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Turismo espacial e subaquático: Da promessa à realidade em dois anos

A Les Roches Marbella voltou a ser palco, entre 22 e 24 de setembro, do debate sobre o turismo espacial e subaquático, dois produtos que passaram de promessa a realidade em apenas dois anos e que prometem revolucionar o futuro do turismo.

Inês de Matos
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Turismo espacial e subaquático: Da promessa à realidade em dois anos

A Les Roches Marbella voltou a ser palco, entre 22 e 24 de setembro, do debate sobre o turismo espacial e subaquático, dois produtos que passaram de promessa a realidade em apenas dois anos e que prometem revolucionar o futuro do turismo.

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A Les Roches Marbella voltou a ser palco, entre 22 e 24 de setembro, do debate sobre o turismo espacial e subaquático, dois produtos que passaram de promessa a realidade em apenas dois anos e que prometem revolucionar o futuro do turismo.

Há dois anos, quando a Les Roches Marbella organizou a primeira edição da SUTUS – Space & Underwater Tourism Universal Summit, a cimeira dedicada ao turismo espacial e subaquático, tanto o espaço como o fundo do mar continuavam a ser mundos inexplorados e praticamente inacessíveis. Hoje, dois anos depois e com uma pandemia pelo meio, muita coisa mudou e aquilo que era apenas uma promessa, é agora uma realidade, como foi possível comprovar na mais recente edição desta cimeira, que voltou a decorrer nas instalações da Les Roches Marbella, em Espanha, entre 22 e 24 de setembro, e que reuniu, mais uma vez, cientistas, especialistas e representantes de empresas que estão a tornar possível fazer do espaço e do fundo do mar os próximos grandes destinos turísticos.
É que, nos dois anos que mediaram a primeira e segunda edição da SUTUS, os voos espaciais com fins turísticos tornaram-se uma realidade, com o início das viagens privadas da Virgin Galactic, Blue Origin e Space X, enquanto a oferta de submarinos para passeios ao fundo do mar conheceu um crescimento sem precedentes.
Ao Publituris, Carlos Diaz de La Lastra, diretor-geral da Les Roches Marbella, explicou que, mais que os avanços dos dois últimos anos, a segunda edição da SUTUS pretendeu mostrar que, além das empresas mais mediáticas, há muito trabalho a ser feito para tornar o espaço e o fundo do mar nas novas fronteiras do turismo, como indica o tema da cimeira “Turismo além das fronteiras naturais”. “O nosso compromisso com a SUTUS era fazer o encontro mais importante de turismo espacial em Espanha. Isso não estava relacionado com o momento da indústria, mas porque queríamos debater as duas facetas do turismo que nos faltavam explorar e que tinham de fazer uma evolução”, resumiu o responsável, explicando que “as pessoas apenas conhecem esses dois ou três projetos que já são realidade – a Space X, a Blue Origin e a Virgin Galactic. Mas, a verdade é que é mais provável que tenhamos a oportunidade de ir ao espaço ou ao fundo do mar com outros projetos mais económicos “.
A segunda edição da SUTUS contou com a participação de 26 empresas e das principais agências espaciais internacionais, como a russa, a americana, a europeia, a chinesa, a indiana ou a japonesa, uma vez que, acrescentou o responsável, o objetivo era ter, nesta edição, “representado todo o leque de projetos que existem nestas áreas e mais agências espaciais”, de forma a fazer da SUTUS “a melhor montra para as empresas que também têm projetos espaciais e subaquáticos mas não são tão conhecidas”.

Muito mais que uma moda

Simon Jenner, Axiom Space

Se há dois anos o turismo espacial era apenas uma promessa, atualmente já é possível viajar até ao espaço por motivos de lazer, uma vez que, em julho, o milionário britânico que é dono da Virgin Galactic, Richard Branson, inaugurou as viagens espaciais com fins turísticos. Em poucos dias, também Jeff Bezos, da Blue Origin, viajou até à órbita da terra e, mais recentemente, foi a vez da empresa de Elon Musk, a Space X, se lançar nas viagens espaciais com astronautas privados. Estava dado o pontapé de saída na corrida a um tipo de turismo que, até há poucos meses, não passava de uma miragem, mas que tem tudo para mudar para sempre o conceito de turismo que conhecemos, até porque a oferta tem vindo a crescer e conta, hoje, com muitos outros intervenientes, alguns dos quais marcaram presença na SUTUS 2021 que, decorreu em formato híbrido, com debate presencial no primeiro dia e online a 23 e 24 de setembro.
Logo no dia inaugural, no qual o Publituris esteve presente, ficou bem patente que o turismo espacial está a crescer, assim como a procura que, segundo Simon Jenner, Spaceflight Business Development da Axiom Space – empresa que está a construir a nova Estação Espacial Internacional, que deverá estar operacional em 2028, e que se prepara para entrar também na corrida aos voos privados ao espaço, tendo já a primeira missão à atual Estação Espacial Internacional agendada para janeiro do próximo ano-, “está a aumentar e há muitas pessoas interessadas”.
Para Simon Jenner, o turismo espacial é mais do que uma moda e os últimos desenvolvimentos vieram provar que é possível tornar o espaço no próximogrande destino turístico. “O turismo espacial não é uma moda. Se é uma moda, é uma moda que está a crescer. Há muitas décadas que se está a trabalhar para tornar possíveis os voos espaciais privados e, agora, estamos a atingir um ponto de inflexão”, congratulou-se o responsável ao Publituris, mostrando-se convencido de que o turismo espacial “é algo que veio para ficar”.
Além do exemplo da Axiom Space, também Bernard Foing, diretor do projeto “Euro Moon Mars”, da Agência Espacial Europeia, marcou presença no primeiro dia da SUTUS 2021 e deu conta dos mais recentes desenvolvimentos no projeto “Moon Village”, que pretende colonizar a lua. No mesmo projeto, está envolvido também Marc Heemskerk, que apresentou os habitats lunares ‘Chill-Ice’, que estão a ser criados para tornar possível a colonização da lua e, quem sabe, também de Marte, numa experiência que será fundamental para desenvolver o conceito de turismo espacial, mas que, segundo o responsável, apresenta ainda lacunas, nomeadamente ao nível do conforto. “Se queremos fazer crescer o turismo espacial, temos de aumentar o conforto destes habitats”, afirmou, comparando os habitats atuais a laboratórios científicos.

Obstáculos ao turismo espacial

Marc Heemskerk, habitats Chill-Ice

Tal como Marc Heemskerk, também Simon Jenner concorda que o conforto é um dos obstáculos que se colocam ao turismo espacial e dá o exemplo da atual Estação Espacial Internacional, que “é perfeita enquanto laboratório, mas não é um lugar incrível para dormir”. “Estamos a construir uma estação espacial para ser confortável”, sublinhou, explicando que os módulos habitacionais da nova estação espacial foram projetados pelo designer Philippe Starck e vão oferecer todo o “conforto e luxo”, além de contarem todos com janelas com vista para a Terra, já que a imagem do planeta visto do espaço é, a par da ausência de gravidade, uma das principais atrações das viagens espaciais.
O conforto é, tal como o preço, um dos obstáculos que se colocam ao turismo espacial, mas, tal como a questão do conforto já está a ser trabalhada, também a descida do preço será uma questão de tempo, com Simon Jenner a explicar que, “como em qualquer outro produto tecnológico, como os telemóveis, por exemplo, o arranque é sempre dispendioso”, mas espera-se que o preço venha descer à medida que aumente a oferta. “Precisamos de desenvolver mais a tecnologia e precisamos de maior concorrência ao nível do lançamento dos foguetões para reduzir os custos”, indicou, defendendo, no entanto, que uma viagem espacial nunca será tão barata quanto uma viagem de avião, ainda que o preço possa descer ao ponto de atrair muito mais interessados. Em quantas décadas poderá isso acontecer? Isso é que “é mais complicado de adivinhar”, disse, sublinhando, no entanto, que será tudo uma questão de tempo e que, há 12 meses, por exemplo, ninguém esperava que, hoje, as viagens espaciais já fossem uma realidade.
No que diz respeito à Axiom Space, Simon Jenner garante que, se a procura continuar a crescer, a empresa vai aumentar o número de missões – atualmente estão previstas duas por ano a partir de 2022 – ainda que isso também esteja dependente da possibilidade de acoplar na Estação Espacial Internacional, o que está limitado com as atuais instalações, mas que deverá mudar com o lançamento da estação da Axiom Space, em 2028.

Democratizar o fundo dos oceanos

Scott Waters, Pisces VI

Se a parte da manhã do primeiro dia da SUTUS 2021 foi dedicada ao espaço, na parte da tarde mergulhámos no que de mais inovador se está a fazer para levar turistas a conhecer os cerca de 70% da Terra que ainda são desconhecidos e que ficam no fundo dos oceanos.
Scott Waters, project manager do submarino Pisces VI, que já tinha participado na primeira edição da SUTUS, em 2019, regressou a Marbella para dar conta dos novos projetos em que o submarino está envolvido. É que, a par do turismo espacial e apesar de ser menos mediático, também o turismo subaquático tem conhecido um grande desenvolvimento, com o surgimento de veículos subaquáticos com diferentes capacidades e capazes de mergulhar a cada vez maiores profundidades, como é o caso do Pisces VI, que pode descer até aos dois mil metros de profundidade e tem capacidade para quatro passageiros.
E se, há dois anos, Scott Waters dizia que a procura turística era ainda residual, uma vez que estes submarinos continuavam a ser procurados por motivos científicos, a realidade é que também nesta área a motivação turística está a aumentar, de tal forma que o próprio Scott Waters se mudou para as Canárias e está atualmente envolvido numa série de projetos que visam levar turistas a conhecer o fundo do oceano. “Estamos a trabalhar em alguns projetos interessantes nas Canárias. Espero que, no próximo ano, tenha mais novidades, mas posso dizer que vai ser possível conhecer melhor a nossa história”, adiantou o responsável, explicando que as Canárias, por ser um arquipélago de origem vulcânica, contam com atrações que fazem destas ilhas um autêntico ‘hotspot’ subaquático.
Além das Canárias, os submarinos da Pisces têm várias missões agendadas até 2023, incluindo Mar Vermelho, Peru e Antártica, com preços que variam entre os dois e os seis mil euros. “O turismo espacial e subaquático continua a ser caro”, lamentou o responsável.
Além da Pisces, várias outras empresas estão a trabalhar para levar turistas a conhecer o fundo dos oceanos, como a Triton Submarines, que conta com 23 submarinos e está a construir veículos de maiores dimensões, até 60 pessoas, que prometem democratizar as viagens subaquáticas. “Este tipo de oferta vai revolucionar o turismo e a nossa forma de nos relacionarmos com o oceano”, explicou ao Publituris Héctor Salvador, operations director da Triton Submarines e que foi um dos primeiros humanos a ir até ao fundo da fossa das Marianas, em abril. De acordo com o responsável, a oferta “está a crescer”, de tal forma que já “se começa a perceber o potencial do turismo subaquático”. “Muitos países têm um grande potencial. A história marítima de Portugal e Espanha, por exemplo, é vasta e tem navios espalhados por todo o mundo, há também recifes de coral e criaturas marinhas que as pessoas querem ver. Por enquanto, isto está a ser apenas explorado à superfície, mas, quando as pessoas mergulharem e se derem conta do que podem ver, vai haver uma maior aposta neste turismo, sobretudo nas regiões que não têm outros atrativos”, defendeu.

Potencial e vantagens do turismo subaquático

Héctor Salvador, Triton Submarines

Com o crescimento da oferta, também a procura turística tem aumentado, com Héctor Salvador a explicar que, a cada ano, “a maior percentagem vem de clientes privados, para uso privado ou charter de megayachts”, ainda que, recentemente, se tenha notado que “está a começar a existir também procura por submarinos 100% turísticos, de maiores dimensões e com mais de 20 passageiros”. Segundo o responsável, estes submarinos registam procura por parte de hotéis de luxo, que olham para estes veículos como forma de oferecer um produto diferenciado. “Penso que isto vai ser um elemento muito atrativo para os hotéis que queiram oferecer uma experiência única aos clientes, algo que mais ninguém oferece”, indicou, revelando que a Triton Submarines já entregou o primeiros destes submarinos maiores a um complexo hoteleiro no sudeste asiático, que “viu no submarino um elemento diferenciador para vencer a concorrência”, uma vez que “apenas os hóspedes desse hotel têm a oportunidade de fazer uma viagem de submarino e ter esta experiência”.
Além de única, Héctor Salvador espera que os turistas que visitam o fundo do mar tenham também uma experiência pedagógica, já que este tipo de turismo permite “educar as próximas gerações sobre a importância do oceano”. “Espero que esta seja uma experiência educativa e que as pessoas deixem de ter aquários e passem a viajar de submarino para ver a vida marinha no seu habitat e tenham consciência de todo o ecossistema. Quando mergulhamos, é espetacular ver como numa rocha vivem 20 espécies de peixes, como se relacionam e o equilíbrio que existe. Só assim percebemos o frágil que é esse equilíbrio e como o ser humano, por desconhecimento, o está a destruir”, indicou.
Outra vantagem do turismo subaquático é a geração de riqueza para as comunidades locais, algo em que este produto se diferencia do turismo espacial, uma vez que, explicou o responsável, o turismo subaquático “é capaz de gerar riqueza local para as comunidades, enquanto o turismo espacial só tem cinco pontos de lançamento em todo o mundo”.
O principal problema continua, tal como nas viagens ao espaço, a ser o preço, ainda que, também nesta área, esteja em curso uma democratização do acesso ao fundo do mar. “Tudo é uma questão de exclusividade e quanto mais oferta houver, mais acessível se vai tornar este tipo de turismo”, disse, explicando que tudo depende do tipo de mergulho, porque “baixar a pouca profundidade, num submarino de 24 ou 60 lugares, é muito acessível”, enquanto um mergulho à fossa das Marianas, a 10 mil metros de profundidade, tem preços mais elevados. “Estamos a falar de preços de 50 ou 60 euros para viagens de uma hora, o que é comparável a muitas das experiências turísticas que podemos ter atualmente”, exemplificou, considerando que “as operações costeiras, a pouca profundidade e com um grande número de passageiros, é algo que será muito acessível”.
Para convencer os mais receosos, Héctor Salvador garante que “o submarino é o meio de transporte mais seguro que existe” e realça que esta é uma “experiência que transforma qualquer pessoa”, porque ninguém resiste aos encantos que o fundo do mar esconde.

Balanço positivo deverá ditar continuidade da SUTUS
No final do primeiro dia da SUTUS 2021, Carlos Diaz de La Lastra mostrava-se satisfeito com a organização da segunda edição da cimeira dedicada ao turismo espacial e subaquático e, apesar da pandemia da COVID-19 – que levou a que esta edição estivesse em dúvida até seis meses antes da sua realização – ter reduzido a assistência presencial do evento, o balanço foi claramente positivo. “Há seis meses não sabíamos se conseguíamos fazer a SUTUS. Nessa altura, era impossível fazer esta edição, porque não poderíamos ter aqui pessoas da NASA ou de outras agências e nacionalidades, mas decidimos ser valentes e tentar. E tivemos muita sorte porque nos últimos meses a situação melhorou muito e estamos muito contentes por estamos aqui”, admitiu o responsável.
Por isso, acrescentou em declarações ao Publituris, a Les Roches Marbella está já a ponderar a realização da terceira edição. “Ainda estamos a pensar nisso, mas aquilo que queremos é ter, a cada ano, uma edição da SUTUS”, admitiu, explicando que, apesar da continuidade não estar decidida, a organização pretende apostar na “diversidade” e ter “toda a área representada” na próxima edição. “Ainda há muito por explorar e muito para mostrar sobre o que se está a fazer nestas fronteiras do turismo”, acrescentou.

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Algarve conquista prémio de melhor destino europeu de praia nos WTA.

Os World Travel Awards (WTA) voltam a atribuir ao Algarve o título de “Melhor Destino de Praia da Europa”, distinção que conquista pela décima mês e quinto ano consecutivo.

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A distinção foi anunciada esta sexta-feira, durante a cerimónia da 30ª edição destes que são considerados os mais prestigiados prémios da indústria de turismo e viagens.

A região conquistou, uma vez mais, a preferência dos principais líderes do setor do turismo, que votaram para premiar a melhor oferta turística a nível europeu, ficando à frente de outros destinos de praia de renome como Cannes (França), Corfu e Costa Navarino (Grécia), Maiorca e Marbella (Espanha) e Sardenha (Itália).

A propósito desta distinção, o presidente do Turismo do Algarve, André Gomes garante que “continuamos empenhados em dar a conhecer aos viajantes a beleza natural do Algarve. Como tal, este prémio vem reconhecer o trabalho de todos os profissionais do setor do turismo da região que, pela sua dedicação e profissionalismo, contribuem diariamente para fazer deste o melhor destino balnear da Europa”.

A beleza e a diversidade de cenários que as praias da região oferecem ao longo de 200 km de costa – desde extensas falésias a pequenas enseadas escondidas -, aliadas ao sol e às temperaturas amenas que se fazem sentir durante todo o ano continuam a fazer as delícias dos amantes do mar, destaca o Turismo do Algarve, que sublinha ainda que, seja apanhar banhos de sol, fazer passeios na praia, praticar surf ou mergulho, ou velejar ao longo da costa, o Algarve oferece propostas e atividades aquáticas para todos os gostos.

Nesta edição dos World Travel Awards (WTA) foram também distinguidas várias empresas que representam o que de melhor se faz ao nível do turismo do Algarve. Entre os vencedores estão Associados da Associação Turismo do Algarve como a Abreu DMC Portugal; Amazing Evolution; Conrad Algarve; Dunas Douradas Beach Club; Hilton Vilamoura As Cascatas Golf Resort & Spa; Monte Santo Resort; Vale do Lobo.

 

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Lisboa eleita Melhor Destino Urbano da Europa nos World Travel Awards

Na 30ª edição europeia dos World Travel Awards (WTA), considerados os “Óscares do Turismo”, que decorreu em Batumi, Geórgia, Lisboa foi eleita o Melhor Destino Urbano da Europa. Igualmente, foram premiados vários equipamentos da cidade.

Publituris

Para o presidente da autarquia e da Associação Turismo de Lisboa (ATL), Carlos Moedas, este prémio, que é dos lisboetas e que contribui para o crescimento da economia local, “fortalece Lisboa como capital do mundo”, destacando que, nos últimos dois anos, o destino “tem vindo a reafirmar-se como uma cidade que valoriza e promove a sua identidade única e as suas tradições”, valores agora reconhecidos na sua eleição como Melhor Destino Urbano da Europa.

Refira-se que os os World Travel Awards distinguem anualmente a excelência alcançada por destinos turísticos, empresas hoteleiras, companhias aéreas e outras entidades relacionadas com a indústria do turismo. Estes prémios representam uma chancela de qualidade e um selo de prestígio para aqueles que se destacam em proporcionar o melhor que a indústria do turismo tem para oferecer a nível global.

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Agosto com recorde de 10 milhões de dormidas

O número de dormidas registadas em agosto de 2023 superou, pela primeira vez, as 10 milhões. No acumulado do ano (janeiro-agosto) o total de dormidas ficou perto das 53 milhões, apesar do decréscimo registado nos residentes, compensado pela subida dos mercados internacionais.

Victor Jorge

O setor do alojamento turístico registou 3,5 milhões de hóspedes e 10,1 milhões de dormidas, em agosto de 2023, correspondendo a crescimentos de 4,8% e 1,4%, respetivamente (+4,4% e +1,7% em julho de 2023, pela mesma ordem), avançam os números divulgados esta sexta-feira (29 de setembro) pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Face a agosto de 2019, registaram-se crescimentos de 6,3% nos hóspedes e 4,9% nas dormidas.

No período acumulado de janeiro a agosto de 2023, as dormidas aumentaram 12%, +2,4% nos residentes e +16,9% nos não residentes, fixando-se nas 52,9 milhões. Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas cresceram 8,9%, +10% nos residentes e +8,4% nos não residentes

No oitavo mês de 2023, o INE indica que as dormidas de residentes mantiveram uma trajetória decrescente (-6,9%; -2,8% em julho), totalizando 3,5 milhões. Em contrapartida, o crescimento dos mercados externos acelerou (+6,4%, após +3,9% em julho), tendo sido registados 6,6 milhões de dormidas.

Face a agosto de 2019, observou-se um abrandamento do crescimento das dormidas de residentes (+0,9%, após +11,6% em julho), ao contrário do que se verificou nas dormidas de não residentes (+7,1%, após +5,1% em julho).

Entre os 17 principais mercados emissores (88,6% do total de dormidas de não residentes), os Estados Unidos da América e o Canadá continuaram a destacar-se, registando os maiores crescimentos (+28,9% e +27,5%, respetivamente) face a agosto de 2022. Em sentido contrário, os mercados finlandês e espanhol registaram os maiores decréscimos nas dormidas (-10,4% e -4,3%, respetivamente).

Face a agosto de 2019, as dormidas de residentes no Reino Unido (17,5% do total das dormidas de não residentes em agosto) continuaram a crescer (+6,2%; +5,3% face a 2022).

O mercado espanhol (quota de 16%) registou um decréscimo de 5,4% nas dormidas, face a agosto de 2019, tendo mantido a segunda posição entre os principais mercados. O terceiro principal mercado foi o francês (11,8% do total), diminuindo ligeiramente face a 2019 (-0,7%; -3,7% face a 2022). O mercado alemão (quota de 9%) aumentou 9,3% comparando com 2019 (+4,9% face ao ano anterior).

Os mercados norte americano e canadiano continuaram a destacar-se, com crescimentos de 65,6% e 60,1%, respetivamente, face a 2019, enquanto os maiores decréscimos se observaram nas dormidas de hóspedes brasileiros (-19,3%), suecos (-13,8%) e finlandeses (-10,2%).

Por regiões, o Algarve concentrou 31,3% das dormidas, seguindo-se Lisboa (21,2%) e o Norte (17,1%). Os maiores crescimentos registaram-se no Norte (+5,4%), Açores (+4,5%) e Centro (+4,1%), tendo-se verificado decréscimos no Algarve (-1,9%) e na Madeira (-1,2%).

Comparando com agosto de 2019, o Algarve continuou a registar um decréscimo de dormidas (-7,9%; -6,2% em julho). Nas restantes regiões, mantiveram-se os crescimentos, com maior expressão no Norte (+22,7%), na Madeira (+16,5%) e nos Açores (+14,1%).

Com exceção do Alentejo (+0,1%; +9,2% face a 2019), todas as restantes regiões registaram diminuições das dormidas de residentes, mais expressivas na Madeira (-17,1%; +25,1% comparando com 2019) e no Algarve (-13,7%; -14,3% face a 2019).

Todas as regiões registaram crescimentos das dormidas de não residentes face ao ano anterior, destacando-se o Centro (+12,6%; +10% face a 2019), o Alentejo (+12,3%; +2,4% comparando com 2019) e os Açores (+10,7%; +26,8% face a 2019). O Algarve continuou a ser a única região a decrescer face a 2019 (-4,2%).

A estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,85 noites) diminuiu 3,2% (-2,6% em julho). Registaram-se decréscimos em todas as regiões, exceto nos Açores (+0,4%).

A estada média dos residentes (2,5 noites) diminuiu 4,9% e a dos não residentes (3,08 noites) decresceu 3,1%.

Os valores mais elevados deste indicador verificaram-se na Madeira (5,01 noites) e no Algarve (4,43 noites), tendo as estadias mais curtas ocorrido no Centro (2,01 noites) e no Norte (2,08 noites).

Finalmente, no que diz respeito à taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (66,6%) diminuiu 2,2 p.p. em agosto (-1,9 p.p. em julho), tendo ficado, pelo terceiro mês consecutivo, abaixo do valor observado em 2019 (-2,1 p.p.).

Em agosto, as taxas de ocupação-cama mais elevadas registaram-se no Algarve (74,8%), na Madeira (74,3%) e nos Açores (67,8%). Todas as regiões registaram reduções, que foram mais expressivas no Alentejo (-3,6p.p.) e em Lisboa (-3,4 p.p.).

A taxa líquida de ocupação-quarto nos estabelecimentos de alojamento turístico (73,6%) diminuiu 1,3 p.p. (-1,4p.p. em julho), mas ficou acima do valor observado em 2019 (+1 p.p.).

Foto crédito: Depositphotos.com
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Os 5 melhores locais para mergulho em Portugal para promover o turismo de mergulho

A poucos dias da realização do “Diving Talks”, e com o turismo de mergulho em crescendo, a organização revela os cinco melhores locais para mergulho em Portugal.

Publituris

Com o Turismo de Mergulho a ganhar cada vez mais adeptos e relevância na oferta turística em Portugal, a organização do evento, que decorre entre os dias 6 e 8 de outubro, no Pavilhão das Galeotas do Museu da Marinha, em Lisboa.

A este propósito, o jornal PUBLITURIS publica, na próxima edição, uma entrevista a Arlindo Serrão, fundador e diretor da Portugal Dive, responsável pela organizaçáo do evento, em que refere que Portugal está bem posicionado no turismo de mergulho e que, quem nos visita é, de facto, um turista que acrescenta valor à economia.

O evento do próximo mês contará com a participação das personalidades mais relevantes do universo subaquático. Entre os convidados nacionais e internacionais sobressaem nomes como Becky Schott (fotógrafa inspiracional), Carolina Schrappe (recordista de mergulho livre), Jonathan Bird (cinematógrafo premiado), Karen Van Den Oever (recordista mundial de mergulho profundo em gruta), Kirk Krack (Presidente e Fundador da Performance Freediving International), Nuno Sá (repórter de imagem em documentários subaquáticos), Paula Lima (bióloga marinha com especialização em robótica), Phill Short (mergulhador profissional e explorador), entre outros, que irão partilhar as suas experiências e relatar algumas das suas aventuras.

O evento conta também com um Brands Day, um dia inteiramente dedicado às marcas, cujo propósito consiste em reforçar a sua importância, impacto e estratégia para a economia do território do mergulho.

O início desta edição é marcado pela realização de dois workshops, sobre Desempenho Humano e Organizacional e Fatores Humanos e Habilidades Não-Técnicas, que irão decorrer na Base Naval do Alfeite e contam com a presença de representantes da Marinha Portuguesa.

Por fim, aquela que é considerada a mais relevante coleção de fotografia subaquática, no setor do mergulho, a Underwater Photography Collection Exhibition, estará também exposta no Diving Talks com a possibilidade da revelação de algumas das mais fantásticas histórias por detrás de cada captura.

Os cinco locais apotados são:

Destroço do U-1277
O U1277 consiste num submarino nazi afundado ao largo do Porto, mais especificamente em Matosinhos, e que, atualmente, proporciona o mais icónico mergulho em destroço de Portugal. A história deste submarino remonta ao final da II Guerra Mundial quando, após a rendição da Alemanha e a ordem para se dirigirem ao porto aliado mais próximo da sua localização, a tripulação optou por afundar o submarino perto da costa de um país neutro, por forma a zelar pela sua segurança e prevenir a captura por mãos inimigas. Assim, a tripulação saltou para o mar, abriu as válvulas e afundou a embarcação. Apesar deste submarino representar a derrota da Alemanha, os seus tripulantes foram resgatados e acolhidos pelos pescadores da praia das Angeiras.

Sesimbra
A estreita ligação de Sesimbra ao mar remonta à atividade piscatória que, durante várias gerações, consistiu na principal ocupação dos seus habitantes. Com uma localização privilegiada, numa baía virada a Sul, Sesimbra possibilita a prática de mergulho durante praticamente todo o ano, bem como de outras atividades marítimo-turísticas. Inúmeros são os lugares, ao largo de Sesimbra, marcados pela incrível beleza do fundo do mar, podendo-se destacar a biodiversidade destes ecossistemas como foco principal desta paisagem.

Santa Maria
Também os Açores oferecem inesquecíveis experiências de mergulho, com destaque para os encontros com as grandes mantas e os ainda maiores tubarões baleia, aqueles que são considerados os maiores peixes do mundo. A ilha de Santa Maria, também conhecida como as Caraíbas portuguesas, é considerada um dos melhores locais da Europa para a prática de mergulho, o que se deve, essencialmente, à possibilidade de partilhar o momento com seres vivos impressionantes. Entre os diversos locais emblemáticos, destacam-se o Ilhéu das Formigas e a Baixa do Ambrósio.

Corveta na Madeira
Após ter estado ao serviço da Marinha Portuguesa durante 43 anos, a embarcação Afonso Cerqueira, foi submergida na costa da Madeira. A corveta, agora apenas visitada por peixes e mergulhadores encontra-se a 25 metros de profundidade no Parque Marinho do Cabo Girão e constitui um recife artificial que visa potenciar o aumento de biodiversidade na zona oeste da ilha.

Corveta em Porto Santo
Também no arquipélago da Madeira, mas já na baía de Porto Santo existe uma outra embarcação afundada propositadamente pela mão do homem. A corveta General Pereira d’Eça, antigo navio da Armada Portuguesa, foi afundada em 2016 com o intuito de criar um recife artificial na região. O projeto, pioneiro em Portugal, é hoje um aclamado local de visita para a comunidade de mergulhadores.

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Governo aprova redução de 30% nas portagens eletrónicas no interior e onde não há alternativas

O decreto-lei aprovado em Conselho de Ministros prevê uma redução de 30% nas portagens do interior do país e do Algarve, nomeadamente na A22 – Algarve; A23 – IP e Beira Interior; A24 – Interior Norte; A25 – Beiras Litoral e Alta; A4 – Transmontana e Túnel do Marão; A13 e A13-1 Pinhal Interior.

Inês de Matos

O Governo aprovou esta quinta-feira, 28 de setembro, em Conselho de Ministros, a redução de 30% do valor a cobrar nos lanços e sublanços das autoestradas com sistemas de portagem exclusivamente eletrónicos dos territórios do interior do país, assim como nas zonas onde não existem vias alternativas.

“Foi aprovado o decreto-lei que procede à criação de um regime de redução no valor das taxas de portagens cobradas aos utilizadores nos lanços e sublanços das autoestradas com sistemas de portagem exclusivamente eletrónicos dos territórios do interior do país, bem como naqueles onde não existem vias alternativas ou as existentes não permitem um uso em qualidade e segurança”, lê-se no comunicado divulgado pelo Conselho de Ministros.

O decreto-lei prevê, desta forma, uma redução de 30% no valor cobrado nas portagens do interior do país e do Algarve, nomeadamente na A22 – Algarve; A23 – IP e Beira Interior; A24 – Interior Norte; A25 – Beiras Litoral e Alta; A4 – Transmontana e Túnel do Marão; A13 e A13-1 Pinhal Interior.

Recorde-se que esta era uma medida há muito pedida pelas empresas algarvias e do interior do país, nomeadamente por parte do setor do turismo, que olhava para estas portagens como um impedimento à existência de uma maior procura turística nestes territórios.

Em julho, Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial, já tinha revelado que o Governo estava a trabalhar num programa para a redução das portagens, que deveria ser apresentado “muito brevemente” e que abrangeria as ex-SCUT, assim como a Via do Infante, no Algarve.

Na altura, a governante considerou que “reduzir as portagens vai contra aquilo que são as orientações de descarbonização” mas lembrou que esta decisão “se justifica nestes territórios” do interior, onde existem graves problemas de mobilidade e de acessibilidade.

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Coimbra vai criar mais de 200kms de ciclovias

A Câmara Municipal de Coimbra apresentou, recentemente, um plano que prevê a criação de mais de 200kms de ciclovias no concelho.

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O Plano Municipal de Ciclovias de Coimbra prevê a criação de 209 quilómetros de novas ciclovias no concelho, num projeto que deverá ter um prazo de implementação de, pelo menos, 10 anos. Vai adicionar à atual rede que já conta com 26kms.

Trata-se de uma iniciativa que, segundo a vereadora da Mobilidade e Transportes da CM de Coimbra, Ana Bastos, irá provocar “uma reformulação completa da cidade”.

O documento prevê uma rede de 110 quilómetros de ciclovias estruturantes, vias voltadas para os grandes movimentos, que podem ter potencial de captação de maior quantidade de ciclistas e que ligam a cidade, entre grandes pontos de origem e grandes pontos de atração, e 125 quilómetros de rede local.

O plano municipal implica um investimento de cerca de 25 milhões de euros, mas os custos poderão ser mais avultados, caso estejam associados à requalificação de infraestruturas subterrâneas, referiu a vereadora. De acordo com Ana Bastos, a concretização da rede estará muito dependente de financiamento, criticando o facto de o Governo ter lançado, em 2019, a Estratégia Nacional para a Mobilidade Ativa Ciclável sem um pacote financeiro associado. A vereadora da CM de Coimbra espera agora que o próximo quadro comunitário possa dar “resposta a esse desiderato”, por forma a poder começar a executar o plano traçado.

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Coimbra tem novo plano estratégico para o desenvolvimento do turismo para os próximos 3 anos

A Câmara Municipal de Coimbra acaba de apresentar o plano seu estratégico para o desenvolvimento do turismo que integra 70 ações que devem ser executadas nos próximos três anos e propõe uma série de medidas estratégicas para reafirmar a marca de Coimbra.

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A sessão teve lugar no Convento de São Francisco e contou com a intervenção de Francisco Veiga, vice-presidente da Câmara Municipal de Coimbra e de Ana Moita Francisco, consultora externa que presta apoio à Divisão de Turismo do município. José Manuel Silva, presidente da CMC encerrou os trabalhos, que decorreram no Dia Mundial do Turismo, integrados na Coimbra Invest Summit.

Um dos grandes objetivos deste novo plano passa por “consolidar e reafirmar Coimbra como destino turístico atrativo e inovador, no contexto nacional e internacional”, indica o documento, reforçando a notoriedade do destino, descentralizando a procura turística, diversificando a oferta de produtos turísticos, e melhorando a experiência do visitante.

O plano de ação traça as orientações estratégicas para o desenvolvimento turístico da cidade nos próximos três anos e propõe, entre outras medidas, a criação de um Coimbra Card, de um Museu da História da Cidade, de um espaço de criação artística, o reforço da sinalética turística e da rede WiFi, e a criação e afirmação da marca Coimbra

Depois da apresentação da estratégia, decorreu uma mesa-redonda, moderada por Filipe Carvalho, da Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra, que contou com a participação de António Fontes, especialista em planeamento e estratégia turística, Armando Carvalho, com experiência na afirmação de marcas territoriais com base em redes colaborativas e Elisabeth Kastenholz, especialista em marketing e estratégia turística.

O plano está assente em cerca de 70 ações e atividades organizadas de acordo com cinco eixos estratégicos, designadamente Coimbra e Património, Coimbra e Eventos, Comunicação e Promoção, Capacitação e Inovação. A proposta de implementação destas ações assenta em três âmbitos: as que estão já em desenvolvimento pela Divisão de Turismo, aquelas cuja implementação está a ser preparada, e as que necessitam de apoio e articulação com os agentes económicos e turísticos de Coimbra, bem como outras entidades.

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São indicadas diversas ações para cada eixo estratégico no Plano de Ação Turístico para o triénio 2023-2025. No primeiro eixo, Coimbra e Património, destaque para a proposta de criação de um cartão único de visitante – Coimbra Card – que agregue a oferta turística da cidade (entrada em museus, espaços culturais e experiência de fado de Coimbra, entre outras). Ainda neste capítulo, menção à criação de um Museu da História da Cidade, com recurso à interatividade digital.

Já relativamente ao segundo eixo, Coimbra e Eventos, propõe-se a criação de um espaço de experimentação cultural/musical/artística para novos talentos e integração dos mesmos na agenda cultural da cidade, assim como a uma aproximação a promotoras nacionais e internacionais para a realização de eventos desportivos, concertos ou outros espetáculos culturais. No que diz respeito ao terceiro eixo, Comunicação, o estudo aponta a necessidade da criação da marca Coimbra e o reforço da sinalética com informação turística, assim como a colaboração com influenciadores digitais para promoção do território.

No quarto eixo, Capacitação, uma das propostas passa pela criação de programas de voluntariado jovem na época do verão, onde os participantes colecionam horas de trabalho e possam depois trocá-las por vantagens em eventos ou entradas em espaços. Por último, no eixo Inovação, o estudo aponta, entre outras medias, para o reforço da qualidade e da cobertura de rede WiFi gratuita da cidade e na candidatura de Coimbra a European Capital of Smart Tourism – União Europeia.

O estudo aponta como pontos fortes de Coimbra a diversidade e a riqueza do património material e imaterial, classificado pela UNESCO, um ecossistema empreendedor altamente competitivo e ativo e infraestruturas diversificadas para eventos culturais, de entretenimento e desportivos.

Por sua vez, são indicados como aspetos menos positivos as dificuldades na criação de novos itinerários e pacotes turísticos, o baixo nível de inovação na experiência turística e a sinalização e informação turística no contexto urbano.

Outras fraquezas que Coimbra ainda enfrenta no que diz respeito ao turismo, conforme enumeradas pelo plano, são a limitação ao nível da oferta hoteleira de elevada qualidade, falta de atratividade na zona da baixa da cidade (centro histórico) com uma degradação acrescida, comunicação e promoção nacional e internacional aquém das suas potencialidades.

Quanto às oportunidades, o documento realça a crescente procura por destinos com distinções e certificações como por exemplo património da humanidade da UNESCO, procura por destinos menos densos e bleisure, e turismo de negócios.

Está ainda identificado que, a afirmação de Coimbra como destino de excelência nacional e internacional carece de alguns requisitos centrais: Mobilização de parceiros e stakeholders públicos e privados para uma implementação participada; A qualificação dos recursos e das infraestruturas base, assim como a capacitação dos recursos humanos ao longo de toda a cadeia de valor; O desenvolvimento de processos e de estruturação de produto turístico; A promoção e comunicação de Coimbra como destino privilegiado para os segmentos turísticos âncora que lhe estão associados.

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Inscrições para o Festuris terminam em outubro

O Festuris – Feira Internacional de Turismo de Gramado vai ter lugar entre 9 a 12 de novembro, no Serra Park, em Gramado, e as inscrições encontram-se a decorrer, encerrando a 15 de outubro.

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As inscrições para a 35.ª edição do Festuris, Feira Internacional de Turismo de Gramado, que vai ter lugar entre 9 a 12 de novembro, no Serra Park, em Gramado, estão a decorrer e terminam a 15 de outubro, informou a organização do certame, em comunicado.

As inscrições são gratuitas para agentes de viagens e guias de turismo, e podem ser realizadas online aqui.

Segundo a organização da feira, a edição deste ano do Festuris conta com mais de 2.700 marcas em exposição, 40 destinos internacionais representados e espera receber mais de 15.000 participantes, sendo reconhecido como o “grande evento de negócios turísticos das Américas, há mais de 30 anos”, e o melhor certame para “efetivar negócios e ampliar a rede de contatos”.

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Lançado guia de boas práticas para gestão e monitorização de áreas marinhas protegidas

O Ispa-Instituto Universitário e o MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente acabam de lançar, em formato digital, o “Guia de Boas Práticas para a Gestão e Monitorização de Áreas Marinhas Protegidas”.

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Esta ferramenta resulta do projeto BiodivAMP, que teve como grande objetivo o desenvolvimento de ferramentas para ajudar a monitorizar e proteger a biodiversidade em Áreas Marinhas Protegidas ao longo da costa portuguesa, que devido, nomeadamente ao aumento da temperatura global, da poluição e da sobrepesca causaram um grande desequilíbrio nos ecossistemas marinhos.

Este guia pretende ser uma ferramenta prática, útil e acessível a todos os intervenientes na gestão de Áreas Marinhas Protegidas (AMP), e baseia-se em informação científica sobre boas práticas na gestão e monitorização de AMP.

Neste documento é possível encontrar, de forma simplificada e acessível, um manual que permitirá obter suporte político e financeiro, identificar lacunas de informação, desenvolver um plano de comunicação, criar lista de objetivos para monitorização ou ainda rever e adaptar o plano aos recursos disponíveis. Todas estas ferramentas contribuem para facilitar a avaliação do progresso face aos objetivos e utilizar os resultados obtidos em processos de gestão adaptativa, melhorando, assim, a gestão a cada novo ciclo.

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Programa Revive e vários projetos portugueses entre os finalistas dos prémios ECTN

São os únicos prémios europeus de Turismo Cultural desde 2014. Na 10ª edição, a cerimónia oficial que dará a conhecer os projetos vencedores, terá lugar a 19 de outubro, em Pafos, Chipre.

A votação pública para os prémios Destinos Turísticos Culturais Sustentáveis, promovidos pela ECTN (European Cultural Tourism Network) encerra dia 18 outubro 2023, às 11h00. O Programa Revive e outros projetos com entidades portuguesas envolvidas estão entre os finalistas em várias categorias, revela o Turismo de Portugal na sua página oficial.

Estes prémios aumentam a visibilidade dos destinos de turismo cultural europeus, criam uma plataforma para compartilhar experiências e conhecimentos e promove networking entre destinos. Destinam-se a destinos turísticos de toda a Europa, permitindo-lhes mostrarem os seus resultados no turismo cultural sustentável em várias categorias selecionadas todos os anos, e são atribuídos a realizações de destinos turísticos culturais que tenham produzido resultados significativos relacionados com a melhoria da experiência do visitante, respeitando as tradições e envolvendo as comunidades locais anfitriãs.

Os prémios são organizados desde 2014 pela ECTN (European Cultural Tourism Network) em torno de temas anuais, em benefício dos destinos, comunidades, associações, empresas, cidadãos e visitantes.

A edição 2023 dos prémios ‘Destino de Turismo Cultural Sustentável’ conta com a parceria da Europa Nostra, a European Travel Commission e o NECSTouR, no âmbito da ‘Capital Europeia do Turismo Inteligente Pafos 2023’ e da ReInHerit Horizon2020.

Os finalistas foram selecionados de acordo com 6 categorias: Digitalização e transição digital no Turismo Cultural Sustentável; História e Património; Património ribeirinho; Produtos Turísticos Temáticos Transnacionais, incluindo Rotas Culturais Europeias (envolvendo pelo menos 2 países europeus, não necessariamente vizinhos); Turismo Religioso, Peregrino e Espiritual; Competências Tradicionais, Artesanato e Criatividade.

Os vencedores são reconhecidos como exemplos de excelência que inspiram outros destinos turísticos e estimulam o desenvolvimento de iniciativas de turismo cultural inteligentes e sustentáveis. Os galardoados serão anunciados numa cerimónia oficial que se realizará durante a 16.ª Conferência Internacional de Turismo Cultural subordinada ao tema “Turismo Inteligente – Destinos Inteligentes: Património Cultural e Criatividade, Digitalização, Sustentabilidade” que decorrerá de 18 a 21 de outubro,em Pafos, Chipre .

De acordo com ECTN, o turismo cultural é o setor do turismo europeu que mais cresce e pode contribuir tanto para a sustentabilidade e a competitividade do turismo na União Europeia e fora dela, bem como para o futuro sustentável dos bens culturais, dos sítios patrimoniais e das comunidades locais.

Sobre o autorCarolina Morgado

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