Ryanair condena decisão “bizarra” do Governo britânico por colocar Portugal na “lista amarela”
O CEO da Ryanair critica Boris Johnson e “a sua caótica administração governamental” no que diz respeito às listagens e aos países que delas fazem parte.

Victor Jorge
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Depois de conhecida a decisão do Governo do Reino Unido, “despromovendo” Portugal da “lista verde” para a “lista amarela”, a Ryanair condenou a decisão do Executivo de Boris Johnson, salienta que esta decisão “não tem base na saúde pública ou na ciência médica”.
Apelidando a decisão de “bizarra”, a Ryanair questiona a decisão, até porque “75% dos adultos do Reino Unido já receberam uma vacina COVID”, adiantando, ainda que “as taxas de vacinas em Portugal estão a recuperar rapidamente os níveis do Reino Unido, com mais de 40% dos adultos de Portugal a receber uma vacina COVID”, diz a Ryanair.
A decisão de mover Portugal da “lista verde” para “lista amarela” também “não tem base médica ou de saúde pública” quando as taxas de infeção de COVID em Portugal “são idênticas às taxas do Reino Unido (em apenas 50 casos por 100.000)”, diz a Ryanair.
A Ryanair também condenou o ministro dos Transportes, Grant Shapps, de não adicionar outros destinos à “lista verde” do Reino Unido, como Malta, que agora ultrapassou o Reino Unido com quase 80% da população vacinada, indicando que as taxas de casos são de apenas 12 por 100.000 habitantes, menos de 25% da taxa no Reino Unido.
A Ryanair também pediu que outros destinos, como as ilhas Baleares e as Canárias, fossem imediatamente adicionadas à “lista verde” do Reino Unido, quando as taxas de casos COVID são, aproximadamente, 30 por 100.000, “consideravelmente menores do que as taxas de casos no Reino Unido”, considera a companhia aérea irlandesa.
Michael O’Leary, CEO da Ryanair, admite, em comunicado, que “o Governo de Boris Johnson está, novamente, a administrar mal a recuperação da COVID”.
“Esta abordagem ‘pára-arranca-pára’ para viagens curtas na Europa é inexplicável e injustificada quando 75% da população do Reino Unido já recebeu uma vacina COVID”, diz O’ Leary, considerando, ainda que “os cidadãos do Reino Unido que já reservaram uma viagem para Portugal merecem uma explicação”, já que é “prejudicial para o Reino Unido e para milhões de famílias no Reino Unido”.
O responsável pela Ryanair apela ainda que Boris Johnson e Grant Shapps “devolvam” Portugal imediatamente à ‘lista verde’ e adicionem outros destinos de baixo risco, “para que as famílias britânicas possam planear as suas férias para o verão de 2021 sem serem repetidamente interrompidas por Boris Johnson e sua caótica administração governamental”, conclui O’Leary.