Paula Canada (TAP): “O ‘hub’ é fundamental para a sobrevivência da TAP”
Paula Canada, diretora de Marketing e Vendas da TAP Air Portugal, uma das convidadas do webinar “Desafios pós-COVID”, da Airmet, admite que “o turismo vai retomar primeiro que o ‘corporate'”.
Victor Jorge
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Em antecipação ao webinar do próximo dia 20 de outubro, organizado pela Airmet, que colocará diversos profissionais, de ambos os lados do Atlântico, a debater os desafios pós-COVID, o Publituris falou com Paula Canada, diretora de Marketing e Vendas da TAP Air Portugal.
Que TAP teremos nós e o mercado no futuro, sabendo-se das dificuldades que a companhia atravessa? Continuar a ter este hub que liga a Europa à América do Sul e do Norte é fundamental? Como é que uma companhia que se vê confrontada com cortes pode ter um discurso de expansão, crescimento, evolução?
O problema da TAP é um problema comum à maioria das companhias aéreas apanhadas por uma pandemia que teve efeitos devastadores na indústria da aviação. Com as fronteiras fechadas e com medo de viajar instalado nos clientes, a movimentação de pessoas deixou de existir, quer em turismo quer em negócios, o que deixou a indústria sem clientes.
Sem nunca descurar o mercado português e a ligação de Portugal à imensa comunidade lusófona, o hub é fundamental para a sobrevivência da TAP, ajudando a alimentar as suas rotas com o transporte de clientes da Europa para o continente americano e para Africa e vice-versa.
O discurso da TAP neste momento é essencialmente de consolidação nos mercados em que opera não deixando, no entanto, de aproveitar algumas oportunidades que surjam e que se justifiquem.
Como a empresa está neste momento de retoma das viagens em termos de posicionamento de mercado, produtos e operações?
A TAP acompanha diariamente a evolução da procura, recebendo insights de diversas fontes, e com base nisso vai ajustando a operação em termos de rotas, frequências, preços e promoções.
Há sinais positivos em alguns mercados, a abertura do Brasil e agora dos EUA foi fundamental para a retoma e para permitir encarar o próximo inverno com uma pequena dose de otimismo, estando previsto operar para os próximos meses 80% do que se operou em 2019. O segmento VFR foi o segmento que mais se destacou durante a pandemia, começando agora a ver sinais de recuperação no segmento leisure e no corporate, especialmente as pequenas e médias empresas. É prioridade da TAP nesta fase acompanhar esta evolução e ajustar as condições operacionais e comerciais a este novo contexto.
Que mudanças espera no e para o turismo de forma geral e quais são, efetivamente, os maiores ensinamentos que retira desta crise para o futuro da sua atividade e negócio?
O turismo vai retomar primeiro que o corporate, destacando-se a procura por destinos mais de natureza, sem grandes multidões e a oferta de pacotes com seguros de saúde vão ser uma vantagem competitiva. Destinos de maior proximidade, com uma boa oferta no ramo da saúde vão, nestes próximos tempos, ser os mais procurados.
O maior ensinamento que se retira, é a necessidade de as organizações terem estruturas ágeis e flexíveis para poderem reagir e se ajustar rapidamente aos novos contextos.
Para participar no webinar de dia 20 de outubro, basta inscrever-se aqui.