easyJet anuncia novo avião baseado em Lisboa e quatro novas rotas no 10.º aniversário em Portugal
Com base desde abril de 2012, comemorando agora a primeira década em Portugal, a easyJet tem o caminho bem traçado. Para alcançá-lo somou agora mais uma aeronave à base de Lisboa, bem como mais quatro rotas de e para Lisboa, Porto e Faro.

Victor Jorge
A easyJet anunciou esta quinta-feira, 17 de março, a adição de mais uma aeronave baseada em Lisboa, perfazendo, assim, seis aviões. Com as restantes cinco aeronaves que a companhia aérea possui em Lisboa, a capital portuguesa tem, assim, 11 aeronaves da easyJet. De resto, José Lopes, diretor-geral da easyJet Portugal, frisou que de e para Lisboa, são já 19 as rotas operadas pela companhia para nove países.
A operar em Lisboa desde 1 de junho de 1998, a abertura oficial da base lisboeta só se deu, contudo, em abril de 2012, destacando José Lopes que, desde desse dia, a easyJet transportou quase 28 milhões de passageiros.
As novidades neste 10.º aniversário não se ficaram, contudo, por mais uma aeronave baseada na capital, como também na apresentação de quatro novas rotas a partir de aeroportos portugueses: Lisboa – Porto Santo; Porto – Praga; Faro – Birmingham e Faro – Londres Southend.
4 novas ligações
As quatro novas ligações da companhia estarão a operar durante os meses de verão, com a conexão entre Lisboa e Porto Santo a estar disponível para viagens a partir de 2 de junho até 25 de setembro, através de duas frequências semanais. As restantes rotas (Porto-Praga; Faro-Birmingham e Faro-Londres Southend) serão operadas duas vezes por semana, entre o início de maio e o final de outubro de 2022.
Isto faz com que a easyJet opera, em 2022, mais de 60 rotas de e para Lisboa, Porto, Faro e Funchal, indicado que,
A partir de agora, a easyJet passa a operar no nosso país com um total de 16 aviões (6 em Lisboa, 6 no Porto e 4 em Faro), onde já emprega um total de mais de 550 pessoas, das quais 180 baseadas em Lisboa.
Mas as aeronaves dedicadas ao nosso país são mais, tendo em conta que a companhia tem mais 18 aviões não baseados (5 em Lisboa, 4 no Porto, 6 em Faro e 3 no Funchal), permitindo que a easyJet já possua mais de 550 colaboradores locais, das quais 180 baseadas em Lisboa.
Na conferência de imprensa que marcou este anúncio e que contou com a presença do ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital (METD), Pedro Siza Vieira, o executivo da easyJet no nosso país referiu que “ao longo dos últimos meses temos trabalhado no sentido de reforçar a nossa posição nos aeroportos portugueses e este movimento é a prova disso mesmo”.
Reforçando que a easyJet tem investido nas suas bases portuguesas, tendo em vista um processo de crescimento consoante as oportunidades que estão a surgir, estas apostas trazem “benefícios que não se resumem em proveitos para a companhia”, salientando José Lopes que as novas rotas permitirão ainda “reforçar a nossa oferta e oferecer aos nossos clientes mais possibilidades de viajar, seja em trabalho ou em lazer”.
“Estamos a trabalhar na recuperação e, para isso, precisamos do apoio das instituições decisoras para garantir uma maior liberdade para que as pessoas possam viajar”, disse José Lopes.
Operando já como a terceira maior companhia aérea em Portugal – 1.ª em Funchal, 2.ª em Porto e Faro e 3.ª Lisboa -, a easyJet é a segunda low cost, com 7,2 milhões de passageiros transportados de e para o país em 2019, antes do período pré-pandémico.
Com três aviões A320 baseados em Faro, mais um novo avião A320 na primavera de 2022, a reabertura da base algarvia está prevista para 27 de março deste ano, contribuindo com mais de 130 empregos diretos. Além disso, diz o responsável da companhia, “este movimento contribuiu para a recuperação do turismo e economia de Portugal num momento crucial, com ajustes feitos para compensar os problemas criados pelas restrições governamentais”.
É para crescer
A easyJet pretende continuar a contribuir para a recuperação da economia e do turismo no país, alcançando o crescimento pré-pandémico até 2023. Estando a adicionar capacidade, a easyJet espera “voar cerca de 74% da capacidade de 2019 no segundo trimestre, esperando que a capacidade do quarto trimestre de verão se aproxime dos níveis de 2019”.
Em Portugal, a easyJet estima crescer este verão de 2022 cerca de 22% face ao mesmo período de 2019, o que equivale a cerca de mais um milhão de lugares. Já numa comparação com o verão de 2021, o crescimento é mais acentuado (+95% e um acrescento de 2,6 milhões de lugares).
Por bases, isto equivale a um crescimento de 51% face ao verão de 2019 e de 105% relativamente ao mesmo período de 2021. Já em Lisboa, o crescimento face ao verão de 2019 é mais brando (+15%), mas é mais elevado face ao verão de 2021 (109%). Mais a sul, os resultados mostram resultados ainda negativos, quando comparado com o mesmo período de 2019 (-3%), mas uma recuperação referente ao verão de 2021 (+93%). Finalmente, na Madeira, a easyJet adianta um crescimento de 63% e 34% face aos verões de 2019 e 2021, respetivamente.
Mas o compromisso da easyJet no nosso país e de forma geral vai mais além e noutras vertentes. Assim, José Lopes deixou claros os três pilares pelos quais a companhias se rege: redução das emissões de carbono; estimular a inovação em carbono, e ir para além do carbono.
Ou seja, para 2022 a companhia quer ainda “reforçar o seu compromisso com a sustentabilidade junto do público, defendendo a importância de transformar a aviação numa indústria cada vez mais sustentável”, referiu José Lopes.
Por isso, estabeleceu uma meta provisória baseada na ciência e com o objetivo de atingir emissões líquidas zero até 2050 (tal como defendido pela Race To Zero, campanha a que a easyJet aderiu recentemente). Além disso, tomar medidas consistentes nas suas operações que são cada vez mais eficientes e apresentar a jornada até ao zero líquido nos próximos meses são também objetivos da companhia para este ano.
Já o ministro Siza Vieira destacou o papel que a easyJet tem tido no desenvolvimento do país, mais concretamente no turismo, admitindo que a companhia é “indispensável para a economia de Portugal”.
O ministro com a responsabilidade da pasta da economia referiu ainda, e por ocasiões do 10.º aniversário, que “não estamos só a comemorar os 10 anos da easyJet em Portugal. Estamos a celebrar 10 anos de investimento contínuo e daí o reforço destas rotas e da aposta da procura dirigida a Portugal”.
Salientando que, precisamente, nesta crise “faltou-nos turismo”, Siza Vieira destacou a notoriedade do destino Portugal, salientando que “deu muito trabalho colocar o nosso país como destino de excelência”.
Já no que diz respeito aos apoios ao setor do turismo, o ministro referiu que Portugal “tem instituído uma política de colaboração. O turismo foi o setor mais apoiado pelos contribuintes portugueses”, reconheceu Siza Vieira, concluindo que tudo está a ser feito para que “as empresas possam voltar a receber os seus clientes”.
Do lado de José Lopes, foi deixada a certeza que os preços “não irão aumentar nos pró”, próximos tempos”, até pela que afirmou o executivo da easyJet, “o nosso headging não tem tido qualquer impacto nas compras de combustíveis”.
Finalmente, quando aos slots, José Lopes referiu que até 24 de março as empresas podem apresentar as suas candidaturas, cabendo, posteriormente, à Comissão Europeia decidir.
Certo é que a easyJet está “interessada e, naturalmente, que gostaríamos de ser contemplados, até porque isso permitiria crescer e reforçar o nosso peso no mercado português”, concluiu o diretor-geral da easyJet para Portugal.