easyJet antevê “futuro precário” da aviação europeia devido ao Covid-19
easyJet pede apoios para a aviação europeia e diz que não existem garantias de que as companhias aéreas “sobreviverão ao que poderá significar um congelamento de viagens a longo prazo”.

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A easyJet considera que a aviação europeia enfrenta “um futuro precário” devido ao surto de Covid-19, que trouxe uma série de restrições às viagens e a redução da procura, e defende, por isso, que os governos europeus devem tomar medidas para apoiar a indústria, já que, aponta a companhia aérea low cost, não existem garantias de que as companhias aéreas “sobreviverão ao que poderá significar um congelamento de viagens a longo prazo”.
“A aviação europeia enfrenta um futuro precário e está claro que será necessário apoio governamental coordenado para garantir que a indústria sobreviva e seja capaz de continuar a operar quando a crise terminar”, defende Johan Lundgren, CEO da easyJet, citado num comunicado enviado esta segunda-feira, 16 de março, à imprensa.
No comunicado divulgado, a easyJet garante que se mantém “forte do ponto de vista financeiro”, pois conta com um saldo positivo de 1,6 mil milhões de libras (1,76 mil milhões de euros) e um mecanismo de acesso ao crédito de 500 milhões de dólares (448 milhões de euros), aviões não onerados no valor de mais de 4 mil milhões de libras (4,40 mil milhões de euros), além de “um grande e valioso portfólio de slots”.
Apesar da situação confortável, a easyJet está, no entanto, a tomar “todas as medidas para diminuir custos e despesas não vitais para o negócio”, de forma a “mitigar o impacto do Covid-19”, mas diz que a “não utilização dos aviões fará baixar significativamente os custos variáveis”.
A easyJet estima que o combate ao surto de Covid-19, vai implicar “a não utilização da maioria da frota”, uma vez que a companhia aérea cancelou grande parte da sua operação e está a “efetuar voos de repatriamento para que os cidadãos possam regressar para junto dos seus entes queridos durante estes tempos difíceis”.