“É tempo de olhar para a frente e caminhar solidamente para uma recuperação sustentada, alicerçada nas pessoas e na qualidade do turismo”
“Poder fazer alguns negócios, certos e concretos e não ser apenas uma edição de ver e ser visto”. Este é um dos pedidos que Ricardo Furtado, diretor Comercial da Altis Hotels faz à organização da BTL. Certo é que, segundo o mesmo “deveremos apostar na retoma positiva e olhar para o segundo semestre, como um semestre extremamente positivo”.
Victor Jorge
BTL
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Acreditando que a BTL virá renovada, revigorada e a mostrar que o turismo é um setor essencial e vital para a reconstrução de um trabalho que estava a ser exemplar em Portugal, o diretor Comercial da Altis Hotels, Ricardo Furtado, afirma que o grupo “faz parte desta equação de sucesso da imagem de Lisboa e de Portugal”.
Que expectativas possui relativamente à BTL 2022 a menos de duas semanas do início do evento e depois da não realização em 2020 e 2021?
Será uma BTL de mudanças, mais focada no essencial e na qualidade, logo a expectativa será muito positiva. Depois de dois anos de interrupção, causados, por uma pandemia, que teve efeitos devastadores, a BTL virá renovada, revigorada e a mostrar que o turismo é um setor essencial e vital para a reconstrução de um trabalho que estava a ser exemplar em Portugal. A sustentabilidade e os recursos humanos serão essenciais neste caminho para o sucesso da imagem de Portugal.
O que poderemos esperar da participação da Altis Hotels nesta BTL 2022?
A Altis Hotels, faz parte desta equação de sucesso da imagem de Lisboa e de Portugal. Vamos estar muito envolvidos com os vários players que irão estar na BTL, nomeadamente, os buyers. Iremos promover os nossos outlets de F&B de todos os hotéis da cadeia, assim como as novidades que chegarão em breve, o Porto e a Madeira.
A estratégia da Altis Hotels terá como alvo o mercado interno ou externo? Que importância possui, neste aspeto, o programa dos “Hosted Buyers”?
A nossa estratégia passa pelo mix dos mercados, mas o mercado externo, de comum interesse para todos, é e sempre será importante para a Altis Hotels, mercados com Estados Unidos, Canadá, Brasil, são fundamentais na nossa estratégia, assim como os já tradicionais mercados europeus.
Nunca deixámos de estar envolvidos no programa dos “Hosted Buyers” anteriormente e iremos continuar. Destaco também os nossos próprios contactos, que serão obviamente nossos convidados para esta BTL 2022.
Entretanto, a ITB já cancelou o evento presencial, que se deveria realizar uma semana antes da BTL, a FITUR teve uma edição que superou, segundo os presentes, as expectativas, a BIT de Milão também foi adiada. Como se gere esta expectativa e dúvida relativamente a medidas e restrições que poderão ser colocadas a qualquer hora e dificultar ou até impossibilitar a participação?
Penso que tanto uma ITB, como uma BIT, não deveriam ter sido canceladas, pois quando logo no início do ano assistimos a uma FITUR com uma performance excelente, e com uma presença distinta de tantos buyers, com leads concretos, poderiam também ter sido feiras com excelentes prestações.
Estivemos presentes na FITUR, que excedeu expectativas a nível de leads, o foi realmente muito positivo para o turismo nacional e foi um passo para a retoma do turismo. Penso que é tempo de olhar para a frente e caminhar solidamente para uma recuperação sustentada, alicerçada nas pessoas e na qualidade do turismo.
Este poderá ser o evento da retoma para o setor do turismo ou ainda existem demasiadas dúvidas e incertezas?
Temos o dever de olhar para a frente e esperar esta “retoma”. Em dezembro/janeiro uma nova variante retirou possibilidade de novos negócios, mas penso que agora poderemos olhar para os próximos meses de uma forma positiva e com muitas possibilidades de negócio. Março e abril já são meses de viragem. Já se ouve a palavra “endemia” por técnicos e experts internacionais, assim sendo, com todos os cuidados/precauções, deveremos apostar na retoma positiva e olhar para o segundo semestre, como um semestre extremamente positivo.
Há que ser sustentado, mas não ter medo de atualizar preço, sempre consolidado e com crescimento suportado
Falando agora especificamente da Altis Hotels, como correu o ano de 2021 e que expectativas possuem, aos dias de hoje, relativamente a 2022?
2021 foi um ano ainda de incertezas, aprendizagens, desafios, onde gerimos o dia-a-dia a todos os níveis, com pedidos variados, de todos os segmentos, nacionais e internacionais. Onde nos deparámos com um desafio enorme para o turismo, que foi a gestão de equipas, com falta de recursos humanos e que trouxe dúvidas, pois sem staff os hotéis não funcionam.
Criámos e continuamos a criar, condições para tentar inverter esta tendência, mas mais uma vez destaco a sustentabilidade, as pessoas e o reposicionamento nos preços dos hotéis.
Há que ser sustentado, mas não ter medo de atualizar preço, sempre consolidado e com crescimento suportado.
Além da BTL 2022, que outras ações irão desenvolver para este ano de 2022 e que mercados terão como alvo?
Conforme já mencionei anteriormente, fazemos parte da equação de retoma e recuperação de Portugal, logo obviamente que mercados como os Estados Unidos, Brasil e Canadá são vitais, mas os ditos mercados tradicionais europeus são também essenciais.
Iremos apostar em feiras em alguns desses mercados, como por exemplo, a WTM Latino-America ou IMEX América, que já fazíamos antes. Apesar do MI, estar em mudanças na forma de agir, iremos apostar em alguns fóruns e feiras onde foco é, o MI. O Altis Grand Hotel, é um hotel de MI com 18 salas de reunião, já o Altis Avenida e o Altis Belém, são hotéis mais de incentivos. O grupo Altis é extremamente versátil e ajustado a diferentes necessidades dos mercados e segmentos.
Se tivesse de fazer um pedido à organização da BTL 2022, qual seria?
Apostar mais na parte de Marketing Digital. Sei que estão a fazer esforços para ter melhores buyers e com mais qualidade, penso que é disto que todos nós precisamos.
No final do evento, que balanço gostaria de conseguir fazer?
Poder fazer alguns negócios, certos e concretos e não ser apenas uma edição de ver e ser visto. Portugal merece esse reconhecimento nacional e internacional. Que possamos transparecer o real trabalho e o que efetivamente o turismo vale, quem sabe termos um Ministério do Turismo, já é tempo de dar esse passo, sem retirar qualquer mérito ao Turismo de Portugal e ao seu trabalho de promoção.