CEPT debate estratégia para promoção turística externa em 2022
A estratégia e os objetivos de promoção turística externa do destino Portugal para 2022 foram traçados na reunião do CEPT. Os destaques vão para uma aposta no crescimento em valor, na digitalização e na sustentabilidade como fatores primordiais para promover a competitividade do setor.
Carolina Morgado
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O Conselho Estratégico para a Promoção Turística Externa (CEPT), reunido esta semana, sob presidência do ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, decidiu que para 2022, o país deve apostar no crescimento em valor, na digitalização e na sustentabilidade como fatores primordiais para promover a competitividade do setor.
Refere nota do Ministério da Economia que, em termos operacionais, o esforço promocional de 2022 passa pelo regresso de iniciativas presenciais de impacto junto do consumidor em alguns dos mercados emissores mais significativos como o Reino Unido, França e Brasil, mantendo-se igualmente uma forte aposta no mercado norte-americano.
O CEPT apontou ainda para as parcerias intra e inter-regiões, e entre os parceiros públicos e privados, “como a forma mais profícua para levar aqueles objetivos estratégicos a bom porto”.
A estrutura consultiva do Governo em matéria de promoção turística externa e de concertação estratégica, constituída por representantes do Turismo de Portugal, dos Governos Regionais da Madeira e dos Açores, do setor privado, através da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), das ARPT’s e das Entidades Regionais de Turismo, realça que os segmentos turísticos que vão corporizar esta estratégia são os de maior valor acrescentado, nomeadamente o Enoturismo, a Gastronomia, a Arte, a Arquitetura e o Turismo Literário. Neste último caso, destaque para o facto de Portugal ser este ano o país convidado da Bienal do Livro de São Paulo.
“Todos estes segmentos turísticos, para além dos consolidados na estratégia promocional do país, têm já planos de ação estabelecidos e têm vindo a ser desenvolvidos para que se assumam como motores de desenvolvimento da atividade turística nacional, em todo o território, durante todo o ano, fazendo com que o turismo possa estender os seus benefícios a outros setores da economia e da sociedade portuguesa”, indica ainda o comunicado, que salienta que a promoção de cada um destes segmentos “está a reforçar a aposta no digital, com a presença contínua nas redes sociais, plataforma cada vez mais importante para atrair e captar a atenção para Portugal, enquanto destino turístico.
Na ocasião, Siza Vieira considerou que, ao longo dos últimos anos o turismo conquistou um lugar de extrema importância no contexto da economia portuguesa, quer no que diz respeito às exportações como também ao emprego. A pandemia veio interromper um ciclo muito virtuoso de crescimento do setor, mas “com o apoio do Estado e a resiliência das empresas e dos empresários, o setor tem condições para recuperar e voltar gradualmente ao ritmo do crescimento que queremos seja mais sustentável e gerador de riqueza para Portugal, contribuindo para o desenvolvimento de toda a nossa sociedade e para a preservação do nosso património ambiental e cultural”.
Por sua vez, a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, lembrou que “o turismo está perante o grande desafio de se saber reinventar, incorporando no seu modelo de desenvolvimento futuro a dupla transformação verde e digital.
Por isso, a governante está confiante de que o setor em Portugal sairá seguramente mais competitivo desse processo, “para o qual considero importante o facto de termos consolidada uma estratégia muito consensual e de longo prazo, complementada pelo Plano Reativar o Turismo | Construir o Futuro, assim como um modelo de governação com provas dadas que abrange todos os stakeholders do setor, desde os institucionais a nível regional e a nível nacional, a todo o setor privado, que considero crítico para o sucesso alcançado pelo turismo em Portugal”.