Linha de Valorização Turística do Interior já aprovou 285 projetos
As principais tipologias das candidaturas recebidas foram Turismo de Natureza, Produtos Endógenos, Enoturismo, Turismo Militar, Turismo Literário, Turismo Termal e Turismo Equestre.
Raquel Relvas Neto
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Desde 2017, ano em que foi criada, a Linha de Apoio à Valorização Turística do Interior (LAVTI) recebeu 1275 candidaturas, das quais 285 projetos foram aprovados, com um investimento público e privado associado de 94 milhões de euros e um apoio concedido de 60,1 milhões de euros. Um número que deve aumentar depois de analisadas os 353 projetos que se candidataram ao aviso n.º2 da LAVTI até 30 de novembro. Segundo revelou a Secretaria de Estado do Turismo ao Publituris, “é de prever a atribuição de mais 10 milhões de euros em apoios ao abrigo deste aviso concreto”.
Esta linha, desenvolvida para dinamizar a procura turística nos territórios de baixa densidade, representa “cerca de 63% do total dos projetos apresentados ao Programa Valorizar, o que reflecte a importância da dinamização do investimento turístico no interior para a promoção de um turismo sustentável”, indica a Secretaria de Estado.
Entre os projetos que se candidataram, as principais tipologias foram Turismo de Natureza, Produtos Endógenos, Enoturismo, Turismo Militar, Turismo Literário, Turismo Termal e Turismo Equestre.
A SET salienta que, dos projetos aprovados, destacam-se os que “foram trabalhados numa lógica de rede e que se tornaram, ou estão a tornar-se, mobilizadores das regiões onde se inserem e que, no fundo, traduzem a abordagem ao Programa que gostaríamos de ver replicada”. Um dos exemplos mencionados é “o apoio inicial ao desenvolvimento das Ecopistas e Ecovias, em especial nas regiões Centro e Norte do país, como forma de aproveitamento de antigas linhas ferroviárias e a sua interligação com outras estruturas já existentes, construindo verdadeiras redes cicláveis pelo interior de Portugal”. Acresce ainda a criação ou recuperação de praias fluviais no Centro e no Alentejo; e o desenvolvimento de áreas de serviço para autocaravanas, sobretudo no Alentejo, mas que a SET prevê estender-se ao resto do território nacional.
“Destaque também para o desenvolvimento da temática dedicada ao Turismo Militar, em especial às invasões francesas e Templários, com a recuperarão de património, introdução de novas tecnologias e promoção do produto turístico”, indica, salientando ainda projetos dedicados à preservação de antigas tradições e saberes, “cuja perpetuação no tempo é essencial para a criação da identidade única que os turistas procuram quando visitam o nosso país, fator diferenciador e criador de motivações para novas visitas”.
Quanto à região que obteve um maior número de candidaturas aprovadas na Linha de Apoio à Valorização Turística do Interior salienta-se o Alentejo, com 96 candidaturas, seguida do Centro (89) e Norte (79).
Interior de Portugal
Para a Secretaria de Estado do Turismo, a promoção do investimento turístico nos territórios de baixa densidade é “uma prioridade”, sendo que “os novos instrumentos de apoio que venham a ser criados, terão sempre esse objectivo presente”.
“Temos a noção clara que para o desenvolvimento sustentável desta atividade é necessário promover o turismo em todo o território nacional, por forma a criar novas motivações para quem nos visita, mas também, novas oportunidades para quem vive nos territórios do interior”, sublinha.
Para melhor promover os territórios do interior de Portugal estão a decorrer várias campanhas, como seja o #heritagetoshare, “uma uma campanha que pretende promover os destinos regionais através do património classificado pela UNESCO. Esta abordagem permite incluir e destacar várias regiões de baixa densidade, como é o caso do Côa, Douro, Coimbra, Guimarães, Évora, Pico e Angra do Heroísmo. Para além dos locais de património mundial imaterial, também eles oriundos essencialmente dos territórios do interior”; a campanha Winetourism, que é destinada a promover os destinos nacionais que “proporcionam experiências únicas em contexto de enoturismo. Também neste caso os territórios de baixa densidade têm predominância neste relevante produto turístico”; e a N2, “uma campanha dedicada à viagem na Nacional 2, um traçado que rasga o país de norte a sul, por todo o interior”.
Também Turismo Literário será um dos produtos que o Turismo de Portugal vai promover ao longo deste ano e que destaca também os territórios do interior do país.