TAP só opera 30% da capacidade em novembro e dezembro
Companhia vai reforçar as rotas com maior procura no Natal e Ano Novo, mas admite que a operação de novembro e dezembro fica “muito aquém” da anterior à pandemia.

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A TAP conta operar cerca de 30% da sua capacidade em novembro e dezembro, ainda que esteja previsto um reforço nas rotas com maior procura durante o período de Natal e Ano Novo, de acordo com uma mensagem do presidente executivo da companhia, Ramiro Sequeira, a que a Lusa teve acesso.
Na nota de Ramiro Sequeira, que antecipa a divulgação da segunda ‘factsheet’ operacional (documento com informação operacional), que a TAP começou a disponibilizar em outubro, com informação atualizada sobre a pandemia e projeções sobre a indústria mundial, bem como o respetivo impacto na sua operação, a transportadora de bandeira nacional admite que a operação de novembro e dezembro fica “muito aquém” da anterior à pandemia.
“Reforçámos as rotas com maior procura nesta época [Natal e Ano Novo], ficando a operação, ainda assim, muito aquém da que se registava antes da pandemia”, refere o presidente executivo da TAP, acrescentando que, “é neste contexto que a TAP prevê operar, em novembro e dezembro deste ano, cerca de 30% da sua capacidade, face a igual período do ano passado”.
O presidente da transportadora adiantou, ainda, que a operação do período de Natal e Ano Novo “está preparada para corresponder às necessidades” dos clientes que queiram passar o seu Natal em casa, apesar das restrições impostas para conter a propagação do novo coronavírus.
A nota dá conta que a TAP reduziu em 69% a sua capacidade (chamada ASK ‘available seat kilometer’) em outubro de 2020, face a outubro de 2019, enquanto o número de voos caiu 67% no mesmo período.
“A evolução da redução do número de voos ao longo deste ano, com vista a ajustar a capacidade e a operação à diminuição da procura e ao aumento das restrições de mobilidade, exprime bem o esforço da TAP para minimizar o impacto da pandemia na nossa atividade”, apontou Ramiro Sequeira.
Na ‘factsheet’, a TAP destaca ainda que, apesar das quebras, a taxa de ocupação (‘load factor’) média global entre maio e agosto, quando ponderada com o volume de voos realizados em cada mês, foi de 60%, isto é, vinte pontos percentuais abaixo da taxa média global de 2019, “apesar da drástica redução na capacidade realizada, nomeadamente através da gestão dinâmica e sistemática do ajuste da operação”.
O presidente executivo da TAP lembra ainda as últimas projeções da IATA, que apontam para uma recuperação “lenta e muito determinada pelo nível de confiança”, prevendo-se chegar ao número de passageiros transportados em 2019 entre 2023 e 2024, no cenário base, e, num cenário mais pessimista, a retoma de cerca de 78% do volume de passageiros de 2019 apenas em 2025.
“No curto prazo – a três meses, reportando a fevereiro de 2021 – a projeção da IATA, no que respeita à procura global, prevê uma recuperação de 34% do tráfego global, 58% do tráfego doméstico e 25% do tráfego internacional”, lê-se ainda na missiva.