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Receitas dos hotéis Vila Galé crescem 6%

Em 2018, o grupo Vila Galé alcançou em Portugal receitas no valor de 112 milhões de euros, o que equivale a um crescimento de 6% comparativamente a 2017, ano em que a cadeia tinha alcançado 106 milhões de euros.

Carina Monteiro
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Receitas dos hotéis Vila Galé crescem 6%

Em 2018, o grupo Vila Galé alcançou em Portugal receitas no valor de 112 milhões de euros, o que equivale a um crescimento de 6% comparativamente a 2017, ano em que a cadeia tinha alcançado 106 milhões de euros.

Carina Monteiro
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Em 2018, o grupo Vila Galé alcançou em Portugal receitas no valor de 112 milhões de euros, o que equivale a um crescimento de 6% comparativamente a 2017, ano em que a cadeia tinha alcançado 106 milhões de euros.

Os resultados do grupo foram apresentados esta quarta-feira, dia 9, num encontro com a imprensa. De acordo com o administrador da Vila Galé, Gonçalo Rebelo de Almeida, a cadeia tinha a ambição de manter os resultados muito positivos de 2017 e os primeiros meses de 2018 pareciam antever um “ano altamente promissor”, algo que acabou por se atenuar ao longo do ano.

Para deste abrandamento terão contribuído alguns factores que “já vêm de trás, mas que tiveram reflexo”, tais como instabilidade do mercado inglês e a indefinição do Brexit, assim como “o reaparecimento de países como a Turquia, a Tunísia ou o Egito que são concorrentes, em certa medida, da Madeira e do Algarve, sobretudo no produto de all inclusive para famílias”, explica. Gonçalo Rebelo de Almeida afirma que, nestes destinos em particular, houve uma queda, principalmente provocada pelos dois grandes operadores europeus, TUI e Thomas Cook, que direcionaram parte das suas operações para destinos concorrentes”.

No exercício de 2018, os hotéis da Vila Galé em Portugal registaram um ligeira quebra de quartos ocupados mas o preço médio global subiu 7%, por força de medidas que o grupo levou a cabo, tais como “a criação de quartos superiores, mexidas nos canais de distribuição e reajustamento de valores”.

No que diz respeito a mercados, o português continua a ser o principal mercado dos hotéis Vila Galé em Portugal, representando 30% das dormidas, seguido do mercado inglês, que teve uma quebra de 8%, o alemão, espanhol e francês.

Gonçalo Rebelo de Almeida destacou como positivo o comportamento do mercado brasileiro e do norte-americano. No caso deste último, figurou pela primeira vez no top 10 dos mercados emissores.

“Os turistas americanos acabam por ter um comportamento semelhante ao do mercado brasileiro, na medida em que procuram vários destinos no País”, explicou.

Ainda em jeito de balanço, Gonçalo Rebelo de Almeida falou das unidades abertas em Portugal e no Brasil durante o ano de 2018. Começando por dizer que foi um ano desafiante devido à abertura de três unidades, algo que só sucedeu em 2002, o administrador disse estar a satisfeito com os três hotéis: Vila Galé Sintra, Vila Galé Braga e Vila Galé Touros (este último no Brasil).

No caso do Vila Galé Sintra, com um conceito que promove o estilo de vida saudável, teve um bom desempenho no Verão entre o segmento de famílias e superou as expectativas no que diz respeito à componente de eventos. Em Braga, os resultados também são satisfatórios, com os clientes a elogiar a recuperação que foi feita do edifício. As duas unidades têm obtido as pontuações mais elevadas dos hotéis do grupo nas plataformas digitais, tendo as equipas obtido “excelente feedback”.

Brasil
Relativamente às unidades no Brasil, o grupo registou receitas de 318 milhões de reais (já incluindo a operação do novo Vila Galé Touros), representando um aumento de 20% face aos 265 milhões de reais verificados em 2017.

Neste país, a Vila Galé detém três hotéis de cidade (Rio de Janeiro, Salvador e Fortaleza) e cinco resorts: Marés, Ecoresort do Cabo, Ecoresort de Angra, Cumbuco e, inaugurados este ano, em setembro, o Vila Galé Touros e, em dezembro, o Vila Galé Costa dos Ventos Suites.

Considerando um câmbio de 1€ = 4,4R$, a operação no Brasil gerou 72 milhões de euros, reflectindo também algum efeito cambial já que, no anterior exercício se verificava uma taxa de câmbio de 1€ = 3,9R$.

Renovações
Em 2018, o grupo investiu cerca de 1,5 milhões de euros em renovações e novos conceitos em Portugal, destacando-se a abertura de duas pizzarias Massa Fina (em Vilamoura e Lagos), o lançamento do conceito Vila Galé Café e a renovação de quartos no hotel Vila Galé Ampalius (Vilamoura).

As ampliações e remodelações em unidades brasileiras mereceram um investimento de quase 20 milhões de reais. Aqui, são de evidenciar o aumento do número de quartos nos resorts Vila Galé Marés e Vila Galé Cumbuco, que passaram a ter mais de 500 quartos cada um.

2019
Gonçalo Rebelo de Almeida não prespetiva um ano de 2019 muito diferente do anterior, a menos que “aconteça algo absolutamente extraordinário”.

Destinos como Lisboa, Centro, Norte e Alentejo devem um bom desempenho, esperando-se mais dificuldades no Algarve e na Madeira, pelo abrandamento de alguns mercados emissores, já verificado em 2018.

Durante este ano, existem perspetivas que o mercado norte-americano volte a crescer devido à abertura de novas rotas da TAP. Já quanto ao mercado português, este deve ter o mesmo desempenho. “O maior receiro continua a ser o Reino Unido”, conclui.

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Redes sociais, gastronomia, bem-estar e comunidades locais influenciam viagens em 2023

O mais recente “2023 Global Travel Trands Report” da American Express Travel destaca a influência das redes sociais, gastronomia, bem-estar e comunidades locais nas viagens para 2023.

Victor Jorge

A American Express Travel acaba de lançar o “2023 Global Travel Trands Report”, onde destaca quatro tendências globais que inspiram as pessoas a viajar em 2023.

A análise, baseada em dados de pesquisa de viajantes dos Estados Unidos da América, Austrália, Canadá, México, Japão, Índia e Reino Unido, adianta que mais da metade (52%) dos inquiridos admitem planear fazer mais viagens este ano do que no ano passado e metade (50%) preveem gastar mais dinheiro em viagens em 2023 do que em 2022.

O relatório da American Express Travel destaca ainda que 84% da Geração Z e Millennials dizem preferir fazer férias de sonhos do que comprar um novo item de luxo e 79% concordam que viajar é uma importante prioridade no orçamento pessoal.

“As férias são preciosas e os viajantes estão a dar prioridade a viagens personalizadas, construídas em torno das suas paixões, desde o planeamento de férias inteiras para uma única reserva de jantar até a obtenção do vídeo perfeito para o TikTok”, refere Audrey Hendley, presidente da American Express Travel.

Das conclusões retiradas do relatório, a American Express Travel destaca que filmes, programas de TV e redes sociais estão a inspirar as pessoas a viajar para lugares que veem nos ecrãs dos diversos dispositivos, especialmente, nas gerações mais novas. Assim, 75% dos inquiridos admitem terem sido influenciados pelas redes sociais a viajar para determinado destino, com 70% da comunidade pertencente à Geração Z e Millennials a referirem que foram inspirados a visitar um destino depois de o ver ou descobrir numa série de televisão, notícia ou filme, baixando a percentagem quando se aborda a relevância do Instagram.

O peso do segmento gastronómico parece, igualmente, ganhar peso, com 81% dos ouvidos pela American Express Travel a concordam que “experimentar comidas e gastronomia local” está no topo das prioridades.  é a parte da viagem que eles mais desejam, sendo que 66% da Geração Z e Millennials admitem terem influenciados, grande parte, pelo que veem nas redes sociais. Destaque, também, para o facto de quase metade dos inquiridos (47%) indicaram que planearam a sua viagem para visitar um restaurante em específico.

Também o bem-estar está nas prioridades dos turistas para as suas viagens, afirmando 73% dos ouvidos que a próxima viagem tem como objetivo melhorar a saúde mental, física e emocional. As gerações mais jovens – Geração Z e Millennials – afirmam mesmo que reservam os hotéis com base na oferta de spas e serviços wellness.

Por fim, o “2023 Global Travel Trands Report” refere ainda que um dos objetivos dos turistas para 2023 passa por descobrir locais “escondidos” e apoiar as comunidades locais que visitam, indicando 85% que pretendem visitar um local onde poderão “experienciar verdadeiramente a cultura local”, enquanto 78% dizem-se interessados em viajar para destinos que apoiem as comunidades locais.

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Oferta da Air France para o verão cresce 16% em Portugal face a 2019

Além de Portugal, a Air France divulgou também o seu calendário para este verão, que vai contar com até 835 voos por dia para 191 destinos em 89 países, retomando “uma rede e um programa ao nível de 2019”.

Publituris

A Air France vai disponibilizar, este verão, uma oferta em Portugal que representa um crescimento de 16% face a 2019, com operação nos três principais aeroportos nacionais, concretamente Faro, Porto e Lisboa, informou a transportadora francesa em comunicado.

Na informação divulgada esta sexta-feira, 24 de março, a Air France destaca principalmente o crescimento de 27% na oferta de lugares que vai disponibilizar, este verão, no Porto, num programa de voos para a época estival que conta ainda com complemento da KLM, parceira da Air France, que vai manter as suas operações entre Lisboa e Porto e o hub da companhia em Amesterdão-Schiphol.

Mas, além de Portugal, a Air France divulgou também o seu calendário para este verão, que vai contar com até 835 voos por dia para 191 destinos em 89 países, retomando “uma rede e um programa ao nível de 2019”.

No longo curso, os destaques vão para a reabertura da China, que está a levar a Air France a aumentar gradualmente os voos para Pequim, Xangai e Hong Kong durante a primavera, prevendo chegar a um voo diário por destino a partir de 1 de julho.

Na Ásia, destaque também para o aumento de capacidade para Tóquio (Japão), onde a companhia serve os dois aeroportos, contando oferecer até 11 voos/semana para Tóquio-Haneda e três para Tóquio-Narita.

Na América do Norte, a Air France vai também reforçar a oferta este verão e conta disponibilizar até 180 voos por semana de/para 14 destinos nos EUA, incluindo os aeroportos John F. Kennedy e Newark Liberty, em Nova Iorque, bem como 50 voos semanais para cinco destinos no Canadá.

“A companhia vai retomar os seus voos entre Paris-CDG e a cidade de Quebeque em 2 de maio de 2023 e inaugurar um novo serviço entre Paris-CDG e Otava em 27 de junho. Serão oferecidos cinco voos diretos por semana para Otava, operados em Airbus A330-200. A Air France será a única companhia a oferecer voos diretos entre Otava e a Europa”, sublinha a transportadora francesa no comunicado divulgado.

Em África, a Air France também vai disponibilizar uma “capacidade superior a 2019” e, a partir de 12 de junho, adiciona Dar Es Salaam (Tanzânia) à sua rede, disponibilizando três voos por semana num avião Boeing 787-9, em continuação do serviço de Zanzibar (igualmente na Tanzânia), numa rota inaugurada em 2021.

Também a 12 de junho, arrancam os voos para Nairobi (Quénia), onde a Air France vai passar a contar com uma ligação aérea diária e direta, que vai ser realizada em aviões Boeing 787-9.

Nas Caraíbas, a Air France também vai contar com novidades, já que está prevista a inauguração de uma nova rota para Caiena (Guiana Francesa), enquanto na América do Sul a principal novidade será Belém (Brasil), cujos voos têm início a 5 de maio de 2023, com um voo semanal operado em Airbus A320.

“Estas mudanças no programa vão elevar para 85 o número de destinos de longo curso servidos pela Air France”, acrescenta a transportadora aérea francesa na informação enviada à imprensa.

Além de Portugal e do longo curso, a operação da Air France para este verão conta ainda com uma alargada oferta para a Europa, com a transportadora a indicar que estão previstos “até 650 voos por dia de/para 106 destinos”.

“Além do seu programa habitual, a companhia vai oferecer 66 ligações sazonais em França e na Europa, a partir de Paris e dos aeroportos regionais franceses. Estas ligações vão permitir, nomeadamente, chegar à Córsega (de Paris, Bordéus, Caen, Rennes, Lille, Lyon e Nantes), Grécia (de Paris, Marselha, Nice e Toulouse), Argélia (de Paris, Marselha, Nice e Toulouse), Marrocos (de Paris e Nice), ou Tunísia (de Paris, Marselha e Nice)”, adianta a Air France.

Aos voos da Air France, será preciso juntar ainda os da Transavia France, a delegação francesa da transportadora low cost do Grupo Air France/KLM, que vai operar “cerca de 200 rotas de curto e médio curso para 120 destinos este verão, incluindo 100 de/para Paris-Orly”.

“Dessa forma, a filial low-cost do Grupo Air France-KLM posiciona-se como a principal companhia aérea low-cost a partir dos aeroportos de Paris”, acrescenta o comunicado da Air France.

Os detalhes do programa de voos  da Air France, assim como tarifas podem ser consultados em airfrance.pt.

Novas cabines de longo curso para Joanesburgo

Novidade este verão será ainda a disponibilização das novas cabines de longo curso da Air France para Joanesburgo, na África do Sul, uma vez que a Air France está a instalar as novas cabines em 12 aviões Boeing 777 300 ER.

As novas cabines estão já disponíveis de/para Nova Iorque-JFK, Dakar e Rio,  e vão ser oferecidas nos voos entre Paris-CDG e Joanesburgo (África do Sul) a partir de 27 de março de 2023.

“Como parte da elevação de gama da Air France, este novo produto disponível nas classes Business, Premium Economy e Economy é o novo padrão da companhia. Na cabine Business, uma nova porta de correr permite tornar o seu espaço absolutamente privado e a poltrona reclina totalmente para se transformar numa verdadeira cama plana de quase dois metros”, explica a Air France.

Os assentos do centro da cabine estão ainda equipados “com um painel central que pode ser descido e recolhido, criando assim um espaço de convívio para desfrutar ao máximo o voo em conjunto”.

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Base Ryanair na Madeira: uma visão da SkyExpert 365 dias depois

Depois do início das operações a 29 de março de 2022 e oficialmente inaugurada a 14 de abril, Pedro Castro, diretor da SkyExpert Consulting, refere que o balanço é “sem dúvida positivo”.

Victor Jorge

Com início das operações a 29 de março e oficialmente inaugurada a 14 de abril, o Publituris colocou três perguntas ao diretor da SkyExpert Consulting, Pedro Castro, relativamente ao início da base da Ryanair na Madeira.

Que balanço faz do 1.º ano da base da Ryanair na Madeira?
Do lado do Turismo da Madeira e da criação de empregos diretos ligados à aviação, o balanço é sem dúvida positivo. O aeroporto da Madeira cresceu a dois dígitos a partir de abril de 2022 quando a Ryanair abriu a sua base e isto depois de um período pré-pandémico de estagnação no aeroporto – não se vislumbrava um crescimento significativo, pelo contrário. Com a Ryanair, passaram a chegar à ilha mais turistas oriundos de novos mercados, com preços e voos mais acessíveis que colocam a Madeira a um nível mais competitivo, nomeadamente em relação às Canárias. Por outro lado, a Ryanair traz um tipo de turista individual que estimula outro tipo de atividades e que ajuda a equilibrar a dependência da Madeira por relação aos touroperadores estrangeiros. Houve naturalmente também a criação e fixação de pilotos, tripulantes e outros empregos diretos no setor aéreo na ilha.

É mais difícil para mim dar uma resposta tão simples sobre a Ryanair: a análise custo-oportunidade que a empresa fez significa que está sempre à procura do aeroporto europeu onde poderá tirar melhor partido financeiro com esses mesmos aviões. Seria necessário ter mais dados financeiros para verificar se esta conta é, de facto, positiva do lado da companhia aérea e se é melhor do que ter estes aviões noutros aeroportos.

Com exceção do Porto, o próximo verão não será marcado por grandes mudanças na operação da Ryanair. De que forma é que isso pode afetar o crescimento em 2023?
É verdade e é um pouco surpreendente. Olhando para trás, a Ryanair raramente abre uma base num aeroporto para onde nunca tenha voado, como foi o caso da Madeira. O aumento das frequências do Porto é feito com os aviões baseados no Porto e está diretamente relacionado com a oportunidade criada pelo abandono da rota Porto-Funchal pela Transavia. Ou seja, a Ryanair não identificou outra oportunidade para crescer na Madeira nos próximos seis meses nem mesmo com aviões de outras bases, mantendo a mesma oferta de voos. Isto pode estar relacionado com os desafios operacionais do aeroporto que, por questões de vento e meteorologia, fecha com uma frequência maior do que a desejada.

Estas disrupções são graves para qualquer companhia, mas para as companhias de baixo-custo que têm departamentos comerciais e de atendimento ao cliente muito racionados, este tipo de situação afeta-as ainda mais. Mas vejo oportunidades para a Ryanair crescer em voos mais curtos como para Espanha, Canárias e até Marrocos. O Algarve, claro, porque não tem voos diretos para a Madeira. Já os Açores estão excluídos devido ao regime protecionista em vigor nestas ligações.

Acredita que outras companhias poderão inspirar-se na Ryanair e criar uma base na Madeira?
Acredito que o Governo Regional deve utilizar todos os mecanismos possíveis para pressionar o Ministério das Infraestruturas, em Lisboa, a fazer um “upgrade” rápido e urgente dos radares que medem o vento na Madeira. Isto não é uma competência regional e o governo da República arrasta inexplicavelmente este tema que é muito mais simples de resolver do que o novo aeroporto de Lisboa, tem um impacto potencial imediato muito maior, mas que não goza da mesma cobertura mediática e cai no esquecimento.

De resto, penso que o Governo Regional prossegue eficazmente o seu trabalho em atrair novas companhias e novas rotas para a Madeira, sendo que conseguir uma base é sempre o auge mais desejado por qualquer região. Temos de compreender, porém, que existem poucas companhias com esta flexibilidade em criar bases noutros aeroportos – nem a companhia pública, onde os Madeirenses colocaram cerca de 100 milhões de euros, consegue fazê-lo.

Existe também a questão do aeroporto do Porto Santo: parece-me essencial dar uma atenção especial ao Inverno e evitar que se repita o que aconteceu em 2020 e 2021 em que a ilha ficou sem voos diretos para o Continente. Em 2022, a easyJet garantiu esses voos diretos para Lisboa duas vezes por semana, mas com horários pouco convenientes para o posicionamento do destino como “escapadela” de fim de semana, com voos aos domingos que saiam da ilha às 09h30. Sem isso, o destino perde uma grande oportunidade da qual depende para se manter aberto durante todo o ano e para se afirmar.

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Pilotos da TAP aprovam greve para a Páscoa 

Depois de apresentados os resultados e antes mesmo da tomada de posse da nova Comissão Executiva, o SPAC anuncia uma greve para a Páscoa.

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O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) aprovou esta quinta-feira, 23 de março, uma greve para o período da Páscoa, entre 7 e 10 abril, para pressionar o Governo a ratificar o acordo assinado com a TAP, que repõe condições laborais retiradas em 2021.

A greve foi aprovada numa assembleia de pilotos, uma vez que “a tutela não está a comprometer-se a assegurar este acordo com a nova gestão” da TAP, indicou fonte do SPAC à Lusa, referindo-se à saída da atual CEO da TAP, no final deste mês, e a entrada do novo presidente executivo, Luís Rodrigues, depois de meados de abril.

“Até o Governo ratificar a proposta mantemos a greve”, precisou fonte da direção do SPAC, insistindo que “falta a tutela aprovar” a proposta acordada entre a TAP, cuja presidência vai mudar, e o SPAC.

O acordado entre a TAP e o sindicato assegura uma “reposição de condições de trabalho retiradas no acordo de 2022”, precisou o membro do SPAC.

Em comunicado emitido após a realização da assembleia-geral, o SPAC refere que “aguarda o cumprimento do acordo assinado com a Comissão Executiva, por parte do acionista, para levantar o pré-aviso de greve”.

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OMT abre candidaturas para melhores vilas e aldeias turísticas

Estão lançadas as candidaturas para a 3.ª edição do “Best Tourism Villages” que premeia, todos os anos, as melhores vilas e aldeias do mundo no turismo.

Victor Jorge

Lançada em 2021, a iniciativa “Best Tourism Villages, realizada pela Organização Mundial do Turismo, abriu as candidaturas para a 3.ª edição e faz parte do trabalho da entidade para tornar o turismo um impulsionador do desenvolvimento rural e do bem-estar.

Até à data, mais de 70 vilas e aldeias de quase 40 países foram reconhecidas como as melhores, tendo sido selecionadas mais 40 para participar do Programa de Atualização, onde as localidades beneficiam de orientação especializada e oportunidades de networking.

Na edição de 2022, Castelo Novo, localizada na freguesia do Fundão, esteve entre as 32 vilas e aldeias distinguidas pela OMT, com a aldeia de Ferraria de São João, na freguesia da Cumeeira, concelho de Penela, a entrar no “Programa de Melhoria” da entidade.

Os Estados-Membros da OMT podem apresentar até oito vilas ou aldeias através das entidades nacionais de turismo, com as candidaturas a terminar a 23 de junho de 2023, sendo os vencedores anunciados no final do ano.

No lançamento da iniciativa, o secretário-geral da OMT, Zurab Pololikashvili, referiu que “o turismo pode fazer uma diferença real para as comunidades rurais, gerando empregos, apoiando negócios e celebrando e protegendo tradições”, salientando ainda que “a OMT está, assim, a reconhecer os destinos rurais que se comprometeram a tornar o turismo um pilar de oportunidade e bem-estar”.

Além da orientação individual, as vilas e aldeias do “Programa de Atualização” também se juntarão à Rede “Best Tourism Villages”, que conta, atualmente, com mais de 100 membros em cinco regiões do mundo.

 

 

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Interessados têm 90 dias para concorrer à privatização da Azores Airlines

Até 20 junho, os interessados na aquisição da Azores Airlines poderão apresentar as suas propostas num processo que deverá ficar concluído em setembro ou outubro, anunciou o Governo dos Açores.

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O Governo dos Açores anunciou esta quinta-feira a abertura do concurso para a privatização da Azores Airlines, do grupo SATA, tendo os interessados 90 dias para fazer as suas diligências e consultar toda a informação sobre o processo e apresentar as suas propostas.

“Tem hoje início a formalização do processo de alienação da Azores Airlines. Foi remetido para o Jornal Oficial, para o Diário da República e para o jornal das Comunidades o anúncio, iniciando-se assim a contagem dos 90 dias para apresentação de propostas”, anunciou o secretário das Finanças do executivo açoriano citado em notícia da Lusa.

Duarte Freitas falava em conferência de imprensa realizada na sede da Secretaria das Finanças em Ponta Delgada, acompanhado pela secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, Berta Cabral, e pelo ainda presidente da SATA Holding, Luís Rodrigues.

O governante avançou que o júri vai ser presidido pelo antigo ministro da Economia e professor universitário Augusto Mateus, sendo ainda composto por José Alves (indicado pela Ordem dos Revisores Oficiais de Contas) e por Rui Medeiros (“cooptado pelos dois”).

Duarte Freitas, segundo a Lusa, detalhou ainda que o futuro do passivo da Azores Airlines vai “depender daquilo que os potenciais compradores estejam disponíveis para pagar” pela companhia, sendo uma situação que vai ser “dirimida no âmbito negocial com o júri e os potenciais interessados”.

O governante regional referiu que “tivemos um conjunto de contactos até ao final do ano passado de potenciais interessados. A partir do início deste ano, esses potenciais interessados são todos remetidos para o processo concursal”.

Refira-se que a 7 de março, o Governo dos Açores revelou que o caderno de encargos da privatização da Azores Airlines prevê uma alienação no “mínimo” de 51% e no “máximo” de 85% do capital social da companhia.

Em junho, a Comissão Europeia aprovou uma ajuda estatal portuguesa para apoio à reestruturação da companhia aérea de 453,25 milhões de euros em empréstimos e garantias estatais, prevendo ‘remédios’ como uma reorganização da estrutura e o desinvestimento de uma participação de controlo (51%) na Azores Airlines, a companhia do grupo SATA responsável pelas ligações com o exterior do arquipélago.

Igualmente, a Comissão Europeia determinou que as medidas incluídas no Plano de Reestruturação da SATA devem ser integralmente implementadas dentro de prazos pertinentes e o mais tardar antes do final do período de reestruturação, em 31 de dezembro de 2025.

No âmbito das medidas do Plano de Reestruturação da SATA destinadas a limitar distorções da concorrência, inclui-se a obrigação de a Região Autónoma dos Açores alienar a maioria do capital acionista da SATA Internacional – Azores Airlines, S.A.

A Região Autónoma dos Açores detém, de forma indireta, através da SATA Holding, S.A., a totalidade do capital social da SATA Internacional – Azores Airlines, S.A.

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Crowne Plaza Caparica Lisbon representa “maior investimento da DHM num único ativo”

O Crowne Plaza Caparica Lisbon, localizado no Largo Aldeia Dos Capuchos, na Caparica, é oficialmente inaugurado esta quinta-feira, 23 de março, depois da integração e respetiva remodelação do antigo Hotel Aldeia dos Capuchos no portfólio da Discovery Hotel Management (DHM).

Carla Nunes

Em conferência de imprensa, Luís Mexia Alves, CEO da DHM, dá conta que este hotel incorporado na DHM constitui o “maior investimento até à data num único ativo e numa única fase de investimento”: 9,7 milhões de euros. O valor, que não inclui a aquisição do edifício, implicou “a revisão do layout do hotel”, como explica Luís Mexia Alves, ou seja, remodelações no espaço de restauração, “que não era adequado para o número de unidades de alojamento”, na luz natural do hotel e no design e decoração da unidade.

Trocado por miúdos, foram aplicados cerca de dois milhões de euros na remodelação das áreas comuns e do espaço de restauração, cinco milhões nas unidades de alojamento, 500 mil euros na área de wellness e um milhão de euros em salas de reuniões.

A remodelação teve a duração de 11 meses, sendo que o Crowne Plaza Caparica Lisbon operou até agora em soft opening desde 19 de dezembro de 2022, com serviço de alojamento e espaço de restauração e, a partir de 17 de março deste ano, com piscina interior, spa e centro de congressos.

A unidade mantém o mesmo número de unidades de alojamento, ou seja, 227 quartos, no entanto, as tipologias foram revistas. Desta forma, e após a remodelação, o Crowne Plaza Caparica Lisbon conta agora com 56 quartos standard (com preços a começar nos 130 euros por noite), 111 quartos premium (160 euros), 50 suites de um quarto (200 euros) e 10 master suites de dois quartos (250 euros).

Este “Urban Resort”, como apelidado por Daniel Solsona, Cluster MICE Operations Director, pretende dirigir-se a dois segmentos: o MICE (Meetings, Incentives, Conferences and Exhibitions) – para o qual estará disponível um centro de congressos – e o de lazer, tanto para casais e grupos de amigos como para famílias – que podem usufruir da piscina interior de 22 metros, bem como da piscina exterior aquecida de 19 metros e do spa da unidade, além da proximidade às praias da Costa da Caparica.

Para o segmento MICE, a unidade passa a disponibilizar um centro de congressos com capacidade para “até 500 pessoas, de forma simultânea”. Daniel Solsona aponta que estão disponíveis “uma sala plenária para 350 pessoas, duas salas com capacidade para 90 pessoas e outra com capacidade para 60 pessoas, dependendo do formato”, além de um foyer para momentos de coffee break.

A aposta do grupo neste segmento é validada por Luís Mexia Alves pelo facto de “o mercado de eventos estar a crescer de uma forma significativa”.

“Acho que o próprio trabalho remoto acaba por ser um potenciador e acelerador do turismo de negócio de eventos, porque se as pessoas estão mais tempo isoladas, vai ter de haver mais momentos especiais para as pessoas poderem estar juntas”, afirma.

Para este ano a DHM antecipa já “duas novidades na zona Centro, no Vale do Tejo, e no Algarve”, a par de “expansões e investimentos muito relevantes”, para os quais Luís Mexia Alves aponta um valor total de investimento de 30 milhões de euros, sem revelar, para já, mais pormenores.

Sobre o autorCarla Nunes

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MSC Cruzeiros anuncia parceria com a Guinness World Records para o entretenimento

A parceria com a Guinness World Records vai estar disponível nos navios MSC Seascape e MSC World Europa, assim como no novo MSC Euribia, novo navio da MSC Cruzeiros que vai ser inaugurado em junho.

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A MSC Cruzeiros e a Guinness World Records estabeleceram uma parceria que visa elevar o entretenimento a bordo dos navios da companhia de cruzeiros a outra dimensão e desafiar os passageiros a testarem os seus limites para inscreverem o nome no livro dos recordes.

“O novo programa é uma oportunidade para os passageiros testarem a sua coragem e – se tiverem sorte – colocarem o seu nome no livro dos recordes. As atividades incluirão espetáculos inspiradores ao vivo, onde os passageiros serão convidados a tentar quebrar os recordes mundiais do Guinness e criar memórias verdadeiramente inesquecíveis”, revela a MSC Cruzeiros, em comunicado.

Com esta parceria, os passageiros dos cruzeiros da companhia vão ser desafiados a “participar na atividade durante o dia e fazer a audição para estarem prontos para o grande espetáculo da noite, onde os finalistas sortudos podem demonstrar os seus talentos e ter como objetivo tornar-se o próximo recordista”.

A parceria com a Guinness World Records vai estar disponível nos navios MSC Seascape e MSC World Europa, assim como no novo MSC Euribia, que vai ser inaugurado em junho, incluindo atividades como o Records Show, uma versão do programa televisivo Guinness World Records, que vai contar com uma série de atividades de recordes com a participação da audiência, convidados individuais, e até da tripulação do navio. 

A bordo dos três navios da companhia de cruzeiros vão estar também disponíveis os Children’s Programs, estando prevista a disponibilização de vários programas de ação, que vão incluir “desafios divertidos, questionários e espetáculos educativos, proporcionando entretenimento sem fim, tanto para crianças como adolescentes”.

Já o programa  Guinness World Records Facts convidará os passageiros para um emocionante desafio de perguntas e respostas para testar os seus conhecimentos sobre o Guinness World Records, enquanto o Guinness World Records Family Quiz  vai desafiar toda a família para um quiz de quebra de recordes, que vai utilizar desafios ao vivo e vídeos do Guinness World Records para o público escolher o vencedor.

“Qualquer novo recordista será verificado por um Adjudicador Oficial da Guinness World Records e receberá um certificado dos Recordes Mundiais do Guinness”, garante ainda a MSC Cruzeiros.

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Negócios no turismo e viagens caem mais de 60% em fevereiro

Depois de em janeiro terem caído 42,4% face ao mês anterior, os negócios no setor do turismo e viagens decresceram mais de 60% em fevereiro de 2023, face a igual mês de 2022.

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Os negócios no setor do turismo e viagens continuam em queda. Os dados mais recentes da GlobalData mostram que, em fevereiro de 2023, os negócios neste setor caíram 60,4% face ao mês homólogo de 2022, demonstrando uma “resistência na recuperação depois da quebra provocada pela pandemia”, refere a consultora.

A análise feita pela GlobalData indica que o volume de negócios na indústria ficou a mais de metade dos 111 negócios realizados em fevereiro de 2022, atingindo 44 negócios no segundo mês de 2023.

Aurojyoti Bose, Lead Analyst da GlobalData, refere que “este declínio salienta a incerteza e os desafios contínuos, incluindo a mudança no comportamento do consumidor e a volatilidade económica enfrentados pela indústria de turismo e viagens”. O responsável frisa ainda que, “como o cenário do mercado está a mudar rapidamente, com receios de recessão, os investidores parecem ter-se tornado mais  cautelosos”.

A atividade de negócios caiu significativamente na maioria dos países, em fevereiro, com várias quedas na casa dos dois dígitos, com alguns dos principais mercados a não registarem qualquer negócio durante o mês.

Nos EUA, por exemplo, principal mercado em termos de volume de negócios, a quebra foi de 71,9% no volume de negócios, em fevereiro de 2023. Da mesma forma, o Reino Unido testemunhou uma descida considerável na comparação anual no volume de negócios, apontando a GlobalData para uma queda de 46,2%.

Mercados como o Japão, Alemanha e Espanha não viram, por sua vez, qualquer negócio no setor do turismo e viagens durante o mês de fevereiro.

Todos os tipos de negócios (fusões e aquisições, financiamento de risco e negócios de private equity) também registraram queda no volume de negócios em fevereiro de 2023. O número de negócios de financiamento de risco e private equity caiu 59,4% e 60%, respetivamente, enquanto as fusões e o volume de transações de aquisição caíram 60,9% no segundo mês de 2023 face a igual período de 2022.

Bose conclui, assim, que “o declínio na atividade de negócios na indústria do turismo e viagens é um forte lembrete dos desafios e incertezas que ainda se registam, ao mesmo tempo que se procura uma recuperação da pandemia”.

Bose considera, contudo, que esta realidade também apresente uma “oportunidade para explorar novos modelos e parcerias que podem impulsionar a inovação e o crescimento na era pós-pandemia. À medida que a indústria continua a enfrentar esses obstáculos, os investidores devem permanecer vigilantes e adaptar-se às tendências e oportunidades emergentes”.

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Brasil lança campanha contra o turismo sexual

Denominada “O turismo respeita as mulheres”, a campanha do Ministério do Turismo do Brasil contra o turismo sexual está a ser divulgada nas redes sociais e surgiu depois de alguns episódios de assédio de turistas estrangeiros a mulheres brasileiras.

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O Ministério do Turismo do Brasil lançou, na semana passada, uma campanha contra o turismo sexual, denominada “O turismo respeita as mulheres” e que surge depois de alguns episódios de assédio sexual por parte de turistas estrangeiros a mulheres brasileiras.

Segundo uma nota publicada no site do Ministério do Turismo do Brasil, esta campanha pretende “provocar uma grande mobilização, envolvendo órgãos governamentais, trade turístico, sociedade civil e cidadãos, esclarecendo que esses atos são criminosos e nada se relacionam com o turismo”.

A nova campanha do Brasil contra o turismo sexual conta com um vídeo em que as ministras do Turismo, Daniela Carneiro, e das Mulheres, Cida Gonçalves, “alertam que situações de assédio ou importunação sexual devem ser denunciadas às autoridades competentes”.

“Precisamos posicionar-nos e denunciar situações como essas às autoridades competentes. Exploração sexual não é turismo, é crime e todos nós temos que estabelecer essa rede de proteção importante”, enfatizou a ministra do Turismo, Daniela Carneiro.

As ações no âmbito desta campanha estão a ser divulgadas nas redes sociais com a hashtag #OTurismoRespeitaAsMulheres, estando também prevista a divulgação de vídeos sobre o tema nas redes sociais, além de outras ações de conscientização.

 

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