Sobrevivência de Alojamento e Restaurantes depende de apoios a fundo perdido

A AHRESP apresentou, esta quinta-feira, ao Governo uma proposta de novas medidas que visam “proteger as empresas e o emprego nos próximos meses”. Segundo a associação que representa as empresas da Restauração, Similares e do Alojamento Turístico, a proposta propõe o reforço dos apoios a fundo perdido para a liquidez das empresas, na maior proteção do emprego e na intensificação do apoio ao pagamento das rendas.
Recorde-se que a nova fase de confinamento geral anunciada esta quarta-feira pelo primeiro-ministro, que impõe o encerramento legal das atividades da restauração e similares, permite apenas o funcionamento em regime de take-away e entrega ao domicílio (delivery).
Para a AHRESP, “as restrições impostas no âmbito deste novo confinamento, com o dever de permanecer em casa, a obrigatoriedade do teletrabalho e o substancial aumento das coimas pelo não cumprimento das regras sanitárias agravam a já muito debilitada situação financeira de toda a atividade turística”. Além do encerramento legal da restauração e similares, “também o alojamento turístico se vê obrigado a suspender a atividade, com consequências dramáticas para a sustentabilidade dos negócios e manutenção dos postos de trabalho”, sublinha a associação.
É assim “urgente a adoção de medidas específicas e excecionais para a Proteção das Empresas e do Emprego”, frisa a AHRESP em comunicado. Para tal enumera a necessidade de reforçar as tesourarias com a atribuição de apoio a fundo perdido através do programa Apoiar.PT, aumentando a intensidade de apoio nas micro, pequenas e médias empresas; mas ainda o apoio excecional à manutenção do emprego, com o apoio a 100% dos salários dos trabalhadores (sem limites de quebras de faturação), e isenção a 100% da TSU; e o apoio a fundo perdido ao pagamento de rendas, com o reforço do programa Apoiar Rendas, nomeadamente com o apoio a 100% do valor das rendas nos meses de janeiro e fevereiro.