Aeroportos de Lisboa e Faro podem ficar sem combustível devido a greve (Act.)
Previsão é avançada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), que decretou a atual greve dos motoristas, e já foi confirmada pela ANA – Aeroportos de Portugal.

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O Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), que decretou a atual greve dos motoristas, prevê que os aeroportos de Lisboa e Faro fiquem sem combustível durante a tarde desta terça-feira, 16 de abril, uma vez que a requisição civil decretada pelo governo ainda não teve efeitos práticos.
Em declarações à agência Lusa, Francisco São Bento, do SNMMP, disse que o Governo reconheceu a necessidade de usar a figura da requisição civil, mas esta ainda não tem aplicação prática, pelo que a greve se mantém com uma adesão a 100%, o que pode afetar o reabastecimento dos aeroportos, tal como já tinha sido reconhecido pela Presidência do Conselho de Ministros (PCM), em comunicado.
“A greve em curso afeta o abastecimento de combustíveis aos aeroportos, bombeiros e portos, bem como o abastecimento de combustíveis às empresas de transportes públicos e aos postos de abastecimento da Grande Lisboa e do Grande Porto”, lia-se na informação divulgada pela PCM, que explica que a opção pela requisição civil foi tomada “depois de se ter constatado que no dia 15 de abril não foram assegurados os serviços mínimos”.
À Lusa, o sindicato previa, esta manhã, que cerca de 40% a 50% dos postos de abastecimento dos dois aeroportos já estivessem sem combustível, estimando que o mesmo pudesse chegar ao fim ao início da tarde desta terça-feira.
Recorde-se que a greve nacional dos motoristas de matérias perigosas, que começou esta segunda-feira,15 de abril, foi convocada pelo SNMMP, por tempo indeterminado, para reivindicar o reconhecimento da categoria profissional específica, tendo sido impugnados os serviços mínimos definidos pelo governo.
Entretanto, o governo decidiu decretar a requisição civil por não terem sido cumpridos os serviços mínimos, o que está a ameaçar o abastecimento de combustível a várias empresas e instituições.
Faro atinge reservas de emergência
Entretanto, a ANA – Aeroportos de Portugal veio informar que, no aeroporto de Faro, “já foram atingidas as reservas de emergência”, o que levou a que o fornecimento de combustível tenha sido “suspenso, pelas empresas petrolíferas, desde ontem à noite [15 de abril]”.
No Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, o cenário é idêntico, com a ANA – Aeroportos de Portugal a prever “a mesma interrupção de abastecimento de combustível, pelas empresas petrolíferas, a partir de hoje [16 de abril], às 12h00”.
“Não tendo sido assegurados os serviços mínimos, e em função do tempo necessário para a requisição civil ter efeitos práticos, os nossos aeroportos podem ter disrupções de serviço ao nível operacional”, avisa a ANA, na informação enviada à imprensa.
A empresa que gere os aeroportos nacionais diz estar a “acompanhar a situação em permanência” e aconselha os passageiros com voos nos aeroportos de Lisboa e Faro a informar-se junto das companhias aéreas.