‘Stakeholders’ do turismo e viagens pedem alinhamento e coordenação urgente em resposta à situação pandémica na Europa
Diversas entidades pedem uma abordagem comum e totalmente alinhada sobre a elegibilidade e o momento das doses de reforço, associada à validade contínua e ao uso do Certificado Digital COVID da UE. Em causa podem estar milhões de empregos.
Victor Jorge
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Em consequência dos mais recentes desenvolvimentos epidemiológicos em toda a Europa, e antes da aproximação da época festiva, um amplo grupo de ‘stakeholders’ do setor do turismo e viagens pede aos Estados-Membros que coordenem e alinhem melhor as suas respostas de políticas de saúde e viagens para evitar a reposição de restrições à liberdade de movimento em toda a Europa.
O Centro Europeu para Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) declarou que, na atual situação epidemiológica, as restrições de viagens são ineficazes na redução da transmissão do vírus, hospitalizações ou mortes. Nestas circunstâncias, considerando que 76,6% da população adulta da UE está agora vacinada e com uma transmissão comunitária já elevada na maioria dos Estados-Membros da UE, “as medidas destinadas a limitar a passagem das fronteiras não trariam qualquer benefício para a saúde pública, mas teriam um impacto negativo nas economias locais”, refere o comunicado assinado por entidades como a ECTAA, A4E, ACI Europe, ETC, ETRC ou WTTC, entre outros.
Estas entidades salientam mesmo que “as restrições obrigatórias de viagens e protocolos de saúde pública devem ser baseados em fortes evidências de benefício, bem como princípios de proporcionalidade”.
Ao destacar que a pandemia global deixou o turismo em toda a Europa a “enfrentar uma crise como nenhuma outra” e à medida que vários países começam a restabelecer as restrições de movimento aos cidadãos, esta comunidade do setor das viagens e turismo avisa que “mais danos podem ser infligidos a um setor que já se encontra em dificuldades e com impactos de longo alcance nas economias da região”.
De acordo com a última pesquisa do World Travel & Tourism Council (WTTC), estão em perigo “até 900.000 empregos em todo o setor do turismo e viagens na UE este ano, caso as restrições às viagens forem reimpostas neste Inverno”. Além disso, WTTC diz que “os governos em toda a UE poderão ver eliminados até 35 mil milhões de euros das respetivas economias” antes do final de 2021, caso as restrições severas às viagens voltem a vigorar.
Caso as restrições permaneçam em vigor durante grande parte do próximo ano, o WTTC admite que isso poderá resultar numa perda de até 143,7 mil milhões para a economia da UE”.
“O turismo europeu não pode funcionar com abordagens nacionais inconsistentes e em constante mudança”, lê-se no comunicado conjunto, advertido as entidades que, “vista de fora da UE, a Europa mais uma vez parece cada vez mais complicada”, salientando que “a coordenação é a única solução para proteger o setor dos efeitos desta prolongada incerteza na Europa”.
Ao admitir que a implementação da vacinação em toda a UE está “entre as melhores do mundo”, as empresas de viagens e turismo “também desenvolveram e implementaram fortes protocolos de saúde e segurança que garantem que as viagens possam ocorrer em circunstâncias seguras”.
Os “stakeholders” signatários deste comunicado advertem para o facto de, em 2021, “mais de dois milhões de empregos foram perdidos em toda a UE neste setor”, destacando os números mais recentes do WTTC que apontam para que, “se as restrições em grande escala forem aplicadas em 2022, mais três milhões de empregos estarão em jogo no próximo ano”.