PUB
Edição digital
Assine já
PUB
Destinos

“Todo o setor do turismo deu uma enorme lição à economia portuguesa”

Chegado o mês de dezembro, a região da Madeira entra na sua época alta, com o fim de ano a levar, normalmente, muitos viajantes à ilha. 2021 não será exceção, segundo Eduardo Jesus, secretário Regional de Turismo e Cultura da Madeira, que acredita, tal como indica a campanha mais recente, num fim de ano “À Madeirense”.

Victor Jorge
Destinos

“Todo o setor do turismo deu uma enorme lição à economia portuguesa”

Chegado o mês de dezembro, a região da Madeira entra na sua época alta, com o fim de ano a levar, normalmente, muitos viajantes à ilha. 2021 não será exceção, segundo Eduardo Jesus, secretário Regional de Turismo e Cultura da Madeira, que acredita, tal como indica a campanha mais recente, num fim de ano “À Madeirense”.

Victor Jorge
Sobre o autor
Victor Jorge
Artigos relacionados
Transporte aéreo de passageiros continuou a crescer no 2.º trimestre com aumento de 4,8%
Aviação
Constituição de novas empresas abranda até agosto e os Transportes lideram as quebras
Destinos
TAP assina protocolo de intenções com governo da Bahia para voos entre o Porto e Salvador
Aviação
Comité Setorial de Turismo promove encontros em quatro regiões do país
Destinos
Grupo GEA leva 80 agências de viagens associadas em sete famtrips
Distribuição
Privatização da Azores Airlines será concluída “em breve” mas não este ano
Aviação
Explora Journeys inaugura segundo navio a 15 de setembro
Transportes
Barcelona vai ter “aumento substancial” da taxa turística para cruzeiristas de curta duração
Transportes
TAP lança campanha que oferece bagagem extra em voos entre Portugal, Moçambique e Angola
Aviação
Royal Caribbean International encomenda 4.º navio da classe Icon
Transportes

Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) dão conta que a Madeira apresentou, em outubro de 2021, dados equivalentes aos de 2019. O responsável pelo turismo e cultura da Região Autónoma, Eduardo Jesus, acredita que o cenário irá manter-se para o final do ano. Para 2022, admite que “não vale a pena entrar em histerismos e dramatismos” e que há que ter “muita racionalidade nas decisões”.

Que turismo teremos na Madeira neste Ano Novo?
Penso que vamos ter a continuação daquilo que tem sido o turismo durante este ano de 2021. Temos uma presença muito forte no mercado nacional, que passou a ser o mercado com maior expressão no turismo da Madeira. Temos uma operação muito forte com o Reino Unido, contávamos com uma operação igualmente forte com a Alemanha, mas percebemos rapidamente que não vai atingir os níveis que estávamos a aguardar. Depois, teremos ainda os outros mercados, muito dispersos, desde França, mercados de Leste que foram uma grande aposta e que chegaram a valer, no mês de agosto, cerca de 8% do nosso turismo, operações essas que continuaram, mas que se foram reduzindo.

No fundo, vamos ter um pouco de tudo o que temos tido até agora. Essa e a nossa expectativa.

A APM lançou também uma nova campanha promocional exclusiva para plataformas online em 17 mercados internacionais para um Natal e Fim de Ano “À Madeirense”. Que esperanças deposita nessa campanha e que números espera atingir?
Nós temos uma circunstância que mudou com esta nova realidade da pandemia. Começámos a registar as reservas muito mais em cima das viagens, o que faz com que não exista o tal planeamento tradicional de três ou seis meses. O que está a acontecer é que, no início de cada mês, temos uma expectativa do que será a ocupação durante esse mês e a verdade é que nalguns meses essa taxa cresceu mais de 50% até ao final desse mesmo mês. Isso significa que, nesta fase, é muito importante termos uma vaga de comunicação muito forte.

Sentimento de pretensa
E essa nova vaga é no digital?
Sim, tem de ser, porque é o canal que mais facilmente chega a mais pessoas e com maior cobertura, é mais impactante. Esta nova campanha “À Madeirense” sucede a uma que tivemos – “Eu sei onde” – e ainda outra que foi dirigida ao território nacional – “Portugal Tropical”. Isto são tudo momentos em que queremos relembrar e reafirmar o destino Madeira por vários atributos que estão, todos eles, em linha com as competências da nova marca que lançámos em abril.

Ou seja, apelar a uma diferenciação que o próprio destino tem, mas, ao mesmo tempo, a uma inclusão do viajante naquele espaço com um grande sentimento de pretensa.

Experiências, portanto?
Através das experiências e da experimentação, o visitante fica a fazer parte daquele território e mesmo que saia, no seu regresso, leva um pouco do território consigo. É um pouco este compromisso sentimental que andamos a comunicar e a explicar por via da experiência, da vivência no espaço.

E faz o turista regressar?
Exatamente, é a lógica da fidelização. Esse também é um dos objetivos. Esta campanha “À Madeirense” é quase o abrir da porta de cada madeirense para receber as pessoas e para que as pessoas possam se sentir como qualquer um dos locais.

No fundo, é uma campanha para tornar o visitante mais um dos nossos a viver com a mesma intensidade que vivemos este período de festa do Natal e Fim de Ano.

Esta ligação que concretizámos com os EUA virou a página das acessibilidades da Madeira e abre-nos uma possibilidade de trabalhar um mundo novo

Uma aposta nas Américas
De indiscutível importância foi terem ganho um voo direto dos EUA para o Funchal. Este é o primeiro passo para ter mais voos dos EUA para a Madeira?

Nós acreditamos que sim. Em 2020, com a aprovação do orçamento em 2019, já tínhamos alocado uma verba significativa para um mercado diversificado como os EUA e Canadá e o reforço do Brasil. Não foi possível por causa da pandemia, mas surgiu agora esta grande oportunidade.

Esta ligação que concretizámos agora, virou a página das acessibilidades da Madeira e abre-nos uma possibilidade de trabalhar um mundo novo.

Os EUA têm mais de 300 milhões de habitantes, pessoas com gostos muito variados, com apetências muito diferentes, mas onde temos alguns atributos que são bem-vindos como, por exemplo, o vinho Madeira. Só para ter uma ideia da importância desta ligação ao vinho Madeira, promovemos este voo também através dos distribuidores do vinho da Madeira nos EUA e chegámos a milhares e milhares de pessoas também por essa via, complementarmente a toda a companha que foi criada. Mas sim, acreditamos que é uma viragem.

A Madeira já teve uma operação com os EUA nos anos 1970, mas não era voo direto. A TAP tinha uma rota conhecida por “Rota Colombo” que saia dos EUA em direção a Lisboa e em Lisboa distribuía para a Madeira e para a Gran Canária.

E novos mercados emissores?
Estamos com uma aposta, assim que seja permitido na origem, muito grande no Brasil. Gostaríamos de ter uma ligação direta do Brasil, e temos, também, o mercado do Canadá.

Seria ter toda a América do Norte?
Sim, a América do Norte toda e na América do Sul, o Brasil é o que tem mais apetência. É um visitante que gosta da oferta portuguesa e da madeirense em particular. Por isso, para aquele lado do globo, estas constituem as nossas apostas.

No espaço europeu, com a operação que fechámos com a Ryanair, permite-nos acesso a países e cidades muito importantes e às quais não tínhamos ligação direta.

Ficámos muito órfãos das ligações diretas com a decisão da TAP de acabar com elas há alguns anos. Recordo, por exemplo, a ligação direta de Londres para a Madeira, desde 1975, que funcionou sem qualquer interrupção até 2015. Foram 40 anos a voar diretamente de Londres para a Madeira.

Terminar essa rota fez, naturalmente diferença. Com esta operação da Ryanair, vamos ter ligações de Marselha, Milão, Dublin, um conjunto de ligações que são reforçadamente importantes por serem diretas e ligações que ainda não são satisfeitas hoje. Ou seja, interessa-nos muito ter ligações que não canibalizem aquilo que já temos.

Michael O’Leary, CEO da Ryanair, admitiu recentemente que tinha mudado de ideias relativamente à Madeira. O que fez a Ryanair mudar de ideias quanto à Madeira?
Penso que acima de tudo foi um melhor conhecimento da Ryanair relativamente ao destino que, admito, não tenha sido o mais completo em 2016 quando se começou a falar neste processo. Depois houve uma convergência de interesses bastante grande, porque nessa altura (2016) o CEO da Ryanair alertava para as taxas aeroportuárias que se praticavam e praticam no aeroporto da Madeira.

E que continuam elevadas?
Sim, e que continuam, em nosso entender, demasiado altas e têm merecido a nossa parte uma luta sem tréguas para que sejam revistas. Aliás, todo o modelo que está subjacente à concessão dos aeroportos colocou as taxas da Madeira a convergir com as taxas de Lisboa, admitindo-se que iam descer quando o que está a acontecer é as taxas da capital estarem a subir e nós a convergir em alta em vez de convergir em baixa. Isso deita por terra todo o modelo económico da concessão no que diz respeito à Madeira.

Mas a verdade é que a conjugação de esforço, envolvendo o Turismo da Madeira, a Associação de Promoção, o Turismo de Portugal e a própria ANA, permitiu esbater esse efeito das taxas e julgo que se conseguiu um compromisso que foi ao encontro das preocupações de todos.

Há uma concorrência muito diferente, não diria desleal porque não se regem pelas mesmas leis, mas muito desigual por parte de determinados destinos que retiram fluxo turístico à Madeira e Portugal Continental

Do ar para o mar
Mas estamos a falar somente de quem chega à Madeira por via aérea. Há, contudo, um determinado número de turistas que chega por via marítima. Que importância têm os cruzeiros para a Madeira?

Sim, sem dúvida. Têm uma importância fulcral e representam cerca de 600 mil passageiros por ano para a Madeira.

Que expectativas tem relativamente a esse segmento, não só agora para o fim de ano, mas para 2022?
A Madeira tem uma posição estratégica nesta altura do ano, quase indispensável aos armadores que operam no Atlântico. Por isso, existem várias companhias a operar com modelos de exploração que envolvem triangulações com as Canárias, Açores, Norte de África ou sul da Europa. Existem uma série de combinações que permitem um conjunto diferente de operações.

O que digo é que a indústria ainda está refém da pressão pandémica. Tem-se evoluído imenso com vários esquemas de garantia de bem-estar aos passageiros, mas é uma indústria que está à procura de uma solução, embora já esteja organizada. Temos tido paquetes todos os dias na Madeira há dois meses.

E para este fim de ano?
Para este fim de ano temos já 10 paquetes confirmados. A indústria dos cruzeiros está a animar e encontrou no Funchal, por força das medidas implementadas, uma garantia de confiança para os seus passageiros e hoje todo o modelo adotado dá essa confiança. Mas diria que a solução ou as garantias estão mais na dependência da própria indústria do que do destino.

Cabeça vs coração
Teme mais medidas e restrições, que se feche mais?
Tivemos ao longo do tempo oportunidade de ouvir vários especialistas, vozes essas que devem ser amplificadas de forma significativa, porque deve ser a ciência a mandar nesta fase da pandemia e não qualquer outro tipo de decisão baseada no medo. O medo não é boa companhia.

Percebemos, claramente, que estamos a entrar numa fase muito diferente, a sair de uma pandemia para entrar numa endemia e isso significa, provavelmente, um acréscimo de infeções, porque também estamos a testar muito mais, mas que não significa necessariamente cuidados intensivos, mortes.

Este é um paradigma mental que tem de ser operado. Temos de saber viver com esta realidade que perdurará por mais alguns meses. Mas temos de olhar para tudo isto com alguma tranquilidade. Não vale a pena entrar em histerismos e dramatismos e, acima de tudo, repetir medidas de quase desespero, quando não há pressão sobre os cuidados intensivos e quando não há número de mortes que justifique essa mesma preocupação.

Diria que é preciso alguma calma e, acima de tudo, muita racionalidade nas decisões.

Regresso ao futuro
Passando do negativo para o positivo, o INE revelou que a Madeira foi uma das regiões que, em outubro, já apresentou dados equivalentes aos de 2019. Acredita na manutenção desses níveis?
Desde julho que estamos a ter uma performance muito positiva no setor turístico. É preciso não esquecer que a primeira parte do ano foi muito má. Por isso, não é o facto de estarmos bem neste momento que faz recuperar o ano.

Julho cresceu muito relativamente aos meses anteriores, mas em agosto batemos o recorde de proveitos do setor de qualquer mês de agosto da história do turismo na Madeira. Em setembro, voltámos a bater o recorde dos proveitos de alojamento de qualquer mês de setembro de que há memória na Madeira. Em outubro crescemos 5,8% face a 2019, tendo o mercado nacional crescido 78%.

Ou seja, tudo indica que esta consistência no crescimento nos dá confiança relativamente às decisões que tomámos e apostas que fizemos, à forma como estamos a comunicar e que poderá estar a fazer evoluir uma dinâmica que nos leve a acreditar que novembro e dezembro serão meses nesta linha e que vão ajudar, objetivamente, o cenário do turismo na Madeira.

A indústria dos cruzeiros está a animar e encontrou no Funchal (…) uma garantia de confiança para os seus passageiros

Isso anima-o para o próximo ano?
Sim, claramente, se bem que temos consciência que 2022, com a solução da endemia e alguma tranquilidade que daí virá, também os nossos concorrentes mais diretos acordarão. E são concorrentes com práticas que nós na União Europeia não estamos autorizados a praticar. Por isso há uma concorrência muito diferente, não diria desleal porque não se regem pelas mesmas leis, mas muito desigual por parte de determinados destinos que retiram fluxo turístico à Madeira e Portugal Continental. Praticamente pagam para ter turismo e isso vai ter consequências.

E como se combate? O que vai fazer a Madeira?
O que temos vindo fazer. Penso que o grande desafio que qualquer destino possui neste momento não é só a gestão tática que passou a ser o dia-a-dia, mas, acima de tudo, criar condições para que a dinâmica da atividade se possa projetar para a frente. E isso, no fundo, significa, boas parcerias com as acessibilidades, com as companhias, boas parcerias com os operadores que fazem a distribuição e um enorme reforço da notoriedade do destino junto daqueles que decidem individualmente.

Perante esta realidade, desafios, incertezas, uma estratégia é desenhada a quanto tempo?
Quando definimos uma estratégia temos sempre uma expectativa de cinco anos. Nessa estratégia definimos, fundamentalmente, a nossa visão estratégica e, acima de tudo, a assunção do que é o nosso posicionamento.

Devo dizer-lhe que estamos, neste momento, na discussão para 2022-2027, porque terminámos agora 2017-2021, e posso garantir-lhe que a nossa visão e o nosso posicionamento não se alteram rigorosamente nada em relação ao que pensámos anteriormente.

O fundamental é ter flexibilidade e adaptabilidade, é ter capacidade de reação ao dia. Montamos operações à semana que anteriormente demoravam seis meses a um ano, infletimos relativamente às apostas semana para semana, reforçamos orçamento rapidamente, apostamos e acreditamos em quem quer trabalhar connosco. É esta agilidade que tem de tomar conta do decisor.

Uma agilidade que não existia?
Penso que existia, estava era adormecida porque não era necessária. Todo o setor do turismo deu uma enorme lição à economia portuguesa na grande capacidade que teve de se adaptar a todos os momentos e oportunidades e agarrou-os muito bem. E foram muitos.

O setor do turismo resistiu porque acreditou sempre que essas decisões do dia-a-dia eram capazes de deixar alguma coisa. Esse natural inconformismo e essa saudável teimosia e querer vencer, foi o que mais caracterizou este setor e é determinante para os anos que aí vêm.

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
Artigos relacionados
Transporte aéreo de passageiros continuou a crescer no 2.º trimestre com aumento de 4,8%
Aviação
Constituição de novas empresas abranda até agosto e os Transportes lideram as quebras
Destinos
TAP assina protocolo de intenções com governo da Bahia para voos entre o Porto e Salvador
Aviação
Comité Setorial de Turismo promove encontros em quatro regiões do país
Destinos
Grupo GEA leva 80 agências de viagens associadas em sete famtrips
Distribuição
Privatização da Azores Airlines será concluída “em breve” mas não este ano
Aviação
Explora Journeys inaugura segundo navio a 15 de setembro
Transportes
Barcelona vai ter “aumento substancial” da taxa turística para cruzeiristas de curta duração
Transportes
TAP lança campanha que oferece bagagem extra em voos entre Portugal, Moçambique e Angola
Aviação
Royal Caribbean International encomenda 4.º navio da classe Icon
Transportes
PUB
Destinos

Constituição de novas empresas abranda até agosto e os Transportes lideram as quebras

A Informa D&B destaca o setor dos Transportes como “o principal responsável pela descida geral” na constituição de novas empresas, que caiu 2,5% até agosto de forma geral e 25% neste setor.

Até 31 de agosto, a constituição de novas empresas em território nacional registou uma descida de 2,5%, com menos 905 constituições de empresas, com o total a ficar pelas 34 811 novas empresas, descida que, segundo o relatório Informa Business by Data, da consultora Informa D&B, foi essencialmente motivada pelo setor dos Transportes, que liderou as descidas.

De acordo com os dados publicados esta sexta-feira, 6 de setembro, pela consultora, o setor dos Transportes foi o que mais se destacou na descida na constituição de novas empresas, com uma quebra de 25%, o que representa menos 1070 constituições de empresas que em igual período do ano passado.

A Informa D&B destaca o setor dos Transportes como “o principal responsável pela descida geral deste indicador e que confirma uma tendência que se verifica desde o início do ano”.

Além dos Transportes, também o setor da Hotelaria e Restauração apresentou uma descida na constituição de novas empresas, caindo 5,0%, o que traduz menos 179 empresas constituídas, com a consultora a destacar que esta foi “uma descida transversal a quase todos os seus subsetores e que é especialmente acentuada no subsetor do Alojamento de curta duração”, onde a quebra foi de 21%, representando menos 139 constituições de empresas.

A descer esteve ainda o setor Grossista, que caiu 10% na criação de empresas até final de agosto, representando menos 160 constituições de empresas, devido “sobretudo ao subsetor Alimentar (-24%; -115 constituições de empresas)”.

Apesar das descidas, também houve bons exemplos, uma vez que, como assinala a Informa D&B, “em metade dos setores, a criação de empresas é superior ao registado em 2023, com destaque para a Construção, Tecnologias da Informação e Comunicação e Retalho”.

No caso da Construção, a subida foi de de 7,9% face ao período homólogo, traduzindo 317 novas constituições de empresas, uma subida que foi “transversal a quase todas as suas atividades”.

Já as novas empresas de Tecnologias da Informação e Comunicação registam um crescimento de 5,1%, com mais 108 constituições de empresas, enquanto no Retalho, o crescimento foi de 2,7% (+85 constituições de empresas), devido “em especial a um aumento de quase 30% das novas empresas de Comércio a retalho por correspondência ou via Internet”.

Encerramentos descem mas insolvências crescem

Os dados da Informa D&B mostram que, nos oito primeiros meses do ano, encerraram 7 719 empresas, o que corresponde a menos 8,9% do que no mesmo período do ano passado, “sendo que à data de hoje ainda existem publicações a serem efetuadas pelo Registo Comercial”.

No conjunto dos últimos 12 meses, os encerramentos chegam às 14 610 empresas, traduzindo uma descida mais ligeira de 3,2% ou menos 476 encerramentos de empresas face a igual período do ano passado.

“A descida no acumulado dos últimos 12 meses é transversal à esmagadora maioria dos setores de atividade, destacando-se o Retalho (-6,5%; -145 encerramentos de empresas), o setor que mais desceu neste indicador em termos absolutos, e as Indústrias (-10%; -126 encerramentos de empresas)”, refere a Informa D&B, sublinhando que apenas os “setores dos Transportes (+20%; +139 encerramentos de empresas) e da Energia e Recursos (+23%; +17 encerramentos de empresas) registam crescimento neste indicador”.

A consultora diz ainda que a “descida dos encerramentos é igualmente transversal a todas as regiões, com destaque para o Norte (-6,7%; – 329 encerramentos)”, sendo que “apenas as regiões da Grande Lisboa e Madeira registam subidas, ainda que ligeiras”.

No caso das insolvências, desde o início do ano houve um crescimento de 11%, com 1 410 empresas a iniciaram um processo de insolvência (+135 empresas), com a Informa D&B a explicar que “ainda que as insolvências tenham crescido em mais de metade dos setores de atividade, a subida deste indicador está bastante concentrada nas Indústrias, que registam um crescimento de 50% (+136 empresas com processos de insolvência)”.

 

 

Sobre o autorInês de Matos

Inês de Matos

Mais artigos
PUB
Destinos

Comité Setorial de Turismo promove encontros em quatro regiões do país

Para identificar os desafios do setor do turismo em cada região, promover discussões e analisar as oportunidades para inovação no mercado, auxiliando os participantes a planear estrategicamente para o futuro, o projeto Comité Setorial de Turismo, vai realizar quatro encontros em diferentes regiões do país.

A primeira edição será já a 26 de setembro em Viseu (Instituto Politécnico de Viseu), seguida de Faro (3 de outubro, no Faro Avenida Business Center), Porto (10 de outubro, no Porto Innovation Hub) e Estoril, a17 de outubro, no CIBT – Centro de Incubação de Base Tecnológica.

Uma vez que cada região tem as suas próprias características e necessidades específicas no setor de turismo, estes encontros permitirão um debate aprofundado sobre as dificuldades enfrentadas pelas startups e empresas em cada uma delas, em busca de soluções personalizadas que incentivem a inovação e o crescimento sustentável no setor do turismo.

O Comité Setorial de Turismo, promovido pela 351 Portuguese Startup Association e com o apoio do Turismo de Portugal e do NEST Portugal, é uma iniciativa que visa criar uma plataforma de discussão entre startups, empresas e entidades do setor privado e público, promovendo soluções específicas e inovadoras para os desafios do turismo em Portugal.

Por sua vez, os comités são grupos de trabalho e discussão divididos por região, com o objetivo de promover o desenvolvimento e crescimento do ecossistema do turismo em Portugal, maximizando o seu impacto e representatividade.

Sobre o autorCarolina Morgado

Carolina Morgado

Mais artigos
PUB
Destinos

Metropolitano de Lisboa é o sétimo melhor da Europa

O Metropolitano de Lisboa foi considerado o sétimo melhor da Europa numa análise da Bounce, que diz que este tipo de sistema de transporte público é essencial para que os turistas possam conhecer os centros históricos das capitais europeias.

O Metropolitano de Lisboa foi considerado o sétimo melhor da Europa numa análise da Bounce, que diz que este tipo de sistema de transporte público é essencial para que os turistas possam conhecer os centros históricos das capitais europeias.

A análise da Bounce, que analisou vários parâmetros, incluindo o número de estações existentes, as avaliações da Google ou o número de passageiros para avaliar os sistemas de metro em várias capitais europeias.

“Os sistemas de metro nas capitais europeias são essenciais para navegar nestas cidades históricas, mas a qualidade e a acessibilidade das instalações variam”, lê-se num comunicado divulgado pela Bounce, que dá o exemplo do metro de Paris, em França, que é criticado por não dispor de instalações adequadas a pessoas com mobilidade reduzida.

Na avaliação da Bounce, o Metropolitano de Lisboa ficou classificado na sétima posição, com uma avaliação global de 5.97 pontos, a mesma classificação alcançada pelos sistemas de metro de Copenhaga, na Dinamarca, e Bucareste, na Roménia.

O Metropolitano de Lisboa, que conta com um total de 56 estações, registou 15% de avaliações positivas mas 22% de avaliações negativas, sendo mesmo o que apresenta o valor mais alto neste parâmetro dentro do Top10, enquanto a avaliação da Google está nos 4.09 pontos.

O ranking apresentado pela  Bounce é liderado pelo metro de Oslo, na Noruega, que obteve uma classificação global de 8.06 pontos, seguindo-se o metro de Sofia, na Bulgária, com uma avaliação de 7.64 pontos. O Top3 é completo pelo metro de Atenas, com uma avaliação de 7.29 pontos.

No Top10 deste ranking encontram-se ainda os metros de Madrid (6.74 pontos), Varsóvia (6.60 pontos) e Londres (6.04), com o metro de Praga a encerrar a lista, com uma avaliação de 5.83 pontos.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
Destinos

Turismo da ONU e FIA reforçam parceria para promover turismo desportivo sustentável

A Turismo da ONU e a Fédération Internationale de l’Automobile (FIA) acabam de subscrever uma parceria com vista a promover o turismo desportivo à escala global.

Publituris

O novo memorando de entendimento entre o Turismo da ONU e a FIA marca um passo à frente na parceria entre as duas organizações, destacando a sua dedicação mútua para promover práticas sustentáveis ​​e aumentar a conscientização sobre o impacto positivo do turismo desportivo nos destinos. Ao combinar experiência e influência, o acordo visa alavancar o poder de eventos desportivos de classe mundial para impulsionar o turismo, o crescimento económico e a sustentabilidade.

O memorando de entendimento foi assinado pelo presidente da FIA, Mohammed Ben Sualyem, e pelo secretário-geral de Turismo da ONU, Zurab Pololikashvili, durante o Grande Prémio de Fórmula 1 em Monza, Itália.

O Secretário-Geral do Turismo da ONU, Zurab Pololikashvili, reconheceu que “a ligação entre desportos e turismo oferece imenso potencial para o desenvolvimento sustentável, crescimento económico e promoção de intercâmbio cultural.

Juntando-se ao Secretário-Geral na assinatura do acordo, o presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, destacou que, esta parceria é uma prova do compromisso inabalável federação com o turismo sustentável e a responsabilidade social. “Ao alinhar nossas iniciativas globais com a missão da Turismo da ONU, não estamos apenas a promover viagens responsáveis, mas também a definir novos padrões de sustentabilidade em todos os eventos da FIA”, garantindo que “estamos a implementar ativamente práticas sustentáveis, a educar gerações futuras e a impulsionar mudanças significativas no mundo dos desportos e do turismo”.

A FIA, refira-se, é afiliada do Turismo da ONU há mais de 40 anos. Sob a liderança de Ben Sulayem, a Federação supervisiona alguns dos eventos de automobilismo mais prestigiados do mundo, incluindo a Fórmula 1, que atrai milhões de fãs internacionais e impulsiona significativamente o turismo local nas cidades-sede.

Em reconhecimento das suas contribuições, o presidente da FIA, foi nomeado Embaixador do Turismo da ONU para o Turismo Sustentável, na categoria Desporto, reconhecimento que destaca a sua dedicação à integração da sustentabilidade em eventos e atividades de automobilismo, promovendo iniciativas que se alinham com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e aprimorando o cenário turístico global.

Com um valor aproximado de 609 biliões de dólares e uma taxa de crescimento anual de 17,5%, o turismo desportivo é um dos setores de crescimento mais rápido.

Este acordo vem reforçar as discussões do próximo Congresso Mundial de Turismo Desportivo que terá lugar em Madrid nos dias 28 e 29 de novembro de 2024.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
Destinos

República Dominicana é o país convidado do Festuris

A República Dominicana é o país convidado da próxima edição do Festuris – Feira Internacional de Turismo, que volta a decorrer em Gramado, no Rio Grande do Sul, no Brasil, entre 7 e 10 de novembro. 

Publituris

A República Dominicana é o país convidado da próxima edição do Festuris – Feira Internacional de Turismo, que volta a decorrer em Gramado, no Rio Grande do Sul, no Brasil, entre 7 e 10 de novembro.

“Exaltar a República Dominicana no Festuris é uma forma de reconhecer e valorizar o destino que registra crescimento significativo em sua movimentação turística”, sublinha a organização do certame, explicando que a República Dominicana será o terceiro país convidado da história do Festuris, depois da Argentina e do Uruguai.

Para Eduardo Zorzanello, CEO do Festuris, a participação da República Dominicana nesta feira de turismo brasileira enquanto país convidado é “uma honra muito grande” para o Festuris, uma vez que se trata de um país que representa o “potencial gigantesco” das Caraíbas.

“Eles estão conosco há muitos anos, o país já era representado nas primeiras edições e passou a ter estande próprio em meados dos anos 2000, um estande lindo, dinâmico e vivo. É um orgulho tê-los com a gente, porque o Brasil é um alto consumidor dos atrativos e do produto República Dominicana, especialmente das praias, à exemplo da tão conhecida Punta Cana”, acrescenta o responsável.

Por parte da República Dominicana, o convite foi aceite também com entusiasmo, com Paola Gómez, diretora do Escritório de Turismo da República Dominicana no Brasil, que sublinha também o carácter solidário desta participação, que acontece poucos meses depois das cheias que abalaram o estado brasileiro do Rio Grande do Sul.

“Aceitamos com especial emoção a distinção que nos homenageia como país convidado do Festuris Gramado 2024 por ser a primeira edição da feira após as terríveis enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul, com a certeza de que, graças ao esforço dos gaúchos e com um trabalho digno, o estado emergirá mais forte”, sublinha a responsável.

A República Dominicana conta com 1.600 km de costa e mais de 200 praias, incluindo várias reconhecidas como as mais paradisíacas do mundo, sendo também reconhecido como um destino de turismo ativo e de aventura, assim como de turismo histórico, cultural e de natureza.

Recorde-se que, na edição do ano passado, o Festuris contou com a presença de 2500 marcas, 15 mil participantes e 40 destinos internacionais, num total de 27 mil metros quadrados de área expositiva.

 

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
Destinos

Montevideu é sede do 1º Observatório de Direito do Turismo

O Turismo da ONU decidiu sediar o seu primeiro Observatório de Direito do Turismo na região das Américas. Foi em Montevideu, no Uruguai.
Foi inaugurada a sede do Observatório de Direito do Turismo para a América Latina e as Caraíbas, na Casa das Nações Unidas em Montevideu, Uruguai. A cerimónia contou com a presença do Presidente do Uruguai Luis Lacalle Pou.

Publituris

O observatório com foco questões jurídicas ligadas ao turismo é um projeto desenvolvido em conjunto pela ONU Turismo e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento, que visa implementar uma ferramenta digital pioneira, que inclui um banco de dados, “TurismoLex”, que compila a legislação turística da região da ALC, bem como uma sala de aula virtual, uma comunidade de práticas e indicadores de qualidade regulatória.

O Observatório representará um fórum interativo onde os setores público, privado e académico poderão trocar melhores práticas e discutir tendências legislativas no turismo na região.

Além disso, o este instrumento, de acordo com o Turismo da ONu, estabelece um marco de colaboração com prestigiosas instituições de ensino superior da área para realizar estudos, relatórios técnicos e criar grupos de trabalho que tratem do Direito do Turismo, respondendo às necessidades que Estados e operadores do setor possam apresentar.

Com este pano de fundo, o Observatório, que iniciará suas operações no início de 2025, terá como principais objetivos a melhoria da qualidade das regulamentações do turismo. Também servirá como um fórum técnico que promove a regulamentação adequada para a área, emitindo relatórios e estudos através dos quais as administrações, principalmente, podem desenvolver legislação adequada aos interesses do setor, facilitando assim a cooperação regulatória regional, melhorando as relações transfronteiriças e o desenvolvimento harmonioso da legislação do turismo.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB

Foto: Câmara Municipal de Lisboa

Destinos

Lisboa é o Melhor Destino MICE da Europa

Pela segunda vez consecutiva, Lisboa conquista o prémio de Melhor Destino MICE da Europa, na 5.ª edição dos World MICE Awards, realizada esta quarta-feira, em Ho Chi Minh City, Vietname, superando as cidades de Atenas, Berlim, Istambul, Londres, Madrid, Milão, Paris e Viena, que também estavam em competição.

Publituris

O segmento MICE (Meetings, Incentives, Conferences and Exhibitions) contribui significativamente para as receitas do turismo e para o consequente desenvolvimento da cidade. A localização estratégica, as infraestruturas modernas e versáteis, os excelentes acessos e a oferta cultural diversificada, consolidaram Lisboa como um dos principais destinos europeus para a organização de eventos. Neste sentido, a diretora executiva da Associação Turismo de Lisboa, Paula Oliveira, defende que, a conquista deste prémio “é um reconhecimento do trabalho coletivo para posicionar Lisboa como um destino de referência a nível global, que contribui significativamente para a criação de receitas e emprego, bem como para a reabilitação do património.”

Em nota de imprensa, a ATL revela que, em 2023, foram contabilizados 151 eventos associativos no ranking da ICCA (International Congress and Convention Association), organização que monitoriza a realização de eventos a nível mundial. Desde 2019 e até 2022, Lisboa conquistou o 2º lugar nos rankings europeu e mundial. Em 2023, e com diferença de apenas um congresso para a cidade que ocupou o 2º lugar a nível mundial (Singapura), Lisboa é a 2ª cidade europeia com mais eventos contabilizados, a seguir a Paris.

Refira-se que os World MICE Awards reconhecem a excelência na indústria MICE e premeiam destinos, companhias aéreas, unidades hoteleiras, organizadores e infraestruturas que se destacam neste setor.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
Destinos

EUA continua a ser o mercado de viagens e turismo mais poderoso do mundo, mas a China espreita

Os EUA continuam a ser o mercado de viagens e turismo mais poderoso do mundo, contribuindo com um valor recorde de US$ 2,36 TN para a economia do país o ano passado, o Relatório de Tendências de Impacto Económico de 2024 do WTTC prevê que, durante a próxima década, a China deverá assumir a “pole position” e destronar os Estados Unidos.

Publituris

O Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) lançou, esta quarta-feira, seu Relatório de Tendências de Impacto Económico de 2024, que revelou que, apesar da lenta retoma dos gastos dos viajantes internacionais, os EUA mantêm a primeira posição, com quase o dobro da contribuição económica do seu rival mais próximo, a China, onde este setor contribuiu com 1,3 biliões de dólares para o PIB do país em 2023, sublinhando a sua recuperação impressionante, apesar da reabertura tardia das suas fronteiras.

A Alemanha garantiu o terceiro lugar com uma contribuição económica de 487,6 mil milhões de dólares, enquanto o Japão, que em 2022 ocupava o 5º lugar, saltou para a 4ª posição, contribuindo com 297 mil milhões de dólares. O Reino Unido completa os cinco primeiros, contribuindo com 295,2 mil milhões.

A França, o destino mais popular do mundo, manteve a sua sexta posição com uma contribuição de 264,7 mil milhões de dólares, seguida de perto pelo México com 261,6 mil milhões de dólares.

A Índia ficou em oitavo lugar, subindo de uma anterior 10ª posição, com 231,6 mil milhões de dólares, marcando uma melhoria notável e destacando a sua crescente influência no setor. Itália e Espanha completam o top 10, contribuindo com 231,3 mil milhões de dólares e 227,9 mil milhões de dólares, respetivamente.

No entanto, durante a próxima década, o WTTC prevê que a China se tornará o maior mercado de viagens e turismo, com a Índia devendo subir para a 4ª posição. Em 2023, o setor das viagens e turismo da China cresceu 135,8%, enquanto outros países asiáticos, como a RAE de Hong Kong, a Malásia e as Filipinas, recuperaram logo após o levantamento das restrições de viagem.

De acordo com o relatório, muitos destinos importantes irão lucrar com um aumento nos gastos internacionais este ano em comparação com os níveis pré-pandemia, com a Arábia Saudita, com um aumento de 91,3% face a 2019, Turquia (+38,2%), Quénia (+33,3%), Colômbia (+29,1%) e Egito (+22,9%) a liderarem.

A nível global, os gastos dos visitantes internacionais deverão crescer quase 16%, atingindo 1,9 biliões de dólares, enquanto os turistas nacionais deverão gastar mais do que nunca, atingindo 5,4 biliões de dólares, um aumento de 10,3% em relação aos níveis de 2019.

O relatório do WTTC aponta ainda que o investimento em viagens e turismo cresceu 13% em o ano passado, atingindo mais de 1 bilião de dólares, com um regresso aos níveis pré-pandemia previsto para 2025.

No entanto, as elevadas taxas de juro em todo o mundo poderão criar desafios para o investimento futuro. Daí o WTTC alertar ser crucial que os setores público e privado trabalhem em conjunto para inovar e garantir o fortalecimento contínuo deste sector vital.

O documento também destaca o compromisso do setor com a sustentabilidade, mostrando a dissociação entre o crescimento e as emissões de gases com efeito de estufa e as oportunidades crescentes para as mulheres, os jovens e as comunidades marginalizadas, ao mesmo tempo que estima que os avanços tecnológicos, especialmente em IA, melhorem ainda mais a experiência de viagem e impulsionem o crescimento futuro.

Conclui o WTTC que, após um ano recorde para viagens e turismo, o setor continua a ser a espinha dorsal das economias de muitos países, ao mesmo tempo que apoia milhões de empregos em todo o mundo.

Julia Simpson, presidente e CEO do WTTC, aponta que “enquanto ansiamos por um 2024 recorde, está claro que o setor de viagens e turismo não está apenas de volta ao caminho certo, mas também pronto para alcançar um crescimento sem precedentes”, assegurando que “continuaremos a priorizar a sustentabilidade e a inclusão, garantindo que este crescimento beneficie a todos e proteja o nosso planeta para as gerações futuras”.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
Destinos

Turismo de luxo cresce no Brasil

O turismo de luxo no Brasil regista um crescimento expressivo, impulsiona o turismo internacional e faz manter o turismo doméstico, segundo a Brazilian Luxury Travel Association (BLTA).

Publituris

“Levantar dados da situação do turismo no Brasil é sempre um desafio, mas com a participação dos nossos membros associados conseguimos fazer um recorte fidedigno do quão é importante o segmento de luxo para impulsionar o turismo internacional e manter o turismo doméstico aquecido”, afirmou a CEO da BLTA, Simone Scorsato.

Em parceria com o Senac São Paulo, a BLTA realiza anualmente uma pesquisa junto dos seus membros com a finalidade de analisar desempenho do grupo, comportamentos e tendências do mercado de turismo de luxo no Brasil. No anuário que acaba de ser publicado, a organização compilou os dados de 2023, “um ano que reflete a volta à normalidade do setor das viagens”.

O documento dá conta que o Brasil continua a verificar um aumento do fluxo do turismo internacional, sem ter ainda atingido o patamar pré-pandemia, mas timidamente, os viajantes internacionais voltam a descobrir o país. O turismo no Brasil apresenta ótimos números e o segmento de luxo desponta como o principal elo inspirador para tornar o país um destino desejado internacionalmente.

Os números não deixam dúvidas. O volume de negócios conjunto dos associados da BLTA foi de 3,12 mil milhões de reais, apontando um crescimento de 14,05% em relação ao resultado de 2022, uma percentagem acima do esperado no mercado de luxo global que segundo a Bain & Company cresce a uma taxa entre 8% e 10%, enquanto as operadoras conseguiram ampliar a sua captação de turistas e obtiveram um aumento de 73,7% na sua clientela.

No ano passado, a taxa de ocupação dos hotéis cresceu para o patamar de 55,9 %, onde contra os 50,15% verificados em 2022. O volume de turistas internacionais representa 29% da origem da procura, valor que era de 21% em 2022.

O segmento dos hotéis localizados em ambientes que privilegiam a Natureza/Campo, apresentou taxas de ocupação média anual acima dos demais segmentos. No mesmo período, para 72% dos hotéis associados houve investimento em melhorias e novas unidades, uma percentagem que mostra o crescimento em qualidade no setor de alojamento.

O relatório refere, por outro lado, que a diária média dos hotéis, que foi de 2.146,33 reais em 2022, e avançou para 2.525,78 reais em 2023, um aumento de 17,67%, ficando 13,05% acima da inflação do período. Finalmente, a sustentabilidade continua a engajar cada vez mais os gestores para implementação de práticas de impacto positivo na gestão do negócio e na melhoria dos destinos, onde 64% hotéis e 80% dos operadores apoiam projetos junto das comunidades locais.

No final do ano passado, para comemorar seus 15 anos de atuação, a associação lançou o livro Tons do Brasil, título que apresenta os atrativos dos mais diferentes locais que constituem a diversidade cultural e natural do país.

Já no início do ano, foi lançada a Xodó by BLTA, uma nova marca que procura ampliar a promoção do Brasil como referência de excelência na arte de receber.

A Brazilian Luxury Travel Association (BLTA) foi criada em 2008 por um grupo de empresários que sentiu a necessidade de se unir para desenvolver o segmento de turismo de luxo no Brasil. Atuante tanto no mercado nacional quanto internacional, através de ações institucionais, comerciais e promocionais, o principal objetivo da BLTA é promover e fortalecer o Brasil como destino turístico para o mercado de luxo mundial. Atualmente, a BLTA conta com 66 associados (59 hotéis e sete operadoras), todos comprometidos em oferecer experiências autênticas, sofisticadas e sustentáveis no país.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
Destinos

Já há um Tour do Samba no Rio de Janeiro

O Tour do Samba no Rio de Janeiro, com lançamento previsto para 7 de setembro, vai passar a oferecer uma experiência cultural imersiva, combinando um passeio em autocarro panorâmico com visitas a importantes marcos do samba carioca. Esta nova atração turística acontece ao abrigo de um acordo entre o Museu do Samba e a empresa Rio Samba Bus.

Publituris

Com duração aproximada de 4h30min, e com um custo de 190 reais, o tour, que tem início em Copacabana, faz, de acordo com a imprensa brasileira, duas paragens estratégicas no Cais do Valongo, na Zona Portuária, e no Sambódromo, palco icónico dos desfiles das escolas de samba. O destino final é o Museu do Samba, localizado na Mangueira, onde os participantes terão a oportunidade de conhecer exposições interativas sobre a história do samba e as suas personalidades mais influentes. Além disso, o passeio inclui uma apresentação de ritmistas e passistas, finalizando com uma degustação de feijoada, prato tradicional das rodas de samba e do Carnaval.

O Tour do Samba contará conta com a presença de um guia especializado, passistas e uma trilha sonora temática a bordo do autocarro panorâmico. Os bilhetes estão disponíveis para compra no site oficial do Rio Samba Bus.

A viagem passa, assim, pelos pontos de grande referência de nascimento do samba carioca e leva o turista a conhecer o samba na essência de suas formas de expressão, incluindo música, dança e gastronomia, como destacou Nilcemar Nogueira, fundadora e diretora do Museu do Samba.

Por sua vez, Jorge Oliveira, sócio da Rio Samba Bus, acredita que a iniciativa inédita será um sucesso, proporcionando aos turistas uma vivência autêntica. “Trabalhamos para que o turista possa tirar o melhor proveito do seu passeio, aliando diversão com uma vivência autêntica e única, bebendo nas fontes em que o samba nasceu e se desenvolveu”, disse.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2024 PUBLITURIS. Todos os direitos reservados.