Cristas acena com menos impostos e maior flexibilidade laboral a empresários do turismo
Assunção Cristas participou esta quinta-feira, dia 19, no almoço organizado pela Confederação do Turismo de Portugal (CTP), no Dom Pedro Lisboa. Na ocasião, disse que a prioridade do partido é aliviar a carga fiscal das empresas e famílias.
Carina Monteiro
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“Libertar as empresas e famílias da maior carga fiscal de sempre” é a prioridade número um do programa eleitoral do CDS. Assunção Cristas participou esta quinta-feira, dia 19, no almoço organizado pela Confederação do Turismo de Portugal (CTP), no Dom Pedro Lisboa, e fez questão de reforçar esta ideia perante uma plateia de empresários do turismo.
“Oiço continuamente o governo dizer que a carga fiscal não está a subir. É mentira, subiu mesmo. As mesmas pessoas que em 2015 prometiam que a prioridade era baixar a carga fiscal [Costa e Centeno], agora são os mesmos que explicam que a carga fiscal até aumentou e dizem que isso é muito positivo porque significa que a economia aumentou, como se fossemos todos cegos. Houve uma recomposição dos impostos mas a carga fiscal aumentou sobre as famílias e as empresas”, disse a líder do CDS.
Em matéria de fiscalidade, Cristas afirmou que o partido quer aliviar a carga fiscal, baixando 15% em média o IRS para as famílias. Olhando para as empresas, a presidente do CDS acusou António Costa, quando este ainda estava na oposição, de ter sido o primeiro a quebrar o acordo firmado entre PSD, CDS e PS para baixar de forma faseada o IRC sobre as empresas. “Nada baixou no IRC, pelo contrário, agravaram-se as tributações autónomas e outras exigências nos impostos indiretos”.
Cristas enumerou ainda outras medidas de estímulo ao investimento como a não tributação de IRS a quem destinar parte do seu rendimento para investimento. O CDS também quer que as horas extras não sejam tributadas “numa altura em que há falta de mão-de-obra”, referindo-se em concreto ao turismo. “Temos no nosso programa uma verdadeira revolução na formação profissional para estar adequada às necessidades das empresas”, afirmou.
Quanto à legislação laboral, e questionada pelo presidente da CTP, Francisco Calheiros, se criaria um pacote fiscal amigo do turismo, Cristas lembrou que no anterior governo, do qual fez parte, “foi possível concertar uma reforma laboral com muita eficácia”, apesar “do quadro difícil”. “Alguns diziam que ia levar ao desemprego, mas agora vejo essas mesmas pessoas a vangloriarem-se do aumento de emprego que entretanto foi gerado com essa legislação laboral”, afirmou.
Sobre se reporia o banco de horas individual, Assunção Cristas defendeu que a medida “faz todo o sentido” e “se tivermos poder para isso, estaremos a defender a medida na concertação social”, sublinhou.
CDS ressuscita ministério do Turismo
Se o CDS chegar ao governo é possível que o turismo venha a ter um ministério. A garantia foi dada por Assunção Cristas, que aproveitou para recordar que o único ministro do Turismo em Portugal foi por iniciativa do partido. “O CDS teve o único ministro do Turismo, Telmo Correia, e não mudámos de opinião. O último governo, do qual fizemos parte, foi particularmente contido em número de ministros, porque estávamos numa altura de crise, em que o governo quis dar um sinal de contenção e sobriedade, mas acho que num tempo mas distendido, em que, ainda por cima, reconhecemos o papel do turismo, não vejo porque não reeditar esse bom exemplo”.
Questionada sobre a segurança, algo que preocupa os empresários do turismo, Cristas disse partilhar das mesmas preocupações. “Também acho que há uma divergência entre os números oficiais e a realidade, sabemos que há muita realidade de pequena criminalidade que não é reportada. O CDS tem insistido muito, é uma área onde o Estado tem de funcionar melhor. (…) Defendemos que haja mais meios para as polícias. E em áreas criticas urbanas que haja vídeo proteção, porque achamos que é um elemento relevante de dissuasão”.
A iniciativa promovida pela CTP visa dar a conhecer aos empresários do turismo as propostas dos partidos para a próxima legislatura. O secretário-Geral do PS, António Costa, foi o primeiro a participar num almoço que decorreu no passado dia 9 de setembro. Esta sexta-feira, dia 20, é a vez de Rui Rio, presidente do PSD, participar nesta ação, que terá lugar no Porto.