencial da economia num pilar cada vez mais importante para o desenvolvimento sustentável e equilibrado do país. Além disso, num enquadramento em que há escassez de recursos humanos, tecnologias disruptivas e a premência da sustentabilidade em todas as suas facetas, há que não esquecer as tendências que já se identificam e que é necessário acompanhar, sem perder o foco e a autenticidade do destino”, diz o Turismo de Portugal, que anuncia este ciclo de conferências, para observar que este grande desafio conta com a participação de todos, sejam do setor do turismo, sejam aqueles que com ele cooperam e convivem.

Eis o calendário das sessões do ciclo de conferências da Estratégia Turismo 2035, abertas a todos, mas mediante inscrição:

– ​Lisboa​​​​ – ​03-10-2024 – ​Auditório do Museu do Design

– ​Porto e Norte – ​07-10-2024 – ​Alfândega do Porto

​- ​Centro – ​10-10-2024 – ​Centro de Congressos de Aveiro

​- ​Alentejo ​- 14-10-2024 – ​Évora Hotel

​- ​Açores – ​21-1​0-2024 – ​Laboratório Regional de Engenharia Civil dos Açores em Ponta Delgada

​- Madeira – ​28-10-2024 – ​Auditório do Museu da Eletricidade (Casa da Luz​) no Funchal

​- ​Algarve – ​11-11-2024 – ​Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve em Faro

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