Frasquilho: “Estamos a trabalhar para que a dimensão da TAP não seja impeditiva de continuar a servir o país”
Entre as várias medidas previstas no plano de reestruturação da TAP, o presidente do conselho de administração assumiu que vão ser mantidas as ligações aos Estados Unidos da América e ao Brasil.

Raquel Relvas Neto
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O plano de reestruturação da TAP, que a companhia aérea tem de apresentar à Comissão Europeia vai supor uma redução da capacidade. Contudo, Miguel Frasquilho, presidente do conselho de administração da companhia aérea detida em 72,5 pelo Estado português, garantiu que a dimensão que a TAP vai apresentar “não vai ser impeditiva de continuar a servir o país”.
O executivo, que falava na web conferência ‘Transportes e acessibilidades em tempos de pandemia’ organizada no âmbito da V Cimeira do Turismo Português – ‘Turismo pós-covid’, realçou que “estamos a trabalhar para não descer de nível e para que a companhia continue a manter os interesses do país”.
Miguel Frasquilho espera que o plano de reestruturação, que está a ser trabalhado pela companhia aérea e pelo Governo, assessorada pelo Boston Consulting Group, seja aprovado em Bruxelas, pois “se não for, é muito mau”.
Entre as várias medidas previstas no plano de reestruturação da TAP, o responsável também assumiu que vão ser mantidas as ligações da companhia aérea aos Estados Unidos da América e ao Brasil, acrescentando que no próximo mês de outubro vão ser retomadas todas as rotas que a companhia operava para estes dois países, com a inclusão do novo destino Maceió, mas com menos frequências.
O presidente do conselho de administração da TAP realçou que “gostava de estar a dar boas notícias, mas as perspetivas hoje são muito incertas”, apontado o cenário global do setor da aviação que foi um dos mais afetados pela pandemia da COVID-19 e que vai ser o que recuperará mais tarde, com as entidades oficiais, como a IATA, a rever as estimativas em baixa e a adiar esta recuperação da aviação comercial para 2024.
Para atenuar os efeitos da crise, Miguel Frasquilho destacou a importância da realização dos testes à COVID-19 72 horas antes dos voos nos vários destinos, que “daria segurança aos passageiros” para voltarem a viajar, mas também criticou as restrições dos diversos países que limitam a operação das próprias companhias aéreas.
Distribuição e regiões
Admitindo alguns erros do passado, o responsável da TAP garantiu agora que nenhuma região de Portugal será esquecida no plano de reestruturação da companhia aérea. “A nossa intenção +e que nenhuma [região] seja esquecida”, respondeu o responsável ao repto do presidente da Confederação do Turismo de Portugal , Francisco Calheiros. “O norte do país é a região mais empreendedora e não nos podemos esquecer dessa região”, deu como exemplo Miguel Frasquilho, que acrescentou que também está a ser dada atenção ao aeroporto de Faro, nomeadamente ao nível de ajustes de horários dos voos que permitam ligações a voos intercontinentais no hub de Lisboa que, assumiu, não vai ser comprometido no plano.
Francisco Calheiros aproveitou também a oportunidade para questionar o orador desta web conferência acerca da relação da TAP com o setor da distribuição que estava a registar “um divórcio muito grande” antes da pandemia. O presidente da TAP assegurou que a companhia aérea “tem de ter relações excelentes com todos os ‘stakeholders’, sejam agências de viagens, operadores, ou aeroportos […] e é esta a nossa postura”. Para o responsável da TAP, o setor da distribuição é encarado “como parceiros e é dessa forma que devem esperar ser encarados. É nisso que nos vamos empenhar”, afiançou.
A CTP vai promover mais uma web conferência, a 22 de setembro, sob o tema ‘Brexit. A Europa em tempos de pandemia’ e no dia 28 de setembro decorre a V Cimeira do Turismo Português na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.