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Turismo espacial e subaquático: Da promessa à realidade em dois anos

A Les Roches Marbella voltou a ser palco, entre 22 e 24 de setembro, do debate sobre o turismo espacial e subaquático, dois produtos que passaram de promessa a realidade em apenas dois anos e que prometem revolucionar o futuro do turismo.

Inês de Matos
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Turismo espacial e subaquático: Da promessa à realidade em dois anos

A Les Roches Marbella voltou a ser palco, entre 22 e 24 de setembro, do debate sobre o turismo espacial e subaquático, dois produtos que passaram de promessa a realidade em apenas dois anos e que prometem revolucionar o futuro do turismo.

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A Les Roches Marbella voltou a ser palco, entre 22 e 24 de setembro, do debate sobre o turismo espacial e subaquático, dois produtos que passaram de promessa a realidade em apenas dois anos e que prometem revolucionar o futuro do turismo.

Há dois anos, quando a Les Roches Marbella organizou a primeira edição da SUTUS – Space & Underwater Tourism Universal Summit, a cimeira dedicada ao turismo espacial e subaquático, tanto o espaço como o fundo do mar continuavam a ser mundos inexplorados e praticamente inacessíveis. Hoje, dois anos depois e com uma pandemia pelo meio, muita coisa mudou e aquilo que era apenas uma promessa, é agora uma realidade, como foi possível comprovar na mais recente edição desta cimeira, que voltou a decorrer nas instalações da Les Roches Marbella, em Espanha, entre 22 e 24 de setembro, e que reuniu, mais uma vez, cientistas, especialistas e representantes de empresas que estão a tornar possível fazer do espaço e do fundo do mar os próximos grandes destinos turísticos.
É que, nos dois anos que mediaram a primeira e segunda edição da SUTUS, os voos espaciais com fins turísticos tornaram-se uma realidade, com o início das viagens privadas da Virgin Galactic, Blue Origin e Space X, enquanto a oferta de submarinos para passeios ao fundo do mar conheceu um crescimento sem precedentes.
Ao Publituris, Carlos Diaz de La Lastra, diretor-geral da Les Roches Marbella, explicou que, mais que os avanços dos dois últimos anos, a segunda edição da SUTUS pretendeu mostrar que, além das empresas mais mediáticas, há muito trabalho a ser feito para tornar o espaço e o fundo do mar nas novas fronteiras do turismo, como indica o tema da cimeira “Turismo além das fronteiras naturais”. “O nosso compromisso com a SUTUS era fazer o encontro mais importante de turismo espacial em Espanha. Isso não estava relacionado com o momento da indústria, mas porque queríamos debater as duas facetas do turismo que nos faltavam explorar e que tinham de fazer uma evolução”, resumiu o responsável, explicando que “as pessoas apenas conhecem esses dois ou três projetos que já são realidade – a Space X, a Blue Origin e a Virgin Galactic. Mas, a verdade é que é mais provável que tenhamos a oportunidade de ir ao espaço ou ao fundo do mar com outros projetos mais económicos “.
A segunda edição da SUTUS contou com a participação de 26 empresas e das principais agências espaciais internacionais, como a russa, a americana, a europeia, a chinesa, a indiana ou a japonesa, uma vez que, acrescentou o responsável, o objetivo era ter, nesta edição, “representado todo o leque de projetos que existem nestas áreas e mais agências espaciais”, de forma a fazer da SUTUS “a melhor montra para as empresas que também têm projetos espaciais e subaquáticos mas não são tão conhecidas”.

Muito mais que uma moda

Simon Jenner, Axiom Space

Se há dois anos o turismo espacial era apenas uma promessa, atualmente já é possível viajar até ao espaço por motivos de lazer, uma vez que, em julho, o milionário britânico que é dono da Virgin Galactic, Richard Branson, inaugurou as viagens espaciais com fins turísticos. Em poucos dias, também Jeff Bezos, da Blue Origin, viajou até à órbita da terra e, mais recentemente, foi a vez da empresa de Elon Musk, a Space X, se lançar nas viagens espaciais com astronautas privados. Estava dado o pontapé de saída na corrida a um tipo de turismo que, até há poucos meses, não passava de uma miragem, mas que tem tudo para mudar para sempre o conceito de turismo que conhecemos, até porque a oferta tem vindo a crescer e conta, hoje, com muitos outros intervenientes, alguns dos quais marcaram presença na SUTUS 2021 que, decorreu em formato híbrido, com debate presencial no primeiro dia e online a 23 e 24 de setembro.
Logo no dia inaugural, no qual o Publituris esteve presente, ficou bem patente que o turismo espacial está a crescer, assim como a procura que, segundo Simon Jenner, Spaceflight Business Development da Axiom Space – empresa que está a construir a nova Estação Espacial Internacional, que deverá estar operacional em 2028, e que se prepara para entrar também na corrida aos voos privados ao espaço, tendo já a primeira missão à atual Estação Espacial Internacional agendada para janeiro do próximo ano-, “está a aumentar e há muitas pessoas interessadas”.
Para Simon Jenner, o turismo espacial é mais do que uma moda e os últimos desenvolvimentos vieram provar que é possível tornar o espaço no próximogrande destino turístico. “O turismo espacial não é uma moda. Se é uma moda, é uma moda que está a crescer. Há muitas décadas que se está a trabalhar para tornar possíveis os voos espaciais privados e, agora, estamos a atingir um ponto de inflexão”, congratulou-se o responsável ao Publituris, mostrando-se convencido de que o turismo espacial “é algo que veio para ficar”.
Além do exemplo da Axiom Space, também Bernard Foing, diretor do projeto “Euro Moon Mars”, da Agência Espacial Europeia, marcou presença no primeiro dia da SUTUS 2021 e deu conta dos mais recentes desenvolvimentos no projeto “Moon Village”, que pretende colonizar a lua. No mesmo projeto, está envolvido também Marc Heemskerk, que apresentou os habitats lunares ‘Chill-Ice’, que estão a ser criados para tornar possível a colonização da lua e, quem sabe, também de Marte, numa experiência que será fundamental para desenvolver o conceito de turismo espacial, mas que, segundo o responsável, apresenta ainda lacunas, nomeadamente ao nível do conforto. “Se queremos fazer crescer o turismo espacial, temos de aumentar o conforto destes habitats”, afirmou, comparando os habitats atuais a laboratórios científicos.

Obstáculos ao turismo espacial

Marc Heemskerk, habitats Chill-Ice

Tal como Marc Heemskerk, também Simon Jenner concorda que o conforto é um dos obstáculos que se colocam ao turismo espacial e dá o exemplo da atual Estação Espacial Internacional, que “é perfeita enquanto laboratório, mas não é um lugar incrível para dormir”. “Estamos a construir uma estação espacial para ser confortável”, sublinhou, explicando que os módulos habitacionais da nova estação espacial foram projetados pelo designer Philippe Starck e vão oferecer todo o “conforto e luxo”, além de contarem todos com janelas com vista para a Terra, já que a imagem do planeta visto do espaço é, a par da ausência de gravidade, uma das principais atrações das viagens espaciais.
O conforto é, tal como o preço, um dos obstáculos que se colocam ao turismo espacial, mas, tal como a questão do conforto já está a ser trabalhada, também a descida do preço será uma questão de tempo, com Simon Jenner a explicar que, “como em qualquer outro produto tecnológico, como os telemóveis, por exemplo, o arranque é sempre dispendioso”, mas espera-se que o preço venha descer à medida que aumente a oferta. “Precisamos de desenvolver mais a tecnologia e precisamos de maior concorrência ao nível do lançamento dos foguetões para reduzir os custos”, indicou, defendendo, no entanto, que uma viagem espacial nunca será tão barata quanto uma viagem de avião, ainda que o preço possa descer ao ponto de atrair muito mais interessados. Em quantas décadas poderá isso acontecer? Isso é que “é mais complicado de adivinhar”, disse, sublinhando, no entanto, que será tudo uma questão de tempo e que, há 12 meses, por exemplo, ninguém esperava que, hoje, as viagens espaciais já fossem uma realidade.
No que diz respeito à Axiom Space, Simon Jenner garante que, se a procura continuar a crescer, a empresa vai aumentar o número de missões – atualmente estão previstas duas por ano a partir de 2022 – ainda que isso também esteja dependente da possibilidade de acoplar na Estação Espacial Internacional, o que está limitado com as atuais instalações, mas que deverá mudar com o lançamento da estação da Axiom Space, em 2028.

Democratizar o fundo dos oceanos

Scott Waters, Pisces VI

Se a parte da manhã do primeiro dia da SUTUS 2021 foi dedicada ao espaço, na parte da tarde mergulhámos no que de mais inovador se está a fazer para levar turistas a conhecer os cerca de 70% da Terra que ainda são desconhecidos e que ficam no fundo dos oceanos.
Scott Waters, project manager do submarino Pisces VI, que já tinha participado na primeira edição da SUTUS, em 2019, regressou a Marbella para dar conta dos novos projetos em que o submarino está envolvido. É que, a par do turismo espacial e apesar de ser menos mediático, também o turismo subaquático tem conhecido um grande desenvolvimento, com o surgimento de veículos subaquáticos com diferentes capacidades e capazes de mergulhar a cada vez maiores profundidades, como é o caso do Pisces VI, que pode descer até aos dois mil metros de profundidade e tem capacidade para quatro passageiros.
E se, há dois anos, Scott Waters dizia que a procura turística era ainda residual, uma vez que estes submarinos continuavam a ser procurados por motivos científicos, a realidade é que também nesta área a motivação turística está a aumentar, de tal forma que o próprio Scott Waters se mudou para as Canárias e está atualmente envolvido numa série de projetos que visam levar turistas a conhecer o fundo do oceano. “Estamos a trabalhar em alguns projetos interessantes nas Canárias. Espero que, no próximo ano, tenha mais novidades, mas posso dizer que vai ser possível conhecer melhor a nossa história”, adiantou o responsável, explicando que as Canárias, por ser um arquipélago de origem vulcânica, contam com atrações que fazem destas ilhas um autêntico ‘hotspot’ subaquático.
Além das Canárias, os submarinos da Pisces têm várias missões agendadas até 2023, incluindo Mar Vermelho, Peru e Antártica, com preços que variam entre os dois e os seis mil euros. “O turismo espacial e subaquático continua a ser caro”, lamentou o responsável.
Além da Pisces, várias outras empresas estão a trabalhar para levar turistas a conhecer o fundo dos oceanos, como a Triton Submarines, que conta com 23 submarinos e está a construir veículos de maiores dimensões, até 60 pessoas, que prometem democratizar as viagens subaquáticas. “Este tipo de oferta vai revolucionar o turismo e a nossa forma de nos relacionarmos com o oceano”, explicou ao Publituris Héctor Salvador, operations director da Triton Submarines e que foi um dos primeiros humanos a ir até ao fundo da fossa das Marianas, em abril. De acordo com o responsável, a oferta “está a crescer”, de tal forma que já “se começa a perceber o potencial do turismo subaquático”. “Muitos países têm um grande potencial. A história marítima de Portugal e Espanha, por exemplo, é vasta e tem navios espalhados por todo o mundo, há também recifes de coral e criaturas marinhas que as pessoas querem ver. Por enquanto, isto está a ser apenas explorado à superfície, mas, quando as pessoas mergulharem e se derem conta do que podem ver, vai haver uma maior aposta neste turismo, sobretudo nas regiões que não têm outros atrativos”, defendeu.

Potencial e vantagens do turismo subaquático

Héctor Salvador, Triton Submarines

Com o crescimento da oferta, também a procura turística tem aumentado, com Héctor Salvador a explicar que, a cada ano, “a maior percentagem vem de clientes privados, para uso privado ou charter de megayachts”, ainda que, recentemente, se tenha notado que “está a começar a existir também procura por submarinos 100% turísticos, de maiores dimensões e com mais de 20 passageiros”. Segundo o responsável, estes submarinos registam procura por parte de hotéis de luxo, que olham para estes veículos como forma de oferecer um produto diferenciado. “Penso que isto vai ser um elemento muito atrativo para os hotéis que queiram oferecer uma experiência única aos clientes, algo que mais ninguém oferece”, indicou, revelando que a Triton Submarines já entregou o primeiros destes submarinos maiores a um complexo hoteleiro no sudeste asiático, que “viu no submarino um elemento diferenciador para vencer a concorrência”, uma vez que “apenas os hóspedes desse hotel têm a oportunidade de fazer uma viagem de submarino e ter esta experiência”.
Além de única, Héctor Salvador espera que os turistas que visitam o fundo do mar tenham também uma experiência pedagógica, já que este tipo de turismo permite “educar as próximas gerações sobre a importância do oceano”. “Espero que esta seja uma experiência educativa e que as pessoas deixem de ter aquários e passem a viajar de submarino para ver a vida marinha no seu habitat e tenham consciência de todo o ecossistema. Quando mergulhamos, é espetacular ver como numa rocha vivem 20 espécies de peixes, como se relacionam e o equilíbrio que existe. Só assim percebemos o frágil que é esse equilíbrio e como o ser humano, por desconhecimento, o está a destruir”, indicou.
Outra vantagem do turismo subaquático é a geração de riqueza para as comunidades locais, algo em que este produto se diferencia do turismo espacial, uma vez que, explicou o responsável, o turismo subaquático “é capaz de gerar riqueza local para as comunidades, enquanto o turismo espacial só tem cinco pontos de lançamento em todo o mundo”.
O principal problema continua, tal como nas viagens ao espaço, a ser o preço, ainda que, também nesta área, esteja em curso uma democratização do acesso ao fundo do mar. “Tudo é uma questão de exclusividade e quanto mais oferta houver, mais acessível se vai tornar este tipo de turismo”, disse, explicando que tudo depende do tipo de mergulho, porque “baixar a pouca profundidade, num submarino de 24 ou 60 lugares, é muito acessível”, enquanto um mergulho à fossa das Marianas, a 10 mil metros de profundidade, tem preços mais elevados. “Estamos a falar de preços de 50 ou 60 euros para viagens de uma hora, o que é comparável a muitas das experiências turísticas que podemos ter atualmente”, exemplificou, considerando que “as operações costeiras, a pouca profundidade e com um grande número de passageiros, é algo que será muito acessível”.
Para convencer os mais receosos, Héctor Salvador garante que “o submarino é o meio de transporte mais seguro que existe” e realça que esta é uma “experiência que transforma qualquer pessoa”, porque ninguém resiste aos encantos que o fundo do mar esconde.

Balanço positivo deverá ditar continuidade da SUTUS
No final do primeiro dia da SUTUS 2021, Carlos Diaz de La Lastra mostrava-se satisfeito com a organização da segunda edição da cimeira dedicada ao turismo espacial e subaquático e, apesar da pandemia da COVID-19 – que levou a que esta edição estivesse em dúvida até seis meses antes da sua realização – ter reduzido a assistência presencial do evento, o balanço foi claramente positivo. “Há seis meses não sabíamos se conseguíamos fazer a SUTUS. Nessa altura, era impossível fazer esta edição, porque não poderíamos ter aqui pessoas da NASA ou de outras agências e nacionalidades, mas decidimos ser valentes e tentar. E tivemos muita sorte porque nos últimos meses a situação melhorou muito e estamos muito contentes por estamos aqui”, admitiu o responsável.
Por isso, acrescentou em declarações ao Publituris, a Les Roches Marbella está já a ponderar a realização da terceira edição. “Ainda estamos a pensar nisso, mas aquilo que queremos é ter, a cada ano, uma edição da SUTUS”, admitiu, explicando que, apesar da continuidade não estar decidida, a organização pretende apostar na “diversidade” e ter “toda a área representada” na próxima edição. “Ainda há muito por explorar e muito para mostrar sobre o que se está a fazer nestas fronteiras do turismo”, acrescentou.

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Antes da EuroPride em Lisboa, cidade do Porto recebe AGM da EPOA

Antes da EuroPride rumar a Lisboa, a cidade do Porto será palco da Anual General Meeting (AGM) da European Pride Organisers Association (EPOA), em novembro.

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O Porto foi escolhido, em outubro passado, para sediar a Anual General Meeting (AGM) da European Pride Organisers Association (EPOA), que ocorrerá de 1 a 3 de novembro deste ano. Este evento reúne organizadores de eventos Pride de toda a Europa e é uma plataforma essencial para o intercâmbio de conhecimentos, experiências e melhores práticas no âmbito da celebração e defesa dos direitos LGBTI+.

O evento de três dias incluirá plenárias, workshops, networking, relatórios de membros e apresentação de propostas para o EuroPride 2027 de membros em Itália, Lituânia, Espanha e Reino Unido. Os membros da EPOA votarão nestas propostas e o vencedor será anunciado durante o evento.

Recorde-se que Lisboa será a anfitriã do EuroPride no próximo ano, tendo sido selecionada na Assembleia Geral Anual de 2022. Segundo a EPOA “A Assembleia Geral Anual no Porto proporcionará uma oportunidade para os membros da EPOA aprenderem mais sobre os ambiciosos planos da capital portuguesa para o EuroPride 2025.”

As inscrições para a AGM já estão abertas e podem ser realizadas através do website do evento, com tarifas especiais disponíveis para os participantes que se inscreverem até 15 de maio. EPOA disponibiliza também a possibilidade de scholarships permitindo assim a participação a ativistas com menos possibilidade financeiras: informações sobre as bolsas de apoio aqui: https://www.epoa.eu/about-us/agm/

Para Diogo Vieira da Silva, Coordenador Geral do Porto Pride e responsável pela candidatura vitoriosa que trouxe a AGM para Portugal, destacou a importância deste evento para a região, “a realização da AGM da EPOA no Porto é uma oportunidade ímpar para que os organizadores de Prides em Portugal e outras organizações relevantes possam se aproximar da comunidade de Prides Europeus. Este encontro permitirá a troca de ideias inovadoras e a partilha das melhores práticas dos outros países, inspirando os nossos esforços locais para avançar na luta pela igualdade e inclusão.”

Este ano, a AGM pretende não só reforçar as redes existentes entre os organizadores de Prides, mas também inspirar uma nova onda de ativismo e celebração que ressoe por toda a Europa. O Porto, conhecido pela sua rica história cultural e forte apoio à diversidade, proporcionará o cenário perfeito para que líderes e ativistas possam planejar o futuro dos eventos Pride, garantindo que continuem a ser um espaço seguro e inclusivo para todos.

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Proveitos no setor do alojamento continuam em alta em fevereiro

No segundo mês de 2024, os proveitos do setor do alojamento turístico mantiveram-se na senda do crescimento, com os proveitos totais e de aposento a subirem 13% e 13,1%, respetivamente, face a igual período de 2023. Nos dois meses de 2024, os proveitos totais já ultrapassam os 500 milhões de euros.

Publituris

Em fevereiro de 2024, o setor do alojamento turístico registou 1,8 milhões de hóspedes e 4,3 milhões de dormidas, correspondendo a subidas de 7% e 6,4%, respetivamente, indicando, agora, o Instituto Nacional de Estatística (INE) que, feitas as contas, esta performance permitiu gerar 276,4 milhões de euros de proveitos totais (+13%; +9,1% em janeiro), e 202,1 milhões de euros de proveitos de aposento (+13,1%; +8,1% em janeiro).

No período acumulado dos dois primeiros meses de 2024 (janeiro e fevereiro), as dormidas atingiram 7,7 milhões e registaram um crescimento de 3,3% (+0,3% nos residentes e +4,9% nos não residentes), a que corresponderam aumentos de 11,2% nos proveitos totais e de 10,8% nos de aposento.

Neste período acumulado de janeiro a fevereiro, os proveitos totais cresceram 11,2% e os relativos a aposento aumentaram 10,8%, com os proveitos totais a atingirem 506,7 milhões de euros e os relativos a aposento a ascenderem a 367,5 milhões de euros, avança o INE.

A Grande Lisboa foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (36,1% dos proveitos totais e 37,9% dos proveitos de aposento), seguida do Norte (16,1% e 16,4%, respetivamente), do Algarve e da Madeira (15,2% e 14,4%, pela mesma ordem, em ambas).

Todas as regiões registaram crescimentos nos proveitos, com os maiores aumentos a ocorrerem no Oeste e Vale do Tejo (+26,8% nos proveitos totais e +23,8% nos de aposento) e na Grande Lisboa (+16,0% e +14,8%, respetivamente).

Em fevereiro, registaram-se crescimentos dos proveitos nos três segmentos de alojamento. Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (pesos de 87,5% e 85,4% no total do alojamento turístico, respetivamente) aumentaram 12,9% e 13%, pela mesma ordem.

Nos estabelecimentos de alojamento local, registaram-se aumentos de 10,7% nos proveitos totais e 11,7% nos proveitos de aposento (quotas de 9% e 11%, respetivamente).

No turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,5% nos proveitos totais e de 3,6% nos de aposento), os aumentos foram de 22,4% e 19,7%, respetivamente.

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 37,8 euros em fevereiro, registando um aumento de 4,5% face ao mesmo mês de 2023 (+3,7% em janeiro).

Os valores de RevPAR mais elevados foram registados na Grande Lisboa (64,9 euros) e na RA Madeira (58,5 euros), tendo os maiores crescimentos ocorrido no Oeste e Vale do Tejo (+12,0%), no Algarve (+7,1%) e na Grande Lisboa (+6,1%). O Centro foi a única região em que este indicador registou um decréscimo (-2,2%).

De acordo com a análise do INE, em fevereiro, este indicador cresceu 5,5% na hotelaria (+5% em janeiro) e 7,7% no turismo no espaço rural e de habitação (+5,4% em janeiro). No alojamento local decresceu 0,9% (-3,4% em janeiro).

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 83,8 euros (+6%), abrandando o crescimento (+6,9% em janeiro).

A Grande Lisboa destacou-se com o valor mais elevado de ADR (107,8 euros), seguida pela Madeira (85,6 euros). Todas as regiões registaram crescimentos neste indicador, com os maiores aumentos a ocorrerem no Algarve (+10%), na Península de Setúbal (8,5%) e na Grande Lisboa (+6,8%).

Em fevereiro, o ADR cresceu 6,4% na hotelaria (+7,4% em janeiro), 2,6% no alojamento local (+3,1% em janeiro) e 9,4% no turismo no espaço rural e de habitação (+7,1% em janeiro).

Lisboa, Funchal e Porto em destaque
Do total de 4,3 milhões de dormidas (+6,4%) nos estabelecimentos de alojamento turístico, 61,4% concentraram-se nos 10 municípios com maior número de dormidas em fevereiro.

O município de Lisboa concentrou 24,3% do total de dormidas, atingindo um milhão e voltou a crescer (+8,3%, após -3,1% em janeiro), com o contributo das dormidas de não residentes (+10%), dado que as dormidas de residentes apresentaram uma variação nula. Este município concentrou 30,3% do total de dormidas de não residentes em fevereiro.

O Funchal foi o segundo município em que se registaram mais dormidas (454,3 mil dormidas, peso de 10,6%), voltando a registar crescimento (+3,9%) após dois meses de quebras consecutivas (-4,5% em janeiro e -2,7% em dezembro). Para este crescimento, contribuíram as dormidas de não residentes (+6,3%), dado que as dormidas de residentes diminuíram 9,3%.

No Porto, as dormidas totalizaram 357,3 mil (8,3% do total), acelerando para um crescimento de 10,5% (+4,1% nos residentes e +12,3% nos não residentes).

Neste grupo de 10 municípios com maior número de dormidas em fevereiro, Ponta Delgada foi o que registou menos dormidas (66,9 mil dormidas, peso de 1,6%), sendo o único em que os residentes tiveram maior expressão (60,3%) do que os não residentes.

Em fevereiro, Lagoa e Ponta Delgada destacaram-se entre os 10 principais municípios, registando-se crescimentos de 15,7% e 14,5%, com um contributo mais expressivo das dormidas de não residentes (+18,4% e +23%, respetivamente).

Albufeira foi o único município em que se verificou um decréscimo nas dormidas de não residentes (-1,9%). Albufeira e Ponta Delgada destacaram-se ainda pela evolução positiva das dormidas de residentes (+9,8% e +9,5%, respetivamente), enquanto Cascais registou o maior decréscimo (-11,2%).

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Albufeira marca presença na Nauticampo

Albufeira vai estar representada na Nauticampo com o stand 2B15, localizado no Pavilhão 2 e que vai contar com uma área de 36 metros quadrados, no qual marcam presença ainda várias empresas regionais.

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A Câmara Municipal de Albufeira vai estar presente na Nauticampo – Salão Internacional de Navegação de Recreio, Desporto Aventura, Caravanismo e Piscinas, que vai ter lugar na FIL, em Lisboa, entre 17 e 21 de abril.

Num comunicado enviado à imprensa, a autarquia indica que vai estar representada no certame com o stand 2B15, localizado no Pavilhão 2 e que vai contar com uma área de 36 metros quadrados.

A autarquia vai partilhar o stand com a Marina de Albufeira e com outras empresas marítimo-turísticas, de desportos ao ar livre, de aventura e de animação turística do concelho, entre outras áreas que se enquadrem no âmbito do certame.

“O stand do município vai ter ao dispor dos empresários algumas mesas, de forma a possibilitar a marcação de reuniões de trabalho”, indica a Câmara Municipal de Albufeira, em comunicado.

A Nauticampo é, segundo a autarquia, o “maior e mais prestigiado evento de atividades outdoor realizado em Portugal e um dos mais antigos da Europa”, recebendo, anualmente, cerca de 30 mil visitantes.

“Albufeira é um concelho com uma área costeira com cerca de 30 quilómetros, praias de grande qualidade ambiental, mas também uma zona interior e de barrocal de rara beleza paisagística, que convidam os visitantes à prática de atividades ao ar livre, o que tem contribuído para o crescimento de empresas de atividades outdoor, algumas das quais irão participar no nosso stand, e que têm contribuído significativamente para a dinamização da economia do concelho”, sublinha José Carlos Martins Rolo, autarca de Albufeira.

O presidente da Câmara Municipal de Albufeira explica que, segundo a Estratégia de Desenvolvimento, Promoção e Captação de novos Turistas de Albufeira, a diversificação do produto é uma prioridade para esta autarquia, sendo que “as praias e a oferta de atividades náuticas e de recreio e o turismo de natureza, entre outras atividades, são considerados ativos diferenciadores do destino”.

Por isso, nesta feira, o foco de Albufeira “vai incidir precisamente na diversificação e na complementaridade do produto turístico, através da apresentação das empresas do concelho especializadas neste tipo de atividades”, assim como em dois projetos específicos, um dos quais é o Art Reef, que consiste na a primeira exposição artística subaquática da costa portuguesa, da autoria de Vhils.

“Trata-se de um excelente exemplo de sustentabilidade, que ao contribuir para a criação de um novo ecossistema marinho, gerando um novo recife artificial na costa de Albufeira, visitável através da prática de mergulho qualificado, constitui um novo produto turístico”, explica a autarquia na informação divulgada.

Já o segundo projeto é a apresentação do aspirante a Geoparque Algarvensis, uma candidatura dos Municípios de Loulé, Silves e Albufeira, a património mundial da UNESCO, que, segundo o autarca de Albufeira, “irá atrair novos tipos de turista, nomeadamente o turismo científico e de natureza”.

A Nauticampo decorre na FIL, em Lisboa, entre 17 e 21 de abril, sendo que nos dias 17 a 19 de abril a feira está aberta ao pública entre as 14h00 e as 22h00, enquanto no dia 20 de abril funciona entre as 10h00 e as 22h00, enquanto no último dia o certame encerra às 20h00.

 

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Alto Côa é a 11ª Estação Náutica certificada do Centro de Portugal

A Estação Náutica do Alto Côa foi certificada durante o último encontro da Rede de Estações Náuticas de Portugal, que decorre esta quinta e sexta-feira, 11 e 12 de abril, em Vilamoura.

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A Estação Náutica do Alto Côa, localizada no município do Sabugal, já se encontra certificada, tornando-se na 11ª Estação Náutica da região, informou a entidade regional de turismo Centro de Portugal.

“A oficialização deste reconhecimento ocorreu durante o terceiro encontro da Rede de Estações Náuticas de Portugal (ENP), realizado nos dias 11 e 12 de abril, na Estação Náutica de Vilamoura, e que contou com a participação ativa da Turismo Centro de Portugal”, lê-se num comunicado enviado à imprensa.

Com a certificação da Estação Náutica do Alto Côa, o Centro de Portugal passa a contar com um total de 11 Estações Náuticas, passando a oferta turística regional a “ser ainda mais alargada”.

Além do Alto Côa, também Aveiro, Castelo do Bode, Ílhavo, Murtosa, Oeste (esta em vários núcleos), Vagos, Estarreja, Ovar, Pedrógão Grande e Penamacor contam com Estações Náuticas certificadas.

A certificação da Estação Náutica do Alto Côa foi recebida por Amadeu Neves, vereador da Câmara Municipal do Sabugal, que esteve presente no encontro da Rede de Estações Náuticas de Portugal.

Recorde-se que a Rede de Estações Náuticas de Portugal é dinamizada pelo Fórum Oceano, sob a coordenação e liderança de António José Correia, tendo este terceiro encontro da Rede juntado as várias estações certificadas, para dois dias de diálogo e trabalho dedicado à economia azul sustentável.

Durante o encontro, que contou ainda com a presença de Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo, foi feito o balanço do caminho já percorrido, celebrando em conjunto o trabalho desenvolvido e as perspectivas futuras.

“As estações náuticas traduzem uma nova ambição para o nosso país. Portugal tem dez ativos estratégicos a nível do turismo e as estações náuticas encaixam na perfeição em cinco deles: o clima, a natureza, a água, o mar e o património histórico-cultural”, afirma Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo, considerando que, para desenvolver este ativo turístico “é preciso estruturar bem o produto, fazendo crescer a rede”, “fomentando a coesão” e com “capacidade de criar rendimento e gerar negócio”.

Este encontro motivou ainda uma conferência composta por quatro painéis dedicados à “Estruturação do Produto e Internacionalização”, “Dinâmicas Regionais de Organização da Rede das ENP”, “O Desígnio da Sustentabilidade na Rede das ENP” e “As Estações Náuticas e o Desenvolvimento Local e Regional”.

Após o debate, houve ainda workshops temáticos, sobre os temas “Comunicação, marketing e digitalização”, “Capacitação”, “Gestão de risco e segurança”, “Dinâmicas regionais, sub-regionais e internacionalização” e “Futuro da rede ENP”.

Além da Estação Náutica do Alto Côa, também a Estação Náutica da Ericeira foi certificada durante o último encontro da Rede de Estações Náuticas de Portugal.

Com a certificação destas duas Estações Náuticas, a Rede de Estações Náuticas de Portugal passou a contar com 38 Estações Náuticas certificadas em todo o território continental, tanto na costa como no interior.

 

 

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UN Tourism quer estabelecer Centro de Pesquisa para o Turismo Sustentável na Croácia

Este centro vai dedicar-se à  investigação e desenvolvimento do turismo sustentável, uma vez que a Croácia faz atualmente parte do Comité de Turismo e Sustentabilidade da ONU para o Turismo.

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A UN Tourism vai trabalhar em conjunto com o Governo da Croácia para estabelecer um Centro de Pesquisa para o Turismo Sustentável no país, avança a agência das Nações Unidas para o Turismo, em comunicado.

De acordo com a informação divulgada, este centro vai dedicar-se à  investigação e desenvolvimento do turismo sustentável, uma vez que a Croácia faz atualmente parte do Comité de Turismo e Sustentabilidade da ONU para o Turismo.

“Juntamente com o historial do Governo na promoção de práticas de turismo responsáveis e sustentáveis e o apoio aos valores fundamentais do Turismo da ONU, a Croácia torna-se no local ideal para acolher uma plataforma colaborativa para impulsionar a inovação e catalisar mudanças positivas no setor do turismo”, lê-se no comunicado da UN Tourism.

O Centro de Pesquisa para o Turismo Sustentável vai contar com a colaboração de todos os interessados, concretamente dos setores público e privado, assim como da academia e da sociedade civil para abordar alguns dos desafios mais críticos que o turismo enfrenta.

Segundo a UN Tourism, entre estes desafios, destacam-se temas como a redução do impacto ambiental do turismo, o aumento do uso de energias renováveis e eficiência energética, a adaptação às alterações climáticas, a preservação da sustentabilidade social e das comunidades locais, a elaboração de políticas baseadas em evidências e o fornecimento de investigação relevante e atualizada.

Com vista à criação deste Centro de Pesquisa para o Turismo Sustentável, o secretário-geral da UN Tourism, Zurab Pololikashvili, e Nikolina Brnjac, ministra do Turismo e Desporto da Croácia, assinaram já um Memorando de Entendimento.

“A Croácia lidera pelo exemplo no crescimento do turismo de forma sustentável. O novo centro de investigação em Zagreb contribuirá para o compromisso da UN Tourism com a elaboração de políticas baseadas em dados a nível regional, nacional e de destino, garantindo que o turismo cresça de forma responsável e inclusiva, para o benefício das comunidades em todo o mundo”, destaca Zurab Pololikashvili, secretário-geral da UN Tourism.

Já Nikolina Brnjac, ministra do Turismo e Desporto da Croácia, mostra-se orgulhosa pela distinção da UN Tourism, que reconheceu os esforços da Croácia na reforma da gestão do turismo.

“Tendo a Universidade de Zagreb como parceira na criação deste Centro, estou convencida de que este Centro terá sucesso e fornecerá investigação muito relevante para o futuro desenvolvimento sustentável do turismo, afirma a governante croata.”

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Viagens e turismo atingirão 2,51 biliões de dólares e representarão 9% da economia dos EUA em 2024

Depois de ter crescido 7%, em 2023, face ao ano anterior, para atingir 2,36 biliões de dólares (cerca de 2,2 biliões de euros), o WTTC prevê que o mercado das viagens e turismo nos EUA deverá subir 6,7% para 2,51 biliões de dólares (cerca de 2,34 biliões de euros).

Victor Jorge

As estimativas avançadas, recentemente, pelo World Travel & Tourism Council (WTTC), para o setor das viagens e turismo nos Estados Unidos da América (EUA) apontam para um crescimento, ultrapassando os números pré-pandémicos de 2019.

Assim, no Economic Impact Research (EIR), o WTTC prevê que o setor das viagens e turismo nos EUA atinja 2,51 biliões de dólares (cerca de 2,34 biliões de euros), correspondendo a uma subida de 6,7% face a 2023 e mais 11,4% relativamente ao ano de 2019.

Este valor faz com que o contributo do setor das viagens e turismo nos EUA para a economia global do país atinja os 9%.

Já no que diz respeito ao emprego, as estimativas apontam para 18,8 milhões de pessoas a trabalhar no setor, o que equivale a 11,6% do mercado, ou seja, uma em cada nove pessoas estará a desenvolver a sua atividade laboral nas viagens e turismo.

Estes números fazem com que o emprego no setor aumente 4,2%, face a 2023, e mais 4,2% relativamente a 2019.

Mas as perspetivas para o setor das viagens e turismo nos EUA para o futuro também são promissoras, já que apontam para 3,1 biliões de dólares de valor (cerca de 2,9 biliões de euros), em 2034, o que equivale dizer que o setor aumentará o seu peso no Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano em 9,5%, mais do que os 8,9% de 2019.

Também no emprego, o setor registará um aumento, antevendo-se que, em 2034, seja 20,95 milhões os norte-americanos a trabalhar nas viagens e turismo, equivalendo a 12,5% de toda a força de trabalho nos EUA, criando, comprando 2024 com 2034, a criação de 2,16 milhões de novos empregos.

Um ano de recuperação
Os números referentes a 2023 ditam uma recuperação do setor das viagens e turismo nos EUA, com uma subida de 7% face a 2022 (+4,4% relativamente a 2019) para atingir os 2,36 biliões de dólares (cerca de 2,2 biliões de euros), fazendo com que este setor pese 8,6% no PIB norte-americano.

No emprego, também os números mostram uma recuperação, com 18,03 milhões de pessoas a trabalhar no setor, representando 11,2% da força laboral do país, correspondendo a uma subida de 3,8% face a 2022 e mais 3,6% relativamente a 2019.

Quanto aos gastos dos visitantes, o EIR do WTTC mostra, contudo, que estes ainda não atingiram valores de 2019. Se no ano antes da pandemia, os gastos de visitantes internacionais totalizaram mais de 212 mil milhões de dólares (cerca de 198 mil milhões de euros), correspondendo a 7,1% do total das exportações, em 2023, esses gastos atingiram 156,1 mil milhões de dólares (pouco mais de 145 mil milhões de euros), ou seja, uma subida de 31,6% face a 2022, mas menos 26,4% relativamente a 2019.

A linha de evolução para 2024 estima uma subida para 191,6 mil milhões de dólares (cerca de 178,5 mil milhões de euros) nos gastos de visitantes internacionais, mais 22,7% face a 2023, ficando ainda 9,7% abaixo de 2019.

Já para 2034, o EIR do WTTC prevê que os gastos dos visitantes internacionais ultrapassem já os de 2019, totalizando 286,2 mil milhões de dólares (cerca de 267 mil milhões de euros), representando uma subida média anual, entre 2024 e 2034, de 6,4%.

Nos gastos domésticos realizados pelos turistas, se em 2019 estes totalizavam 1,25 biliões de dólares (cerca de 1,16 biliões de euros), em 2023 regista-se uma subida de 4,2% face a 2022 e de 9,3% relativamente a 2019.

Para o atual ano de 2024, as previsões apontam para que os gastos feitos pelos turistas domésticos totalizem 1,43 biliões de dólares (cerca de 1,33 biliões de euros), significando uma subida de 4,1% face a 2023 e mais 13,8% relativamente a 2019.

Dentro de 10 anos, ou seja, em 2034, os gastos domésticos feitos pelos turistas domésticos deverão atingir 1,78 biliões de dólares (cerca de 1,66 biliões de euros), representando uma subida média, entre 2024 e 2034, de 2,2%.

México como destino preferido
O México manteve-se como o principal destino dos norte-americanos, embora baixando 1 ponto percentual (p.p.), caindo de 29%, em 2019, para 28%, em 2023. Também o Canadá viu o número de americanos a viajar para o país, representando 12%, em 2023, quando, em 2019, era de 12%.

No pódio dos destinos outbound houve, contudo, uma alteração, já que a França, em 3.º lugar, em 2019, caiu para 4.º lugar, trocando com o Reino Unido, representando ambos os países 4%, em 2023. Por último, em 5.º lugar surge, em 2023, a Espanha, com 3%, lugar que, em 2019, era ocupado por Itália.

Recorde-se que, em 2023, Portugal registou mais de 2 milhões de hóspedes provenientes dos EUA, correspondendo a uma subida de quase 500 mil face a 2022.

Já no que diz respeito às dormidas, foram mais de 4 milhões registadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), mais 1,2 milhões dormidas que em 2022.

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Turismo do Algarve anuncia 15 ações de promoção para atrair turistas dos EUA e Canadá

Com estas ações, que arrancam na próxima semana, o Turismo do Algarve pretende “dar a conhecer a diversidade e a autenticidade da oferta do maior destino turístico português, onde os visitantes provenientes dos EUA têm apresentado um peso crescente”. 

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O Turismo do Algarve vai realizar, este ano, um total de 15 ações para estimular o fluxo de turistas provenientes da América do Norte, num calendário de iniciativas que arranca na próxima semana, com um evento que vai reunir dezenas de operadores turísticos norte-americanos.

De acordo com um comunicado do Turismo do Algarve, o objetivo é “dar a conhecer a diversidade e a autenticidade da oferta do maior destino turístico português, onde os visitantes provenientes dos EUA têm apresentado um peso crescente”.

O primeiro evento, acrescenta o Turismo do Algarve, será apenas o início de “um conjunto de ações inserido numa estratégia específica para os mercados dos Estados Unidos e do Canadá, de forma a potencializar os benefícios do aumento do número de voos que ligam o destino a estes mercados”.

“No total, virão a Portugal conhecer o Algarve cerca de 200 norte-americanos de várias proveniências geográficas”, refere o comunicado divulgado, explicando que as visitas ao Algarve vão acontecer enquanto “visitas de campo com operadores turísticos, jornalistas e influencers daquele país”.

O Turismo do Algarve acredita que será possível aumentar ainda mais o fluxo de turistas provenientes daqueles países, até porque, em 2023, só os turistas provenientes dos EUA foram responsáveis por 480 mil dormidas no destino, num aumento de 24,1% face a 2022 e um crescimento de 70,3% em relação a 2019.

O Turismo do Algarve diz que também em número de hóspedes, em 2023, foi atingido um valor próximo dos 180 mil, mais 27,3% do que em 2022 e mais 68% em comparação com 2019.

“Os EUA são já o sétimo mercado externo com mais peso na região. Os visitantes deste país, conjuntamente com os do Canadá, procuram, e encontram, no Algarve, alguns dos melhores campos de golfe e praias da Europa, no ponto mais ocidental do nosso continente, a menos de sete horas de viagem da costa leste daqueles países. As ações desenvolvidas pelo Turismo do Algarve visam acentuar a notoriedade do destino nas suas muitas valências apreciadas nos EUA e Canadá”, explica André Gomes, presidente do Turismo do Algarve.

Devido à importância que estes turistas têm vindo a ganhar na região, o Turismo do Algarve incluiu o reforço da organização de ações promocionais junto deste mercado, durante os próximos meses, no seu plano estratégico, de forma a incentivar “um maior número de visitas à região e um importante contributo para assegurar a viabilização e até o prolongamento de futuras rotas”.

O objetivo era aproveitar o início dos voos da United Airlines para Faro, que entretanto foi adiado para 2025, mas esse adiamento não levou à alteração dos planos do Turismo do Algarve, até por a canadiana Air Transat procedeu a um aumento de frequências para Faro, registando-se ainda um “crescimento da procura por ligações indiretas ao Algarve”.

“O plano que desenvolvemos previa, obviamente, uma série de ações em torno do lançamento da rota da United Airlines com destino a Faro, mas não se esgota aí. Esta alteração de planos não condiciona a nossa estratégia de captação de turistas provenientes dos EUA. Há uma série de outras oportunidades que estamos a explorar e que terão igualmente impacto junto desse mercado”, acrescenta André Gomes, garantindo que a United Airlines continua entusiasmada por “adicionar o Algarve ao seu portefólio de destinos”, ainda que só no próximo ano.

O adiamento da abertura da nova rota da United Airlines levou também à alteração de “várias ações associadas ao lançamento” desta rota, que deviam acontecer entre abril e maio, mas que foram adiadas para o final do ano.

“Entre estas iniciativas, encontra-se o lançamento de uma campanha digital de promoção do destino e a organização de diversas visitas de imprensa direcionadas a jornalistas de publicações de referência. Esta iniciativa será agora encetada numa fase próxima à inauguração da rota Newark-Faro, reagendada para 2025”, refere ainda o Turismo do Algarve.

 

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Porto já está a formar guias turísticos no programa “Confiança Porto”

Esta formação destina-se a guias turísticos não credenciados, no âmbito do programa Formação + Próxima, e decorre em alinhamento com a estratégia de sustentabilidade da Câmara Municipal do Porto, que visa a descentralização dos fluxos turísticos.

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O programa de formação para guias turísticos no âmbito do programa municipal “Confiança Porto” – Passeios Turísticos Pedestres arrancou esta quarta-feira, 10 de abril, avança o portal Porto.pt.

Desenvolvida em parceria com a Escola de Turismo do Porto, esta formação destina-se a guias turísticos não credenciados, no âmbito do programa Formação + Próxima, e decorre em alinhamento com a estratégia de sustentabilidade estabelecida pela Câmara Municipal do Porto, que visa a descentralização dos fluxos turísticos em zonas de maior pressão da cidade.

Segundo a informação avançada pelo website Porto.pt, esta formação assume-se como um instrumento de transmissão para dar a conhecer aos formandos novas narrativas da cidade em zonas menos conhecidas, como a Marginal, a Boavista, a Foz e o Bonfim, na zona Oriental.

“Os guias de turismo possuem um papel de extrema relevância na disseminação da história do Porto e na descentralização dos fluxos dos visitantes para várias zonas da cidade, que merecem, igualmente, ser conhecidas”, afirmou Catarina Santos Cunha, vereadora do Turismo da Câmara Municipal do Porto, durante o arranque da formação.

De acordo com a governante municipal, a formação, que é ministrada por um especialista na área, vai contribuir para “qualificar e certificar a oferta e contribuir para acrescentar valor à experiência turística” na cidade.

A primeira sessão, decorrida em contexto de sala, foi dedicada à evolução urbana do Porto e ao Centro Histórico e vai servir de mote às próximas três sessões de visitas técnicas pelo território, designadamente a Zona Oriental – “Entre a Batalha e a Estação de Campanhã”, a zona de Miguel Bombarda – “O Bairro das Artes” e por fim a Zona Ocidental – “O espaço urbano de São João da Foz”.

Recorde-se que o programa “Confiança Porto” – Passeios Turísticos Pedestres, está a ser implementado desde 2022, visa contribuir para qualificar a oferta turística ao nível dos conteúdos a transmitir aos turistas e organizar a distribuição espacial pelo território dos grupos participantes dos passeios turísticos pedestres.

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Dino Parque Lourinhã recebe Prémio Cinco Estrelas pelo sexto ano consecutivo

O Dino Parque Lourinhã foi distinguido na categoria Parques Temáticos nas regiões do Oeste e Grande Lisboa, após a avaliação de 454 mil consumidores que classificaram um total de 1.036 marcas.

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O Dino Parque Lourinhã voltou a ser distinguido com o Prémio Cinco Estrelas, reconhecimento que foi entregue ao parque temático pelo sexto ano consecutivo, segundo comunicado enviado à imprensa.

“O Dino Parque Lourinhã acaba de receber, pelo sexto ano consecutivo, o Prémio Cinco Estrelas Regiões, reconhecimento que atesta, uma vez mais, o seu estatuto como um dos parques temáticos preferidos pelos portugueses”, lê-se na informação divulgada.

O Dino Parque foi distinguido na categoria Parques Temáticos nas regiões do Oeste e Grande Lisboa, após a avaliação de 454 mil consumidores que classificaram um total de 1.036 marcas.

“É um reconhecimento do valor que os nossos visitantes atribuem ao Dino Parque, da qualidade do serviço e da experiência memorável que oferecemos a cada um deles”, afirma Luís Rocha, diretor-geral do Dino Parque Lourinhã, sublinhando o orgulho sentido por toda a equipa perante aquela que é “a segunda distinção que o Dino Parque recebe em apenas quatro meses de 2024”, ainda para mais, porque este reconhecimento nos é atribuído há seis anos seguidos.

O diretor-geral do parque temático que é dedicado aos dinossauros congratula-se pelo facto deste prémio “traduzir diretamente a satisfação de quem visita o parque face à experiência proporcionada”, tendo o Dino Parque recebido já mais de um milhão e duzentos mil visitantes.

“Queremos agradecer aos mais de um milhão e duzentos mil visitantes que nos visitam para viver dias de aventura, de conhecimento e de imensa diversão em família. E sabemos que muitos regressam ano após ano, pois sabem que o Dino Parque tem na sua estratégia a continuidade na inovação e na apresentação de novidades”,  acrescenta o responsável.

Luís Rocha indica ainda que, nas próximas semanas, o parque vai ter grandes novidades para apresentar, ainda que, por enquanto, não seja possível desvendar mais pormenores.

Para já, a grande novidade é que o Dino Parque se tornou na casa de mais um animal pré-histórico, uma vez que, desde março, é possível também conhecer o o Helicoprion, uma intrigante espécie de tubarão que viveu durante o período Pérmico, há mais de 270 milhões de anos, e cujo principal traço distintivo é uma mandíbula que se assemelha a uma serra circular.

“Frequentemente descrito como um dos mais bizarros tubarões conhecidos, devido à peculiar forma do seu esqueleto, o Helicoprion e os seus parentes foram alguns dos maiores animais que jamais habitaram os oceanos, antes da era dos dinossauros, superando em tamanho o atual tubarão-branco. Este estranho e fantástico tubarão juntou-se agora à família do Dino Parque Lourinhã, onde será possível testemunhar ao vivo a sua impressionante envergadura, através de uma réplica exata, com sete metros de comprimento, 3,5 metros de largura e 3,3 metros de altura”, explica o Dino Parque.

O Dino Parque Lourinhã funciona diariamente entre as 10h00 e as 18h00, sendo a última entrada até às 16h30. Os bilhetes têm um custo de 14,50 euros para adultos, e de 10,50 euros para crianças. Mais informações aqui ou através do email [email protected] ou do número de telefone 261 243 160.

Recorde-se que o Dino Parque é a maior exposição temática ao ar livre da Europa, contando com 10 hectares e seis percursos diferentes, que permitem aos visitantes observar mais de 200 modelos de espécies de dinossauros e outros animais à escala real.

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Governo dos Açores reforça aposta no turismo de aventura

A secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas dos Açores, Berta Cabral, defendeu a necessidade de dar continuidade ao fomento do “turismo de aventura, para trazer mais turistas para a Região e tornar este importante setor económico ainda mais dinâmico, sempre com a premissa da sustentabilidade”.

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Berta Cabral, que falava na apresentação de mais uma edição do Ultra Blue Island 2024 by Azores Trail Run, evento promovido pelo Clube Independente Atletismo Ilha Azul, defendeu que o Azores Trail Run, fundado há dez anos, é mais um contributo para projetar os Açores como o melhor destino de aventura da Europa e do mundo.

“O turismo de natureza é a prioridade do Plano Estratégico e de Marketing do Turismo dos Açores e é um meio essencial, através dos nossos trilhos e das nossas rotas, para levar turistas a todo o território e potenciar a criação de pequenos negócios, com impacto direto na criação de emprego, de riqueza e de oportunidade para a fixação de pessoas”, acentuou a governante, conforme avança notícia publicada na página oficial do Governo Regional.

A secretária Regional fez notar que é fundamental trabalhar para incrementar de forma consistente a qualidade da experiência e do destino, uma vez que os Açores já se encontram num patamar em que o que é feito tem de ser bem feito e criar valor acrescentado.

 

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