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Roadshow das Viagens arranca na Figueira da Foz com mais de duas dezenas de expositores

São 23 os expositores confirmados no Roadshow das Viagens do Publituris, no evento que conta com mais de 500 inscrições.

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São 23 os expositores confirmados no Roadshow das Viagens do Publituris, no evento que conta com mais de 500 inscrições.

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Tem início esta terça-feira, 12 de outubro, o Roadshow das Viagens do Publituris, 6.ª edição que marca o encontro entre Agente de Viagens, Operadores Turísticos, Companhias Aéreas, GSA, Cruzeiros, Hotéis e Delegações Oficiais de Turismo para mostrarem a sua oferta numa iniciativa que potencia o conhecimento, o negócio e o networking.

O Roadshow das Viagens do Publituris mantém a aposta da realização em três cidades, com o arranque marcado para o Eurostars Oasis Plaza (Figueira da Foz) no dia 12 de outubro, seguindo-se Vila Nova de Gaia, no Holiday Inn Porto Gaia no dia 13 de outubro, terminando no Vila Galé Sintra, Resort Hotel, Conference & Spa, a 14 de outubro.

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São 23 os expositores que marcam presença nesta iniciativa do Publituris. Confirmados estão: Lufthansa, Latam Airlines, Air France-KLM, Transavia, Turkish Airlines, Abreu Online, ASL Partners, Avis, Avoris, Bedsonline, Consolidador, In Sure Brokers, Mapfre, Europcar, MSC, Melair Cruzeiros, Pine Cliffs Luxury Collection Resort Algarve, DIT Portugal, Pestana Hotel & Resorts, Unlock Boutique Hotels, Solução Perfeita e Hotel Roma Lisboa, além do patrocínio do Turismo do Centro (também expositor), a parceria da Iberobus e apoio da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT).

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Contando com habitual workshop, a 6.ª edição do Roadshow das Viagens do Publituris terá, também, um programa social, com jantares exclusivos e animação que promovem o networking entre os participantes.

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Análise

Redes sociais influenciam viagens dos portugueses, diz estudo da eDreams

Quase metade dos portugueses já viajou para um destino que não tinha considerado visitar graças à influência das redes sociais, revela um estudo da eDreams, predominante entre as faixas etárias mais jovens – a grande maioria dos inquiridos entre os 25-34 anos (56%), 18-24 anos e 35-44 anos (53% para ambos).

A agência de viagens online eDreams acaba de divulgar os resultados do mais recente estudo que encomendou a uma empresa independente de estudos de mercado, desta vez sobre o impacto das redes sociais na escolha dos destinos dos viajantes. Neste caso, a empresa apurou que praticamente metade (49%) dos portugueses já viajou para um sítio que antes não tinha considerado, graças à influência das redes sociais, sendo que, a grande maioria dos inquiridos entre os 25-34 anos (56%), 18-24 anos e 35-44 anos (53% para ambos) já passou por esta realidade.

Já em sentido contrário, a grande maioria dos inquiridos mais velhos nunca visitou destinos novos por ter sido motivado a isso pelas redes sociais (55-64 anos – 66% e 65 ou mais anos – 89%). Neste ponto, foi possível também perceber que as mulheres portuguesas foram ligeiramente mais influenciadas pelas redes sociais para escolher novos destinos (51% vs. 47% dos homens).

A análise conclui igualmente que os portugueses são bastante mais influenciados pelas redes sociais na escolha de novos destinos de viagem do que outros países – de facto, a média global na resposta a esta questão foi de apenas 37% (vs 49% entre os inquiridos nacionais).

A eDreams quis também perceber se os portugueses já tinham ficado desiludidos com um destino ao vivo, em relação ao que tinham visto anteriormente nas redes sociais, mas a maior parte (62%) dos viajantes diz não ter se ter sentido defraudado nesse sentido. Esta resposta está também em linha com a média global (66%) do estudo da empresa.

Finalmente, em relação à questão das razões que levam os viajantes a partilhar conteúdos de férias nas suas redes sociais, para a maioria dos inquiridos, a principal motivação é guardar memórias das suas experiências (53%), mas também porque querem levar os seguidores a descobrir novos lugares (13%). É de destacar também que 20% dos portugueses diz não fazer publicações sobre as suas férias, em especial os inquiridos com idade superior a 55 anos (40%).

No caso daqueles que publicam conteúdos sobre as suas férias, 29% indicaram que, mesmo que ficassem desiludidos com as suas férias, estariam algo propensos a publicar sobre elas. Aqueles que não publicariam conteúdos sobre as suas férias caso estas os desiludissem dizem que agiriam assim para não influenciar as outras pessoas a visitar locais que as vão desapontar (38%) ou porque desejam ser autênticos nas redes sociais (32%).

Estes dados resultam de um inquérito realizado a nove mil consumidores a nível mundial, levado a cabo pela empresa de investigação independente OnePoll para a eDreams ODIGEO. O inquérito foi realizado em sete países, incluindo Alemanha, Espanha, EUA, França, Itália, Portugal e Reino Unido. A amostra portuguesa foi composta por mil indivíduos, todos adultos que tenham ido de férias nos últimos cinco anos.

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Destinos

Atout France e Abreu Viagens lançam campanha digital para estimular reservas antecipadas

Segundo Emmanuel Marcinkowski, diretor Regional da Atout France para Espanha, Portugal, Itália, Brasil e México, esta campanha vai ser lançada em novembro e pretende que “os portugueses possam antecipar a marcação de viagens” a França.

Inês de Matos

A Atout France vai lançar, em parceria com a Abreu Viagens, uma campanha digital com o objetivo de estimular as reservas antecipadas para França, que deverá chegar ao mercado já em novembro, avançou ao Publituris Emmanuel Marcinkowski, diretor Regional da Atout France para Espanha, Portugal, Itália, Brasil e México.

“Para preparar o próximo ano, nomeadamente as épocas antes e após o verão, vamos lançar uma campanha digital para França que assenta numa parceria com a Abreu Viagens”, revelou o responsável, explicando que esta iniciativa pretende que “os portugueses possam antecipar a marcação da viagem”.

Emmanuel Marcinkowski explicou, durante uma entrevista ao Publituris que decorreu esta terça-feira, 1 de outubro, em Lisboa, que a campanha vai “ser lançada a partir de novembro e vai estar em vigor durante dois ou três meses”.

“Conversámos com a Abreu e percebemos que, desde a pandemia, as pessoas estão a comprar mais antecipadamente, seja para poupar algum dinheiro ou para garantir que têm lugar”, acrescentou o responsável da Atout France.

Além da nova campanha digital em parceria com a Abreu, a Atout France vai também reforçar a sua promoção em Portugal para o próximo ano, o que deverá passar pela realização de viagens de familiarização para a imprensa, entre outras iniciativas que permitam dar a conhecer França em Portugal.

“Além disso, o nosso foco vai estar na imprensa, vamos fazer ações para a imprensa portuguesa, queremos fazer uma conferência de imprensa em Lisboa e também no Porto. O Porto é uma cidade muito dinâmica e, por isso, em fevereiro vamos fazer um encontro com a imprensa nas duas cidades. Queremos também fazer mais viagens de imprensa para que possam sair artigos para o público”, explicou.

Apesar da cidade de Paris e da Disneyland continuarem a ser os destinos mais procurados pelos portugueses em França, Emmanuel Marcinkowski revelou que o país vai contar com novos motivos de interesse turístico em 2025, a exemplo do Ano Cézanne, que vai homenagear este conhecido pintor francês cuja casa foi recentemente renovada, mais também da reinauguração da Catedral de Notre Dame, que está prevista para o final de 2024.

“Claro que a Torre Eiffel e a Disneyland Paris são os destinos mais procurados mas o nosso objetivo é mostrar que França tem muita coisa para conhecer e para fazer, além de Paris”, referiu ainda o responsável.

Sobre o autorInês de Matos

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Eventos Publituris

Outubro começa com os Portugal Meeting Forums by Publituris

1 de outubro marca o arranque dos Portugal Meeting Forums by Publituris, evento de três dias dedicado ao segmento MICE e dirigido ao mercado internacional.

Publituris

Nos dias 1, 2 e 3 de outubro de 2024, o jornal Publituris vai organizar o seu evento MICE dirigido ao mercado internacional – “Portugal Meeting Forums by Publituris”.

A 8.ª edição deste evento, que conta com o apoio do Turismo de Portugal, TAP Air Portugal, Vila Galé Hotéis, MiceBuzz e YVU, conta com 26 buyers internacionais confirmados.

O objetivo é mostrar, divulgar, promover e sublinhar Portugal como destino fundamental na organização de eventos MICE, com foco exclusivo no mercado português, na sua diferenciação, oferta e mais-valia.

O evento arranca no dia 1 de outubro, com a chegada dos buyers internacionais, seguido de um Cocktail Dinatoire no Vila Galé Collection Palácio dos Arcos.

O segundo dia, 2 de outubro, será dedicado, em exclusivo, a reuniões, a realizar no Vila Galé Collection Palácio dos Arcos, com um working lunch. À noite, o jantar será no Forte da Crismina, implantado na orla costeira Guincho-Cascais, a sul da Praia do Guincho e junto à Praia da Água Doce

O último dia, 3 de outubro, suppliers & buyers terão oportunidade de conhecer Lisboa a partir do rio Tejo, com uma viagem de barco que os levará de Oeiras até Alcântara.

Entre os buyers internacionais estão confirmados:
Crédit Agricole Bank (França)
Alaman Consulting GmbH (Áustria)
Toy Family Treasures LLC (Alemanha)
Meeting_Concept (Alemanha)
Travel.com & HelmsBriscoe (Alemanha)
Sylla Events (Alemanha)
GI – Travel – Xcentive (Países Baixos)
Your Travel Business (Países Baixos)
J&Ti Events (Itália)
Terramundus BV (Países Baixos)
3Events (Bélgica)
Win Events (Reino Unido)
Tui Centrum Podrozy Lodz Poland & Unitour Lodz (Polónia)
Ayeyu Hola Afrika (Espanha)
Voka (Bélgica)
mach 2 Sports Tours Entertainment GmbH (Alemanha)
Pipeline (EUA)
Agaxtur (Brasil)
Eu Venue Finders (Luxemburgo)
AE nv (Bélgica)
MDG Events (França)
EF (França)
Eurazeo (França)
Ipsos (França)
Slupsky Event Management (Países Baixos)
Copastur (Brasil)

Do lado dos suppliers nacionais, estão confirmadas as presenças de:
Açoreana DMC
Açorsonho Hoteis
Amazing Evolution
Bensaude Hotels Collection
Boeira Garden Hotel Porto Gaia, Curio Collection by Hilton
Bomporto Hotels
BrightSite DMC
Discovery Hotel Management
DoubleTree by Hilton Lagoa Azores
DP Tours Plus
Fitapreta Vinhos
GR8 Events & DMC
Hard Rock Cafe Lisboa
Highgate Portugal
In Azores DMC
MEO Arena Congress Centre
Parques de Sintra
Pestana Hotel Group
Portugal Green Travel – DMC
Quinta de S. Sebastião
Real Hotels Group
Sana Hotels
Savoy Signature
Sport Lisboa e Benfica
TAP Air Portugal
Tazte, Catering Venues & Events
Transalpino Viagens & Turismo
Turismo de Portugal
Vila Galé Hotéis
WOW

Para saber mais sobre os “Portugal Meeting Forums by Publituris” 2024 visite o site em: https://meetingforums.publituris.pt/2024/

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Destinos

Agosto histórico impulsiona turismo para mais de 21 milhões de hóspedes e 55 milhões de dormidas nos primeiros oito meses de 2024

Depois de um ligeiro abrandamento registado no mês de julho, agosto volta a colocar o setor do turismo em alta, com os dados do INE a mostrarem um oitavo mês histórico. No acumulado dos oito meses, Portugal já regista mais de 21 milhões de hóspedes e ultrapassou a fasquia dos 55 milhões de dormidas.

Victor Jorge

O setor do alojamento turístico registou 3,8 milhões de hóspedes e 10,5 milhões de dormidas em agosto de 2024, correspondendo a subidas de 5,9% e 3,8% face a igual mês de 2023, respetivamente, depois de, em julho, se ter registado crescimento de 1,7% e 2,6%, pela mesma ordem, avançam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados no último dia de setembro.

Depois de terem registado um decréscimo em julho, as dormidas de residentes aumentaram 4,6% (-2,2% em julho), crescimento superior ao registado pelos não residentes, que subiu 3,4% (+4,9% em julho), mas que revela um abrandamento pelo 3.º mês consecutivo. Assim, as dormidas de residentes totalizaram 3,6 milhões (contra as 2,7 milhões de julho) e as de não residentes totalizaram 6,9 milhões (6,3 milhões do sétimo mês de 2024).

10 principais mercados valem mais de 80%
No que diz respeito aos 10 principais mercados emissores, em agosto, estes representaram 80,2% do total de dormidas de não residentes neste mês, com o mercado britânico (17,1% do total das dormidas de não residentes) a manter-se com o maior peso e a registar um aumento de 1,3% face ao mês homólogo para 1,178 milhões.

As dormidas do mercado espanhol, o segundo principal mercado emissor em agosto (16,3% do total), cresceram 4,6% para 1,123 milhões, seguindo-se o mercado francês, na 3.ª posição (quota de 11,3%), que decresceu 2,9% para 776 mil. A Alemanha assumiu-se neste mês como o 4.º principal mercado (peso de 9,2%), com um aumento de 4,8% para 631 mil.

No grupo dos 10 principais mercados emissores em agosto, face a igual mês de 2023, os mercados que mais cresceram foram o canadiano (+11,2%), para 165 mil, e o norte americano (+8,4%), para 495 mil. Contudo, ambos estes mercados registam um decréscimo face ao mês anterior de julho e junho de 2024.

Destaque ainda para os decréscimos registados pelos mercados brasileiro (-5,9%), que totalizou 187 mil dormidas, e italiano (-0,8%), cujas dormidas ascenderam a 374 mil.

Madeira é a única que não cresce em agosto
Relativamente às dormidas em agosto, todas as regiões registaram crescimentos nas dormidas, com exceção da Madeira (-0,3%). Os maiores aumentos observaram-se na Península de Setúbal (+8,1%) e nos Açores (+7,5%), sendo mais modestos no Algarve (+1,1%) e no Oeste e Vale do Tejo (+1,6%).

As dormidas de residentes aumentaram em todas as regiões, exceto nas Regiões Autónomas da Madeira (-14,9%) e dos Açores (-1,5%), enquanto os aumentos mais expressivos foram registados na Península de Setúbal (+10,7%) e no Alentejo (+10,3%).

As dormidas de não residentes registaram os crescimentos mais expressivos nos Açores (+10,5%) e no Norte (+9,2%). Em sentido contrário, registaram-se decréscimos no Oeste e Vale do Tejo (-3,1%), no Alentejo (-0,5%) e no Algarve (-0,2%).

Quanto à estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,80 noites), em agosto, os números do INE indicam uma diminuição de 2% (+0,9% em julho). Este indicador apenas registou aumentos no Alentejo (+2,3%), no Oeste e Vale do Tejo (+0,7%) e na Península de Setúbal (+0,3%), tendo-se verificado os maiores decréscimos na Madeira (-3,9%), na Grande Lisboa (-2,7%) e no Algarve (-2,5%).

Os valores mais elevados deste indicador continuaram a observar-se na Madeira (4,85 noites) e no Algarve (4,31 noites), tendo as estadias mais curtas ocorrido no Centro (1,99 noites), no Oeste e Vale do Tejo (2,05 noites) e no Norte (2,09 noites).

Neste domínio, a estada média dos residentes (2,45 noites) diminuiu 2,1% e a dos não residentes (3,03 noites) decresceu 1,8%, em agosto.

A estada média dos não residentes foi mais longa do que a dos residentes em todas as regiões, com exceção do Alentejo. A Madeira registou as estadas médias mais prolongadas por parte dos não residentes (5,14 noites), enquanto o Algarve registou as estadias mais longas por parte dos residentes (4,21 noites).

Finalmente, a taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (67,9%) aumentou em agosto (+0,6 p.p., após -0,2 p.p. em julho). O mesmo sucedeu com a taxa líquida de ocupação-quarto (74,3%), que registou um aumento idêntico, +0,6 p.p. (-0,2 p.p. em julho).

Assim, as taxas de ocupação-cama diminuíram no Oeste e Vale do Tejo (-0,7 p.p.) e nos Açores (-0,6 p.p.). Os crescimentos de maior magnitude registaram-se na Península de Setúbal (+2,8 p.p.) e no Alentejo (+2,2 p.p.).

As taxas de ocupação-cama mais elevadas registaram-se no Algarve (76,0%), seguido da Madeira (75,6%) e da Península de Setúbal (72,1%), enquanto as mais baixas ocorreram no Centro (54,5%), no Oeste e Vale do Tejo (55,5%) e no Alentejo (59,1%).

Oito meses históricos
De acordo com os dados do INE, Portugal registou, no acumulado do ano 2024 – janeiro a agosto – um total 21,3 milhões de hóspedes, correspondendo a uma subida de 5,1% face a igual período de 2023.

Destes, 8,2 milhões de hóspedes foram residentes em Portugal, o que compara com os 8 milhões de igual período de 2023, o que perfaz uma subida de 2,6%. Já a subida dos não residentes foi maior (+6,7%), perfazendo um total de 13,1 milhões de hóspedes contra os 12,3 milhões de período homólogo de 2023.

Neste capítulo, os dados do INE mostram subidas em todas as regiões nos primeiros oito meses de 2024. As maiores subidas foram registadas no Península de Setúbal (+7,4% para 516 mil), Açores (+7,3% para 697 mil), Oeste e Vale do Tejo (+7,2% para 1,3 milhões), Norte (+6,9% para 4,9 milhões), Centro (5,9% para 2 milhões) e Grande Lisboa e Alentejo, ambas com +5,3% (5,7 milhões e 1,1 milhões, respetivamente). Com subidas menores aparecem Algarve (+2,4% para 3,7 milhões) e Madeira (+0,9% para 1,4 milhões).

No que diz respeito às dormidas, no acumulado dos oito meses de 2024, estas registaram uma subida total de 4,1% face a igual período de 2023, ultrapassando as 55,1 milhões.

Deste total de dormidas nos oito meses de 2024, mais de 38,6 milhões foram de não residentes, correspondendo a uma subida de 5,2% face aos mesmos meses do ano anterior. Também aqui a subida dos residentes foi mais modesta, ficando pelo 1,5%, o que faz com que as dormidas dos portugueses totalizassem quase 16,5 milhões.

Também neste campo, todas as regiões de Portugal registaram uma subida nas dormidas. A maior foi registada nos Açores (+8,5% para 2,1 milhões), seguindo-se o Oeste e Vale do Tejo (+6,9% para 2,4 milhões), Península de Setúbal (+6,3% para 1,1 milhões), Norte (+6,2% para 9,5 milhões) e Alentejo (+2,3 milhões). Com subidas, mas mais modestas aparecem o Centro (+4,7% para 3,5 milhões), Grande Lisboa (+4,2% para 13,1 milhões), Madeira (+2,2% para 6,4 milhões) e, finalmente, o Algarve (+2,1% para 14,8 milhões).

Fazendo contas e somando somente o mesmo número de hóspedes e dormidas dos quatro meses de 2023 (sem qualquer variação percentual) em cima do que o turismo português já registou nestes oito meses, Portugal atingirá mais de 31 milhões de hóspedes e supera as 79 milhões de dormidas.

Sobre o autorVictor Jorge

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Turismo

Estratégia Turismo 2035: 1ª sessão do Ciclo de Conferências tem lugar em Lisboa dia 3 de outubro

A 1.ª sessão do ciclo de conferências subordinada ao tema “Construir o turismo do futuro”, que passará por todas as regiões turísticas do país, no âmbito de construção da Estratégia de Turismo em Portugal 2035, tem lugar em Lisboa, no próximo dia 3 de outubro, a partir das 16 horas, Museu do Design (MUDE) e está organizada em vários painéis.

O processo de construção da Estratégia de Turismo 2035, que está a ser desenvolvida em conjunto com todos os parceiros públicos e privados do ecossistema turístico e, também, pela sua transversalidade temática e geográfica, com os parceiros que com o turismo se cruzam nas várias regiões, compreende um ciclo de conferências que passará por todas as regiões turísticas do país.

A 1.ª sessão deste ciclo de conferências tem lugar em Lisboa, na quinta-feira, dia 3 de outubro, no Museu do Design, às 16 horas.

O painel de abertura conta com a participação de Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal, Nuno Bento, Vogal Executivo do Programa Regional de Lisboa, Carla Salsinha, presidente da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa e Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo.

Caberá a Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal fazer uma apresentação sobre os desafios que se colocam ao setor no âmbito da Estratégia Turismo 2035, seguida de um painel de discussão subordinado ao tema “Como responder aos desafios do turismo?”  que ​conta com a participação de Miguel de Castro Neto, diretor da Nova IMS, Gonçalo Rebelo de Almeida, CEO Rebelo de Almeida Consulting, Hélia Gonçalves Pereira, Reitora da Universidade Europeia, Thierry Ligonnière, CEO da ANA Aeroportos de Portugal e Bárbara Coutinho, diretora do MUDE – Museu do Design.

A sessão termina com uma discussão pública aberta a todos e é encerrada pelo ministro da Economia, Pedro Reis.

A Estratégia Turismo 2035, sucedendo à Estratégia Turismo 2027, que está agora em construção, pretende constituir-se como um novo referencial estratégico para o turismo em Portugal, permitindo enfrentar os novos desafios que se colocam ao país, à Europa e ao mundo, conforme refere o Turismo de Portugal no seu site oficial.

“Se o turismo pode ser uma força para o bem, há que transformar este setor essencial da economia num pilar cada vez mais importante para o desenvolvimento sustentável e equilibrado do país. Além disso, num enquadramento em que há escassez de recursos humanos, tecnologias disruptivas e a premência da sustentabilidade em todas as suas facetas, há que não esquecer as tendências que já se identificam e que é necessário acompanhar, sem perder o foco e a autenticidade do destino”, diz o Turismo de Portugal, que anuncia este ciclo de conferências, para observar que este grande desafio conta com a participação de todos, sejam do setor do turismo, sejam aqueles que com ele cooperam e convivem.

Eis o calendário das sessões do ciclo de conferências da Estratégia Turismo 2035, abertas a todos, mas mediante inscrição:

– ​Lisboa​​​​ – ​03-10-2024 – ​Auditório do Museu do Design

– ​Porto e Norte – ​07-10-2024 – ​Alfândega do Porto

​- ​Centro – ​10-10-2024 – ​Centro de Congressos de Aveiro

​- ​Alentejo ​- 14-10-2024 – ​Évora Hotel

​- ​Açores – ​21-1​0-2024 – ​Laboratório Regional de Engenharia Civil dos Açores em Ponta Delgada

​- Madeira – ​28-10-2024 – ​Auditório do Museu da Eletricidade (Casa da Luz​) no Funchal

​- ​Algarve – ​11-11-2024 – ​Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve em Faro

​        ​

Sobre o autorCarolina Morgado

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Turismo

“O que seriam os dados oficiais da economia do país se não fosse o contributo do Turismo?”, pergunta presidente da CTP

No final da VII Cimeira do Turismo Português, Francisco Calheiros, presidente da CTP, deixou alguns “recados” ao primeiro-ministro, Luís Montenegro. A necessidade de uma reforma do Estado, redução da carga fiscal, um PRR executado dentro dos prazos previstos, uma solução intermédia para o aeroporto, aposta na ferrovia, e uma grande capacidade negocial para vender a TAP, foram algumas das chamadas de atenção.

Victor Jorge

No discurso de encerramento da VII Cimeira do Turismo Português, organizada pela Confederação do Turismo de Portugal (CTP), Francisco Calheiros, presidente da entidade começou por frisar que “o país precisa do Turismo”.

Considerando que a atividade do turismo tem sido “o motor da economia portuguesa na última década”, destacando que foi este o setor que permitiu “minimizar a crise financeira e económica e virar a tal página da austeridade, depois da intervenção da troika”, o presidente da CTP, que dirigiu o seu discurso ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, que chegara de uma reunião com o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, em que foi negociado o Orçamento de Estado para 2025, referiu ainda que o turismo “foi um grande apoio da nossa economia para a recuperação a seguir ao recente período da pandemia de Covid-19”.

Frisando que o contributo do turismo tem um peso no PIB próximo dos 15%, “mais do que a média europeia”, Francisco Calheiros espera que os dados oficias do mês de agosto possam confirmar o crescimento registado em julho nas dormidas (+4%) e nas receitas (+11,6%), indicando, igualmente, que os dados que a CTP possui apontam para um crescimento das dormidas na ordem dos 3%, “sendo que as receitas terão um aumento maior”, admitiu Calheiros.

Assinalando ainda que, no primeiro semestre de 2024, Portugal “foi dos países que menos crescem na zona euro”, de acordo com dados do Eurostat, o presidente da CTP convidou os presentes a responder à seguinte: “o que seriam os dados oficiais da economia do País se não fosse o contributo do Turismo?”.

Reforçando a ideia que tem vinculado há algum tempo de que “não há Turismo a mais! Há sim economia a menos e uma gestão pouco eficiente do território”, Francisco Calheiros não ignorou o facto do crescimento do Turismo deixar pegada, daí salientar que, por isso, “deve haver uma melhor estratégia da gestão dos fluxos turísticos”, de modo a que “não se faça do turismo um problema da dimensão que alguns lhe querem dar”.

Outro tema que Francisco Calheiros trouxe para o palco foi, no seu entender, “o erro” que se está a cometer ao “tentar resolver-se o tema da pressão turística aplicando uma taxa que não é a solução”. Em vez dessas taxas, a CTP defende uma solução “muito mais justa e que passa por ser aplicado na prática o chamado ‘IVA Turístico’, que está regulamentado por uma portaria, mas que não está em vigor”, considerando esta solução direta, justa e que faz todo o sentido”.

Aeroporto decidido! E a ferrovia, para quando?
A questão do aeroporto não poderia, naturalmente, faltar no encerramento da Cimeira da CTP, não por inexistência de uma decisão relativamente a esta infraestrutura, mas por não existir uma solução intermédia até à conclusão do novo aeroporto.

“Decidida a localização, que se construa e sem atrasos”, salientou Francisco Calheiros, não sem indicar que a solução intermédia a ser considerada ser “sem dúvida o Montijo”. Até porque, segundo o presidente da CTP, depois de decida a localização para o novo aeroporto, “este voltou a sair da agenda e sinceramente preocupa-me o silêncio que já vai longo desde que foi decidida a sua localização”.

Além do novo aeroporto, Francisco Calheiros avançou ainda com uma solução estratégica, também de grande importância para o país, referindo-se à ferrovia. “Seria tão importante termos, o quanto antes, a ligação Lisboa-Madrid e Porto-Madrid em TGV”, indicando que, com a existência de uma alta velocidade, por exemplo, Porto-Madrid, “estarmos a falar em mais de 40 voos diários que não serão necessários realizar e isso dá uma maior capacidade aeroportuária, enquanto o novo aeroporto não existe”.

Dirigindo-se diretamente ao primeiro-ministro, Francisco Calheiros salientou que “o que os empresários menos querem é novas eleições, instabilidade política ou um país a viver de duodécimos”, indicando o presidente da CTP que “estrategicamente há muito mais por fazer no país”. Assim, segundo Francisco Calheiros, “Portugal precisa de uma reforma do Estado que prepare o País para conseguir crescer estrategicamente, sem empecilhos burocráticos e sem uma carga fiscal insuportável, é imperativa a redução dos custos sobre os rendimentos do trabalho, nomeadamente da TSU e do IRS, assim como uma redução do IRC, e que o PRR seja executado dentro dos prazos previstos”.

Contudo, a chamada de atenção do presidente da CTP foi mais longe e abrangeu, como disse, “três temas estruturais” que têm de ser resolvidos com urgência: habitação, o problema demográfico e a necessidade de diminuir a despesa pública.

As 3 condições para venda da TAP
Finalmente, no que diz respeito à TAP, “uma empresa estratégica para o país e para o turismo”, o presidente da CTP admitiu que terá de haver “uma grande capacidade negocial para vender a TAP ao preço justo, não podendo haver hesitações ou recuos”.

Considerando que a solução para a TAP “não se pode arrastar no tempo e tem de ser eficaz”, Francisco Calheiros deixou três condições essenciais de que os empresários do Turismo na abdicamos: “quem vier a ficar com a TAP tem de garantir o hub, os empregos e as ligações aéreas à diáspora e às ilhas”.

Até porque, com uma TAP “bem gerida” e garantindo estas três condições essenciais, com um novo aeroporto a funcionar em pleno, com uma ferrovia mais moderna e a ligar todo o país, com o problema da mão de obra resolvido e com melhores condições estruturais e financeiras para o funcionamento das empresas, “continuaremos a ter o turismo a crescer de forma sustentável nas próximas décadas, criando emprego, desenvolvendo as várias regiões do país, contribuindo para a inovação e a formação e, assim, continuando a ser o motor que tanto o país precisa”, disse o presidente da CTP.

Recordando a Luís Montenegro que “o sucesso de um Governo não está no que promete, mas naquilo que realiza”, o presidente da CTP concluiu: “não nos desiluda, que o Turismo também não o irá desiludir”.

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Turismo

Governo pronto para “assumir rédeas da TAP”, admite Luís Montenegro

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, admitiu, no final da VII Cimeira do Turismo Português, organizada pela Confederação do Turismo de Portugal, que não vai abdicar do hub e das rotas estratégicas da TAP no processo de venda da companhia área. Se tal não ficar assegurado, “tomaremos as rédeas da operação”, garantiu.

Victor Jorge

Chegado a Mafra, depois de uma reunião com o secretário-geral do Partido Socialista (PS, Pedro Nuno Santos), em que o tema foi uma “possível” negociação para o Orçamento de Estado para 2025, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, admitiu dificuldades nessas mesmas negociações, até porque as propostas do líder da oposição foram “radicais e inflexíveis”, garantido, contudo, que vai tentar um “esforço de aproximação”, com a entrega de uma contra-proposta a entregar durante a próxima semana.

Luís Montenegro afirmou que o Governo vai “tentar aproveitar parte daquilo que é proposto, com a legitimidade democrática que o Partido Socialista também tem”, salientando, no entanto, que “não abdicamos da política económica” e que não substituirá o programa do Governo pelo do maior partido da oposição, até porque, “em democracia quem governa é o Governo e há uma contradição quando quem quer governar é a oposição”.

Na questão fiscal, e no que toca à descida do IRC e IRS e a execução do PRR considerado como “instrumentos de política económica fundamentais” para o país “ser mais competitivo”, Luís Montenegro quis deixar bem claro que “não penso no IRC para ter receita, eu penso no IRC para que as empresas criem riqueza para pagar melhores salários e para poderem ter mais disponibilidade para investir”. Por isso, é preciso “desagravar o esforço fiscal das empresas” para haver “mais investimento” e “para sermos mais competitivos”.

Ainda no plano económico, Luís Montenegro mencionou os vários apoios do Governo para “sustentar o crescimento” e para “ir mais longe nas infraestruturas”.

“Temos apoiado medidas de capitalização das empresas, apoios ao investimento, apoios à aquisição de equipamentos, apoios à requalificação do património, apoios à dinamização das escolas de hotelaria e à valorização da formação profissional enquanto elemento fundamental de competitividade”, sublinhou.

Para o primeiro-ministro, o Governo não substituiu as empresas, apenas deve “facilitar a vida às empresas” e impulsionar cada empreendedor, dando apoio no âmbito “das infraestruturas, dos equipamentos, das políticas fiscais, das políticas de licenciamento” e das “políticas laborais”.

“A nossa obrigação é não criar entraves, é criar um ecossistema onde tudo isto possa convergir para a valorização das nossas empresas, de todas as áreas, incluindo o alojamento local”, reiterou Luís Montenegro.

TAP poderá ficar a ser gerida pelo Estado
Com o processo de privatização da TAP ainda não iniciado, mas com interessados já no terreno (Air France-KLM, IAG e Lufthansa), Luís Montenegro deixou uma certeza aos profissionais do turismo: “jamais abdicaremos do hub de Lisboa e das rotas da TAP que são estratégias”.

Considerando que, para além da diáspora, “há geografias que são cruciais para o futuro do país e do turismo, e se não tivermos garantias de salvaguarda dessas rotas tomaremos as rédeas de gerir essa operação”, Luís Montenegro deixou claro que essa “é uma linha que não vamos permitir que seja ultrapassada”.

Luís Montenegro aproveitou a ocasião para aludir aos muitos elogios que recebeu, durante a sua recente visita a Nova Iorque (EUA), para a Assembleia Geral das Nações Unidas, de “empresários” e “visitantes” que ficaram “encantados” com Portugal, destacando o valor da “marca Portugal” e o “destino Portugal” para os “cidadãos norte-americanos, portugueses emigrados e lusodescendentes”, referindo ainda que considera isso um “duplo sinal de esperança”.

Por um lado, no “crescimento do turismo em Portugal”, mas também no país como um “exemplo de excelência nas áreas da economia, da ciência do conhecimento, da inovação e da investigação”.

Ao setor do turismo deixou elogios, sublinhando a “capacidade que os empresários do turismo tiverem para vender a marca Portugal não só e apenas como um ponto de passagem, mas como um ponto de destino para uma oferta de turista turística diversificada, que não assenta só no sol e na praia, mas aproveita todo o potencial do território, todo o potencial do património”.

O primeiro-ministro também não deixou de recordar os presentes que foi com este Governo que, finalmente, se decidiu a localização para o novo aeroporto, denominado por Aeroporto Luís Camões, “Cumprimos, essa discussão acabou”, disse Luís Montenegro, salientando que “agora trata-se de executar a obra dentro do calendário previsto”, adiantando ainda a aposta simultânea a fazer na ferrovia, nomeadamente, nas ligações Lisboa-Porto-Vigo e Lisboa-Madrid”. T

Por tudo isto, o primeiro-ministro considera o turismo “uma porta ou vitrine da capacidade do país se afirmar no contexto de outras áreas de atividade”. concluindo a intervenção com a garantia de que “o primeiro-ministro é um amigo do turismo português”.

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“Não utilizamos mais SAF porque não existe e é caro”, diz Luís Rodrigues

No painel dedicado à mobilidade, no âmbito da VII Cimeira do Turismo da Confederação do Turismo de Portugal, o CEO da TAP, Luís Rodrigues, admitiu que a transição para combustíveis alternativos no setor da aviação é uma “transição longa”. Quanto à privatização da TAP é algo que “não me tira o sono”, afirmou o CEO da companhia aérea.

Victor Jorge

Com o setor da aviação a ser pressionado para a utilização de combustíveis alternativos, nomeadamente, para o combustível sustentáveis para a aviação (SAF), Luís Rodrigues, CEO da TAP, referiu, no decorrer do painel “Desafios da aviação e da ferrovia na próxima década”, no âmbito da VII Cimeira do Turismo da Confederação do Turismo de Portugal, que “o problema reside na disponibilização de SAF. Não utilizamos mais SAF porque não existe e é caro”, afirmou Luís Rodrigues, levantando, igualmente, a questão da “penalização das companhias aéreas” por causa dessa não utilização de SAF.

Admitindo que se trata de uma “transição longa e com investimentos avultados”, o CEO da TAP revelou que o facto da Arábia Saudita manter os preços baixos do petróleo faz com que “os investimentos em SAF sejam mais demorados”.

No mesmo painel, José Luís Arnaut, presidente do Conselho de Administração da ANA, fez referências aos 6% que as companhias aéreas terão de utilizar, em 2030, e mais importante, aos 70% que terão de usar em 2050.

“Ora, esse combustível não existe”, corroborando as palavras de Luís Rodrigues ao frisar que, “quando existe é muito caro. Não se pode exigir às companhias aéreas que utilizem combustíveis limpos quando eles não existem e custam o triplo”, frisou Arnaut.

Fernando Nunes da Silva, presidente da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento dos Sistemas Integrados de Transportes, deixou, por seu lado, a certeza de que “o transporte ferroviário já está a ser uma alternatiao à aviação, não em Portugal, mas na Europa Central”, considerando, contudo, que o caso francês “possa ter sido radical demais”.

“Em distâncias de 350 a 500 quilómetros, a ferrovia é altamente competitiva”, levantando, no entanto, os problemas da “interoperabilidade e da bitola”, por exemplo, como entrave ao desenvolvimento da ferrovia. Critico quanto à localização do novo aeroporto e à falta de compatibilidade com as linhas ferroviárias definidas, Nunes da Silva considerou que “estamos a falar da substituição de inúmeros voos entre Lisboa e Porto e até mesmo Madrid”, mas que é “marginal estarmos a falar da substituição da aviação pela ferrovia”.

Neste ponto, Luís Rodrigues foi claro e apontou um dos aspetos fundamentais: “precisamos de libertar rotas curtas para investir em rotas de longo curso, mais rentáveis e a ferrovia consegue proporcionais este cenário”, admitindo mesmo que, com o desenvolvimento da ferrovia, “conseguiremos chegar a outros destinos que agora não temos”.

Já a privatização da companhia aérea “não tira o sono” ao CEO da TAP, admitindo que “temos de estar preparados para viver com ou sem privatização, porque ela pode não acontecer por diversas razões”, já que “o mercado pode mudar radicalmente amanhã e não haver mais condições para a fazê-la”. Por isso, admitiu, “a TAP tem de se aguentar”, deixando para o Governo a responsabilidade deste processo.

Neste capítulo, José Luís Arnaut concluiu que “não há sistema de aviação em Portugal da forma como está pensado sem a TAP”, indicando, ainda, que relativamente ao novo aeroporto e mesmo às obras na Portela, os prazos estão a ser cumpridos “escrupulosamente e a tempo”.

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“Gostaríamos muito que este Orçamento pudesse ser aprovado e voltássemos à normalidade”, diz presidente da CTP

“Para o turismo, é fundamental a estabilidade”. Foi desta forma que Francisco Calheiros, presidente da CTP, se referiu ao atual processo de negociação do Orçamento de Estado para 2025. Na VII Cimeira do Turismo Português, o presidente da CTP frisou, igualmente, que que “existem uma série de problemas que nós privados não podemos resolver”.

Victor Jorge

No início da VII Cimeira do Turismo Português, organizada pela Confederação do Turismo de Portugal (CTP), no âmbito das comemorações do Dia Mundial do Turismo, Francisco Calheiros, presidente da CTP, salientou que a “instabilidade política é a não aprovação do Orçamento e eleições antecipadas”.

“Para o turismo, é fundamental a estabilidade”, afirmou o presidente da CTP, adiantando ainda que “é preciso sensibilizar o Governo do que temos feito nos últimos e que sabe bem que existem uma série de problemas que nós privados não podemos resolver”.

“E se bem o aeroporto é um deles, é Alcochete”, Francisco Calheiros frisou o tempo que a nova infraestrutura levará a construir e, por isso, “é importante haver uma alternativa”, lançando, novamente, Montijo.

Tal como já tinha avançado ao Publituris, em entrevista, “temos de pensar que o último grande aeroporto a ser construído na Europa (Berlim) demorou 16 anos a construir”. “Estou a pensar nos voos da Korean Air”, operação que se iniciou recentemente, salientando Francisco Calheiros que se trata de um tipo de turista “muitíssimo interessante, nomeadamente na vertente da fé. Mas sem voos diretos e sem capacidade aeroportuária tal não acontecerá”.

Já quanto à TAP, Francisco Calheiros voltou a clarificar a posição da CTP: “todas as companhias aéreas estão inseridas numa grande plataforma, a espanhola, a francesa, a inglesa, portanto a TAP também terá de ser inserida numa grande plataforma, e é isso por isso que lutaremos”.

Dito isto, o presidente da CTP destacou “algumas cautelas” a ter no processo, nomeadamente, com a “manutenção o hub em Lisboa que tem sido determinante, por exemplo, para que o turista americano que, neste momento, é um dos principais turistas a dormir nos nossos hotéis de 4 e 5 estrelas”.

Relativamente ao tema do turismo massivo, Francisco Calheiros, voltou a destacar o facto de um turismo ser “vital para a economia portuguesa. Há três anos diziam que não havia turismo, que temos de fazer pelo turismo. Fizemos tudo para que o turismo renascesse. Agora há turismo a mais. É muito difícil seguir nessas condições”.

Por isso, Francisco Calheiros afirmou que “não há turismo a mais, o que há é economia a menos. E não há turismo a mais, mas sim uma gestão de território a menos. Dizer que qualquer atividade económica não tem pegada, claro que tem, e o turismo também. Dizer que há três, quatro ou cinco freguesias com turistas a mais, também é verdade. Mas Portugal possui três mil freguesias”.

Finalmente, quanto à aprovação do Governo para a recolha de dados biométricos para cidadãos que chegam fora do espaço Schengen, o presidente da CTP receia que esta situação “possa ter algum impacto à chegada dos aeroportos”, falando, novamente, dos turistas norte-americanos que, “depois de termos feito um esforço para atrair este turista, não é simpático que estes demorem demasiado tempo no controlo no aeroporto”.

“Todas essas questões são fundamentais para nós e não podemos nunca esquecer que não há uma segunda oportunidade de criar uma primeira boa impressão”, concluiu o presidente da CTP.

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“Portugal não verifica qualquer impacto negativo devido ao emprego imigrante”, diz Mário Centeno

Na abertura da VII Cimeira do Turismo Português, organizada pela Confederação do Turismo de Portugal (CTP), no âmbito das comemorações do Dia Mundial do Turismo, Mário Centeno, governador do Banco de Portugal (BdP), salientou o “contributo determinante da imigração” no setor do turismo. Segundo o governador do BdP, o turismo “é muito importante para o país e respetiva economia, mas dá muito trabalho”.

Victor Jorge

Na VII Cimeira do Turismo Português, organizada pela Confederação do Turismo de Portugal (CTP), no âmbito das comemorações do Dia Mundial do Turismo, Mário Centeno, governador do Banco de Portugal (BdP), começou por referir que o turismo “é muito importante para o país e respetiva economia, mas dá muito trabalho”.

Focando a primeira parte da intervenção na importância das qualificações, Mário Centeno salientou o “contributo determinante da imigração”, dando nota que o emprego “nunca cresceu desta forma e com aumentos salariais” e, por isso, “não se verifica qualquer impacto negativo devido ao emprego imigrante”.

Relativamente às qualificações, segundo os dados avançados pelo governador do Banco de Portugal, em 2025, somente 12% da população tinha ensino superior e 23% possui ensino secundário. Em 2023, esses números aumentaram para 30% e 41%, respetivamente, admitindo Mário Centeno que “não podemos abrandar este processo de qualificação das pessoas.

Quanto aos números do turismo, Mário Centeno afirmou que “Portugal está longe de ser um país em que tudo seja turismo”, indicando mesmo que “nos últimos anos “verifica-se uma quebra nos números do peso do turismo”.

Já no que diz às remunerações no setor do alojamento e restauração, os mais recentes números do BdP indicam que o salário médio, em 2024, está os 1.021 euros, significando isto, mais 46% que em 2015, quando na economia global se situa nos 1.394 euros.

 

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