Constituição de novas empresas cai nos Transportes e tem crescimento moderado na hotelaria e restauração
Barómetro da consultora Informa D&B mostra que, no primeiro semestre de 2021, todos os setores de atividade viram a constituição de novas empresas subir, à exceção dos Transportes.

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A constituição de novas empresas apresentou um crescimento de 14,4% no primeiro semestre de 2021, de acordo com o mais recente Barómetro Informa D&B, que foi divulgado esta quinta-feira, 8 de julho, e que aponta crescimentos a este nível em praticamente todos os setores de atividade, com exceção dos Transportes que, segundo a consultora, “mantém a queda que está a sofrer desde 2020”.
“No 1º semestre de 2021 foram criadas 20 926 novas empresas em Portugal, mais 14,4% do que no mesmo período do ano passado. Apesar de estarem ainda cerca de 25% abaixo dos números de 2019, antes da pandemia, estes valores mostram já alguma recuperação na atividade empreendedora”, começa por apontar a Informa D&B, realçando, no entanto, que “esta recuperação está a ser feita a velocidades diferentes”.
Entre os setores com maior criação de novas empresas, destaque para os setores das Atividade imobiliárias, Agricultura e outros recursos naturais, Retalho e Tecnologias de informação e Comunicação, onde se apuraram crescimentos acima dos 30%, assim como para o setor dos Serviços empresariais , que foi aquele onde foram criadas mais empresas este ano, num total de 3 615 empresas, o que corresponde a um crescimento de 20%.
Já o setor do Alojamento e restauração apresentou “um dos crescimentos mais modestos”, de apenas 3%, ao nível de setores como o dos Grossistas e o das Indústrias, indica a consultora Informa D&B.
O setor dos Transportes, por sua vez, foi aquele que apresentou a maior quebra na constituição de novas empresas, numa descida de 36% face ao primeiro semestre de 2020, com a consultora a destacar que este setor “mantém a queda que está a sofrer desde 2020”, muito por culpa do subsetor do ‘transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros’.
“O 1º semestre apresenta alguns sinais de melhoria na dinâmica do tecido empresarial, com um aumento do número de empresas ativas e do empreendedorismo. O Alojamento e restauração mantém-se o setor mais afetado nos vários indicadores analisados. A incerteza que se vai manter nos próximos meses aconselha a que as empresas estejam atentas à evolução dos indicadores, em especial aqueles que acompanham a evolução do risco comercial”, explica Teresa Cardoso de Menezes, diretora geral da Informa D&B.
Por regiões, acrescenta ainda a Informa D&B, mantém-se o crescimento a duas velocidades, uma vez que, apesar de quase todos os distritos terem criado “mais empresas em 2021 do que no ano anterior”, os crescimentos são “muito distintos”, com as ilhas a liderarem a constituição de novas empresas (mais 237 empresas na Madeira e 57 nos Açores, crescimentos de 64% e 25%, respetivamente), enquanto no continente o destaque vai para “os distritos de Leiria, Viana do Castelo e Santarém, com crescimentos superiores a 20%”.
“Os distritos de Lisboa e de Faro, que foram em 2020 onde mais recuou a criação de novas empresas, estão a recuperar de forma mais lenta que a maioria dos outros distritos, ambos com um crescimento de 9%”, acrescenta a consultora.
Como conclusão, a Informa D&B refere ainda que, a 30 de junho de 2021, “existiam cerca de 525 mil empresas e outras organizações ativas em Portugal”, o que corresponde a “mais 2,9% do que no início do ano”, numa subida para a qual contribuiu também “a redução dos encerramentos e insolvências que se verifica desde o início da pandemia, em resultado das diversas medidas criadas pelo Estado para apoiar as empresas”.
“No final do 1º semestre de 2021 ambos os indicadores mantêm tendência de descida, com as novas insolvências a recuarem 11,3% e os encerramentos 2,5%”, indica ainda a consultora.