Sublime Comporta reforça oferta de alojamento este Verão
A unidade, que abriu há quatro anos, apresenta em 2018 um reforço da oferta de alojamento, assim como da equipa.
Carina Monteiro
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Quando em 2002 Gonçalo Pessoa e a mulher, Patrícia, descobriram a Comporta estavam longe de pensar que anos mais tarde abririam um boutique hotel de sucesso num destino que se tornou moda entre os franceses.
Depois de perceberem o potencial da Comporta, transformaram aquilo que era um projecto para casa de férias num hotel e, em 2014, nasceu o Sublime Comporta. Agora, o boutique hotel entra numa nova fase, não só através do reforço da equipa, como do aumento da oferta de alojamento.
Há dois anos, em 2016, o hotel já tinha dado “um salto” com a construção do edifício principal que não existia no projecto original e que agora alberga o restaurante Sem Porta. Aos 14 quartos iniciais, juntaram-se mais casas, num processo gradual e à medida que os proprietários foram percebendo que o produto das casas “era apetecível para o alojamento de famílias e grupos de amigos”.
Este ano, o hotel voltou a aumentar a sua oferta. Segundo Gonçalo Pessoa, já estão em operação mais 10 villas, com a tipologia de dois quartos, outras três de três quartos e duas de cinco quartos. No Verão, estarão a funcionar sete villas com quatro e cinco quartos. No total, e até ao Verão, o Sublime Comporta vai passar a dispôr de 81 quartos.
As novidades estendem-se também à equipa. Acompanhando o crescimento do hotel, a equipa foi reforçada e hoje a unidade dá emprego a cem pessoas. Para chefiar os diversos departamentos foram contratados profissionais com “um bom background hoteleiro”, explica Gonçalo Pessoa, que assim pretende tornar a gestão do Sublime Comporta mais profissional. Joana Guimarães e Houssam Dehhaz ocupam, respectivamente, as funções de directora-geral e director de operações. Estavam anteriormente no Royal Óbidos. André Vilaça e Filipe Neto foram contratados para os cargos de director de F&B e wine director, respectivamente. Ambos trabalharam anteriormente no Six Senses Douro Valley. Catarina Ferreira é a nova Spa manager e, com ela, uma outra novidade, o hotel passou a ter uma nova marca de Spa, AMALA. Tiago Santos é o chefe executivo. Estava anteriormente no restaurante Bar Douro, em Londres, depois de ter passado pelos restaurantes com estrelas Michelin dos hotéis Casa da Calçada e The Yeatman. Por fim, Teresa Roldão de Barros dirige o Marketing e a Comunicação da unidade.
Food Circle
Com o reforço da equipa, o Sublime Comporta criou também uma oferta diversificada de experiências para o cliente. A começar pela gastronomia. O hotel vai passar a ter três propostas gastronómicas. Além do restaurante Sem Porta, com 80 lugares e onde é servida uma cozinha portuguesa mais sofisticada, a unidade vai abrir mais dois restaurantes: o Food Circle e o Com Brasa. Situado no meio da horta biológica, o Food Circle é “uma experiência de fine dining mas muito autêntica, porque tudo o que é servido vem da horta e dos produtores locais e é cozinhado à frente do cliente”, explica Gonçalo Pessoa. O espaço tem capacidade até 12 pessoas. A terceira oferta gastronómica vai abrir no pico do Verão, no edifício original do projecto. O Com Brasa terá um ambiente mais descontraído e um conceito de partilha de mesa e comida. No caso do Sem Porta, o restaurante está aberto o ano todo, para pequenos-almoços, almoços e jantares. Quanto ao Food Circle, funciona o ano todo mediante reserva prévia e, a partir de Maio até Setembro, funciona todas as noites, desde que haja um grupo mínimo de seis pessoas. Está disponível para clientes do hotel ou passantes.
A par da gastronomia, o Sublime Comporta fez também uma aposta no Enoturismo com a contratação de Filipe Neto e mais dois sommeliers que se juntaram à equipa. O hotel tem um ponto de venda de vinho e uma mesa para provas, além das experiências que já existiam, como piqueniques na praia e no lago. Agora, o hotel tem uma nova experiência que propõe aos clientes a elaboração do seu próprio vinho na Adega do Brejinho da Costa.
Operação
No ano passado, o Sublime Comporta registou uma ocupação média de 60%. Para este ano, a expectativa é que este valor aumente, apesar do crescimento da oferta de quartos. Quando o projecto arrancou em 2014, o mercado francês era predominante, mas desde o ano passado que se tem verificado uma diversificação, com o surgimento de clientes americanos, ingleses, espanhóis e brasileiros. Algo que é justificado, no caso do mercado americano, pelo aumento de voos directos dos EUA para Lisboa. O Brasil ainda “é um mercado difícil”, refere Gonçalo Pessoa, porque a Comporta “é desconhecida dos brasileiros. Enquanto Lisboa, Évora, Porto e Douro são destinos referenciados no Brasil, a Comporta ainda está a começar. No Reino Unido tivemos boas referências na imprensa, as acessibilidades entre Portugal e o Reino Unido são boas, quanto ao mercado nacional, está agora a crescer. No início era incipiente, também deviso à crise financeira.” Gonçalo Pessoa explica que foi no mercado francês que o fenómeno Comporta teve origem. “A moda que se gerou à volta da Comporta nasceu basicamente em França, devido a algumas figuras francesas conhecidas que já tinham cá casa e convidaram amigos e criou-se este fenómeno com efeito de bola de neve e de repente toda a gente em França já ouviu falar da Comporta”.
Quanto à sazonalidade do destino, Gonçalo Pessoa reconhece que ela ainda existe. “Ainda somos o único hotel na Comporta, há outro em construção e outros virão. Não há assim tanta oferta de alojamento. A nossa época começa tipicamente no pós-Páscoa e partir daí funciona muito bem, com taxas de ocupação muito elevadas. Diria que, a partir de Maio, estamos sempre acima dos 90% e funciona assim até ao fim de Outubro. A passagem de ano também é muito boa”.
O responsável revela que o preço médio também tem crescido. “Temos vindo a fazer um aumento gradual das tarifas, no ano passado, a nossa tarifa média foi já próxima de quase 300 euros e a expectativa para este ano é de um aumento de 10%”.
A unidade espera ver resultados mais expressivos do mercado brasileiro, uma vez que iniciou no ano passado uma aposta no Brasil, através dos media e agências. “Estamos a apostar no Brasil, não se vai ver já em 2018, mas a perspectiva é que em 2019 o volume de negócios com clientes brasileiros cresça”.
Questionado sobre a expansão da marca, Gonçalo Pessoa afirma que gostaria de abrir um projecto Sublime em Lisboa ou no Porto, tirando partido do reconhecimento cada vez maior da marca, mas “o preço do imobiliário nestes destinos é muito elevado”.