Chaves abre Museu das Termas Romanas esta terça-feira
Autarquia de Chaves espera que o novo espaço, que conta 2000 anos de história, se torne na “joia da coroa” e num dos principais polos de atração turística para o território.
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As Termas de Chaves passam esta terça-feira, 21 de dezembro, a incluir também o Museu das Termas Romanas, espaço que, segundo Nuno Vaz, presidente da Câmara Municipal de Chaves, vai ser a “joia da coroa” e um dos principais polos de atração turística para este território.
De acordo com informação avançada pela Lusa, o Museu das Termas Romanas conta uma história de 2000 anos, que ficou “congelada” no tempo após um sismo e que foi descoberta nas escavações para a construção de um parque de estacionamento.
“Aqui temos o maior balneário da Península Ibérica e um dos maiores da Europa e do Império Romano”, afirmou à agência Lusa Rui Lopes, arqueólogo corresponsável pela escavação e que acompanhou o projeto.
Rui Lopes explicou que se trata de um balneário terapêutico, o que o diferencia de outras termas que existem praticamente em todos os sítios romanizados, nomeadamente as termas higiénicas, onde se iria tomar banho.
“Estas são terapêuticas, quase uma equivalência a um hospital. Estas termas teriam uma grande importância dentro do império, porque era um espaço onde vinham tratar as maleitas de guerra, doenças de pele ou de estômago”, indicou o arqueólogo.
Foi durante a realizações de prospeções arqueológicas em 2005, no largo do Arrabalde, no centro da cidade, para a construção de um parque de estacionamento que se identificou este “património magnífico preservado no tempo”.
O projeto do parque de estacionamento foi de imediato abandonado e as escavações arqueológicas acabariam por revelar a existência de duas grandes piscinas, mais sete de pequenas dimensões e ainda um complexo sistema hidráulico de abastecimento às estruturas e que ainda hoje funciona.
O complexo acabou por ficar “congelado” no tempo, uma vez que um sismo no século IV viria a provocar a derrocada do edifício, contribuindo para “selar um período cronológico” que vai estar agora em destaque no novo Museu das Termas Romanas, cuja visita é gratuita.
Segundo Nuno Vaz, autarca de Chaves, o novo museu deverá funcionar ainda como um novo polo de atração turística no município, através do qual deverá ser possível potenciar turisticamente o território, recuperar as “perdas acumuladas em tempos de pandemia” de COVID-19 e dar “um salto ainda maior” aproveitando os “recursos excecionais” ali existentes.
Além das ruinas, o espaço conta também com uma exposição de artefactos, além de painéis explicativos, ecrãs e mesa tátil interativa que revelam também os vestígios da muralha seiscentista, bem como as imagens da prospeção e após a escavação que colocou a descoberto o achado arqueológico.
As termas medicinais romanas foram classificadas como monumento nacional em 2012 por serem o “mais importante complexo termal português”, de dimensões apenas comparáveis, em termos provinciais, às de Bath (Inglaterra).