EasyJet perspetiva verão otimista com operação a chegar aos 60% em junho
O diretor da easyJet para Portugal pede ainda que seja revisto o preço dos testes PCR admitindo que este tem “um enorme peso na operação”.
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O alívio das restrições impostas pela pandemia da COVID-19 e o avanço dos planos de vacinação nos vários países têm impulsionando a procura por viagens para os próximos meses. Também a entrada de Portugal no corredor verde do Reino Unido atiçou o interesse pelo país impulsionando a confiança da operação turística na época alta que se avizinha. É neste sentido que a easyJet traça planos otimistas para os próximos meses, admitindo que, atualmente, está já a operar mais de um terço da sua capacidade.
“Comparativamente a abril, em que estávamos a operar apenas 20% da nossa capacidade, em maio já estamos a operar mais de um terço da nossa capacidade normal e espero no mês que vem chegar perto dos 60% da nossa capacidade normal”, disse o diretor da easyJet para Portugal.
O representante da companhia de baixo-custo, que falava no painel sobre ligações aéreas e segurança sanitária, no primeiro dia do XVII Congresso da ADHP, a decorrer em Fátima, explicou que esta semana foram adicionados mais 186 mil lugares para Portugal “de forma a ajustar a procura sentida para os meses de junho e julho”.
“O impacto maior é nos destinos de lazer. Faro vai estar, em junho, com uma ocupação perto dos 70% da nossa capacidade normal num ano como 2019 e o Funchal vai estar com uma capacidade já perto dos 90% daquilo que é a nossa operação normal”, acrescentou.
José Lopes referiu ainda que apesar da incerteza provocada pela conjuntura pandémica, a low-cost tem conseguido responder rapidamente adaptando-se à procura. “As restrições na nossa rede vão continuar. Tivemos, nos últimos dias, várias notícias de países a voltarem a proibir voos. Na easyJet tivemos de garantir que estávamos preparados para, por um lado, lidar rapidamente com estas mudanças, mas, mais importante ainda, aproveitar as oportunidades que vão continuar a surgir no nosso caminho e sermos rápidos a aproveitar essas oportunidades”, admitiu.
Preço dos testes PCR tem “impacto enorme na procura”
José Lopes reiterou a urgência em baixar o preços dos testes PCR para bem da saúde da economia e do turismo. “O que temos vindo a fazer e vamos continuar a fazer é pedir aos governos que forneçam quer aos consumidores de viagens quer às companhias aéreas a clareza que é necessária para saber para onde é que é seguro viajar, em termos de destino, o mais rapidamente possível, e que, ao mesmo tempo, façam de tudo para reduzir o custo dos testes porque esses sim têm um impacto enorme na procura e serão vitais para que quer o turismo quer a economia possam recuperar”, advertiu.
O diretor da easyJet para Portugal pediu que seja utilizado um sistema de semáforo que permite o alívio das restrições nas viagens aéreas baseado num estudo da Yale School of Public Health.
De acordo com os resultados da investigação. que foram partilhados pela companhia aérea com os diversos governos europeus, poderiam ser eliminadas as restrições no transporte aéreo em países com menos de 500 casos de infetados por COVID-19 por 100 mil habitantes.
Já no segundo nível do semáforo, o amarelo, os países com o número de infetados entre os 500 e os mil por 100 mil habitantes deveriam poder realizar um teste antigénio em detrimento de um PCR.
“O estudo prova, de forma bastante segura que um teste antigénio a menos de cinco dias e outro a menos de três dias da viagem cobrem, a nível de saúde pública, o mesmo nível de segurança de rastreio que um teste PCR feito 72 horas antes. Qual é a grande diferença? Dois testes antigénio custam cerca de 20 euros, um teste PCR custa mais de 100”, apontou.
Questionado sobre se acredita que os PCR possam vir a ser eliminados em definitivo, José Lopes defende que há outras prioridades, para já. “Acabar com os testes PCR é complexo. Debatemo-nos com algum lobby da indústria da saúde relativamente aos interesses económicos pelos custos dos testes PCR. Lá chegaremos mas, neste momento, é mais prioritário o Passaporte Verde e o fim das limitações para qualquer tipo de teste para as pessoas que já estão vacinadas”, concluiu.
*O Publituris está em Fátima a convite da ADHP