Reabertura do Reino Unido e final da Champions animaram tráfego aéreo de maio
Dados do INE mostram que, em maio, os aeroportos nacionais mantiveram a tendência de crescimento que se vinha a registar, ainda que os valores continuem muito abaixo do período pré-pandemia.

Inês de Matos
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No passado mês de maio, os aeroportos nacionais receberam e 1,3 milhões de passageiros e 8,6 mil aeronaves em voos comerciais, valor que correspondem a descidas de 77,1% e 58,9% face a igual mês de 2019, mas que, segundo os dados divulgados esta terça-feira, 20 de julho, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), indicam que se manteve a tendência de crescimento que se vinha a registar, muito por culpa da final da Champions League e da reabertura do corredor turístico do Reino Unido, que fizeram aumentar os passageiros provenientes deste mercado.
De acordo com os dados do INE, em abril, as descidas apuradas nos passageiros e aeronaves que aterraram nos aeroportos nacionais tinham sido de 66,9% e 86,0%, respetivamente, o que indica uma subida do tráfego no passado mês de maio, já que as descidas foram mais modestas e ficaram-se pelos 77,1% e 58,9%.
Do total de passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais, 72,5% corresponderam a tráfego internacional, quando em período homólogo este valor chegava aos 84,6%, sendo a maioria proveniente de aeroportos europeus (63,8%), enquanto nos passageiros embarcados nos aeroportos nacionais, 68,1% corresponderam a tráfego internacional, quando em período homólogo eram 83,6%, e também tiveram como destino, na sua maioria, aeroportos europeus (61,3%).
Segundo o INE, “comparando o número de aeronaves aterradas e o número de passageiros desembarcados diariamente entre janeiro e
maio de 2021 com o período homólogo de 2020, na segunda quinzena de março, que em termos homólogos coincide
com o início das restrições adotadas ao nível do espaço aéreo devido à pandemia COVID-19, especificamente nos
últimos dias deste mês, verificou-se uma inversão da tendência com o crescimento de ambos os indicadores, que se
manteve durante os meses de abril e maio”.
Já na segunda quinzena de maio, “assistiu-se a um aumento expressivo, principalmente devido ao contributo dos voos provenientes do Reino Unido”, em reflexo da reabertura do corredor turístico do Reino Unido, a 17 de maio, e da final da Champions League, que decorreu no Porto, a 29 de maio, ainda que o INE sublinhe, contudo, que estes indicadores “apresentaram níveis muito baixos tendo como referência o tráfego registado no mesmo período, antes da crise pandémica”.
O INE explica que o “anúncio de abertura do corredor aéreo entre Portugal e o Reino Unido, a 17 de maio, gerou um aumento visível do
número de passageiros desembarcados a partir desse dia” e salienta que, entre 17 e 31 de maio, “desembarcaram 60,0% do total de passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais nesse mês, dos quais 25,5% em voos provenientes do Reino Unido”, sendo que, nesse período, o aeroporto de Faro “concentrou 55,4% dos passageiros provenientes de voos do Reino Unido.
No acumulado até maio, registou-se ainda uma diminuição de 63,6% do número de passageiros movimentados nos aeroportos nacionais, valor que compara com a descida de 56,5% no período homólogo de 2020 e com o crescimento de 6,9% no mesmo período de 2019, com destaque para o aeroporto de Lisboa, que movimentou 47,7% do total de passageiros (1,7 milhões) e registou um decréscimo de 69,7%, “o mais acentuado dos três aeroportos com maior tráfego anual de passageiros”, indica o INE.
Já o aeroporto do Funchal manteve a posição de terceiro aeroporto do país em termos de passageiros movimentados, registando 271 mil passageiros nos primeiros cinco meses do ano, o que indica, ainda assim, uma descida de 54,7% face a igual período de 2019, o que, segundo o INE, permitiu à infraestrutura superar o aeroporto de Faro.
Entre janeiro e maio, França foi o principal país de origem e de destino dos voos, seguindo-se o Reino Unido e a Alemanha, enquanto os principais destinos foram a França, Suíça e Alemanha.