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Portugal entre os destinos mais escolhidos pelos espanhóis para viajar em 2021 e 2022

Portugal aparece 2.º destino mais escolhido pelos espanhóis para viajar em 2021 e 2022, aparecendo ainda a referência isolada aos Açores. Contudo, viajar para os espanhóis, só a partir de setembro.

Victor Jorge
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Portugal entre os destinos mais escolhidos pelos espanhóis para viajar em 2021 e 2022

Portugal aparece 2.º destino mais escolhido pelos espanhóis para viajar em 2021 e 2022, aparecendo ainda a referência isolada aos Açores. Contudo, viajar para os espanhóis, só a partir de setembro.

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De acordo com uma sondagem efetuada, recentemente, pelo Travelzoo, Portugal está entre os destinos estrangeiros preferidos dos espanhóis para as suas férias não só em 2021, como, igualmente, em 2022, uma vez levantadas as restrições às viagens.

A sondagem adverte, contudo, que não se trata de uma sondagem geral, mas sim e somente aos consumidores registados no Travelzoo e predispostos a viajar.

Portugal aparece em segundo lugar com 18,2% das respostas, somente atrás de Itália que recebe 18,9%, mas à frente de França (15,5%) ou Grécia (8,6%). Destaque ainda para a referência aos Açores, que aparece com 4,3% das menções.

Quanto a outros destinos mais distantes, Brasil recebe 1,3% das respostas, enquanto México 4,2%, Caraíbas 9,5%EAU, 1,4%, Fiji, 0,1%, Filipinas 0,8%, Indonésia 2,3%, Maldivas 4,2%Tailândia 0,8%; EUA 8,7% ou Turquia 3,4%.

Espanha lidera, contudo, o ranking, apontando 53,7% dos espanhóis que este será o destino preferido para as suas férias em 2021 e 2022.

Não se pense, no entanto, que existe uma correria desenfreada aos destinos mais procurados. A pesquisa do Travelzoo indica, também, quando é que os espanhóis planeiam as próximas viagens internas e externas, aparecendo o mês de setembro de 2021 como a altura mais referenciada para fazer férias domésticas ou mais regionais.

A pesquisa refere ainda que 16,7% dos espanhóis ainda não sabe quando viajará por Espanha, não se sentido confortável em efetuar reservas neste momento, subindo esse valor para 26,7% quando se trata de viagens ao estrangeiro, embora 19,3% indique que o mais provável é só viajar em 2022.

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Negócios no turismo e viagens caem mais de 60% em fevereiro

Depois de em janeiro terem caído 42,4% face ao mês anterior, os negócios no setor do turismo e viagens decresceram mais de 60% em fevereiro de 2023, face a igual mês de 2022.

Os negócios no setor do turismo e viagens continuam em queda. Os dados mais recentes da GlobalData mostram que, em fevereiro de 2023, os negócios neste setor caíram 60,4% face ao mês homólogo de 2022, demonstrando uma “resistência na recuperação depois da quebra provocada pela pandemia”, refere a consultora.

A análise feita pela GlobalData indica que o volume de negócios na indústria ficou a mais de metade dos 111 negócios realizados em fevereiro de 2022, atingindo 44 negócios no segundo mês de 2023.

Aurojyoti Bose, Lead Analyst da GlobalData, refere que “este declínio salienta a incerteza e os desafios contínuos, incluindo a mudança no comportamento do consumidor e a volatilidade económica enfrentados pela indústria de turismo e viagens”. O responsável frisa ainda que, “como o cenário do mercado está a mudar rapidamente, com receios de recessão, os investidores parecem ter-se tornado mais  cautelosos”.

A atividade de negócios caiu significativamente na maioria dos países, em fevereiro, com várias quedas na casa dos dois dígitos, com alguns dos principais mercados a não registarem qualquer negócio durante o mês.

Nos EUA, por exemplo, principal mercado em termos de volume de negócios, a quebra foi de 71,9% no volume de negócios, em fevereiro de 2023. Da mesma forma, o Reino Unido testemunhou uma descida considerável na comparação anual no volume de negócios, apontando a GlobalData para uma queda de 46,2%.

Mercados como o Japão, Alemanha e Espanha não viram, por sua vez, qualquer negócio no setor do turismo e viagens durante o mês de fevereiro.

Todos os tipos de negócios (fusões e aquisições, financiamento de risco e negócios de private equity) também registraram queda no volume de negócios em fevereiro de 2023. O número de negócios de financiamento de risco e private equity caiu 59,4% e 60%, respetivamente, enquanto as fusões e o volume de transações de aquisição caíram 60,9% no segundo mês de 2023 face a igual período de 2022.

Bose conclui, assim, que “o declínio na atividade de negócios na indústria do turismo e viagens é um forte lembrete dos desafios e incertezas que ainda se registam, ao mesmo tempo que se procura uma recuperação da pandemia”.

Bose considera, contudo, que esta realidade também apresente uma “oportunidade para explorar novos modelos e parcerias que podem impulsionar a inovação e o crescimento na era pós-pandemia. À medida que a indústria continua a enfrentar esses obstáculos, os investidores devem permanecer vigilantes e adaptar-se às tendências e oportunidades emergentes”.

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Brasil lança campanha contra o turismo sexual

Denominada “O turismo respeita as mulheres”, a campanha do Ministério do Turismo do Brasil contra o turismo sexual está a ser divulgada nas redes sociais e surgiu depois de alguns episódios de assédio de turistas estrangeiros a mulheres brasileiras.

O Ministério do Turismo do Brasil lançou, na semana passada, uma campanha contra o turismo sexual, denominada “O turismo respeita as mulheres” e que surge depois de alguns episódios de assédio sexual por parte de turistas estrangeiros a mulheres brasileiras.

Segundo uma nota publicada no site do Ministério do Turismo do Brasil, esta campanha pretende “provocar uma grande mobilização, envolvendo órgãos governamentais, trade turístico, sociedade civil e cidadãos, esclarecendo que esses atos são criminosos e nada se relacionam com o turismo”.

A nova campanha do Brasil contra o turismo sexual conta com um vídeo em que as ministras do Turismo, Daniela Carneiro, e das Mulheres, Cida Gonçalves, “alertam que situações de assédio ou importunação sexual devem ser denunciadas às autoridades competentes”.

“Precisamos posicionar-nos e denunciar situações como essas às autoridades competentes. Exploração sexual não é turismo, é crime e todos nós temos que estabelecer essa rede de proteção importante”, enfatizou a ministra do Turismo, Daniela Carneiro.

As ações no âmbito desta campanha estão a ser divulgadas nas redes sociais com a hashtag #OTurismoRespeitaAsMulheres, estando também prevista a divulgação de vídeos sobre o tema nas redes sociais, além de outras ações de conscientização.

 

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Depois da CEO e do ‘chairman’, mais uma baixa na TAP

No dia em que a companhia aérea apresentou os resultados referentes ao ano 2022, foi conhecida mais uma baixa na equipa executiva da TAP: Silvia Mosquera Gonzalez.

Victor Jorge

A vogal do Conselho de Administração e da comissão executiva da TAP, Silvia Mosquera Gonzalez, apresentou esta terça-feira, 21 de março, a renúncia ao cargo, adiantou a companhia aérea à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

No dia que ficou marcado pelo regresso aos lucros, ao fim de seis anos (relembra-se que a última vez que a companhia aérea apresentou resultados positivos foi em 2017), em comunicado, a TAP refere que Silvia Mosquera Gonzalez apresentou a renúncia ao cargo através de uma carta e que esta saída “produzirá efeitos no dia 23 de junho”.

No mesmo comunicado, a TAP “agradece todo o serviço prestado, numa altura particularmente desafiante para a companhia, e deseja-lhe as maiores felicidades pessoais e profissionais para o futuro”.

Recorde-se que Silvia Mosquera Gonzalez integrava os órgãos e corpos sociais da TAP para o quadriénio 2021-2024 desde 28 de junho de 2021.

Esta é a terceira “baixa de peso” na estrutura de liderança da TAP, depois da demissão da CEO,Christine Ourmières-Widener, e Manuel Beja, presidente do conselho de administração, e antes de Luís Rodrigues assumir o cargo de CEO, provavelmente, em meado do mês de abril.  

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Delta Air Lines retoma voos diários entre Lisboa e Boston a 9 de maio

Com os voos diários para Boston, a Delta Air Lines aumenta a sua operação entre Portugal e os EUA que, este verão, conta com um total de 14 ligações aéreas por semana, incluindo os voos diários para Nova Iorque-JFK, que decorrem ao longo de todo o ano.

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Os voos diários sazonais da Delta Air Lines entre Lisboa e Boston, nos EUA, regressam a 9 de maio, numa operação que vai decorrer até 27 de outubro, data que marca o final da temporada de verão para a aviação, informou a companhia aérea norte-americana em comunicado.

Os voos da Delta Air Lines entre Lisboa e Boston vão ser operados num avião Boeing 767-300 e vêm complementar a operação que a companhia aérea já disponibilizava entre Lisboa e Nova Iorque-JFK, que decorre ao longo de todo o ano e que também conta com voos diários, totalizando 14 voos por semana entre Portugal e os EUA.

“No total, a Delta vai oferecer até 14 voos por semana entre Portugal e os Estados Unidos este verão, oferecendo até 430 lugares diários, incluindo nas cabines superiores Delta Premium Select e Delta One. Ambos os serviços oferecem aos clientes mais opções de destinos nos EUA, graças a conexões convenientes através dos hubs da Delta em Nova York-JFK e Boston”, indica a companhia aérea no comunicado divulgado esta terça-feira, 21 de março.

“O voo direto da Delta entre Lisboa e Boston, que nos orgulhamos de servir desde 2019, permite que os nossos clientes portugueses se conectem a um número alargado de destinos nos EUA e mais além através de um dos nossos hubs mais dinâmicos e em rápido crescimento no Atlântico. Ao mesmo tempo, a retoma deste serviço de verão possibilita que os nossos clientes norte-americanos de lazer e negócios – um dos 5 principais mercados emissores em termos de receita – cheguem a um destino cada vez mais popular na nossa rede”, congratula-se Nicolas Ferri, Vice-Presidente para a região EMEAI da Delta Air Lines.

Os voos da Delta Air Lines vão ter partida de Lisboa pelas 10h00, chegando a Boston às 12h30, enquanto em sentido contrário a partida da cidade norte-americana está marcada para as 20h30, chegando à capital portuguesa pelas 08h00 do dia seguintes, sempre em horários locais.

Já os voos da Delta Air Lines para Nova Iorque-JFK têm partida de Lisboa às 10h00 e chegam à cidade dos EUA pelas 12h45, enquanto em sentido contrário a partida de Nova Iorque decorre às 20h10 para chegar a Lisboa pelas 08h00 do dia seguinte, também em horários locais.

Para Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, o regresso desta rota é “uma prova relevante da retoma turística que se verifica em Portugal” e que assume ainda maior importância tendo em conta que os Estados Unidos são um dos principais mercados emissores de turistas para Portugal.

Já Francisco Pita, Chief Commercial Officer da ANA – VINCI Airports, defende que o reforço da operação da Delta Air Lines “mostra o entusiasmo crescente do mercado norte-americano por Portugal”, particularmente por Lisboa.

“Este continua a ser um dos mercados que mais tem crescido no pós-pandemia, contribuindo para a rápida retoma do tráfego aéreo nos aeroportos portugueses. As ligações diretas, como a rota Lisboa – Boston, consolidam e dinamizam o mercado, pelo que agradeço às nossas equipas, ANA|VINCI Airports, Delta Air Lines e demais parceiros pelo excelente trabalho realizado em prol da sustentabilidade desta rota e da conectividade do país”, congratula-se o responsável da ANA – VINCI Airports.

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AHP defende que medidas propostas pelo Governo penalizam o AL e não resolvem o problema da habitação

Apesar de a associação considerar que o pacote proposto “contempla, no que respeita a alterações legislativas gerais, algumas medidas positivas, [este] tem medidas gravosas para os estabelecimentos de Alojamento Local, que não vão atingir os objetivos pretendidos pelo Governo”.

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A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) submeteu, no âmbito da consulta pública do Pacote “Mais Habitação”, o seu parecer sobre as medidas propostas pelo Governo para o Alojamento Local (AL).

Em comunicado de imprensa, a AHP declara que, no seu entender, estas medidas “penalizam mais o AL do que resolvem o problema da habitação”, sublinhando que dentro do AL “há realidades muito diferentes, desde um quarto a um apartamento em self catering, a Hostels, blocos de apartamentos ou Guesthouses com vários quartos que prestam serviços verdadeiramente hoteleiros”.

Por essa razão, a AHP considera “que é fundamental tratar estas realidades de forma distinta”, ou seja, os estabelecimentos que a AHP qualifica “há muito de AL coletivo devem entrar dentro do leque dos Empreendimentos Turísticos, seja quanto ao licenciamento, quanto ao tratamento fiscal, às obrigações de segurança e higiene, aos apoios financeiros, à promoção, entre outros”. Nestes casos, a associação afirma que “estas realidades não são, naturalmente conversíveis em habitação”.

Nesse sentido, a AHP afirma ainda que as medidas propostas, como “a suspensão de novas licenças, a renovação quinquenal não automática e a caducidade das licenças por qualquer causa de transmissão nunca deveriam ser aplicadas a estes estabelecimentos”.

Apesar de a associação considerar que o pacote proposto “contempla, no que respeita a alterações legislativas gerais, algumas medidas positivas – como a possibilidade de alterar automaticamente o uso de imóveis de comércio ou serviços em imóveis para habitação; a alteração da lei dos solos e a simplificação dos processos de licenciamento – [este] tem medidas gravosas para os estabelecimentos de Alojamento Local, que não vão atingir os objetivos pretendidos pelo Governo”.

Por essa razão, a AHP deixa três propostas para o Alojamento Local.

A primeira prende-se com a distinção do AL, ou seja, estabelecimentos de hospedagem, hostels e blocos de apartamentos com serviços integrados, do restante AL, “fazendo com que estes estabelecimentos sejam encaminhados para dentro da lei hoteleira”.

Numa segunda proposta a AHP sugere a distinção de situações de AL em locais de veraneio do AL em meios urbanos/cidades – “sendo que, no primeiro caso, os incentivos e penalizações fiscais, os poderes conferidos aos condomínios e as limitações às transmissões/caducidades das licenças não se devem aplicar”, na opinião da associação.

Por último, aponta para que “sejam os municípios – que, aliás, já têm essas competências atribuídas por lei da Assembleia da República – a impor limitações, conforme as diversas realidades, e a aplicar medidas de contenção e de monitorização”.

“Medidas propostas não irão satisfazer a escassez óbvia de habitação em Portugal”

De forma paralela, e reconhecendo que “a hotelaria sofre também diretamente o impacto da escassez da habitação para os seus trabalhadores”, a AHP propõe a criação de um incentivo extraordinário de apoio à habitação, com limite máximo mensal, para os trabalhadores deslocados. De acordo com a associação este apoio não deverá ser integrado na remuneração e será isento de contribuições e impostos.

“Este é não só um apoio importante para ajudar os trabalhadores a suportar o custo com a habitação quando deslocados do seu local de residência habitual, mas virá também promover a mobilidade da mão de obra e a resposta às necessidades de todos os setores económicos”, defende a associação.

Numa nota final, a AHP considera que “este regime agora em discussão carece de maior estudo e ponderação”. No seu entender, se este vier a ser aprovado, “vai gerar uma enorme incerteza no investimento privado, criando uma grande instabilidade nos negócios, mas também compromete a satisfação de uma procura turística específica”. Além disso, a associação aponta que a potencial aprovação: “sacrifica a economia local e os pequenos negócios que trabalham em torno desta realidade; priva segundas habitações de utilização económica; confunde pressão que verifica nas urbes com locais de veraneio e vai empurrar de novo para o mercado paralelo muitas situações”. Remata ainda que “as medidas propostas neste não irão satisfazer a escassez óbvia de habitação em Portugal”.

Para além da submissão do Parecer em sede de consulta pública, a AHP afirma já ter enviado ao Governo as suas propostas, estando disponível “para dialogar e trabalhar em conjunto para uma solução que satisfaça os diferentes interesses”.

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TAP com lucros de 65,6 milhões e receitas de 3,5 mil milhões de euros

Os resultados da TAP regressaram ao “verde”, tendo atingido, em 2022, 65,5 milhões de euros de lucro. Numa aguardada conferência de imprensa, os resultados foram divulgados em comunicado e somente aos investidores.

Victor Jorge

A TAP terminou o ano de 2022 com lucros líquidos de 65,6 milhões de euros, correspondendo a um aumento de 1.664 milhões de euros face aos 1.599 milhões de euros atingidos no final de 2021.

Em comunicado e somente aos investidores, Christine Ourmières-Widener, CEO que está de saída da TAP, referiu que, “no quarto trimestre de 2022, a TAP foi capaz de gerar as receitas trimestrais mais elevadas da sua história e uma rentabilidade recorde, apesar dos contínuos desafios operacionais”.

No comunicado pode ler-se ainda que “durante o primeiro ano completo do Plano de Reestruturação, a TAP gerou um lucro operacional que é um recorde histórico para a empresa. A TAP gerou também um lucro líquido positivo muito forte, tendo em conta o seu nível de alavancagem”, frisa a CEO que está de saída, depois de demitida pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, e ministra das Infraestruturas, João Galamba.

No que diz respeito às receitas, a companhia aérea nacional chegou aos 3.485 milhões de euros, mais 2.096 milhões de euros que em 2021, ano em que as receitas não foram além dos 1.389 milhões de euros.

Quanto aos gastos operacionais, estes totalizaram, em 2022, 3.217 milhões de euros, uma subida de 340 milhões face ao ano anterior de 2021, para o EBIT ficar em terreno positivo, atingindo os 268 milhões de euros, ou seja, mais 1.757 milhões que no ano anterior.

O EBITDA, por sua vez, chegou aos 777,7 milhões de euros, contra os 899 milhões negativos de há um ano.

Ao nível dos passageiros, a TAP transportou, em 2022, 13,759 milhões de passageiros, correspondendo a uma subida superior a 136% face aos 7,932 milhões de 2021. Já quanto ao load factor, a companhia aérea informa que este passou de 63%, em 2021, para 80%, em 2022, ou seja, mais 17 pontos percentuais.

Detendo 93 aeronaves, o número de partidas da TAP, em 2022, atingiu as 107.856 contra as 61.664 de 2021.

4.º trimestre em alta
Mas se os resultados anuais foram positivos, o 4.º trimestre foi ainda melhor. De acordo com as contas apresentadas no comunicado, a TAP atingiu nos últimos três meses de 2022 um resultado líquido de 156,4 milhões de euros, face aos 971,5 milhões negativos do mesmo período de 2021.

Em termos de rendimentos operacionais, estes também registaram uma subida, passando de 561,7 milhões para 1.045 milhões de euros, no último trimestre de 2022. Já os gastos operacionais, registaram uma descida de 705 milhões de euros, passando de 1.627 milhões de euros, no 4.º trimestre de 2021, para 922 milhões de euros nos últimos três meses de 2022.

EBIT e EBITDA também passaram do vermelho para o verde, sendo que no primeiro caso atingiram os 122,7 milhões de euros e no segundo 275,7 milhões de euros.

Finalmente, no número de passageiros, a TAP transportou, no último trimestre de 2022, mais 1,2 milhões de passageiros, atingido os 3,615 milhões, correspondendo a uma subida superior a 50%.

Também o número de partidas aumentou, tendo passado de 22.358 para 27.910, para o load factor passar de 69,9% para 81,5% no último trimestre de 2022.

Indicação que consta da apresentação da TAP aos investidores (Resultados 2022)

Resultados sobem, mas custos também
Se no que diz respeito aos lucros, passageiros transportados e rendimento os resultados da TAP passaram para o verde, os custos com a operação registaram caminho inverso, com a companhia aérea a indicar que os gastos operacionais com combustíveis passaram de 340,5 milhões para 1.097 milhões de euros, ou seja, uma subida superior a 200%.

No campo dos custos com pessoal, estes também aumentaram, passando de 373 milhões para 417 milhões de euros.

Futuro com fundações para um negócio sustentável e lucrativo
Com o plano de reestruturação a decorrer, a TAP refere na apresentação aos investidores (em inglês) que a companhia possui as fundações para um negócio “sustentável e lucrativo”, com base na “localização geográfica única, sendo a porta de entrada natural para a Europa; ligações históricas e culturais com o Brasil; sendo o líder de mercado no tráfego Europa-Brasil; uma exposição crescente à América do Norte, sendo um mercado de alto rendimento para Portugal; grande capacidade em África, sendo uma referência no tráfego para a África Ocidental e do Sul”.

No que diz respeito ao load factor já reservado, a TAP informa que, até 10 de março de 2023, este está 11pontos percentuais acima do mesmo período de 2019, atingindo os 72% contra os 61% do mesmo período de 2019. Já o load factor reservado para o 2.º trimestre de 2023, a companhia aérea está 9 pontos percentuais acima do mesmo período de 2019, registando 55% contra os 46% do período pré-pandémico.

Ainda para o futuro, a TAP refere que a “agenda de transformação irá continuar em 2023. No que toca ao consumidor/cliente, a companhia indica que irá “melhorar a gestão e serviço self-service”, bem como “otimizar a performance do call center”, assim, como “melhorar a qualidade de serviço”. Esperada será, também, uma atualização do site e da APP da TAP, assim como uma “melhoria na experiência de voo, rever os benefícios do programa de passageiros frequentes e melhorar o lounge de Lisboa”.

Quanto às receitas, espera-se um aumento da capacidade no tráfego com os EUA e Brasil, existindo ainda a intenção de relançar o programa de “Stopover” e melhorar o programa “TAP Corporate”.

Nos custos, a indicação é de que haverá “renegociação  de contratos com terceiros” e com “fornecedores de aeronaves e locadores”, além de uma otimização do inventário de gestão, da implementação de um programa de melhoria operacional e do lançamento de medidas adicionais para a eficiência ao nível do combustível”.

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Recuperação dos destinos do sudeste europeu quase concluída

A análise da Mabrian mostra um 2023 promissor com muitos destinos do sudeste da Europa a ultrapassar já os números de 2019.

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Uma análise recente da Mabrian revela a evolução da conectividade aérea e os preços dos hotéis no sudeste da Europa, incluindo países como Croácia, Grécia, Chipre, Bulgária, Grécia, Eslovênia e Albânia, analisando a capacidade de lugares aéreos em comparação com 2019 e os preços dos hotéis em comparação com 2022 para revelar que a recuperação não é uniforme em todos os destinos.

A informação publicada antes do evento anual New Deal Europe em Londres, a 28 de março, para destinos do sudeste da Europa, visa, tendo em conta os dados referentes à capacidade aérea para o ano de 2023 completo vs 2019, e para os hotéis para o período até 16 de agosto vs 2022 para hotéis, ajudar os destinos da região a tomar decisões informadas com base em dados em tempo real para gerir o turismo de uma forma mais eficiente e sustentável.

Conectividade faz números aumentar
As contas referem que Croácia, Chipre, Grécia e Albânia ultrapassaram os números de 2019 em capacidade aérea, com o principal crescimento a ter como causa os voos internacionais, “o que confirma que as viagens internacionais continuarão a recuperar em 2023”, diz a Mabrian.

A capacidade aérea da Croácia de 7,1 milhões de lugares aumentou 16,1%, impulsionada, principalmente, por um aumento de 57% na capacidade com o destino emissor Itália.

A Albânia destaca-se com um aumento de 75% nos voos internacionais face a 2019, ajudada por um aumento de 278% na conectividade com a Alemanha.

A Bulgária está a aproximar-se muito dos volumes de capacidade aérea de 2019, com melhores sinais de recuperação nos voos internacionais do que nos domésticos.

Já a Eslovênia ainda precisa recuperar a conectividade aérea, com voos programados, representando apenas 58% dos níveis de 2019.

Preços nos hotéis em alta
No que diz respeito às tarifas de hotéis, estas continuam a subir para quase todos os destinos nas três diferentes categorias de estrelas.

Os destinos com maiores aumentos de preços vs 2022 são a Bulgária e a Croácia, sendo a Albânia a única exceção, com preços 4,1% abaixo dos níveis de 2022 para hotéis de 4 estrelas (mas acima de 6,3% para hotéis de 3 e 5 estrelas).

Anna Borduzha, vice-presidente de desenvolvimento de negócios da Mabrian, salienta que, “conhecimento é poder e, com estes insights, os destinos no sudeste da Europa podem agora começar a preparar com segurança campanhas de verão que se concentrem nos mercados de origem que realmente podem oferecer visitantes e evitar aqueles que não o conseguem fazer”, reconhecendo que, “em muitos casos, o perfil de visitante típico será agora bem diferente de 2019”.

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O caminho do setor do turismo português rumo à descarbonização

Os mais recentes dados do World Travel & Tourism Council (WTTC) mostram que as emissões do turismo, em Portugal, caíram significativamente ao mesmo tempo que o setor continua a crescer.

Victor Jorge

Os dados mais recentes do World Travel & Tourism Council (WTTC), através do Centro Global de Turismo Sustentável, baseado na Arábia Saudita, revelam que o setor do turismo, em Portugal, continua a evoluir, enquanto as emissões mantêm o seu rumo de descida.

Em 2019, Segundo o WTTC, o setor era responsável por 17,8% das emissões de gases de efeito de estufa. Embora estes números tivessem bem acima da média europeia, o Economic Impact Report (Relatório de Impacto Económico, com sigla EIR, em inglês) do WTTC, refere que a economia portuguesa depende fortemente do setor do turismo e viagens, tendo contribuído com perto de 38 mil milhões de euros para a economia, correspondendo a quase um quinto do Produto Interno Bruto (PIB) global.

A análise da entidade que supervisiona o turismo e as viagens a nível global indicam que este peso do setor do turismo e viagens caiu para 9,8%, em 2020, e 10,2%, em 2021, devido à pandemia.

O WTTC vem agora revelar que, entre 2010 e 2019, o crescimento económico do setor do turismo e viagens, em Portugal, afastou-se das emissões de gases com efeito de estufa, indicando que, durante este período, “o setor contribuiu com um crescimento médio anual de quase 5% para a economia global do país, enquanto as emissões de gases com efeito de estufa aumentaram 4,1% por ano”.

Em 2010, por cada euro gerado pelo turismo e viagens, em Portugal, o setor produziu 0,77 quilos de gases com efeito de estufa. Estes valores caíram, contudo, a uma média anual de quase 1% até 2019, quando o setor atingiu 0,72 quilo por cada euro gerado. Já nos anos seguintes, o valor continuou a decrescer para atingir os 0,59 quilos por cada euro gerado, em 2021.

Esta descida significativa demonstra, segundo do WTTC, “o impacto das medidas implementadas pelo Governo português, bem como pelos privados, para criar um setor mais sustentável”.

Julia Simpson, presidente e CEO do WTTC, refere, no comunicado emitido esta segunda-feira, 20 de março, que “o setor do turismo e viagens em Portugal desassociou o crescimento económico das emissões de gases com efeito de estufa e continua a reduzir a intensidade dessas emissões”.

“Sabemos que ainda existe muito trabalho a fazer. Para alcançar os nossos objetivos e ambições, teremos de realizar passos maiores e mais arrojados para reduzir as nossas emissões”. A responsável do WTTC refere ainda que, “precisamos de apoios contínuos por parte do Governo no aumento de transportes sustentáveis. Isto terá um impacto significativo na nossa pegada, minimizando as emissões globais e que farão com que o setor atinja os seus objetivos”.

Energia mais eficiente
O WTTC fornece, igualmente, informações sobre o uso e a eficiência de energia do setor e mostra que, entre 2010 e 2019, o uso total de energia do setor aumentou apenas 3,6% por ano, demonstrando que, embora o turismo e viagens continuem a crescer, também se tornaram “mais eficiente do ponto de vista energético”, demonstrando que, entre 2010 e 2021, a utilização de energia de baixo carbono no mix energético nacional aumentou de 6,6% para 7,5%, enquanto a dependência do setor de combustíveis fósseis como fonte de energia também diminuiu.

De referir que esta pesquisa do WTTC abrange 185 países em todas as regiões do mundo e será atualizada a cada ano.

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Ávoris vai fazer rebranding da Travelplan ainda este ano

O CEO da Ávoris Corporación Empresarial, Juan Carlos González, revelou que o grupo vai fazer o rebranding da Travelplan ainda antes do verão.

Em entrevista ao jornal espanhol Agenttravel,  Juan Carlos González disse que depois de assumir o cargo de CEO da Ávoris Corporación Empresarial,   estabeleceu três grandes desafios para si mesmo: avançar na distribuição, rentabilidade e internacionalização. Os próximos projetos da empresa incluem o rebranding da Travelplan, Iberrail e Viva Tours.

“Temos várias linhas de trabalho em aberto. Uma delas tem a ver com o posicionamento de uma das nossas marcas, aliás este ano apresentamos ao mercado a nova identidade visual da Catai, que também promove e reforça os valores da marca. Faremos essa mesma transformação para a Travelplan. A ideia é apresentá-lo antes do verão. Vamos reforçar a marca Iberrail, porque entendemos que as viagens comboio+hotel têm um longo percurso, e vamos relançar a marca Viva Tours, que está de regresso fruto do acordo que celebrámos com a Iberia”, declarou.

Na entrevista, o executivo realçou que “também apresentamos uma linha de negócios, sob a marca Ávoristech, na qual colocamos a nossa tecnologia à disposição de outros players do setor. Por fim, é nossa obrigação estarmos muito atentos a tudo o que acontece no mercado e que nos leva a analisar muitas operações. Alguns estão em fases iniciais e há outros mais avançados. O mercado tende a se concentrar e temos que valorizar todas as oportunidades. Acredito sinceramente que a Ávoris é neste momento um parceiro sério, de confiança e seguro”.

No que diz respeito à possível reestruturação do mapa de marcas Ávoris, González apontou que ao nível do B2C “considero que poderá haver alguma alteração. O nosso objetivo é avançar para a especialização e isso significa que temos nichos de mercado para cobrir”. No entanto, no B2B, avançou: “Caminhamos para a concentração de marcas, pelo que a novidade mais relevante é que o produto Quelónea foi absorvido pela Travelplan e Jolidey. Possuímos um portefólio de marcas razoavelmente amplo, composto por Travelplan (generalista), Special Tours (circuitos), Catai (grandes viagens) e Jolidey (Caraíbas). Reunimos as marcas Disney sob uma única gestão (Disney Destinations Ávoris), que será liderada por Miguel Ángel García Maroto”.

No banco de camas o CEO da Ávoris disse que “ todas as marcas que tínhamos vão operar sob a marca Welcomebeds, com exceção da Marsol, já que a sua estratégia de atuação e abordagem ao cliente é muito diferente. No recetivo também vamos juntar tudo sob a marca Welcome Incoming Services”, acrescentando que “iremos também relançar o PlanB!, que passará a ser um operador turístico de experiência”.

Em suma, “estamos a mudar 0 nosso mapa de marcas e a forma como somos vistos pelas agências de viagens. No total, são cerca de seis marcas a menos no nosso portefólio, mas novas surgiram, como a Ávoristech”.

Quanto ao plano de expansão em mente neste momento, o executivo disse que “uma das principais linhas estratégicas da empresa é crescer. Seria um erro não aproveitar a nossa posição para ir além, e temos de fazer isso tanto organicamente quanto inorganicamente. Neste último, estamos a avaliar todas as oportunidades que surgem para fortalecer o grupo, principalmente em nichos onde não atuamos. No orgânico, temos um longo caminho a percorrer”.

Relativamente à Iberojet e ao seu reforço dentro da Ávoris, Juan Carlos González assegurou ao Agenttravel que “vamos potenciar o seu desenvolvimento através da renovação e expansão da frota, da análise de novas rotas e da expansão nos destinos onde a Iberojet já opera e que consideramos o nosso território natural. O objetivo é ampliar as horas de voo tanto em média quanto em longa distância”.

Adicionalmente, “mantemos e alargamos a nossa aposta na implementação de novos sistemas de informação que contribuam para a transformação e evolução em áreas como a distribuição e comercialização, a otimização das operações e uma forte aposta na sustentabilidade, incorporando todos os elementos e tecnologias que permitem fazer progressos na redução do nosso impacto ambiental”.

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Turquia cede a pressão dos EUA e veta reabastecimento de aviões russos

A Turquia cedeu à pressão dos Estados Unidos da América e deixará de abastecer aviões russos em seu território. No entanto, trata-se de uma concessão parcial, já que manterá as ligações aéreas com a Rússia, principal mercado emissor de turistas.

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O Ministério de Alfândega e Comércio da Turquia informou que o abastecimento de combustível e trabalho de manutenção para qualquer aeronave que opere de ou para a Rússia que tenha 25% de peças de origem norte-americana -as produzidas pela Boeing, mas também as Airbus equipadas com motores americanos – passa a ser proibido.

Desta forma, as empresas afetadas por esta nova medida de pressão sobre o Estado russo devido à invasão da Ucrânia são Aeroflot, Azur Air, Pegas Fly, Rossiya, S7 Airlines, Utair e Yamal. Além disso, a companhia aérea bielorrussa Belavia e a iraniana Mahan também serão proibidas de reabastecer na Turquia.

Este anúncio do Governo turco ocorre alguns meses depois da subsecretária de Comércio dos EUA, Thea Rozman, ter alertado, durante uma visita à Turquia, que aqueles que prestam serviços como abastecimento ou fornecimento de peças para aviões americanos que voam para ou da Rússia e Bielorrússia enfrentariam penas de prisão, multas e perda de direitos de exportação.

Recorde-se que entre as sanções e restrições que os Estados Unidos e a União Europeia impuseram à Rússia, destacam-se o encerramento do espaço aéreo às companhias aéreas russas e a proibição de alugar ou vender aeronaves, motores e peças a empresas russas. Essas sanções entraram em vigor em março de 2022 e ainda estão em vigor, embora a Turquia não tenha aderido às mesmas.

 

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