Lisboa investe 27 M€ para recuperar frente ribeirinha central
Obras vão decorrer em sete etapas e devem estar concluídas no segundo semestre de 2020.

Inês de Matos
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A Câmara Municipal de Lisboa e a Associação de Turismo de Lisboa (ATL) vão investir 27 milhões de euros na recuperação da frente ribeirinha central da cidade, obra que deve estar concluída no segundo semestre de 2020 e que, segundo Fernando Medina, autarca de Lisboa, resulta do “esforço contínuo e sistemático de recuperação da ligação da cidade ao rio”.
De acordo com o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, que interveio na sessão de apresentação do projeto esta quarta-feira, 27 de novembro, as intervenções previstas são “a etapa mais importante e decisiva” desse esforço e marcam o final de um processo que vai devolver “às pessoas a fruição entre a cidade e o rio de uma extraordinária zona marginal”.
As intervenções, que quando estiverem concluídas vão criar o novo Caís de Lisboa, vão decorrer em sete etapas, com Fernando Medina a destacar as melhorias na Estação Sul e Sueste do Terreiro do Paço, no Cais das Colunas e na Doca da Marinha.
Com as obras, a estação do Terreiro do Paço vai recuperar o traço original e ganhar três novos pontões, além de uma nova área de cafetaria e restauração, tornando-se no coração da cidade para atividades marítimo-turísticas, enquanto o Cais das Colunas vai voltar também ao seu aspeto original, com a remoção do aterro que foi criado há duas décadas devido às obras para construir a estação e túnel do metropolitano do Terreiro do Paço.
Mas Fernando Medina destacou essencialmente as intervenções previstas para a Doca da Marinha, que vão permitir que a cidade ganhe “uma vista nova para o rio”, já que está prevista a saída da Marinha deste local, que passará a ter uma área arborizada, um novo restaurante e quatro quiosques, passando a acolher atividades lúdicas e musicais, bem como embarcações tradicionais do Tejo e o navio Creola, que vai ser recuperado e passará a ter um espaço próprio de ancoragem nesta doca.
Prevista está ainda a reconstrução do Muro das Namoradeiras, que vai regressar ao seu aspeto original, onde nem vão faltar os postes de iluminação originais que estão a ser recuperados, bem como a abertura do Bacalhau Story Centre, na Ala Nascente do Terreiro do Paço, e do Centro Tejo, um espaço de promoção da oferta turística e cultural dos municípios ribeirinhos e de valorização do rio, que vai funcionar como uma nova “atração turística”, segundo Fernando Medina.
As intervenções vão custar 27 milhões de euros no total, 16 milhões dos quais foram já aprovados através do Fundo de Desenvolvimento Turístico de Lisboa, sendo os restantes 11 milhões assegurados pela ATL, com Vítor Costa, diretor executivo da associação, a revelar que os concursos para a concessão das bilheteiras, slots para atividades marítimo-turísticas e quiosques abrem no início de 2020.
Como referiu José Luís Arnaut, presidente adjunto da ATL, esta é uma “obra de grande envergadura”, que só é possível devido “à estratégia de desenvolvimento da ATL, que hoje tem robustez financeira”, o que, acrescentou, depois, Fernando Medina, se deve, em grande parte, às verbas arrecadadas com a taxa turística que existe na capital, cuja criação, realçou o autarca, “foi uma das decisões mais importantes”.
“Esta decisão que foi tomada da criação de uma pequena taxa turísticas e a decisão que foi tomada para que essa taxa não fosse gasta ou esbatida em qualquer orçamento geral, mas que fosse afeta ao desenvolvimento turístico que permitisse a recuperação do nosso património, foi uma das decisões mais importantes que tomámos”, referiu o presidente da Câmara Municipal de Lisboa.