Setores ligados ao turismo mantêm-se entre os que menos empresas criaram no 3.º trimestre
Transportes terrestres, Serviços turísticos, assim como a restauração e alojamento de curta duração, foram os subsetores que mais contribuíram para a descida na constituição de novas empresas.
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Os setores económicos ligados ao turismo mantiveram-se, no terceiro trimestre do ano, entre os que menos empresas criaram e mais contribuíram para a descida na constituição de novas empresas, de acordo com o mais recente Barómetro da consultora Informa D&B, divulgado esta quinta-feira, 7 de outubro.
“Alguns subsetores mostram uma dinâmica ainda muito aquém de 2019. O subsetor dos Transportes Terrestres é o que mais contribui para a descida na constituição de novas empresas, com menos 1942 novas empresas do que em 2019”, aponta o Barómetro Informa D&B.
Além dos Transportes Terrestres, também o subsetor dos Serviços Turísticos foi um dos que se destacaram pela negativa, com menos 349 empresas criadas face a 2019, enquanto no Alojamento e restauração, os subsetores da Restauração e do Alojamento de curta duração contribuíram em conjunto para uma redução de mais de 800 novas empresas.
No total, foram criadas, em Portugal, 30 823 novas empresas até ao final do terceiro trimestre do ano, o que traduz um crescimento de 9,1% face a 2020, mas continua a traduzir uma quebra expressiva face a 2019, o último ano antes do início da pandemia, já que o valor fica 18,9% abaixo dos números pré-COVID-19.
“A forma muito desigual como a pandemia e as medidas desenvolvidas para a combater afetaram os diversos setores da economia está a ter reflexos no empreendedorismo, quer ao nível das suas fragilidades, quer ao nível de novas oportunidades de negócio”, justifica a Informa D&B.
Apesar disso, em termos agregados, já há setores com registos acima ou muito próximos dos pré-pandémicos, refere a consultora, dando como exemplo os setores das Atividades imobiliárias (+2,5%), Agricultura e outros recursos naturais (+1,1%) ou as Tecnologias de informação e comunicação (-0,4%).
Já os setores dos Transportes (-59%), Alojamento e restauração (-31%) e Serviços gerais (-30%) são os que “mostram ainda uma maior distância face aos valores de 2019”, aponta a Informa D&B, referindo que, nos Transportes, apenas o “subsetor da distribuição (com grande contribuição das entregas postais e de courier) está em alta, com a criação de 190 novas empresas em 2021, mais 30 do que em 2019”.
Mas também há boas notícias, já que, indica o Barómetro da Informa D&B, no terceiro trimestre do ano, os encerramentos e as insolvências mantiveram-se com “pouca atividade” e apresentaram “valores inferiores a 2019, sobretudo devido às medidas de apoio que o Estado português colocou à disposição das empresas”.
“Encerraram até 30 de setembro deste ano 8 663 empresas, menos 5,3% que no período homólogo. No mesmo período, registou-se uma descida de 14,4% nas novas insolvências (menos 255 processos)”, refere a consultora.
A Informa D&B faz ainda uma comparação entre a atividade económica em Portugal e Espanha e sublinha que “Espanha está a mostrar uma dinâmica no empreendedorismo bastante diferente da portuguesa”, uma vez que, depois da maior quebra no PIB da União Europeia, o país vizinho “está a responder com o que se espera ser também o maior crescimento europeu neste indicador”.
“No primeiro ano da pandemia, em 2020, as dinâmicas foram semelhantes em ambos os países, com os nascimentos e encerramentos a descerem e as insolvências a manter valores semelhantes aos de 2019. Mas em 2021, enquanto Portugal regista uma menor atividade nos três indicadores, a Espanha já descolou completamente dos valores de 2020, com crescimentos significativos na criação de novas empresas – que supera em 15% os valores de 2019 -, bem como nos encerramentos e insolvências”, indica a Informa D&B.
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