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“Se existe procura que traz capital para o país não a devemos limitar”

A pandemia não afastou o investimento estrangeiro no imobiliário em Portugal, apenas colocou em espera o avanço de alguns projetos. Vasco Rosa da Silva, Founder & CEO da Kleya, considera que os fatores estruturais que fazem de Portugal um país atrativo mantiveram-se e a pandemia pode até ser uma oportunidade para o destino nesta área.

Raquel Relvas Neto
Alojamento

“Se existe procura que traz capital para o país não a devemos limitar”

A pandemia não afastou o investimento estrangeiro no imobiliário em Portugal, apenas colocou em espera o avanço de alguns projetos. Vasco Rosa da Silva, Founder & CEO da Kleya, considera que os fatores estruturais que fazem de Portugal um país atrativo mantiveram-se e a pandemia pode até ser uma oportunidade para o destino nesta área.

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Raquel Relvas Neto
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Com perto de cinco anos de existência e uma carteira de clientes com cerca de 14 nacionalidades distintas, a Kleya apresenta soluções integradas para investidores, empresários, trabalhadores realocados, reformados e estudantes, entre outros, que desejem viver ou investir em Portugal. Para agilizar o processo de submissão ao estatuto de Residente Não Habitual, foi lançada uma nova solução digital – o NHR Express (ver caixa). Vasco Rosa da Silva, Founder & CEO da Kleya, fala sobre a nova ferramenta, mas também sobre o investimento estrangeiro em Portugal e o impacto que a pandemia teve ou não neste processo.

De que forma a pandemia afetou a captação de investimento estrangeiro para Portugal?
A pandemia trouxe muita incerteza e quando há mais incerteza os investidores retraem-se. Nos primeiros meses, após o eclodir da pandemia, a palavra de ordem era “on hold”. Felizmente “on hold” não significa desistir dos projetos, no máximo obrigou a rever alguns projetos.

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Portugal continua a ser atrativo do ponto de vista de investimentos internacionais?
Claro. Como referi, dos projetos que tínhamos em carteira não houve nenhuma desistência. Os fatores estruturais que fazem de Portugal um país atrativo mantêm-se e talvez com a pandemia possam até ser reforçados. Por exemplo, a segurança e as boas infraestruturas de comunicação fazem de Portugal um ótimo destino para uma nova geração de “teletrabalhadores”.

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A medida anunciada pelo Governo da proibição dos vistos gold em Lisboa e Porto impactou a atração de Portugal nessa área? Como classifica o papel do Governo no que à atração de investimentos internacionais diz respeito?
Voltamos ao tema da incerteza. Mudanças legislativas colocam dúvidas quanto à estabilidade do quadro legal/institucional para o investimento e isso pode retrair investidores. No entanto, esta proibição já estava anunciada e era esperada.
Por outro lado, a proibição foi apenas para o imobiliário residencial. Quem desenvolve, por exemplo, projetos de reabilitação urbana para exploração hoteleira e que “retalha” esses projetos para investidores que pretendem o vistos gold pode continuar a fazê-lo em Lisboa e no Porto e o investimento nesta área aumentou. Aliás, não há capacidade de oferecer produto imobiliário comercial para toda a procura que existe. O Governo tentou resolver um problema que sabemos que existe que é o do aumento dos preços do imobiliário em Lisboa e Porto, mas infelizmente atuou do lado da procura e não do lado da oferta. Se existe procura para Portugal que traz capital para o país (e bem precisamos) não a devemos limitar.
É necessário criar oferta para que os jovens, os mais carenciados, os idosos, as classes médias também tenham soluções de habitação em Lisboa e Porto. Percebo a opção, porque a pressão de certa opinião pública é grande e é mais fácil e rápido mexer numa lei do que desenvolver programas de rendas acessíveis, mas nem sempre os caminhos mais fáceis são os mais acertados.

Em que áreas de negócio têm sentido maior procura? E em que áreas geográficas de Portugal?
Infelizmente tenho que dizer que Lisboa, Porto e Algarve continuam a ser os “centros de atração”. O Alentejo e até o Douro também começam a aparecer no mapa, mas ainda é difícil para um investidor estrangeiro ir para o interior do nosso país. É por isso que digo infelizmente. Temos feito esforços para mostrar que há mais Portugal, mas é um caminho demorado. Aqui sim é preciso um esforço institucional grande para, efetivamente, mudar a assimetria grande Litoral/Interior. Volto a falar da proibição dos vistos gold em Lisboa e Porto para imobiliário residencial, não vai fazer quase nada para levar investimento para o interior. É preciso antes um esforço concertado de promoção, de algumas infraestruturas como a fibra ótica e o 5G no interior e sobretudo desenvolver um ecossistema, que junte vários “players” públicos e privados, para trazer investimento para o interior.

No que diz respeito ao investimento no imobiliário turístico, qual o estado atual do mesmo?
Como referi já, o facto do investimento no imobiliário turístico continuar a ser elegível para o visto gold vai permitir aos promotores financiarem-se com pequenos investidores e isso está a ajudar ao desenvolvimento de vários projetos. Existem áreas como o Turismo de Natureza em que verificamos uma procura crescente, quer de grandes fundos de investimento como de pequenos e médios empresários estrangeiros. E em Lisboa e Porto quem ainda procurava oportunidades para entrar e investir, continua a fazê-lo, e depois deste período “on hold” creio que ainda há mais “apetite” para avançar com os investimentos.

De que mercados internacionais têm sentido maior procura? E quais têm recorrido mais à vossa ferramenta NHR Express desde o seu lançamento?
No imobiliário turístico o nosso principal mercado continua a ser Espanha e o de maior crescimento é o norte americano.
Como temos uma oferta também para os clientes particulares e para colaboradores dos nossos clientes “corporate” lançámos esta plataforma, que é criada e é gerida por nós, e onde os nossos parceiros da área legal e fiscal podem prestar os seus serviços a esses clientes particulares. Quando falo de ecossistemas estou muito contente com esta iniciativa, porque sentimos que havia uma necessidade ligada à nossa atividade e conseguimos que os prestadores de serviços, nomeadamente sociedades de advogados e consultores fiscais, tivessem um meio que lhes possa aumentar a eficiência do trabalho, concedendo-lhes mais disponibilidade para o seu expertise pois as tarefas de menor valor acrescentado, são desmaterializadas. A experiência do cliente final melhora e com esta plataforma o preço final até é menor graças aos ganhos de eficiência.
Estamos a começar com esta plataforma do NHR express e como a plataforma está online aberta a todos, temos recebido clientes particulares de diversas geografias desde a América do Norte até à India, e claro de vários países da Europa.

Existe algum mercado que tem registado uma performance mais interessante ou distinta do que outros que seja de assinalar?  
Creio que a América do Norte pela sua dimensão e efeito de rede é muito interessante. Os investidores, pequenos ou grandes, que vêm dos Estados Unidos ou Canadá têm associações e pontos de interesse globais e podem trazer consigo outros investimentos e know-how diversificado, que creio que será bastante impactante.

Recentemente, realçou que o programa português do Residente Não Habitual tinha sido considerado um dos melhores na Europa. Que mais-valias deste destaca? E o que  poderia ser melhorado?
Antes gostaria de desmitificar um tema: o programa incide, essencialmente, sobre os rendimentos gerados fora de Portugal. Um investidor que venha para Portugal e faça aqui o seu projeto vai ser tributado pelos seus lucros tal como qualquer outro. A principal mais-valia do programa é eliminar a barreira fiscal para alguém que queira vir para Portugal, se um estrangeiro tivesse que vir viver em Portugal pagando sobre as suas poupanças no estrangeiro com o que nós pagamos cá de impostos, não viria.
Todas as pessoas que vieram para Portugal ao abrigo do regime Residente Não Habitual têm as suas poupanças, elevada qualificação e não são um encargo para a nossa segurança social e descobriram que Portugal é maravilhoso e tem um povo maravilhoso. São os primeiros a promover o nosso país e isso foi decisivo para o aumento da reputação de Portugal e para um crescimento da procura hoteleira.

Com esta análise feita e com a atual situação, como perspetiva o futuro do investimento estrangeiro em imobiliário em Portugal? Seja a curto, como a médio prazo?
Há várias tendências a que assistimos e que afetam de forma distinta o investimento estrangeiro em imobiliário. Se olharmos para o mercado residencial é óbvio que as alterações nos vistos gold vão reduzir a procura, nomeadamente em Lisboa, Porto e Algarve e com isso poderemos esperar uma correção nos valores pedidos pelos imóveis na faixa entre os 500 e os 900 mil euros onde se concentravam o “grosso” das compras de imóveis para obtenção de visto gold. Por outro lado, vemos um número crescente de particulares de diversas geografias da Europa com rendimentos mais elevados que por razões fiscais e também de segurança continuam à procura de estabelecer residência em Portugal, e sobretudo em Lisboa, Porto e Algarve. Como europeias não necessitam do visto gold e procuram imóveis acima de um milhão de euros, pelo que neste mercado, dado a escassez de oferta neste segmento, acredito que até poderemos ver mais promotores estrangeiros e nacionais a desenvolverem novos projetos. Adicionalmente, e mais em Lisboa, Porto e outras cidades de média dimensão que estão a atrair empresas estrangeiras, que trazem colaboradores estrangeiros, vemos uma crescente procura por soluções de arrendamento de apartamentos de pequena dimensão e com rendas até 1.000€ por mês. Aqui a oferta também é escassa e vemos já investidores estrangeiros a posicionarem-se para desenvolver soluções de “buy to lease” que fazem, efetivamente, muita falta. Finalmente há o retorno da atividade turística, se voltarmos para os níveis pré pandemia vamos ter um “gap” maior entre a procura e a oferta sobretudo devido ao desaparecimento de vários estabelecimentos de Alojamento Local. Isto vai fazer com que o investimento no imobiliário turístico volte em força também.

Sobre o autorRaquel Relvas Neto

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Alojamento turístico gera 6,7 mil milhões de euros de proveitos totais em 2024

Depois de apurados os totais das dormidas (80,3 milhões) e hóspedes (31,6 milhões), relativamente 2024, o INE divulga os proveitos gerados em Portugal no ano passado: 6,7 mil milhões de euros de proveitos totais e 5,1 mil milhões de euros de proveitos de aposento.

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Em dezembro de 2024, os proveitos totais atingiram 313,8 milhões de euros e os de aposento ascenderam a 222,5 milhões de euros, refletindo crescimentos de 9,2% e 9,3%, respetivamente (+16,7 em novembro, em ambos), revela o Instituto Nacional de Estatística (INE).

No que diz respeito aos resultados preliminares de 2024, os números do INE apontam, com base nos 31,6 milhões de hóspedes (+5,2%) e 80,3 milhões de dormidas (+4%; +2,4% nos residentes e +4,8% nos não residentes) nos estabelecimentos de alojamento turístico, para 6,7 mil milhões de euros de proveitos totais e 5,1 mil milhões de euros de proveitos de aposento (+10,9% face a 2023, em ambos).

Estes crescimentos representam, contudo, um abrandamento face à evolução registada em 2023 face ao ano anterior de 2022, em que os proveitos totais e os proveitos de aposentos apresentaram aumentos de 20% e 21,4%, respetivamente.

Proveitos crescem globalmente
Em dezembro, a Grande Lisboa foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (33,6% dos proveitos totais e 35,9% dos proveitos de aposento), seguida do Norte (18,3% e 18,2%, respetivamente) e da Madeira (17,8% e 17,3%, pela mesma ordem).

De resto, todas as regiões registaram crescimentos nos proveitos, com os maiores aumentos a ocorrerem na Madeira (+22,6% nos proveitos totais e +25,3% nos de aposento).

No conjunto do ano de 2024, os proveitos aumentaram em todas as regiões, tendo os crescimentos mais expressivos ocorrido nas Regiões Autónomas dos Açores (+20,2% nos proveitos totais e +22% nos de aposento) e da Madeira (+15,3% e +16,3%, pela mesma ordem).

O INE indica ainda que o crescimento dos proveitos foi transversal aos três segmentos de alojamento no mês de dezembro. Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (pesos de 87,6% e 85,7% no total do alojamento turístico, respetivamente) aumentaram 9,8% e 10,1%, pela mesma ordem.

Nos estabelecimentos de alojamento local, registaram-se aumentos de 4% nos proveitos totais e 4,4% nos proveitos de aposento (quotas de 8,5% e 10,5%, respetivamente).

No turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,9% e 3,8%, pela mesma ordem), os aumentos foram de 9,5% e 6,3%, respetivamente.

Recorde-se que no conjunto do ano 2024, os resultados preliminares apontam para 31,6 milhões de hóspedes (+5,2%) e 80,3 milhões de dormidas (+4%; +2,4% nos residentes e +4,8% nos não residentes) nos estabelecimentos de alojamento turístico.

As dormidas de não residentes predominaram (70,3% do total) e atingiram 56,4 milhões, enquanto as realizadas por residentes (29,7% do total) totalizaram 23,9 milhões, refletindo aumentos de 4,8% e 2,4%, respetivamente. Face a 2023, acentuou-se ligeiramente a dependência dos mercados externos (69,8% em 2023), atingindo-se o peso mais elevado desde 2018 (70,4%).

As dormidas de residentes foram dominantes apenas em duas regiões, Centro e Alentejo (67,1% e 66,5%, respetivamente). Por sua vez, as regiões onde a dependência dos mercados externos foi mais expressiva no último ano foram a Madeira e a Grande Lisboa (85,3% e 82% do total de dormidas em 2024, pela mesma ordem).

Os mercados estrangeiros predominaram em todos os meses de 2024, com maior preponderância nos meses de outubro e de maio, em que representaram 75,5% e 75,3% do total das dormidas apuradas em cada mês, respetivamente. Nos meses de dezembro e agosto registaram-se as menores dependências dos mercados externos, tendo as dormidas de residentes representado 37,9% e 34,6% do total de cada mês, respetivamente.

Reino Unido mantém liderança
Em 2024, o mercado britânico manteve-se como o principal (18,1% do total de dormidas de não residentes) e cresceu 2,7%. Seguiram-se os mercados alemão (11,3% do total), espanhol (9,7% do total), norte americano (9,2% do total) e francês (+8% do total).

Em 2024, o trimestre de verão (julho a setembro) foi aquele em que as dormidas de residentes apresentaram maior quota (31,1% em 2024, após 31,7% em 2023). Em sentido contrário, foi no 2.º trimestre que se registou uma maior dependência dos mercados externos (73,2%, 72,2% em 2023). Em termos trimestrais, o mercado britânico foi sempre o principal mercado nos últimos dois anos, embora com ligeiras perdas nas quotas de mercado dos últimos três trimestres (face aos mesmos trimestres em 2023). No 4.º trimestre, este mercado representou 17% das dormidas de não residentes (-0,5 p.p. face ao 4º trimestre de 2023). No 4.º trimestre, o mercado alemão representou 12,3% do total das dormidas de não residentes (+0,1 p.p. face a 2023). Seguiu-se o mercado norte americano com uma quota de 9,8% do total (+0,4 p.p.).

Em 2024, a Grande Lisboa foi a região NUTS II onde se registou uma menor dependência, quer do principal mercado externo (16,1% do total das dormidas de não residentes) quer do conjunto dos três principais mercados externos (32,8%). Seguiram-se os Açores (17,4%), o Alentejo (17,7%) e o Norte (17,9%) como regiões de menor dependência do principal mercado externo.

Por sua vez, a Península de Setúbal foi a segunda região com menor dependência do conjunto dos três principais mercados externos (37,7%). Em sentido contrário, o Algarve foi a região mais dependente do principal mercado externo, que representou 36,6% das dormidas de não residentes registadas na região. Seguiram-se o Centro (25,3%), a Madeira (24,2%) e o Oeste e Vale do Tejo (24,1%). O Algarve e a Madeira foram as regiões mais dependentes do conjunto dos três principais mercados externos (58,8% do total das dormidas de não residentes), seguida do Algarve (56,1%).

Espanha foi o principal mercado externo em cinco regiões: Centro (25,3% das dormidas de não residentes), Oeste e Vale do Tejo (24,1%), Península de Setúbal (18,2%), Norte (17,9%) e Alentejo (17,7%). Os Estados Unidos foram o principal mercado nos Açores (17,4%) e na Grande Lisboa (16,1%). A Alemanha foi o principal mercado externo na Madeira (24,2%) e o Reino Unido foi o principal mercado externo no Algarve (36,6%).

Norte e Lisboa representam cerca de metade do acréscimo de dormidas registado em 2024
Em 2024, os estabelecimentos de alojamento turístico registaram mais 3,1 milhões de dormidas do que em 2023, com os não residentes a serem responsáveis por 82,1% deste acréscimo de dormidas (+2,6 milhões de dormidas). Os residentes contribuíram com 557,7 mil dormidas adicionais face a 2023.

O mês de março foi o que mais contribuiu para o acréscimo anual (645,2 mil dormidas adicionais) e o mês de abril foi o único com dormidas abaixo dos níveis de 2023 (-295,7 mil dormidas).

No seu conjunto, os meses de março e abril contribuíram com 349,6 mil dormidas adicionais.

O mês de maio foi o segundo mês que mais contribuiu para o crescimento anual (acréscimo de 544,9 mil dormidas), seguindo-se o mês de novembro (440,9 mil dormidas adicionais). Relativamente às dormidas de residentes, o mês de novembro foi o que registou maior crescimento absoluto do número de dormidas face a 2023 (299,5 mil dormidas adicionais), seguindo-se o mês de agosto (+165,0 mil dormidas).

Nas dormidas de residentes, registaram-se decréscimos em abril (-250,1 mil dormidas), julho (-62,6 mil dormidas), setembro (-13,1 mil dormidas) e janeiro (-11,6 mil dormidas).

Nos mercados externos, o mês de março também foi aquele em que se registou maior acréscimo absoluto do número de dormidas (+493,9 mil dormidas), seguindo-se o mês de maio (+411,4 mil dormidas). Apenas em abril se registou um decréscimo do número de dormidas de não residentes face a 2023 (-45,6 mil dormidas).

Em termos regionais, o Norte (843,3 mil dormidas adicionais) registou o maior crescimento absoluto do número de dormidas face a 2023, seguindo-se a Grande Lisboa (+685,9 mil dormidas). Estas duas regiões contribuíram, no seu conjunto, com 49% para o acréscimo de dormidas registado em 2024 (Norte: 27%, Grande Lisboa: 22%).

As dormidas de residentes registaram o maior crescimento absoluto no Centro (+218,9 mil dormidas), seguindo-se o Norte (+147,8 mil dormidas).

Em termos de dormidas de não residentes, os maiores acréscimos absolutos observaram-se no Norte (+695,5 mil dormidas) e na Grande Lisboa (+631 mil dormidas).

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Alojamento Local da GuestReady | Créditos: DR

AL

GuestReady registou mais de 200 mil hóspedes em 2024

A empresa que detém 1.400 alojamentos locais referiu que em 2024 a ocupação anual rondou os 80% em todo o portfólio, sendo que os preços aumentaram 7% face a 2023.

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A GuestReady recebeu mais de 200 mil hóspedes nas cerca de 1.400 unidades de alojamento que tem sob gestão no país.

Em nota de imprensa, a empresa que opera no setor do Alojamento Local (AL) refere que os preços registaram uma ligeira subida e os hóspedes estão a alongar as estadias para ficarem, em média, mais de quatro noites.

Em 2024, a GuestReady manteve uma ocupação anual a rondar os 80% em todo o portfólio, registando um aumento dos preços de 7% face a 2023, “resultado da inflação e do aumento de custos operacionais”, de acordo com a GuestReady.

No ano passado, os hóspedes franceses (15%) foram substituindo os espanhóis (14%) nas nacionalidades que mais reservaram alojamentos em Portugal. Seguiu-se o mercado nacional, que representou 14% das reservas nos alojamentos da empresa.

A época alta fixou-se no mês de agosto, com todas as cidades a registarem uma ocupação superior a 90% e com os preços a atingirem uma média nacional acima dos 100 euros por noite. Paralelamente, as estadias foram mais longas: das 3,8 noites que correspondiam a uma estadia média em 2023, a GuestReady destaca um aumento para 4,1 noites em 2024.

“Observamos que os visitantes estão a prolongar as estadias, algo que pode estar relacionado com a subida dos preços e do custo de vida, o que leva a que as pessoas aproveitem o investimento para ficar mais tempo. Também pode ser reflexo do aumento da procura para reservas mês a mês no nosso mercado, consideradas de média duração”, explica Rui Silva, Managing Director da GuestReady Portugal.

A empresa anunciou recentemente a sua chegada aos Açores, passando assim a oferecer soluções de gestão completa em todo o território nacional.

A GuestReady alcançou a gestão de uma carteira propriedades no valor 2 mil milhões de dólares em 2024, valor global anunciado pelo co-fundador Alexander Limpert. Presente em sete países no mundo, de França aos Emirados Árabes Unidos, a GuestReady conta com mais de uma centena de funcionários para a operação portuguesa.

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Tecnologia

Sabre apresenta novas ferramentas de viagens na ITB Berlim

A Sabre Hospitality (Pavilhão 9, Stand 208) e Sabre Travel Solutions (Pavilhão 5.1, Stand 106) vão estar presentes na edição deste ano da ITB Berlim para apresentar a venda a retalho baseada em IA, o conteúdo multiorigem e a tecnologia de nova geração.

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A Sabre Corporation participará na ITB Berlim 2025 para partilhar perspetivas sobre a evolução do setor e apresentar as suas mais recentes inovações em hospitalidade e venda a retalho de viagens. Os executivos da Sabre subirão ao palco para debater o futuro da tecnologia aplicada às viagens, destacando os avanços na personalização, na venda a retalho e no papel da inteligência artificial na criação de experiências fluidas e personalizadas para os viajantes.

No palco principal, numa apresentação interativa, Scott Wilson, presidente da Sabre Hospitality, explorará os mitos e realidades que estão a transformar o futuro do setor das viagens. Com a evolução das capacidades tecnológicas, do comportamento dos consumidores e dos esforços de sustentabilidade, as empresas devem enfrentar crenças generalizadas sobre o seu impacto.

Scott analisará se a personalização realmente fomenta a fidelização, como a tecnologia está a redefinir o papel dos intermediários e que mudanças na indústria terão os efeitos mais significativos a longo prazo. Integrando a opinião do público, oferecerá perspetivas sobre como as empresas do setor estão a adaptar-se à mudança.

Amy Read, vice-presidente de Inovação da Sabre Hospitality, abrirá e participará num painel sobre a evolução da venda a retalho no setor das viagens. Com o aumento da concorrência nos setores das viagens e da hospitalidade, as empresas estão a adotar novas estratégias para melhorar o envolvimento dos clientes e aumentar as receitas. O painel explorará como a IA, a análise de dados e a automação inteligente permitem às organizações oferecer experiências fluidas e personalizadas em hotéis, companhias aéreas e agências de viagens. Amy partilhará a visão da Sabre sobre como as empresas de viagens podem utilizar a tecnologia para reforçar a fidelização à marca e desbloquear novas fontes de receitas num ambiente cada vez mais digital.

Por sua vez, Madhavan Kasthuri, responsável pela Global Solutions Engineering da Sabre Travel Solutions, apresentará e participará num painel sobre o futuro da hiperpersonalização nas viagens. Com o crescimento da procura por experiências personalizadas, a indústria enfrenta o desafio de oferecer personalização em grande escala. O painel analisará como a IA e a automação podem ser integradas no planeamento e na venda de viagens, desde reservas individuais a pacotes complexos e viagens em grupo. Os participantes discutirão como os fornecedores de tecnologia e as empresas do setor podem equilibrar a personalização com a eficiência operacional, garantindo ao mesmo tempo a rentabilidade.

Os compradores de tecnologia que participem na ITB Berlim poderão contactar a Sabre em dois stands: um dedicado ao setor da distribuição de viagens e outro focado na tecnologia para a hotelaria: No Pavilhão 9, Stand 208, a Sabre Hospitality; No Pavilhão 5.1, Stand 106, a Sabre Travel Solutions.

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Figuras

António Barros da Agência Abreu agraciado com medalha de ouro da APAVT

A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo deu início às celebrações do seu 75.º aniversário, com entrega da medalha de ouro de mérito turístico, a mais alta distinção da APAVT, a António Barros, da Agência Abreu.

Com 33 anos de carreira no Turismo, sempre junto da Agência Abreu, António Barros tem sido, indica a APAVT em nota de imprensa, um líder inspirador, um exemplo de educação, ética, sentido estratégico e capacidade de execução.

António Barros, segundo o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, “é um dos nossos, com uma carreira exemplar, que quisemos honrar, criando, com esta homenagem, o melhor arranque possível para as comemorações de um ano tão importante”, realçando que o profissional galardoado “tem sido sempre, todos os dias, absolutamente colaborante e insubmisso, como todos queremos ser. Como a APAVT sempre tem sido”.

Por sua vez, António Barros sublinha ser gratificante “receber esta distinção pela dedicação à Agência Abreu, que este ano atinge mais um marco histórico, ao completar 185 anos de história”. Embora entregue a título pessoal, esta medalha representa, segundo o homenageado, “o compromisso e a entrega das nossas equipas ao longo das últimas décadas”, destacando que “é a elas que devemos o sucesso coletivo da empresa e a contribuição para um setor que tem a capacidade de se reinventar e superar-se todos os dias, e para o qual a APAVT desempenha inequivocamente um papel de enorme relevo”.

Sobre o autorCarolina Morgado

Carolina Morgado

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Alojamento

W Algarve dinamiza “Casting Call” com várias vagas de emprego no hotel

O hotel pretende encontrar colaboradores “que se identifiquem com a marca W”, tendo disponíveis vagas nas áreas de Front Office, Housekeeping, Beverage & Food (B&F), Culinary, Sales, Marketing e recursos humanos.

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O W Algarve volta a promover um evento para a captação de talentos, que este ano terá lugar no hotel a 11 de fevereiro, através de um “Casting Call”.

Neste “casting” estão disponíveis vagas para as áreas de Front Office, Housekeeping, Beverage & Food (B&F), Culinary, Sales, Marketing e recursos humanos. No evento, os responsáveis de recursos humanos do hotel vão dar ainda a conhecer as instalações do W Algarve e a identidade da marca aos futuros colaboradores.

Com esta iniciativa, o hotel pretende encontrar perfis de trabalhadores “que se identifiquem com a cultura da marca W”, como refere em nota de imprensa. Como afirma “é fundamental que os futuros talentos entendam o equilíbrio entre exigência e informalidade, que define o atendimento em qualquer um dos W Hotels em todo o mundo”.

As entrevistas decorrem entre as 11h00 e as 19h00 da próxima terça-feira, 11 de fevereiro.

As inscrições já estão abertas e os interessados devem enviar um email para hr.walgarve@whotels.com ou inscrever-se através do website da marca.

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Ponta Delgada:31:01:2025:3 ¼ Encontro do Alojamento Local dos Acores

AL

Berta Cabral destaca papel relevante do AL na elevação qualitativa da oferta e do produto turístico dos Açores

A secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, Berta Cabral, defendeu, em Ponta Delgada, que o Alojamento Local (AL) “teve um papel determinante na rápida resposta à procura e, muito em particular, num processo contínuo de elevação qualitativa da oferta e do produto” regionais.

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A governante, que falava, na sessão de abertura do 3.º Encontro de Alojamento Local dos Açores, referiu que, entre janeiro e novembro de 2024, o AL somou mais de 1,7 milhões de dormidas, representando 37% da procura, e assegurando uma estada media de quase quatro noites, superior à média regional. Já são mais de 23 mil camas disponíveis, ou seja, 58% da oferta total na Região, que atualmente supera as 40 mil camas, revelou, citada em nota publicada na página oficial do Governo Regional, avançando ainda que o número de camas no Alojamento Local cresceu acima de 13% em 2024, representando um incremento de 2.754 camas face a 2023, em ano quem já tinha sido registado um crescimento de 2.761 camas.

Face a estes números, disse ser “inevitável que o setor do Alojamento Local promova uma sistemática autoavaliação dos resultados obtidos e dos equilíbrios dinâmicos entre oferta e procura, sem negligenciar o incremento competitivo que existe em setores com esta pujança de desenvolvimento”, impondo-se que, cada vez mais os empresários e as empresas “fortaleçam os seus níveis de profissionalismo, de mobilização coletiva e de integração na cadeia de valor tradicional do turismo, contribuindo para a consolidação da qualificação do setor e, também, para a sua inovação processual e tecnológica”.

A secretária Regional da tutela defendeu como fundamental “a promoção de uma robusta aproximação entre diversos agentes do mercado, facilitando a interação e o desenvolvimento de projetos conjuntos entre o Alojamento Local e os operadores turísticos”.

O Alojamento Local “ganhou uma voz por direito próprio e, com isso, a responsabilidade de ser um parceiro ativo, construtivo e positivo para o desenvolvimento do turismo e da economia da Região”, prosseguiu, afirmando ainda que “o Governo dos Açores tem bem presente esta importância para o destino e esta necessidade de potenciar, cada vez mais, as boas práticas do setor”.

Recordou também que o Governo dos Açores se manifestou contra a Contribuição Extraordinária sobre o Alojamento Local e desencadeou os mecanismos certos para inviabilizar a sua aplicação nos Açores no ano passado, ainda antes de ter sido eliminada a nível nacional. Além disso, também promoveu “uma auscultação ativa e crítica dos desejos e das observações do setor, encarando-o como um parceiro importante no processo de planeamento e decisão”.

Por isso, Berta Cabral acredita que “esta atuação colaborante com parceiros-chave é a melhor forma de garantirmos um desenvolvimento turístico harmonioso que nos conduza ao objetivo de ter turismo todo o ano em todas as ilhas”, apontou.

 

 

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Alojamento

AHP considera “desadequada” aplicação de taxa turística em Porto Santo durante todo o ano

A associação caracteriza a medida como uma “decisão pouco ponderada e desadequada” para a realidade de Porto Santo, que refere enfrentar “desafios significativos” como a conectividade aérea e a elevada sazonalidade.

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A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) manifestou a sua “preocupação e discordância” em relação à taxa turística de dois euros que será aplicada em Porto Santo a partir de 1 de fevereiro, e que ficará em vigor durante todo o ano.

Em nota de imprensa enviada às redações esta sexta-feira, 31 de janeiro, a associação descreve esta medida como “desajustada e desadequada”, além de apontar que esta foi tomada “sem a devida ponderação” e sem a “consideração e reflexão sobre os contributos dos hoteleiros da região”.

“A aplicação desta taxa, sem uma estratégia clara de aplicação e utilização, poderá afetar negativamente a atratividade do Porto Santo, um destino que já enfrenta desafios significativos, como a conectividade aérea e a sua elevada sazonalidade”, refere a associação, que aponta ainda para o facto de, ao contrário do que acontece com outros destinos de sol e mar, esta taxa ser aplicada também fora da época alta, algo que considera “profundamente errado”.

Sobre esta taxa, a AHP acrescenta que os hoteleiros têm vindo a “alertar” para a necessidade de um modelo “participativo e transparente” relativamente a esta “receita adicional das câmaras municipais cobrada aos turistas pela hotelaria”, exortando para que “as decisões sejam tomadas com base em dados concretos e em concertação com os principais stakeholders”.

Para o efeito, a AHP afirma ter vindo a propor junto dos municípios a criação de um fundo “ao qual sejam consignadas as receitas recolhidas da taxa, a existir, e que seja gerido por uma comissão onde a hotelaria participe, que cobram esse tributo”.

“Só este modelo permite garantir a correta gestão das receitas e que as mesmas sejam devidas e integralmente investidas no setor, aplicadas no reforço da competitividade do destino e na sustentabilidade do setor, e não sirvam às despesas correntes das câmaras municipais”, aponta a AHP.

A associação indica como áreas prioritárias para esse reinvestimento a promoção do destino, a melhoria de infraestruturas, a distribuição do turismo no território, o fortalecimento da relação com a comunidade e o compromisso com a sustentabilidade ambiental e social.

“A AHP reitera o seu compromisso em trabalhar para que sejam encontradas soluções mais equilibradas e sustentáveis, que garantam o desenvolvimento do turismo em Porto Santo sem prejudicar a competitividade do destino e que não passem pela cobrança de mais uma taxa que não corresponde, na prática, à prestação de qualquer serviço”, termina.

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Douro Royal Valley Hotel & SPA | Créditos: DR

Alojamento

Explorer Investments adquire dois hotéis na região do Douro

A Explorer Investments adquiriu, através do Fundo Hospitality I, a JASE Empreendimentos Turísticos, empresa que explorava os hotéis Douro Royal Valley Hotel & SPA e Douro Palace Hotel Resort & SPA. Após esta aquisição, o fundo garante ter identificado “mais de cem oportunidades” de investimento.

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A Explorer Investments adquiriu dois hotéis no Douro, as primeiras aquisições para o Fundo Hospitality I. Estas aquisições marcam o início da estratégia do fundo, que se concentra na compra e gestão de hotéis nas principais regiões turísticas de Portugal, como referido em nota de imprensa.

Os hotéis em causa são o Douro Royal Valley Hotel & SPA e o Douro Palace Hotel Resort & SPA, que passam a fazer parte deste fundo após este ter adquirido a totalidade da JASE Empreendimentos Turísticos, empresa que explorava as duas unidades hoteleiras.

Após esta aquisição, a Explorer Investments tem um plano de investimento focado na elevação do posicionamento destes hotéis no mercado nacional, com “uma aposta vincada na sua internacionalização”. Para isso, será implementado “um plano de capex centrado no design moderno e no desenvolvimento de novos conceitos de experiência, bem como a aplicação de práticas sustentáveis e a atração de novos mercados”.

“Esta aquisição enquadra-se na estratégia de investimento do Fundo Hospitality I, que visa reforçar o investimento em empresas dedicadas à exploração de hotéis nacionais, com elevado potencial de crescimento e rentabilidade. O nosso objetivo é aumentar ainda mais a atratividade dos hotéis Douro Royal Valley Hotel & SPA e Douro Palace Hotel Resort & SPA, melhorar a sua imagem, acrescentar novas experiências e entrar num período de crescimento”, afirma a Explorer Investments em nota de imprensa.

O Douro Royal Valley Hotel & SPA, um cinco estrelas com 84 quartos, conta com três restaurantes, piscina exterior “infinity”, centro de conferências e spa. Construído em 2013, o hotel situado no Lugar de Portela do Rio, Ribadouro, concelho de Baião, oferece vistas sobre o Rio Douro a partir de todos os quartos.

Já o Douro Palace Hotel Resort & SPA, construído em 2008, situa-se na encosta norte do Rio Douro, em Santa Cruz do Douro, Baião. O hotel de quatro estrelas soma 60 quartos, três restaurantes, vinhedos que descem até ao rio, uma quinta biológica com animais e plantas, piscina exterior, centro de conferências e spa. Está inserido numa antiga casa senhorial rodeada por dez hectares de floresta protegida.

Após esta aquisição, o fundo garante ter identificado “mais de cem oportunidades, com o intuito de promover a excelência do setor hoteleiro nacional”.

A Explorer Investments teve assessoria financeira da DFK Portugal e legal da CCSL Advogados durante o processo de aquisição.

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Hotelaria

Vila Galé apura receitas de 290M€ em 2024

No ano passado, o grupo registou receitas de 172 milhões de euros na sua atividade hoteleira em Portugal, ao qual se somaram 6,6 milhões de euros de receitas provenientes do hotel que detém em Espanha. Acrescem 682 milhões de reais (cerca de 110 milhões de euros) em receitas geradas pelos hotéis do grupo no Brasil. Apesar de as contas gerais só ficarem fechadas entre março e abril, o grupo antevê um lucro entre os 105 e os 106 milhões de euros.

Carla Nunes

O grupo Vila Galé apurou cerca de 290 milhões de euros em receitas no passado ano de 2024, nas operações que detém em Portugal, Brasil e Espanha. O valor foi apontado pelo grupo esta terça-feira, 28 de janeiro, em conferência de imprensa.

Em Portugal, a atividade hoteleira do Vila Galé trouxe 172 milhões de euros em receita no ano passado, um aumento de 9% face às receitas de 2023. A taxa de ocupação média situou-se nos 55%, uma subida de 4% em relação a 2023, com o preço médio a rondar os 125 euros (mais 8% face ao ano anterior).

Ainda em território luso, o número de hóspedes verificou um aumento de 5%, comparado com 2023. Gonçalo Rebelo de Almeida, administrador do grupo Vila Galé, explicou este crescimento, superior ao da taxa de ocupação, com a natureza das estadias em determinadas regiões do país.

“Crescemos mais em hóspedes do que em quartos ocupados porque os hotéis que temos vindo a desenvolver no interior do país têm uma característica, que é terem estadias relativamente mais curtas do que os hotéis em destinos como o Algarve ou a Madeira. Portanto, precisam de mais clientes para produzirem mais quartos ocupados”, justificou.

Em Espanha, onde o grupo conta com uma unidade hoteleira desde o ano passado, o Vila Galé Isla Canela, as receitas situaram-se nos 6,6 milhões de euros.

Já no Brasil, 2024 trouxe receitas de 682 milhões de reais para o grupo (cerca de 110 milhões de euros), um aumento de 6% em relação a 2023.

Com a taxa de ocupação a manter-se “em linha com 2023” (cerca de 53%), o preço médio dos hotéis Vila Galé no Brasil cresceu 7%. De acordo com Gonçalo Rebelo de Almeida, os produtos de resort que o grupo detém no país registam um preço médio na ordem dos 1.100 reais, enquanto os hotéis de cidade têm um preço médio entre os 400 e os 450 reais.

Sobre o Vila Galé Cayo Paredón, em Cuba, que cumpriu um ano de atividade, Gonçalo Rebelo de Almeida referiu que os resultados “não são fabulosos, mas também não são maus, funcionou”. O grupo prevê continuar a operação no país, tendo ainda “em cima da mesa” a presença em Havana ou Varadero.

Mercados
Quanto aos principais mercados emissores do grupo, Gonçalo Rebelo de Almeida afirmou que “o mercado português continua a crescer”, constituindo-se como o principal mercado do Vila Galé. Este mercado cresceu 6% em 2024 face a 2023, representando 40 a 45% da ocupação do grupo em Portugal. Segue-se o mercado do Reino Unido, com uma fatia de 14 a 16% de ocupação nos hotéis do grupo em Portugal, com um crescimento de 1,3% face ao ano passado.

Contudo, a “diferença relevante” e a “grande novidade” dizem respeito ao mercado dos Estados Unidos da América (EUA), que cresceu cerca de 30% nos hotéis do Vila Galé em Portugal em relação a 2023, a par do Canadá, que cresceu 25%. Também o mercado alemão verificou crescimentos face ao ano passado, na ordem dos 23%.

Créditos: Just Frame It

Para Gonçalo Rebelo de Almeida, o mercado norte-americano apresenta a “vantagem” de “proporcionar estadias mais longas”, além da “apetência para descobrir outras regiões e não se focar apenas nos grandes centros” – apresentando como exemplo o interesse deste mercado por destinos como o Alentejo, Douro e Algarve. O desenvolvimento do enoturismo junto destes turistas é outro dos pontos destacados a desenvolver.

“Se recuarmos cinco a seis anos, o mercado norte-americano não aparecia no top 10 e hoje vai começar a disputar a terceira, quarta e quinta posição do ponto de vista do ranking dos mercados emissores. Tem sido um mercado que pela permanência que tem em Portugal tem tido algum interesse, porque não só fica mais noites, como alarga a sua presença a todo o território. Há aqui um efeito positivo de notoriedade do destino, de valorização da cultura, do património, da gastronomia, das paisagens naturais, da simpatia das pessoas. É um mercado também com alguma apetência para o desenvolvimento do enoturismo”, explica.

Do lado oposto, os mercados emissores que registaram quedas no grupo foram o espanhol (menos 5% face ao ano passado) e o francês (menos 10% em relação a 2023).

Perspectivas para 2025
Quanto a este ano, e com base nas reservas em carteira, bem como no movimento de reservas que está a decorrer, Gonçalo Rebelo de Almeida assegura que estas estão a “apontar para o crescimento”.

“Não estamos a apontar para um crescimento muito expressivo em 2025, mas ainda assim, os números de 2025 à data aparentam ser superiores aos de 2024 em taxas de ocupação e receitas”, afirmou o administrador do grupo Vila Galé.

Não são esperadas “grandes mudanças do ponto de vista dos mercados emissores”, notando-se “um bom ritmo do mercado norte-americano e dos tradicionais mercados europeus”.

Para este ano, o grupo hoteleiro antecipa a abertura de quatro hotéis, dois em Portugal e outros dois no Brasil.

Em Portugal, destaque para as Casas de Elvas, cuja data de inauguração está marcada para 22 de fevereiro. Com 44 quartos, a unidade de quatro estrelas representa um investimento de seis milhões de euros. Já a norte, a abertura do hotel Vila Galé no Paço do Curutêlo, em Ponte de Lima, é apontada para 1 de abril deste ano. O quatro estrelas de 69 quartos abrirá portas após um investimento de cerca de 20 milhões de euros.

No Brasil, e também para 2025, o grupo prepara a abertura de um hotel de cinco estrelas em Ouro Preto a 12 de abril. Com 312 quartos, a futura unidade hoteleira surge de um investimento de 120 milhões de euros. Em novembro, é antecipada a abertura do Vila Galé Collection Amazónia – Belém, um cinco estrelas com 227 apartamentos. O projeto resulta de um investimento de 180 milhões de euros, de acordo com os dados indicados pelo grupo para a edição de janeiro da Publituris Hotelaria.

Recorde-se que o grupo Vila Galé tem ainda em carteira hotéis no Paço Real de Caxias, em Oeiras; em Penacova e em Miranda do Douro. Acresce a abertura do Vila Galé Collection Tejo na Golegã, na Quinta da Cardiga.

No Brasil, o grupo tem em vista a abertura do Vila Galé Coruripe Alagoas (onde estará também incluído um hotel NEP Kids, para crianças); o Vila Galé Collection São Luís; o Vila Galé Collection Maranhão; um hotel em Mangue Seco e outro no Inhotim, em Brumadinho.

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ALEP com formação sobre AL no Algarve

Nesta ação de formação, a ALEP pretende responder a diversas dúvidas suscitadas pelos proprietários e gestores de Alojamento Local do Algarve.

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Para dar resposta às dúvidas suscitadas pelos proprietários e gestores de Alojamento Local do Algarve, a Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP) acaba de lançar uma ação de formação certificada em Faro, no dia 12 de fevereiro, com o apoio do Turismo do Algarve, com o objetivo de dar a conhecer em detalhe todas as alterações práticas à atividade e alertar para os novos desafios para o futuro do AL.

Nesta ação de formação prática presencial de 3 horas e 30 minutos, os participantes obterão respostas a diversas dúvidas. Entre elas, enumera a ALEP estão: O que muda com a nova legislação: Decreto-Lei 76/2024; Quais são as novas regras de AL em condomínio?; Como fica a abertura de novos registos em frações de prédios no litoral e interior e em cidades onde há regulamentos municipais? Quais são as atuais limitações?; Os registos de AL vão ter prazo de validade?; E o que muda na questão fiscal?; Qual é a nova forma de comprovar atividade e qual é o papel do Seguro neste processo? E o que acontece a quem não enviou o Comprovativo de Atividade em 2023?; Afinal quais são os novos poderes das Câmaras? Quais são as perspetivas para os regulamentos municipais?; Como fica a questão da intransmissibilidade?.

A ação de formação decorrerá na sede da Região de Turismo do Algarve, a partir das 14h30 e os interessados em frequentar a formação certificada da ALEP poderão obter mais informações sobre inscrição e modo de pagamento em www.alep.pt/FORMACAOALGARVENOVALEI

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