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“Tentamos não deitar dinheiro à rua e navegar à vista porque todos os dias as coisas mudam”

Lisboa tem feito campanhas online nos mercados europeus e já há turistas a circular na cidade. O perfil de clientes, para já, alterou-se e são, sobretudo, millennials que reservam individualmente.

Carina Monteiro
Análise

“Tentamos não deitar dinheiro à rua e navegar à vista porque todos os dias as coisas mudam”

Lisboa tem feito campanhas online nos mercados europeus e já há turistas a circular na cidade. O perfil de clientes, para já, alterou-se e são, sobretudo, millennials que reservam individualmente.

Carina Monteiro
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Lisboa tem feito campanhas online nos mercados europeus e já há turistas a circular na cidade. O perfil de clientes, para já, alterou-se e são, sobretudo, millennials que reservam individualmente.


Em Lisboa, a recuperação do turismo tem tido um percurso com “altos e baixos”, o que leva o diretor-geral do Turismo de Lisboa (ATL) e presidente da Entidade Regional da Região de Lisboa a ser cauteloso nas previsões e considerações. Vítor Costa volta a insistir na questão de aguentar a estrutura económica que suporta o turismo no seu global, através de medidas, e lamenta o corte no orçamento das regiões assim como duas declarações do primeiro-ministro durante a pandemia.

Como é que correu o verão para o turismo na cidade e na região de Lisboa?
Desde que começou a pandemia, todos nós fomos tendo expetativas que depois vieram a ser afastadas pela realidade que se mostrou mais grave do que pensávamos à partida, nomeadamente no que diz respeito ao tempo de duração. Tivemos vários períodos: de confinamento obrigatório e depois uma abertura progressiva, a partir de 18 de maio. Começámos a ter alguma esperança que a partir de julho começasse a haver uma melhoria, mas tivemos aquele episódio de surtos na região de saúde de Lisboa e Vale do Tejo, o que nos mercados internacionais foi entendido como se fosse em Lisboa, apesar de, na altura, esses números serem de zonas sem incidência turística. O próprio Governo não ajudou porque fez declarações no sentido de eventualmente equacionar que Lisboa ficasse de fora [da abertura aos mercados]. Isso notou-se em cancelamentos, adiamentos de aberturas de hotéis, etc. Posteriormente a isso, começámos a ter algum pequeno movimento, incluindo a própria Final da Liga dos Campeões. Agora os números continuam nessa linha, mas dado o aparente agravamento dos últimos tempos e o que poderá acontecer com o mercado inglês, a situação não é otimista. Temos altos e baixos. O que se verifica é algum movimento, mas muito distante do que é necessário.

A Final da Liga dos Campeões em Lisboa foi uma oportunidade perdida para promover o país e Lisboa? Qual é a sua opinião?
Quando foi anunciado esse evento tínhamos uma expetativa. Aquilo com que contávamos era que este evento viesse numa altura em que já estivéssemos no início de uma recuperação. Portanto, iria ter o efeito de mostrar que o país tinha tratado bem o problema e que estávamos agora a iniciar uma fase de recuperação. Mas a partir do momento em que foi claro que não ia haver público, não tivemos esperanças que tivesse um grande efeito na nossa economia local. Havia apenas um efeito positivo na hotelaria que recebesse as equipas e a organização. Isso esteve dentro da expetativa. Quanto ao outro impacto, o mediático, esse pensamos que se mantém. Um dia o turismo há de voltar e quem estiver com um posicionamento melhor tem vantagens. Isto consolida a imagem de Lisboa como destino turístico no futuro. Em relação ao que esperávamos, ou seja, um início de recuperação e um fator de dinamização e aceleração dessa recuperação, isso não se verificou porque a pandemia não está resolvida.
A pergunta que me faz é se devia ter sido feita mais promoção. Nesta matéria de promoção estamos numa encruzilhada de lógicas diferentes: por um lado, vamos fazer muita promoção e depois as pessoas não podem vir, ou não vêm porque não têm confiança, ou os números não ajudam; por outro lado, se não fazemos promoção, há nichos que perdemos. Penso que não estamos numa altura de lançar grandes campanhas de promoção e ações nos mercados. Embora, enquanto ATL, temos feito. algo. Temos agências de comunicação em alguns mercados, procuramos intervir de uma forma correta nos mercados, além das campanhas online e as parcerias com companhias de aviação. Ou seja, vamos aproveitando aquilo que neste momento é possível fazer. Mas não tenhamos ilusões, a principal questão é que não voltaremos a ter uma atividade com muita dinâmica enquanto este problema da saúde pública não estiver resolvido.

Qual o balanço do programa de dinamização e captação do turismo da Região de Lisboa, desenvolvido pela Entidade Regional da Região de Lisboa (ERT-RL) em colaboração com a Associação Turismo de Lisboa?
Estamos num contexto em que toda a gente elegeu o mercado interno como a questão principal. Portanto, a “concorrência” sobre o mercado interno é enorme. Olhando para o nosso mercado interno, ele é muito menor face ao peso que tem o mercado internacional. Nunca o mercado interno pode ser um substituto para resolver o problema do turismo. Depois, temos na nossa região um terço da população em Portugal. Onde é que podemos ir buscar fluxos de turistas internos se um terço da população está logo em Lisboa. Além disso, Lisboa não é considerada normalmente um destino turístico para o mercado interno. Embora as dormidas nacionais tenham um peso relativo, se olharmos para essas estatísticas com algum pormenor, verificamos que, apenas 8% dos turistas nacionais vêm a Lisboa por lazer.
Portanto, a região de Lisboa, em termos de posicionamento para o mercado interno, não está no top 3. Temos um posicionamento relativamente fraco. Foi nesse contexto que procurámos fazer algo para tentar mexer alguma coisa. Uma campanha que fosse muito efetiva, e não só motivacional.
A campanha teve muita adesão da parte da oferta. Da parte da procura foi pequena. Iremos divulgar estes números. Mas posso dizer que é pequena. Não houve procura relevante de noites, apesar de serem pacotes muitos atrativos em termos de preços e conteúdos. O que teve mais adesão foi a experiência do fado. Proporcionámos uma experiência de fado por um preço muito competitivo. E teve bastante adesão. O que é positivo porque estamos a falar de um fator diferenciador e identitário que estava em risco. O fado sem as casas de fado não existe. Demos uma pequena ajuda para que as casas de fado consigam sobreviver.

Durante o período da pandemia a ATL desenvolveu um plano de emergência que consistiu no desenvolvimento de vários ações, nomeadamente a contratação de agências de comunicação nos mercados europeus. Qual é o balanço?
São agências de Relações Públicas e Comunicação em Espanha, França, Itália, Alemanha, Reino Unido e Rússia e estão a intervir dentro do possível. Já aconteceu por exemplo a existência de programas já previstos, trabalhos jornalísticos, etc, mas alguns foram adiados outra vez por causa destas oscilações [da pandemia]. São ações táticas que permitem reforçar quando há oportunidades.

Por exemplo, quando o Reino Unido retirou Portugal da lista de quarentenas obrigatórias.
Sim, fizemos um reforço, quer online, quer na intervenção da agência de comunicação.

E quanto à melhoria das condições dos Planos de Comercialização e Venda?
Sim, fizemos isso e aprovámos planos que representariam um investimento total superior a 3 milhões de euros, incluindo a nossa participação e a das empresas e, portanto, esses planos estão todos aprovados, não sabemos ainda é qual o grau de execução pelas empresas. Antevejo que poderão não vir a ser cumpridos todos na sua totalidade. Temos um grande número de empresas que aderiram, os planos foram aprovados, e agora o grau de implementação poderá não ser de 100%.

Também fizeram um reforço da promoção digital?
Tem corrido dentro do previsto. Estamos a intervir em cerca de 27 mercados com campanhas de AdWords e de fomento de utilização do nosso site.
Também fizemos acordos que consistem no cofinanciamento de ações de marketing e publicidade nos mercados com as companhias de aviação easyJet, Ryanair e TAP. O da TAP tem sofrido alterações e agora estávamos na iminência da TAP começar a fazer a sua parte em Inglaterra.

Para que mercados com a TAP?
Neste momento para a Europa. Foi uma opção que fizemos, não vale a pena neste momento estar a intervir no mercado norte americano e ou no Brasil, tendo em conta a ausência, por enquanto, de ligações aéreas suficientes. É deitar dinheiro à rua. Parece-nos que a Europa é que pode responder mais imediatamente.
Da mesma forma, tínhamos previsto estender a mercados do Médio Oriente, e também priorizámos a intervenção na Europa. Normalmente quando se fala de mercados, há a grande questão do Reino Unido, que também é importante para Lisboa. Mas em Lisboa temos seis, sete mercados mais ou menos ao mesmo nível de importância e já tínhamos perdido dois desses mercados: o brasileiro e americano. O caso do mercado inglês é o mais falado, porque tem uma relevância para determinadas regiões. Mas no caso de Lisboa, tem uma importância equivalente a outros mercados.
O que decidimos na ATL, em primeiro lugar, foi tentar não deitar dinheiro à rua, fazermos opções, e essas opções têm de ser navegar à vista porque todos os dias as coisas mudam.

O financiamento do Estado às Entidades Regionais de Turismo vai diminuir?
Foi-nos comunicado que as verbas do Turismo de Portugal de apoio às ERT’s foram diminuídas para o próximo ano. As ERT´s têm de apresentar à Direção Geral do Orçamento os orçamentos para que possam ser integrados no Orçamento do Estado. O orçamento da ERT Região de Lisboa para o próximo ano tem, aproximadamente, menos 250 mil euros, que corresponde a um corte feito pelo Turismo de Portugal.
Não estou de acordo. Não somos apologistas de deitar dinheiro à rua, mas temos de ter recursos para navegar à vista. Embora as previsões mudem todos os dias, isto não irá durar sempre. No próximo ano, a expetativa é que a pandemia tenha sido ultrapassada. Se isso acontecer é preciso meios na altura para um grande investimento. A questão que esta pandemia coloca é que atinge o coração do turismo. Tínhamos um setor com uma grande dinâmica, por um lado, por outro lado temos as pessoas que mantêm a vontade de viajar, mas estamos numa situação muito dramática. Agora é importante, sobretudo, aguentar um tecido económico que possa responder mais tarde. O turismo não funciona se não tiver um tecido económico capaz de trazer os clientes. Agora é aguentar, depois é trazer clientes, porque sem clientes isto nunca funcionará a longo prazo.
Quando existe uma redução de orçamento há opções que têm de ser feitas. Para a semana terei uma reunião da comissão executiva para decidir onde é que esse corte se vai refletir. Mas não há receitas alternativas para as Entidades Regionais.
É um sinal negativo, mas Lisboa, tanto a ATL como a ERT, não têm, normalmente, uma atitude de reivindicação de dinheiro. Procuramos fazer o melhor possível com os meios que estão disponíveis, mas não deixamos de fazer observações quando achamos que há injustiças.

Críticas

O primeiro-ministro declarou que os trabalhadores do turismo no desemprego podem converter-se em profissionais do setor social. Vê nestas palavras um abandono do turismo?
Pelo menos teve essa leitura. Penso que foram palavras infelizes. Considero a maior parte das palavras do primeiro-ministro felizes, muitas vezes identifico-me com elas, mas houve duas situações nesta crise que penso que o próprio Primeiro-ministro foi infeliz. A primeira foi quando disse publicamente que talvez a abertura aos mercados pudesse ser feita para outras regiões deixando Lisboa de fora. Penso que foi um erro grande e que teve consequências. E a segunda foi esta declaração. A ideia do primeiro-ministro provavelmente foi dizer que temos de procurar alternativas, mas no contexto em que foi dita, ou seja, de desânimo entre as pessoas, parece que é deitar a toalha ao chão e dizer que aqui já não há hipótese. Fez-me lembrar em certa medida aquela expressão do primeiro-ministro anterior [Pedro Passos Coelho], que disse para os jovens irem procurar trabalho no estrangeiro.

Aquando do Estado de Calamidade declarado em Lisboa, foi crítico, escreveu que estava a promover-se uma divisão do país em vez de se atacar o problema.
É verdade. Em termos comunicacionais, confundiu-se a região de saúde de Lisboa e Vale do Tejo com o destino turístico. Em termos internacionais, sentimos logo [os efeitos]. Inclusivamente algumas ações previstas de jornalistas internacionais foram adiadas e hotéis que já não abriram. Isso depois foi agravado por declarações da secretária de Estado do Turismo, do ministro da Economia e do próprio primeiro-ministro. Como se isso fosse possível num país dizer “a capital não, mas o resto sim”. Isso não funciona. Claro que depois isso foi atenuado com os factos posteriores que viemos a verificar. Não vejo que esta divisão seja uma coisa boa para o país e para o turismo. No momento em que estamos a falar, os últimos dados mostram que onde houve mais casos foi no Norte, e não vou dizer venham só para Lisboa.

Leia a entrevista na íntegra aqui.

Sobre o autorCarina Monteiro

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Academia GEA faz balanço positivo de primeiro ano de formação

A Academia GEA, projeto formativo do Grupo GEA lançado em setembro do ano passado, faz um balanço positivo do primeiro ano do seu plano extensivo de formação adaptado à realidade das agências de viagens da rede com 26 ações , planeadas até março de 2024, sobre diferentes temáticas e com diferentes graus de aprendizagem e duração.

Sendo a formação um dos eixos prioritários da estratégia de serviço que a GEA disponibiliza às suas agências associadas e como entidade formadora certificada DGERT, a rede fez uma auscultação às agências de viagens, tendo o conteúdo programático administrados nos últimos oito meses refletido a resposta às necessidades levantadas nesta auscultação.

Neste primeiro ano letivo, o plano formativo, seja presencial ou através de e-learning, abordou diversos temas como: Produto, como as Grandes Viagens, Cruzeiros, Neve, Viagens de Grupo, Charter, Pacotes à medida, entre outros; Seguros de viagem; Marketing, abordando o Marketing Digital, as Redes Sociais e a Criação de Conteúdo; Tecnologia na ótica do utilizador, nomeadamente a nível da ferramenta Office Excel; Aéreo, nomeadamente na área do ticketing, emissões TravelGEA, reservas de grupos; Gestão Financeira orientada para o Turismo. Adicionalmente, foi acrescentado um conjunto de formações 100% assíncronas, focadas em melhorias comportamentais como gestão de tempo e produtividade ou comunicação assertiva.

No total, a Academia GEA administrou 26 formações certificadas que resultaram num total de 131,5 horas de formação e 495 formados certificados. Adicionalmente, a GEA também administrou um total de 66 webinares, de temáticas variadas, e que contaram com mais de 5500 participantes. Entretanto, brevemente será conhecido o novo calendário formativo.

Para Carlos Baptista e Pedro Gordon, administradores do Grupo GEA, reconhecem que a formação é fundamental neste setor de atividade, e que a adesão das agências de viagem à academia GEA só veio confirmar que a aposta estratégica e investimento que fazem só veio acrescentar ainda mais valor ao trabalho que tem sido realizado nos últimos anos, e “representa o passo certo para continuarmos a crescer na proposta de valor que oferecemos a uma agência de viagens dentro do nosso agrupamento”.

Os dois responsáveis asseguram, ainda, que o grupo vai continuar a apostar na formação e a disponibilizar conteúdos relevantes com vista a aumentar e qualificar as ferramentas e polivalências das agências de viagens que integram o agrupamento.

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Azores Airlines com prejuízo de 25,6M€ no 1.º trimestre de 2024

Apesar de ter aumentado o números de passageiros e as receitas, a Azores Airlines manteve um resultado liquido negativo nos três primeiros meses de 2024, fruto dos aumentos dos custos.

A Azores Airlines registou, no primeiro trimestre de 2024, um resultado liquido negativo de 25,6 milhões de euros, valor que traduz uma deterioração de 2,9 milhões de euros face ao período homólogo, apesar da companhia aérea ter apresentado uma “trajetória de crescimento sustentável e consistente” com o registado em 2023.

Num comunicado divulgado esta terça-feira, 30 de abril, o Grupo SATA indica que a Azores Airlines, a companhia aérea do grupo de aviação açoriano que realiza os voos internacionais, registou receitas de 47,1 milhões de euros no primeiro trimestre de 2024, o que representa um crescimento de 31,5% (+11,3 milhões de euros), em comparação com o período homólogo, e de 115,5% (+25,3 milhões de euros) quando comparado com o período pré-pandemia (2019).

Estes números, acrescenta o grupo, vêm comprovar “a tendência de forte crescimento da atividade da companhia, alicerçada no aumento de capacidade em rotas core, mais ligações e a introdução de novas rotas”.

A evolução das receitas, lê-se também no comunicado divulgado, foi sustentada pelo número de passageiros transportados nos três primeiros meses de 2024, quando a Azores Airlines transportou 286 mil passageiros, num aumento de 29,1% ou 64 mil passageiros face ao primeiro trimestre de 2023, assim como pela melhoria da yield.

Já o número de voos realizados ascendeu a 2.095 representando, igualmente, um incremento face a 2023 e 2019, de +18% e de +65%, respetivamente, enquanto o load factor melhorou 7,7 p.p. face a 2023, tendo ascendido a 78,5% no primeiro trimestre de 2024.

O Grupo SATA destaca também o facto de a Azores Airlines ter recebido, no primeiro trimestre de 2024, duas novas aeronaves A320 NEO, que fazem parte do plano de renovação da frota da companhia aérea e contribuem para oferecer uma melhor experiência aos passageiros.

No entanto, a par das receitas, também os custos operacionais aumentaram 24,6%, totalizando 55,6 milhões de euros, o que traduz um aumento de 11 milhões de euros face ao período homólogo.

O Grupo SATA diz que o aumento dos custos operacionais se ficou a dever ao crescimento dos gastos com irregularidades, que subiram 116,6% ou 1,1 milhões de euros, assim como aos ACMIs, que aumentaram 112,3% ou 0,4 milhões de euros; às comissões/GDS, que registaram um acréscimo de 79% ou 2,7 milhões de euros; ao handling, que também aumentou 52,6% ou 2,1 milhões de euros; e ainda à manutenção, cujos custos subiram 45,2% ou 1,2 milhões de euros.

“O aumento de custos superior ao aumento das receitas impactou o EBITDA, que ascendeu a -8,5 milhões de euros e que compara com os -8,8 milhões de euros do primeiro trimestre de 2023”, explica o grupo de aviação açoriano.

Já o EBIT registou uma deterioração de 1,9 milhões de euros quando comparado com o primeiro trimestre de 2023, o que foi impactado não só pelo EBITDA, mas também pelo “aumento das depreciações relacionadas com as aeronaves provocado pelo aumento de duas aeronaves quando comparado com 2023 e um incremento de gastos com manutenções estruturais”.

SATA Air Açores também mantém tendência de crescimento

Tal como a Azores Airlines, também a SATA Air Açores, a companhia aérea que realiza voos entre as ilhas açorianas, apresentou, no primeiro trimestre do ano, uma tendência de crescimento e de recuperação de resultados.

No entanto, o Grupo SATA explica que também esta companhia aérea registou “uma forte pressão sobre os custos, nomeadamente com manutenção de aeronaves cujo reflexo nas contas se vai acentuar ao longo de 2024”.

Até março, a SATA Air Açores realizou 3.210 voos, o que traduz um aumento de 67 voos ou mais 2,1% face a 2023, enquanto o número de passageiros transportados foi de 162 mil, representando um “acréscimo de 8,9% face ao período homólogo, o que se traduz num aumento do load factor de 6 p.p. para 74,9%”.

Já as receitas totais da SATA Air Açores atingiram os 21,7 milhões de euros, numa melhoria de 10,5% face ao período homólogo ou mais 2,1 milhões de euros.

Já o EBITDA atingiu um valor negativo de 0,8 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, o que representa uma melhoria de 0,4 milhões de euros face a igual período de 2023, enquanto o EBIT, apesar de negativo, apresentou igualmente uma melhoria de 0,5 milhões de euros, atingindo um valor negativo de 3,4 milhões de euros.

E também na SATA Air Açores os custos aumentaram, com os custos comerciais a subirem 27%, enquanto os custos com manutenção cresceram 9% e os custos com pessoal aumentaram 8%.

“De notar que a SATA Air Açores está a levar a cabo um conjunto de manutenções estruturais e de reparação de motores dos aviões da sua frota, num montante estimado de cerca de 25 milhões de euros em 2024, cujo impacto nas depreciações se acentuará ao longo de 2024 e anos seguintes, sendo, contudo, o impacto financeiro e de exigência de capital imediato. Até à data foram pagos cerca de 4,5 milhões de euros referentes a essas manutenções”, refere o grupo açoriano.

Na SATA Air Açores, o resultado liquido melhorou 2,3 milhões de euros no primeiro trimestre de 2024 face ao período homólogo, tendo sido “impactado, sobretudo, pelos melhores resultados operacionais e pela redução dos encargos com financiamentos em resultado da liquidação antecipada do empréstimo obrigacionista de 60 milhões de euros em setembro de 2023”.

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SAS assina acordo de adesão à SkyTeam

A adesão oficial da SAS à SkyTeam deverá acontecer a 1 de setembro de 2024 e vai trazer benefícios aos passageiros ao nível de destinos, conectividade e programa de fidelização.

A SAS – Scandinavian Airlines assinou esta segunda-feira, 29 de abril, o acordo de adesão à aliança SkyTeam, naquele que é o primeiro passo para a entrada oficial da SAS nesta aliança global de companhias aéreas, o que deverá acontecer a 1 de setembro de 2024.

“A partir de 1 de setembro de 2024, a SAS torna-se oficialmente parte da SkyTeam, enriquecendo a aliança com o acesso aos principais hubs escandinavos”, destaca a SAS, num comunicado enviado à imprensa.

O acesso aos hubs escandinavos vai trazer à SkyTeam “novos destinos” e uma “conectividade aprimorada”, proporcionando uma melhor experiência aos passageiros.

A adesão da SAS à SkyTeam vai também trazer maiores benefícios ao programa de passageiro frequente da companhia aérea, o EuroBonus, que passam a ter vantagens nas outras companhias aéreas da aliança.

“Os membros EuroBonus Silver serão reconhecidos como nível SkyTeam Elite, enquanto os membros Gold e Diamond serão reconhecidos como Elite Plus”, acrescenta a informação divulgada.

“A SAS partilha a visão da SkyTeam quando se trata de oferecer uma experiência de viagem mais integrada e responsável. Junto com os nossos membros, continuamos a trabalhar duro nos bastidores para garantir uma transição tranquila para os clientes a partir do momento em que a  SAS se juntar à nossa aliança”, considera Andrés Conesa, presidente da SkyTeam.

Já Anko van der Werff, presidente e CEO da SAS, mostra-se entusiasmado por a transportadora escandinava ter alcançado este “marco fundamental na jornada de transição” para a SkyTeam, destacando as vantagens ao nível do programa de passageiro frequente, destinos e conectividade que esta adesão vai permitir aos passageiros.

 

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TAAG e AFI KLM E&M em parceria para suporte e reparação de B777

Segundo a TAAG, este é o primeiro acordo de suporte para componentes celebrado entre as duas empresas e reflete “uma parceria de longo prazo que está a ser construída entre ambas as entidades”.

A TAAG – Linhas Aéreas de Angola e a Air France Industries KLM Engineering & Maintenance (AFI KLM E&M) estabeleceram uma parceria que visa apoiar e reparar componentes dos aparelhos B777, num acordo que tem um prazo de cinco anos.

“Este acordo, com validade de cinco anos, inclui suporte para a pool e para componentes de reparação, bem como um MBK (Main Base Kit) para sua frota de aeronaves de cinco Boeing 777-300 e três Boeing 777-200″, indica a companhia aérea angolana, num comunicado enviado à imprensa.

Segundo a TAAG, este é o primeiro acordo de suporte para componentes celebrado entre as duas empresas e reflete “uma parceria de longo prazo que está a ser construída entre ambas as entidades”.

“É com satisfação que anunciamos a parceria com a Air France Industries KLM Engineering & Maintenance, um fornecedor confiável de serviços de MRO. Este acordo de cinco anos garantirá fiabilidade e eficiência da manutenção da nossa frota de Boeing 777 que é crucial para as nossas operações. Auguramos por um relacionamento forte e de longo prazo com o nosso parceiro”, afirma Nelson de Oliveira, presidente do Conselho Executivo da TAAG.

Já Géry Mortreux, Executive Vice President da Air France Industries, garante que a empresa de manutenção vai continuar a fornecer à TAAG “suporte para pool e componentes de reparação da mais alta qualidade”.

“Através desta parceria estamos também entusiasmados por aprofundar a nossa presença em África e expandir o nosso alcance na região”, acrescenta o responsável.

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Living Tours volta a pagar 15.º mês de salário aos colaboradores

Segundo a Living Tours, a decisão de pagar o 15.º mês de salários aos colaboradores deve-se aos “resultados positivos de faturação e expansão de infraestruturas” que a empresa alcançou em 2023.

A Living Tours anunciou que, pelo segundo ano consecutivo, vai pagar o 15.º mês de salário aos seus colaboradores, decisão que se deve aos “resultados positivos de faturação e expansão de infraestruturas”.

“A completar 20 anos desde a sua fundação, o grupo destaca o período de crescimento excecional alcançado em 2023, ano em que registou 16 milhões de euros em vendas, um aumento de 50% face ao ano anterior, e uma equipa composta por 200 colaboradores”, refere a Living Tours, num comunicado enviado à imprensa.

Segundo Rui Terroso, CEO da Living Tours, a empresa testemunhou, no ano passado, um crescimento que além das “metas iniciais”, pelo que o pagamento do 15.º mês de salário é “uma forma de reconhecer o esforço de todos os que contribuíram para estes resultados e incentivar o desempenho coletivo da Living Tours”.

“Estamos animados para continuar este trajeto ascendente, sendo que o nosso objetivo atual passa não apenas para manter, mas também acelerar o ritmo de expansão e inovação com a digitalização que estamos a implementar em toda a empresa”, acrescenta o responsável.

No comunicado divulgado, a Living Tours explica ainda que o pagamento do 15.º mês de salário será realizado “de forma proporcional ao tempo de trabalho de cada colaborador que acompanhou e permaneceu na Living Tours durante 2023”.

“Esta é uma das medidas que reafirma o compromisso da empresa com o desenvolvimento de cada colaborador, que inclui a promoção do envolvimento das equipas no programa de responsabilidade social “Livingtourianos com Causa””, lê-se ainda na informação divulgada.

 

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Airbus Atlantic Portugal recruta mais 50 colaboradores

A Airbus Atlantic Portugal pretende contratar profissionais para várias áreas, desde operadores de montagem até engenheiros e outros técnicos para áreas muito específicas

A Airbus Atlantic Portugal quer aumentar a equipa em 2024 e vai recrutar mais 50 colaboradores para a sua unidade de Santo Tirso, informou a unidade que produz componentes para os aviões do fabricante aeronáutico europeu.

“A empresa está a contratar profissionais para várias áreas, desde operadores de montagem até engenheiros e outros técnicos para áreas muito específicas”, lê-se num comunicado enviado à imprensa.

A Airbus Atlantic Portugal explica que, no caso dos operadores de montagem, os contratados vão receber “formação especializada através de uma parceria com o CENFIM – Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica”.

Além da formação, a Airbus Atlantic Portugal promete “condições de trabalho muito competitivas, incluindo prémios de produtividade, subsídios especiais em função da posição ocupada e oportunidades de progressão salarial associadas à evolução na carreira, desde o primeiro dia”, assim como serviço de transporte de autocarro coordenado com os horários de trabalho e seguro de saúde.

“Queremos tornar-nos a referência no setor aeroespacial nacional e reforçar a marca Airbus Atlantic em Portugal e sabemos que a retenção de talentos é crucial para atingir este objetivo. Desde que iniciámos a operação em Santo Tirso temos aumentado consistentemente o número de colaboradores, dando resposta aos grandes desafios colocados por uma indústria aeroespacial sustentável e de elevado desempenho”, afirma Pedro Estrela, Head of Human Resources da Airbus Atlantic Portugal.

Recorde-se que a Airbus Atlantic Portugal começou a ser construída em 2020, conta com 20.000 m2 de área coberta implantada num terreno de 7,2 hectares e pretende chegar ao final do ano com um total de 350 trabalhadores.

Todas as vagas disponíveis podem ser consultadas aqui.

 

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Turismo do Alentejo e Ribatejo, 25 de abril, Inatel e cruzeiros na edição 1510 do Publituris

A nova edição do jornal Publituris faz capa com uma entrevista ao presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, José Santos, que faz um balanço dos primeiros meses do atual mandato e perspectiva o futuro das duas regiões. O 25 de abril, Inatel e um dossier dedicado aos cruzeiros também constam desta edição.

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A nova edição do jornal Publituris faz capa com uma entrevista ao presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, José Santos, que faz um balanço dos primeiros meses do atual mandato e perspectiva o futuro das duas regiões.

Nesta edição, publicamos também uma análise ao impacto do 25 de abril de 1974 no turismo nacional, através dos “Cadernos de Turismo”, que contêm informação estatística dessa altura, compilada pelo economista António Paquete, colaborador do jornal Publituris desde 1984.

A atividade do Inatel também está em destaque nesta edição, que conta com uma entrevista a Francisco Madelino, presidente do Conselho de Administração da Fundação Inatel. O responsável fala sobre a importância do turismo para esta instituição, que usa as receitas provenientes deste setor para fazer política social.

As novidades dos parques temáticos nacionais também estão presentes nesta edição, num artigo que detalha a oferta de alguns dos melhores parques nacionais, assim como de Espanha e França, onde se localiza ainda a “rainha da magia”, a Disneyland Paris, que lançou já em Portugal a campanha “Verão Mágico”.

Nesta edição, o dossier é dedicado aos Cruzeiros, que já recuperaram por completo da pandemia da COVID-19 e atravessam um momento positivo, com vendas em alta para o verão e boas perspectivas também para o próximo inverno.

Além do atual momento positivo que vivem os cruzeiros, conheça também algumas das novidades previstas e os novos navios que estão a chegar e saiba, através de uma entrevista a Fernando Santos, proprietário e diretor-geral da GlobalSea, agência de viagens especializada em cruzeiros, quais são as principais dúvidas que tanto clientes como agentes de viagens ainda têm relativamente a este tipo de férias.

A edição 1510 do Publituris conta ainda com a rubrica “Histórias do Turismo” dedicada ao 25 de abril de 1974, com o Check-In e com as opiniões de Francisco Jaime Quesado (economista e gestor), Pedro Rodrigues Catapirra (Cluster General Manager Lisboa da Highgate Portugal) e de António Paquete (economista e consultor de empresas).

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Edição Digital: Turismo do Alentejo e Ribatejo, 25 de abril, Inatel e cruzeiros na edição 1510 do Publituris

A nova edição do jornal Publituris faz capa com uma entrevista ao presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, José Santos, que faz um balanço dos primeiros meses do atual mandato e perspectiva o futuro das duas regiões. O 25 de abril, Inatel e um dossier dedicado aos cruzeiros também constam desta edição.

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A nova edição do jornal Publituris faz capa com uma entrevista ao presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, José Santos, que faz um balanço dos primeiros meses do atual mandato e perspectiva o futuro das duas regiões.

Nesta edição, publicamos também uma análise ao impacto do 25 de abril de 1974 no turismo nacional, através dos “Cadernos de Turismo”, que contêm informação estatística dessa altura, compilada pelo economista António Paquete, colaborador do jornal Publituris desde 1984.

A atividade do Inatel também está em destaque nesta edição, que conta com uma entrevista a Francisco Madelino, presidente do Conselho de Administração da Fundação Inatel. O responsável fala sobre a importância do turismo para esta instituição, que usa as receitas provenientes deste setor para fazer política social.

As novidades dos parques temáticos nacionais também estão presentes nesta edição, num artigo que detalha a oferta de alguns dos melhores parques nacionais, assim como de Espanha e França, onde se localiza ainda a “rainha da magia”, a Disneyland Paris, que lançou já em Portugal a campanha “Verão Mágico”.

Nesta edição, o dossier é dedicado aos Cruzeiros, que já recuperaram por completo da pandemia da COVID-19 e atravessam um momento positivo, com vendas em alta para o verão e boas perspectivas também para o próximo inverno.

Além do atual momento positivo que vivem os cruzeiros, conheça também algumas das novidades previstas e os novos navios que estão a chegar e saiba, através de uma entrevista a Fernando Santos, proprietário e diretor-geral da GlobalSea, agência de viagens especializada em cruzeiros, quais são as principais dúvidas que tanto clientes como agentes de viagens ainda têm relativamente a este tipo de férias.

A edição 1510 do Publituris conta ainda com a rubrica “Histórias do Turismo” dedicada ao 25 de abril de 1974, com o Check-In e com as opiniões de Francisco Jaime Quesado (economista e gestor), Pedro Rodrigues Catapirra (Cluster General Manager Lisboa da Highgate Portugal) e de António Paquete (economista e consultor de empresas).

Leia a edição aqui.

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Zimbabué acolhe 1º Fórum Regional da ONU dedicado ao turismo gastronómico

De 26 a 28 de julho de 2024, Victoria Falls (Zimbabué) acolherá a primeira edição do Fórum Regional da ONU dedicado ao turismo gastronómico em África.

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Este evento emblemático pretende destacar o variado património culinário do continente, ao mesmo tempo que promove práticas turísticas sustentáveis.

Celebrando a diversidade das tradições culinárias africanas, este fórum pretende ser o encontro imperdível de sabores, costumes e avanços inovadores, reunindo as mentes mais brilhantes das áreas da gastronomia, turismo, sustentabilidade e preservação cultural.

Para os organizadores, o objetivo central desta iniciativa é explorar como a arte culinária pode entrelaçar-se harmoniosamente com o turismo sustentável.

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Páscoa em março acelerou crescimento da atividade turística

Os bons resultados da atividade turística em Portugal verificados em março foram influenciados pelo efeito de calendário do período de férias da Páscoa, que este ano se repartiu entre março e abril, enquanto em 2023 se concentrou apenas em abril, realçam dados do INE conhecidos esta segunda-feira.

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De acordo com o INE, em março último, o setor do alojamento turístico registou 2,3 milhões de hóspedes e 5,7 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 12,2% nos hóspedes (+7,1% em fevereiro) e 12,8% nas dormidas (+6,4% no mês anterior). No período em análise, as dormidas de residentes cresceram 10,3%, correspondendo a 1,6 milhões, enquanto as de não residentes subiram 13,8%, totalizando 4,1 milhões.

De entre os estrangeiros que visitaram o nosso país durante o mês de março, o INE indica que o britânico foi o principal mercado emissor em março, tendo registado um crescimento de 9,3%, seguido da Alemanha, que cresceu 12,1%, e da Espanha, que registou o maior crescimento entre os principais mercados no mês analisado, com uma subida de +47,5%. No grupo dos 10 principais mercados emissores, que representaram 75,6% do total de dormidas de não residentes em março, destacaram-se ainda o irlandês, canadiano e norte americano pelos crescimentos mais significativos, +30,7%, +27,5% e +23,9%, respetivamente, face ao mesmo mês do ano anterior.

Já no que diz respeito às regiões, todas registaram acréscimo de dormidas, com maior expressão no Oeste e Vale do Tejo (+29,4%), Centro (+23,1%) e Alentejo (+21,0%). As subidas mais modestas tiveram lugar na Região Autónoma da Madeira (+4,1%) e na Grande Lisboa (+8,9%). As dormidas de residentes apresentaram crescimentos em todas as regiões, com exceção da Região da Madeira (-12,9%) e da Grande Lisboa (-2,4%).

A ocupação nos estabelecimentos de alojamento turístico aumentou em março, para 42,2% e 51,7%, nas taxas líquidas de ocupação cama e ocupação quarto, respetivamente.

Quando o INE analisa os resultados do primeiro trimestre de 2024 conclui que as dormidas aumentaram 7,1%, +3,9% nos residentes e +8,7% nos não residentes, enquanto os hóspedes cresceram 7,7%.

Nos primeiros três meses deste ano, entre os 10 mercados com maior número de dormidas, destacaram-se os crescimentos dos mercados canadiano (+24,2%), polaco (+22,7%) e norte-americano (+18,1%), enquanto os mercados francês e brasileiro registaram os maiores decréscimos (-8,3% e -4,5%, respetivamente).

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