“Um verão forte para as viagens na Europa”, prevê CEO do WTCC
A responsável máxima do WTTC, Glória Guevara, admitiu que este será “um bom verão para a Europa”. Contudo, lançou o alerta para a necessidade de uma coordenação maior entre países e, fundamentalmente, um plano para relançar as viagens.

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Glória Guevara, presidente e CEO do Conselho Mundial das Viagens e Turismo (WTTC, sigla em inglês), admitiu, durante a realização de um webinar organizado pela Associação de Operadores Turísticos Americanos (USTOA, sigla em inglês), que “este será um verão forte para viagens na Europa, incluindo viagens internacionais”.
Guevara exortou os governos a agir de forma coordenada para permitir a “mobilidade” por meio de testes consistentes e documentação requisitada, explicando ainda que um dos métodos eficientes passaria por haver um foco na “avaliação de risco individual” dos destinos, em vez de instituir proibições com base na avaliação de risco nacional, o que é efetivamente “pintar países inteiros com o mesmo pincel”.
Olhando para o futuro, a abordagem ideal seria que as empresas privadas e os governos fossem transparentes, se concentrassem na referida avaliação de risco individual, considerassem métodos para remover quarentenas e trabalhassem em prol de “um futuro mais sustentável e inclusivo”.
Guevara destacou que os países devem ter uma estratégia de saída para relançar as viagens, assim como o Reino Unido já fez ao definir o dia 17 de maio como uma data provisória para a abertura das fronteiras do país, dependendo, claro, da situação pandêmica naquele momento. Se outros países aliviarem ou removerem as restrições, isso deve abrir o caminho para a recuperação da Europa até o verão.
Guevara admitiu ainda que a indústria das viagens e do turismo terá que “coexistir com o vírus” porque “este não vai a lugar nenhum”. “Temos que ser inteligentes, usar tecnologia e trabalhar juntos para implementar soluções que permitam mobilidade”, salientou, acrescentando que as questões sanitárias são, a seguir à instabilidade política, o segundo fator de demora na recuperação do setor das viagens e turismo a nível global.
A responsável pelo WTTC referiu ainda que o objetivo do plano da entidade passa por ter uma recuperação rápida “em forma de V”, assim como após a crise financeira de 2008-2009, ao invés da recuperação mais lenta em “forma de U” que veio após o 11 de setembro.
Contudo, para esta realidade acontecer, Guevara salientou que será necessária coordenação (os países precisam de trabalhar em conjunto, uma vez que as viagens não são isoladas); foco na avaliação de risco individual em vez da avaliação de risco nacional; reforçar os protocolos de saúde e segurança, como uso de máscaras e vacinas; e apoiar o setor das viagens e turismo, incluindo proteção aos trabalhadores e a necessidade de uma “estratégia de saída”, ou seja, um plano para relançar as viagens.
De acordo com as contas de Guevara, a indústria das viagens e turismo perdeu 174 milhões de empregos globalmente na pandemia, com o WTTC a apresentar um plano para recuperar 100 milhões desses empregos.
Finalmente, a presidente e CEO do WTTC afirmou ainda que outro ponto fundamental no futuro é algum tipo de consistência entre os passes sanitários, apontando diferenças entre passaportes de saúde, que incluem um extenso histórico pessoal de saúde e problemas atuais de privacidade, e passes de saúde, que contêm apenas informações relevantes para uma viagem específica, como vacinas ou testes.
Por isso mesmo, o WTTC não aceita a exigência de passaportes de saúde, concluindo Guevara que existem muitos bons passes de saúde e aplicativos disponíveis e que, embora nenhum deles se tornasse universal, estes deveriam funcionar entre si.