Atividade turística mantém quebra, mas menos acentuada
O primeiro trimestre de 2021 mostra uma diminuição de 80% das dormidas totais face aos primeiros três meses de 2020.

Victor Jorge
Turismo de golfe pode valer quase 66 mil milhões de dólares até 2035
Herança Judaica na Europa é nova série de “Viagens com Autores” da Pinto Lopes Viagens
Inscrições até 20 de maio: Turismo de Portugal vai “comandar” missão empresarial a Cabo Verde
Tunísia prevê temporada turística “excecional”, segundo o governo
Escolas de Hotelaria e Turismo de Portugal vão colaborar com congéneres do Luxemburgo
Portugal é país convidado de honra na Feira do Livro de Praga 2025
FLOA e GEA Portugal melhoram experiência de compra no setor das viagens com solução Buy Now Pay Later
Turkish Airlines passa a ligar diariamente Sevilha a Istambul a partir de setembro
Ilhas da Macaronésia buscam objetivos comuns na área do turismo
Depois de Espanha turismo de Albufeira mostra-se no mercado norte-americano
O setor do alojamento turístico registou 283,7 mil hóspedes e 636,1 mil dormidas em março de 2021, correspondendo a variações negativas de 59% e 66,5%, respetivamente, face ao mesmo mês de 2020 (-87,1% e -87,8% em fevereiro, pela mesma ordem), revelam os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), numa análise que já compara dois meses de 2020 e 2021 impactados pela pandemia COVID-19.
As dormidas de residentes diminuíram 20,2% (-74,9% em fevereiro) e as de não residentes recuaram 86,2% (-94,5% no mês anterior).Já neste primeiro trimestre do ano, verificou-se uma diminuição de 80,0% das dormidas totais, resultante de variações de -59,3% nos residentes e de -90% nos não residentes.
Os dados mostram, igualmente, que, em março, 58,5% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (63,9% em fevereiro).O mercado interno (peso de 71,1%) contribuiu com 452,1 mil dormidas, ao longo do terceiro mês de 2021, representando um decréscimo de 20,2% (-74,9% em fevereiro). Já as dormidas dos mercados externos diminuíram 86,2% (-94,5% no mês anterior) e atingiram 184 mil.
A totalidade dos dezassete principais mercados emissores manteve decréscimos, tendo representado 79,2% das dormidas de não residentes nos estabelecimentos de alojamento turístico neste mês. As menores reduções registaram-se nos mercados polaco (-37,9%), italiano (-53,5%) e os maiores decréscimos verificaram-se nos mercados canadiano (-98,3%), britânico e dos Países Baixos (-93,4% em ambos).Na análise ao primeiro trimestre de 2021, destaque para as quebras registadas pelos mercados canadiano (-98%), China (-97,6%), dos EUA e Dinamarca (-95,1% em ambos).
Todas as regiões registaram decréscimos das dormidas no mês de março de 2021. Alentejo (-16,5%), Açores (-36,1%) e Centro (-39,3%) foram as regiões que menores diminuições registaram, enquanto as restantes regiões registaram decréscimos superiores a 50%. Lisboa concentrou 25,6% das dormidas, seguindo-se o Norte (20,2%), o Centro (15,3%) e o Algarve (13,7%).No conjunto dos primeiros três meses do ano, as regiões que apresentaram menores diminuições no número de dormidas foram o Alentejo (-59,4%), Açores (-67%), Centro (-71,3%) e Norte (-75,2%), enquanto as restantes regiões registaram decréscimos superiores a 80%.
Em março, todas as regiões apresentaram decréscimo no número de dormidas de residentes com exceção do Alentejo (+4,5%). As maiores reduções verificaram-se no Algarve (-37,9%) e Centro (-28,7%).Neste mês, em termos de dormidas de não residentes, o Alentejo apresentou um decréscimo de 57,9% e o Centro registou uma redução de 60,5%, enquanto as restantes regiões apresentaram decréscimos superiores a 75%.
Em março, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,24 noites) reduziu-se 18,3% (-5,5% em fevereiro). A estada média dos residentes aumentou 1,9% e a dos não residentes cresceu 8,9%.