Turismo industrial levou mais de 283 mil visitantes a São João da Madeira numa década
Programa de turismo industrial de São João da Madeira nasceu em 2012 e conta já com 22 locais de visita.
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O programa de Turismo Industrial de São João da Madeira celebra esta segunda-feira, 24 de janeiro, dez anos e já levou até ao destino mais de 283 mil visitantes, avança a Lusa, que cita a autarquia de São João da Madeira.
“São João da Madeira soube transformar a sua indústria num produto cultural e turístico, e, nestes 10 anos, o Turismo Industrial esteve sempre a valorizar o trabalho, a produção e os operários”, declarou à Lusa o presidente da Câmara Municipal de São João da Madeira, Jorge Vultos Sequeira.
O projeto, que arrancou em 2012, com circuitos por unidades ligadas ao fabrico de calçado, lápis, passamanarias e chapéus mas que, entretanto, passou também a contemplar a colchoaria, etiquetas e autocolantes, a metalurgia e o têxtil, conta já com 22 locais de visita, incluindo os museus da chapelaria e do calçado, o núcleo histórico da antiga metalúrgica Oliva e 14 empresas que acolhem o visitante sempre em contexto real de laboração.
O mercado nacional é, segundo a autarquia, aquele que mais procura o turismo industrial em São João da Madeira, onde o destaque vai para a Viarco, a única fábrica de lápis do país, que absorveu 37,4% das visitas.
Já a segunda maior fatia dessa procura coube ao conjunto dos museus da chapelaria e do calçado, que receberam 31% do total de visitas, seguindo-se as fábricas de sapatos e respetivos componentes, com 16,4%, e depois o circuito da chapelaria, que integra a fabricante de feltros Fepsa e a Cortadoria Nacional do Pelo.
Jorge Vultos Sequeira lamenta, no entanto, que devido à crise económica as fábricas de calçado Evereste e Helsar, que tinham sido fundadoras do projeto, tenham encerrado, ainda que tenham sido substituídas por outras da mesma área de atuação, e que a COVID-19 tenha feito diminuir os níveis de adesão ao turismo industrial.
Como complemento ao programa de turismo industrial, a Câmara Municipal de São João da Madeira decidiu, entretanto, avançar com o projeto do Centro de Memórias da Indústria, que vai ficar instalado no chamado Palacete do Rei da Farinha, onde já funcionou o Centro de Arte de São João da Madeira, mas que está atualmente desocupado, sendo agora sujeito a uma requalificação que o vai preparar para acolher espaços destinados a arquivo, documentação e investigação “sobre a indústria local, regional e nacional”.
Jorge Vultos Sequeira defende, por isso, que “o turismo industrial é um projeto de futuro” e que, estando “extremamente ligado aos jovens e ao público escolar de todo o país”, terá “uma nova âncora” no anunciado Centro de Memórias da Indústria.
Na perspetiva do autarca , enquanto centro de pesquisa e estudo sobre a história e o futuro da indústria”, esse será “um equipamento de vocação nacional”.