Situação económica na restauração e alojamento agrava-se, diz a AHRESP
Em janeiro, metade das empresas da restauração registaram quebras acima dos 40% e um terço das de alojamento tiveram quebras acima dos 60%, ainda por razões associadas ao fenómeno pandémico, revela o último inquérito levado a cabo pela AHRESP.

Publituris
Turismo de Portugal recebe galardão de “Melhor Destino” nos prémios Routes Europe 2025
AHETA homenageia associados e personalidades determinantes nos 30 anos de vida da associação
Explora I faz escala inaugural em Lisboa a caminho do Mediterrâneo
Egito estabelece meta de 30 milhões de turistas anualmente até 2028
Setor de viagens e turismo representa 11,4% do PIB dos países do Golfo
Atlanta mantém-se como aeroporto mais movimentado no mundo
Macau vai criar novas delegações de comércio e turismo no exterior para atrair turistas
Movimento de passageiros nos aeroportos portugueses com quebra ligeira em fevereiro
Arranca parceria entre Ryanair e Expedia
Turquia a caminho de bater novo recorde de turismo este verão
O ano 2022 “começou pior que 2021 para as empresas da restauração, similares e do alojamento turístico”, alerta a AHRESP, que refere que, em janeiro, metade das empresas da restauração registaram quebras acima dos 40% e um terço das de alojamento tiveram quebras acima dos 60%, ainda por razões associadas ao fenómeno pandémico.
Esta é uma das conclusões do mais recente Inquérito AHRESP realizado no decorrer do mês de fevereiro, e representativo dos setores da restauração, similares e do alojamento turístico, em todo o território nacional. Segundo a Associação, as quebras na faturação resultam em muito dos efeitos diretos do pico da quinta vaga da pandemia.
De acordo com o inquérito, 78% das empresas de restauração e similares e 37% das empresas de alojamento já tinham tido trabalhadores infetados. 51% e 19%, respetivamente, tiveram mesmo de encerrar por um período nunca inferior a sete dias por esse motivo.
Em consequência deste ambiente, o inquérito revelou, de novo, um aumento das intenções de insolvência, chegando mesmo a duplicar nas empresas de restauração. Hoje, 31% das empresas de restauração e similares ponderam mesmo encerrar definitivamente. A situação é menos gravosa no alojamento, com 8% das empresas a referirem esta intenção.
Uma das preocupações sentidas nos últimos tempos tem sido a notória dificuldade de contratação de profissionais para estes setores. Das empresas de restauração que tiveram necessidade em contratar novos colaboradores, 90% tiveram fortes dificuldades em consegui-lo. As funções com maior dificuldade de contratação foram 75% para profissionais de cozinha e 72% para profissionais de mesa/balcão.
Tais dificuldades também se fizeram sentir no alojamento, apresentando o inquérito que 78% das empresas sentiram dificuldades na contratação, especialmente para as funções de limpeza, cozinha e receção.
Muito relevante ainda é o facto de 52% das empresas da restauração e 28% do alojamento referirem que tiveram de adiar investimentos por terem dificuldades em contratar recursos humanos.
A Associação espera que estes dados, registados neste último inquérito, “consigam chamar a atenção e sensibilizar o Governo para as medidas que apresentou recentemente” e que “são inevitáveis para permitir às empresas acompanhar a esperada e desejada retoma da atividade económica”.